Resumos
Neste trabalho, fazemos uma descrição de três colecções de textos publicados nos anos subsequentes ao terramoto de Lisboa, de 1755, pertencentes ao acervo bibliográfico de arquivos e bibliotecas portuguesas. Os textos incluídos nestas compilações, heterogéneos, relativamente ao género literário adoptado e às estratégias argumentativas seguidas, são por nós analisados a partir da sua inserção em categorias pré-estabelecidas. O período em que foram escritos caracteriza-se por ser uma época de transição marcada por hesitações ideológicas e por um eclectismo de tendência conservadora. Destacamos, neste trabalho, pelo seu particular interesse para a história da ciência, um conjunto mais reduzido de textos, os quais se agrupam em torno de dois eixos temáticos: i) explicações físicas dos tremores de terra, ii) preocupações higienistas associadas a este tipo de cataclismos naturais.
terramoto de Lisboa (1755); colecções; textos
This study describes three collections of texts published in the years following the 1755 earthquake in Lisbon. Housed at archives and libraries in Portugal, the texts represent a variety of literary genres and strategies of argumentation. Here they have been analyzed according to pre-established categories. They were written during a time of transition characterized by ideological hesitations and by an eclecticism of conservative bent, a time when the latest experimentalist currents coexisted alongside attempts to reconcile scholastic Aristotelianism and experimentalism. The study focuses on a narrower set of texts, of special interest to the history of science; these can be classified into one of two topics: (i) physical explanations for the earth tremors and (ii) hygienist concerns about this type of natural disaster.
Lisbon earthquake (1755); collections; texts
FONTES
O terramoto de Lisboa de 1755: colecções de textos do século XVIII*
The 1755 Lisbon earthquake: collections of eighteenth-century texts
Filomena Amador
Departamento de Ciências Exactas e Tecnológicas Universidade Aberta, Lisboa, Portugal Rua da Escola Politécnica, nº 147 1269-001 Lisboa Portugal famador@sapo.pt filomenaamador@gmail.com
RESUMO
Neste trabalho, fazemos uma descrição de três colecções de textos publicados nos anos subsequentes ao terramoto de Lisboa, de 1755, pertencentes ao acervo bibliográfico de arquivos e bibliotecas portuguesas. Os textos incluídos nestas compilações, heterogéneos, relativamente ao género literário adoptado e às estratégias argumentativas seguidas, são por nós analisados a partir da sua inserção em categorias pré-estabelecidas. O período em que foram escritos caracteriza-se por ser uma época de transição marcada por hesitações ideológicas e por um eclectismo de tendência conservadora. Destacamos, neste trabalho, pelo seu particular interesse para a história da ciência, um conjunto mais reduzido de textos, os quais se agrupam em torno de dois eixos temáticos: i) explicações físicas dos tremores de terra, ii) preocupações higienistas associadas a este tipo de cataclismos naturais.
Palavras-chave: terramoto de Lisboa (1755); colecções; textos.
ABSTRACT
This study describes three collections of texts published in the years following the 1755 earthquake in Lisbon. Housed at archives and libraries in Portugal, the texts represent a variety of literary genres and strategies of argumentation. Here they have been analyzed according to pre-established categories. They were written during a time of transition characterized by ideological hesitations and by an eclecticism of conservative bent, a time when the latest experimentalist currents coexisted alongside attempts to reconcile scholastic Aristotelianism and experimentalism. The study focuses on a narrower set of texts, of special interest to the history of science; these can be classified into one of two topics: (i) physical explanations for the earth tremors and (ii) hygienist concerns about this type of natural disaster.
Keywords: Lisbon earthquake (1755); collections; texts.
O terramoto de Lisboa, de 1º de novembro de 1755, foi provavelmente o fenómeno natural que maior impacto e repercussão teve, a níveis científico e filosófico, na história da humanidade. A filósofa Susan Neiman, em obra publicada em 2001, com influência notória em análises recentes (Buesco, 2005; Gil Costa, 2005), produzidas à época das comemorações dos 250 anos do terramoto, considera o terramoto e respectivas repercussões como elementos caracterizadores de um período de mudança na história da humanidade, propondo mesmo uma comparação entre esse evento e Auschwitz, em que o primeiro corresponderia ao momento a partir do qual se começou a distinguir o mal natural do mal moral, que equivaleria, por sua vez, ao início da modernidade, enquanto o segundo corresponderia ao fim da era moderna. Na sequência da sua argumentação Neiman considera que "Lisboa chocou o século XVIII de uma maneira que terramotos maiores e mais destrutivos não chocaram o século XX" (p.269). Esta mesma visão tem vindo a ser adoptada por outros autores, como por exemplo Tavares (2005) que propõe uma análise das repercussões do terramoto, através de uma comparação alargada a outras catástrofes naturais e humanas, como os incêndios de Roma (64 d.C.), o ataque às Torres Gémeas, em Nova York, ou ainda o tsunami de 2004, procurando compreender os processos de ruptura violentos que estes acontecimentos introduziram na ordem histórica, através, por um lado, do conhecimento exaustivo do momento em que se verificaram, e, por outro, dos modos como foram comunicados, os quais permitem que estes não sejam esquecidos pelas gerações seguintes.
