Um experimento de campo foi conduzido na Embrapa Amazônia Ocidental, em Iranduba, AM, de setembro a dezembro de 1995, para avaliar nove cultivares de repolho de verão, entre comerciais (híbridos Master, Shutoku, Saikô, Sooshu - testemunha e a variedade de polinização aberta União) e experimentais (híbridos XPH - 5786, XPH - 5787, XPH - 5904 e XPH - 5909), nas condições do ecossistema de várzea (solo Gley Pouco Húmico). O delineamento experimental foi blocos ao acaso, com quatro repetições. A parcela constituiu-se de quatro linhas de cinco plantas no espaçamento de 0,80 m x 0,40 m. Como fertilizantes foram utilizados apenas o bórax e a uréia, devido aos bons níveis naturais de outros nutrientes dos solos de várzea. As irrigações e os tratos culturais foram executados conforme as necessidades da cultura. Os maiores rendimentos por parcela foram dos híbridos Saikô (12,5 kg) e Sooshu (15,0 kg) e os menores do híbrido Master (7,0 kg) e da cv. União (6,0 kg). As cabeças mais pesadas foram as dos híbridos Sooshu (810,6 g), Shutoku (719,1 g) e Saikô (698,0 g). Destacaram-se como mais compactos os híbridos Saikô e Shutoku. As cabeças foram levemente achatadas para os híbridos Saikô e Shutoku, formato preferido comercialmente, e achatadas para o híbrido Sooshu; as demais cultivares produziram cabeças levemente alongadas. Para a profundidade do coração, (comprimento do coração/diâmetro longitudinal), apenas os híbridos Master e Shutoku tiveram valores depreciativos (0,62 e 0,64), respectivamente). Os híbridos Sooshu, Shutoku, Saikô e a cv. União foram os mais precoces e o híbrido XPH-5787 o mais tardio. Concluiu-se que o híbrido Saikô apresentou o conjunto mais consistente de características desejáveis, expressando boa adaptação às condições edafoclimáticas de várzea, podendo ser testado em níveis mais extensivos nesse ecossistema
Brassica oleracea var. capitata; cultivar; híbrido; ecossistema