Com o objetivo de avaliar as culturas de cenoura e alface no sistema de consórcio, foram conduzidos dois experimentos na estação experimental da Pesagro-Rio em Campos dos Goytacazes, RJ, em cultivo de inverno nos anos de 1995 e 1996. As alfaces foram cultivadas em monocultivo e em consórcio com a cultura de cenoura. Utilizou-se delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro repetições. Para cenoura foram analisados seis tratamentos (cenoura em monocultivo e em consórcio com cinco cultivares de alface). Para a alface foi utilizado esquema fatorial com dois sistemas de cultivo e cinco cultivares. As parcelas experimentais possuíam dimensões de 1 m x 1,5 m. No primeiro experimento, foram utilizadas as cultivares de alface Babá-de-verão, Regina-71, Vitória, Brasil-303 e Carolina e no segundo experimento, as cultivares Carolina, Elisa, Regina-71, Vitória e Marisa. A cultivar de cenoura utilizada foi a Brasília. A eficiência do consórcio foi avaliada pelo cálculo da Razão de Área Equivalente (RAE). Em ambos experimentos, tanto para monocultivo quanto para consórcio, as culturas apresentaram produção adequada para comercialização. Apenas houve prejuízo à cenoura no sistema de consórcio quando esta foi cultivada com a alface cv. Marisa. Os valores da RAE, 1,74 e 1,76, evidenciaram que a utilização do consórcio foi vantajosa nos dois ensaios, ou seja, para obter-se a mesma produção de alface ou cenoura em monocultivo seria necessário um acréscimo em área de 74% e 76%, considerando o primeiro e segundo ano de experimentação, respectivamente.
Lactuca sativa; Daucus carota; monocultivo; consórcio; Razão de Área Equivalente