Na verdade, é um facto incontestável que o terramoto de Lisboa fez abalar os ideais iluministas, como bem o provam os três ensaios que a ele foram dedicados por Immanuel Kant, assim como os textos de Voltaire e Jean-Jacques Rousseau. Mas, o testemunho da sua importância pode igualmente ser rasteado no vastíssimo e heterogéneo conjunto de textos produzidos nas décadas subsequentes ao terramoto de 1755, publicados na imprensa periódica ou na forma de folhetos e pequenos livros em formatos que vão do in-quarto ao in-doze. Pode-se mesmo afirmar que nunca antes deste acontecimento um cataclismo natural suscitara um tão grande interesse, o qual teve ainda a particularidade de persistir ao longo do tempo.
No presente trabalho, chamamos a atenção para três compilações de textos, organizadas nos anos seguintes ao terramoto, pertencentes ao acervo bibliográfico de arquivos e bibliotecas portuguesas. Os autores de parte dos ensaios, inseridos nessas colectâneas, foram portugueses e espanhóis, com origem social e actividades profissionais variadas (clérigos, aristocratas, médicos, homens de leis etc.), assim como filiação política e religiosa diversificadas. Na grande maioria das vezes estes autores foram testemunhos directos da terrível catástrofe natural, o que torna os seus relatos particularmente vivos e valiosos. Porém, com frequência os referidos textos apresentam-se também anónimos, escritos sob pseudónimo ou ainda assinados apenas por iniciais, sendo que nesta última situação se torna difícil identificar o autor. A diversidade de estratégias argumentativas, adaptadas ao tipo de públicos a que se dirigiram e aos objectivos que pretendiam almejar, traduziram-se na produção de um conjunto variado de trabalhos, que neste artigo analisamos a partir da sua inserção em categorias por nós pré-estabelecidas.
O facto de grande parte dos historiadores da ciência, de origem anglosaxónica, não dominarem as línguas portuguesa e espanhola tem feito emergir a ideia de uma quase inexistência, nestas duas línguas, de fontes bibliográficas sobre o assunto, que se tem traduzido numa desvalorização das contribuições ibéricas. Esta pseudo ausência de bibliografia disponível tem sido, por vezes, justificada, pelos referidos historiadores, pela acção repressiva e limitadora da Inquisição, a qual a nosso ver tem sido excessivamente exagerada. As próprias colecções de textos que a seguir analisaremos são um testemunho do que acabamos de afirmar, embora seja sempre possível registar nestas colectâneas algumas ausências significativas que têm como justificação a censura inquisitorial a que estiveram sujeitos os que defenderam doutrinas não-católicas, como por exemplo Francisco Xavier de Oliveira (1702-1783), mais conhecido por Cavaleiro de Oliveira, que viu alguns dos seus ensaios proibidos, nomeadamente o Discurso Patético sobre as calamidades presentes sucedidas em Portugal (1756), onde as causas do terramoto são atribuídas às formas de culto religioso seguidas no país. Além disso podemos igualmente interpretar a publicação de um elevado número de textos anónimos ou sob falso nome como uma forma de contornar a acção da Inquisição. Importa ainda destacar que após o terramoto de 1755 foram proibidos os textos que estimulassem superstições de qualquer ordem, tanto a nível da astrologia como outras, tendo Sebastião de Carvalho e Melo (1699-1782), Secretário de Estado de D. José I e futuro Marquês de Pombal, apelado para que fossem explicadas às populações as causas naturais do fenómeno.
Neste trabalho, assumimos como ponto de partida os interesses da historiografia da ciência, sendo por isso conduzidos a destacar, no interior de cada categoria, os documentos que nos parecem mais significativos, tanto pelo seu conteúdo inovador como por serem obras capazes de tipificarem o espírito e o estilo de um período de transição científico/filosófica, marcado na península Ibérica por um ecletismo frequentemente de tendência conservadora. Neste contexto, dois temas se destacam: i) as tentativas de explicação, em termos físicos, de tremores de terra e maremotos, ii) e, os problemas de saúde pública que surgem associados ao evento.
