Avaliaram-se os efeitos de doses de esterco bovino (0; 8; 16; 24; 32 e 40 t ha-1) sobre os rendimentos de espigas verdes e de grãos de duas cultivares de milho (Centralmex e AG-9012). O trabalho foi realizado em Mossoró (RN), de setembro a dezembro/99, com irrigação por aspersão. Utilizou-se esquema de parcelas subdivididas no delineamento de blocos completos casualizados com três repetições. As doses de esterco foram aplicadas às parcelas e as cultivares, às subparcelas. O rendimento de milho verde foi avaliado pelo número e peso totais de espigas verdes empalhadas e pelo número e peso de espigas comercializáveis, empalhadas e despalhadas. O rendimento de grãos foi avaliado pelo peso dos grãos corrigido para 15,5% de umidade. Análises do solo, realizadas aos 120 dias após o plantio, constataram que o esterco aumentou a retenção e a disponibilidade de água e os teores de fósforo, potássio e sódio, na camada do solo de 20-40 cm, mas não influenciou o pH e os teores de cálcio, soma de bases e de matéria orgânica. Tanto o rendimento de espigas verdes como o rendimento de grãos aumentaram com o aumento da dose de esterco, exceto o número e o peso totais de espigas verdes da cultivar Centralmex. A cultivar AG-9012 foi superior à cultivar Centralmex quanto aos rendimentos de espigas verdes e de grãos. A receita líquida, calculada com a comercialização de espigas empalhadas comercializáveis, foi maior na ausência de esterco para a cultivar AG-9012 e com a aplicação de 8 t ha-1para a Centralmex.
Zea mays L.; adubação orgânica; milho verde; indicadores econômicos