A cultura do quiabo possui importância sócio-cultural para o estado de Minas Gerais (MG) e 34,2% do volume de quiabo comercializado na Ceasa/Contagem procede dos municípios localizados entre Caratinga e Governador Valadares. Entretanto, o quiabeiro tem a sua produção influenciada pelos danos decorrentes de infecções causadas pelos nematóides das galhas (Meloidogyne spp.). As principais espécies desse nematóide que atacam o quiabeiro já foram relatadas no Brasil, e algumas destas podem causar a morte da planta. A correta identificação da(s) espécie(s) e, ou da(s) raça(s) de Meloidogyne presente(s) nas raízes do quiabeiro é importante na escolha da medida de controle mais apropriada. Para determinar a ocorrência e distribuição de Meloidogyne spp. e outros nematóides na região leste de MG, 70 amostras de solo e raízes da cultura, provenientes de 14 localidades, foram avaliadas por características morfológicas e isoenzimáticas. Dentre as populações de Meloidogyne spp. identificadas prevaleceu M. incognita (fenótipos de Esterase I1 e I2), seguida de M. javanica (fenótipos J2 e J3) e M. arenaria (fenótipo A2). A espécie M. mayaguensis foi confirmada pela ocorrência do fenótipo M2 para esterase, N3 para malato desidrogenase, N2 para superóxido dismutase e N3 para glutamato-oxaloacetato transaminase. Este é o primeiro relato da ocorrência de M. mayaguensis em MG. Outros nematóides detectados na rizosfera do quiabeiro foram Aphelenchus sp., Criconemella sp., Helicotylenchus spp., Pratylenchus brachyurus e P. coffeae, Rotylenchulus reniformis, Rotylenchus sp., Tylenchus sp. e Tylenchorhynchus sp.
Meloidogyne spp.; Abelmoschus esculentus; fenótipo de esterase; distribuição; hospedeiros