RESUMO
Em busca de maior retorno econômico após o transplantio das mudas, muitos produtores de morango têm feito o cultivo por dois ciclos consecutivos. No entanto, há necessidade de estimar o desenvolvimento fenológico e avaliar o potencial agronômico do morangueiro nesse sistema. O objetivo deste trabalho foi comparar a necessidade térmica, a taxa de aparecimento foliar, o filocrono e a produtividade de cultivares de morangueiro no segundo ciclo de cultivo, em comparação ao primeiro, na região do Terceiro Planalto Paranaense. Avaliaram-se as cultivares Camarosa, Camino Real, Albion, Aromas, Monterrey e San Andreas, utilizando o delineamento experimental de blocos ao acaso e com quatro repetições. A taxa de aparecimento foliar foi estimada a partir do coeficiente angular da regressão linear entre o número de folhas e a soma térmica acumulada, enquanto o filocrono foi estimado pelo inverso do coeficiente angular da regressão. Observou-se que Aromas foi a única cultivar que aumentou a produção de frutos no segundo ciclo. Ao contrário, nesse mesmo ciclo houve considerável redução da produção para ‘Camino Real’, ‘Albion’, ‘Monterrey’ e ‘San Andreas’. Destacaram-se com maior número e massa de frutos comerciais do segundo e primeiro ciclo, ‘Camarosa’ e ‘Camino Real’, respectivamente. No segundo ciclo de cultivo, as cultivares de morangueiro necessitaram menor soma térmica acumulada para iniciar o florescimento e colheita dos frutos e, apresentaram maior taxa de aparecimento foliar e menores valores de filocrono.
Palavras-chave:
Fragaria x ananassa; emissão de folhas; filocrono; produção; soma térmica