Três colecções de textos
A publicação e a divulgação de obras de natureza filosófica e científica, abordando os mais variados temas, desempenharam um papel de relevo no século XVIII, facilitando e promovendo a partilha e a discussão pública de ideias. Os livros tornaram-se, nesse período, num objecto cultural comercializado, sendo adquiridos por um público culto que não era formado apenas pelas classes aristocráticas e clericais, mas também por uma burguesia interessada em tomar contacto com os novos conhecimentos científicos. Além disso, a utilização nas referidas publicações das línguas nativas também revela a preocupação em torná-las acessíveis a um público mais vasto. Por outro lado, em Portugal e em Espanha, as traduções foram tornando-se cada vez mais frequentes no decurso do século XVIII, respondendo à necessidade de actualização da intelectualidade ibérica. Em Portugal, antes mesmo da substituição do tribunal inquisitorial pela Real Mesa Censória, em 1768, no reinado de D. José I (1750-1777), registava-se já um acréscimo na difusão do livro o que também se traduziu num aumento no número de livreiros e impressoras nas principais cidades do Reino (Serrão, 1996).
Neste artigo analisam-se três colecções de textos, caracterizando-as e diferenciando-as, numa primeira fase, em termos gerais para posteriormente se destacarem alguns aspectos do seu conteúdo:
Colleçam Universal de todas as obras, que tem sahido ao publico sobre os effeitos, que cauzou o Terremoto nos Reinos de Portugal, e Castella no primeiro de Novembro de 1755 e explicaçoens Physico-Astrologico-Metheorologicas, e Physico-Moral tanto no Idioma Portuguez como Espanhol, e mais cartas, Dissertaçoens, e tudo que se tem escripto, e divulgado nesta Cidade de Lisboa. Esta colecção, que pode ser consultada no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), é formada por oito volumes. No frontispício de cada um dos referidos volumes está patente a informação de que foi organizada, em 1758, na Officina da Curiosidade (?). Parte desta colecção, os cinco primeiros volumes, pode também ser consultada na Biblioteca Nacional (Lisboa).
Colecção de Todas as Noticias, e Outras Obras Politicas, Moraes, e Asceticas, Que tem sahido por occasião do sempre Memoravel Terremoto do I. de Novembro de 1755. Esta colecção, editada em 1763 e constituída por doze volumes, pode ser consultada na Biblioteca da Ajuda (BA), em Lisboa. Provavelmente, o último tomo desta colecção terá sido acrescentado em fase posterior, apresentando-se com um frontispício manuscristo onde é possível ler: 'Colecçam dos Terremotos, e Discursos sobre eles, Desde o anno de 1740 até o do 1º. De Novembro de 755, exclusive, Disposto pela ordem Chronologica'. Ao contrário dos anteriores tomos, este volume possui um indíce manuscrito.
Memorias das Principaes Providencias, que se derão no Terremoto, que padeceo a Corte de Lisboa no anno de 1755, ordenadas, e offerecidas A' Magestade Fidelissima de El Rey D. Joseph I. Nosso Senhor por Amador Patricio de Lisboa. Esta colecção, constituída por um único volume, foi publicada em Lisboa, em 1758, podendo actualmente ser consultada na Biblioteca da Universidade Aberta BUA, em Lisboa, ou online através do endereço www.univ-ab.pt (Biblioteca Digital Antiga). Embora no frontispício do livro surja como autor o nome de Amador Patrício de Lisboa, no catálogo da colecção é referido que a compilação é da autoria do Padre Francisco José Freire.
As sete categorias em que foram agrupados os trabalhos, incluídos nestas colectâneas, foram construídas com base num cruzamento entre o tipo de estratégias argumentativas utilizadas e a intencionalidade que os referidos textos manifestam (Quadro 1). Porém, é importante referir que as três colecções apresentam características diferentes. As duas primeiras apresentam-se mais heterogéneas no seu conteúdo, enquanto a última é dedicada exclusivamente ao comentário e compilação das providências tomadas por D. José I na sequência do terramoto. Quanto às duas primeiras colecções (Arquivo Nacional da Torre do Tombo ANTT e Biblioteca da Ajuda BA) cabe ainda referir que estas testemunham a presença de diferentes critérios na sua organização. Nomeadamente, enquanto na colecção do ANTT se privilegia o género literário e as finalidades que os seus autores pretendiam lograr, a colecção da BA procura separar os textos com base na origem dos autores o que tem por consequência o apresentar dois tomos exclusivamente dedicados a autores hispânicos. Contudo, é de referir que esta última colecção inclui um maior número de textos, o que se justifica em parte por ter sido organizada cinco anos depois da anterior, mas igualmente por nela ter existido a preocupação de incluir trabalhos anteriores a 1755.
