O presente trabalho teve como objetivo avaliar um sistema de alerta para a requeima do tomateiro (Phytophthora infestans) sob cultivo em Produção Integrada (PI) de tomate de mesa comparativamente à Produção Convencional (PC). A requeima é uma doença destrutiva e anualmente demanda 25 ou mais pulverizações com fungicidas para seu controle na Produção Convencional (PC). O experimento foi instalado em 2006-2007 e 2007-2008, em Caçador (SC) com as cultivares Alambra e Paronset, respectivamente. Na área da PC o controle químico da requeima foi semanal e iniciado logo após o transplante conforme a prática corrente na região. Na área da PI, o critério para a primeira pulverização foi o de Machardy (1972) e as subseqüentes, conforme Wallin (1962) quando o valor de severidade da doença (VSD) atingiu oito pontos. Nos dois ciclos, houve um decréscimo na aplicação de fungicidas, não somente no número de aplicação (23%-28%) como na quantidade de ingrediente ativo (34,5-60,9%). Os fungicidas da classe toxicológica I não foram usados na PI. A severidade da doença foi avaliada com auxílio de escala diagramática e chave descritiva. Não houve diferença significativa na severidade final da doença com o sistema de alerta na PI e a aplicação semanal na PC no primeiro experimento, porém no segundo experimento a severidade foi significativamente menor na PI. A produção de frutos comerciais foi significativamente maior na PI (7,6-25,5%) comparada à PC e à redução de custo em fungicida superior a R$ 960,00/ha. O uso do sistema de alerta mostrou ser uma valiosa ferramenta no manejo da requeima em sistema de produção integrada de tomate de mesa.
Solanum lycopersicum; Lycopersicon esculentum; Phytophthora infestans; manejo integrado de pragas
