O cultivo intensivo de melão (Cucumis melo L.) no Nordeste brasileiro tem favorecido a ocorrência de doenças radiculares como a rizoctoniose, causada pelo fungo Rhizoctonia solani. Visando selecionar genótipos com potencial de utilização nos programas de melhoramento e/ou no manejo integrado da doença, foram avaliados 20 genótipos de melão, em relação a dois isolados do patógeno (RS-9 e RS-10). As sementes foram plantadas em solo infestado com o patógeno pela incorporação de 50 mg de substrato (grãos de arroz) colonizado kg-1 de solo. A avaliação dos genótipos foi realizada após 15 dias, com o auxílio de escala de notas de 0 a 4, para agrupamento de cada genótipo em cinco classes e cálculo do índice de severidade da doença. Nenhum dos genótipos apresentou reação de imunidade a R. solani, independentemente do isolado. Os índices de severidade da doença variaram de 6,2 a 85,4% e de 7,8 a 85,2% para os isolados RS-9 e RS-10, respectivamente. Quando considerados os dois isolados do patógeno simultaneamente, os genótipos Sancho, AF-1805, Athenas, AF-682, Torreon e Galileo comportaram-se como altamente resistentes. Os genótipos Sancho e AF-1805 apresentaram os menores índices de severidade da rizoctoniose em relação a RS-9 e, o genótipo Gold Pride, em relação a RS-10. Esses genótipos diferiram significativamente dos demais, considerando cada isolado do patógeno individualmente e, portanto, constituem fontes promissoras de resistência a R. Solani, devendo ser preferidos para plantio em áreas infestadas pelo patógeno.
Cucumis melo; rizoctoniose; resistência genética