1 Reflexões, juízos críticos, compêndios, refutações, observações, explicações, tratados, lições, dissertações filosóficas, dictames, pareceres, precauções, instruções filosóficas, conversações eruditas, comentários, considerações, conferências e histórias
Nesta primeira categoria encontram-se inseridos alguns dos textos que, do ponto de vista da história da ciência, podem ser considerados mais interessantes. Todos eles possuem como objectivo comum determinar as causas do terramoto, porém as explicações finais que visavam atingir e as estratégias argumentativas usadas divergem significativamente entre eles. Alguns dos autores destes textos estavam imbuídos de um fatalismo religioso que os conduziu a uma sobrevalorização das causas divinas em detrimento de causas naturais ou segundas. Outros, por sua vez, serviram-se de autores clássicos como Aristóteles, revigorados no seio da Segunda Escolástica peninsular, para fundamentarem a sua argumentação, apelando já para uma causalidade natural. Porém, a maior parte dos intelectuais ibéricos adoptou um eclectismo de tendência conservadora, esforçando-se por conciliar o aristotelismo escolástico com a designada 'moderna' filosofia natural de cariz experimentalista, o que se compreende facilmente pelo facto da sua formação ter sido realizada, na grande maioria das situações, em instituições jesuítas vinculadas à escolástica.
Nesta categoria são vários os ensaios que merecem ser destacados pelo seu interesse para a historiografia da ciência. O primeiro da autoria de uma das mais importantes personalidades do Iluminismo português, António Nunes Ribeiro Sanches (1699-1783), Considerações sobre os Terramotos, com a noticia dos mais consideraveis, de que faz menção a Historia, e deste ultimo, que se sentio na Europa no dia I de Novembro de 1755 (ANTT, tomo VII; BA, tomo II), foi inicialmente publicado de forma anónima e também sob o falso nome de Pedro Gendron. Este terá sido provavelmente o modo que Ribeiro Sanches encontrou para escapar à censura da Inquisição que, em 1728, o tinha forçado a abandonar Portugal, para onde nunca regressou. Esse mesmo texto foi também inserido numa das principais obras de Ribeiro Sanches: Tratado da Conservaçam da Saude dos Povos: Obra util, e igualmente necessaria aos Magistrados, Capitaens Generaes, Capitaens de Mar, e Guerra, Prelados, Abadessas, Medicos, e Pays de familias. Com um appendix Consideraçoens sobre os Terremotos, com a noticia dos mais consideraveis, de que faz mençao a Historia, e deste ultimo, que se sentio na Europa no 1 de Novembro de 1755 (1757). Ribeiro Sanches procura analisar as causas dos sismos a partir de um conjunto de experiências que recolhe de publicações como, por exemplo, as Philosophical Translations e Mémoires de la Académie des Sciences de París. Porém, para esse autor vulcões, terramotos, auroras boreais, estrelas cadentes, e tempestades eléctricas tinham todos a mesma causa: o enxofre e materiais oleosos que se libertavam das plantas aromáticas, dos animais vivos ou mortos, dos materiais betuminosos, das fontes sulfúricas (caldas), dos vulcões, assim como da combustão dos minerais. Para além disso, Ribeiro Sanches também elabora um conjunto de recomendações, as quais visam aconselhar na escolha dos locais mais adequados à edificação de cidades, entre estas recomenda que se escolham terrenos arenosos onde também seja possível proceder à plantação de árvores que absorvam as referidas exalações e vapores subterrâneos, exercendo assim uma acção preventiva relativamente à actividade sísmica.
Na sequência da mesma linha argumentativa encontra-se também um texto de Joseph Alvarez da Silva, médico particular de D. Leonor de Távora, intitulado: Precauções Medicas Contra Algumas Remotas consequencias, que se podem excitar do Terremoto de 10 nov. 1755 (1756) (ANTT, tomo V; BA, tomo II). Neste trabalho Alvarez da Silva apresenta um conjunto de recomendações médicas que vão desde a selecção dos locais onde erigir habitações, à impermeabilização dos pavimentos das casas com betume, passando por diversas fumigações, até aos cuidados a ter na alimentação e o tipo de exercício físico a realizar. O mesmo autor refere também outras medidas como a aplicação de ácidos e/ou álcalis, assim como o uso de 'pedras bezoar' no combate às enfermidades que se poderiam gerar depois de um terramoto.
