Um dos fatores limitantes da produção de mudas in vitro de orquídeas é a fase de aclimatização. Foi objetivo desse trabalho avaliar a sobrevivência e o crescimento inicial de Brassavola tuberculata (Orchidaceae) utilizando ácido naftaleno acético (ANA) e diferentes substratos durante a fase de aclimatização. Para tanto, foram utilizadas plantas provenientes de cultivo in vitro, cujo sistema radicular foi previamente imerso por 10 segundos nas soluções de 0,0; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5; 4,0 e 4,5 mg/L de ANA e posteriormente plantadas em recipientes plásticos contendo como substrato esfagno, fibra de coco ou a mistura de esfagno + fibra de coco 1:1 (v:v). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, e os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial 3x10, sendo três substratos e 10 concentrações de ANA, com 10 repetições de uma planta por tratamento. Após a permanência por 210 dias em viveiro telado (83 µmol/m2/s) as plantas foram avaliadas quanto à sobrevivência, número de folhas, raízes e perfilhos, comprimento da maior folha e raiz, à massa fresca e seca da parte aérea e das raízes. Também foram calculados os incrementos dessas variáveis em relação aos valores observados no plantio. Os substratos foram avaliados quanto à porosidade, capacidade máxima de retenção de água, densidade do substrato, densidade real, condutividade elétrica e pH. A maior sobrevivência (67,7%) foi obtida com a utilização da dose calculada de 1,8 mg/L de ANA que promoveu a formação de sistema radicular eficiente para o desenvolvimento da espécie. O esfagno é o substrato mais indicado para a sobrevivência e crescimento inicial de plantas de B. tuberculata, na fase de aclimatização.
Orchidaceae; cultivo in vitro ; espécie nativa; floricultura; regulador vegetal.