Essa relação, entre problemas de saúde pública e tremores de terra, só em parte adquire sentido se for analisada no âmbito dos quadros teóricos aceites na época e oriundos na maior parte dos casos de alguns dos filósofos naturais da Antiguidade Clássica, como Aristóteles e Séneca que atribuíram os tremores de terra à retenção e posterior libertação de exalações, secas e húmidas, com origem no interior do globo terrestre. Estas exalações que acabavam por atingir o exterior do globo eram, devido à sua composição química, consideradas uma ameaça para a saúde das populações, passíveis de contaminar as águas dos poços e rios assim como a própria atmosfera.
Merece ainda ser referenciado pela importância que tem como fonte de informação geral o tratado, frequentemente citado, de Joachim Joseph Moreira de Mendonça, Historia Universal dos Terremotos, que tem havido no Mundo, de que ha noticia, desde a sua creação até o seculo presente. Com huma narraçam indivual do Terremoto do primeiro de Novembro de 1755, e noticia verdadeira dos seus effeitos em Lisboa, todo Portugal, Algarves, e mais partes da Europa, Africa, e America, aonde se estendeu: e huma dissertação phisica sobre as causas geraes dos Terremotos, seus effeitos, differenças, e Prognosticos; e as particulares do ultimo, 1758, (BA, tomo II). A obra está dividida em três partes, sendo na última, intitulada Dissertação Physica, onde se discutem as causas dos tremores de terra, depois de no capítulo I o autor ter já procurado refutar 'antigas, e modernas opiniões'.
De autores portugueses são ainda de destacar os seguintes textos: de Pedro Norberto de Aucourt e Padilha, Effeitos raros, e formidaveis dos quatro elementos, 1756, de Feliciano da Cunha França, Extensão do Dictame, ou Parecer do Reverendissimo P. Mestre Fr. Bento Feijoo ..., 1758 (BA, tomo III), de Theodosio Soares de Miranda, Peregrinaçam Constrangida, com nova Mathematica descuberta, 1756 (BA, tomo III), de Francisco de Vasconcellos e Sande Corte Real, Nova Instrucçam Filosofica, Estabelecida em Varios Experimentos, systemas, e observaçoens pertencentes á Mathematica, principalmente a Artilheria, Astrologia, Metheoros, e Musica, em que evidentemente se demostra, que os tres elementos do Fogo, do Ar, e da Agoa são as causas principaes, que dimovem as convulsoens, e tremores da terra ..., 1761 (ANTT, tomo V; BA, tomo III), assim como um outro ensaio de J.A.S. (Joseph Alvarez da Silva), Investigação das Causas Proximas do Terremoto, succedido en Lisboa no ano de (ANTT, tomo V; BA, tomo III). Este último é particularmente interessante pelas referências de faz à possibilidade de existirem causas eléctricas para os terramotos, teoria que à época granjeou uma certa popularidade.
Entre os autores espanhóis incluídos nestas colecções e nesta categoria destacam-se, por sua vez, os seguintes textos: de Francisco Martinez Molés, Dissertation physica: origen, y formacion del terremoto, padecido el dia primero de Noviembre de 1755. Las causas, que lo produjeron, y las que a todos los producen. Presagios, que antecedentemente anuncian este terrible Meteoro, y explicación de todas las Cuestiones, que sobre tan estraño Phenomeno pueden hacerse, 1755 (ANTT, tomo II; BA, tomo IX), de Francisco Mariano Nipho, Explicacion Physica, y Morall de las Causas, Señales, Diferencias, e Efectos de los Terremotos, com una relacion muy exacta de los mas formidables, y ruinosos, que há padecido la Tierra desde el principio del Mundo, hasta el que se há experimentado en España, y Portugal el dia primero de Noviembre de este año de 1755, 1755 (ANTT, tomo V; BA, tomo IX), de Isidoro Ortiz Gallardo de Villarroel, Lecciones entretenidas, y curiosas, physico-astrologico-metheorologicas, sobre le generacion, causas y señales de los terremotos, y especialmente de las causas, señales, y varios efectos del sucedido en España en el dia primero de Noviembre del año passado de 1755, 1756 (ANTT, tomo II; BA, tomo IX), de Miguel Cabrera, Explicacion Physico-Mechanica de las causas del temblor de tierra como constan de la doctrina del principe de los philisophos Aristóteles: dada por medio de la vena cava, y sus leys, cuyo auxilio quita el horror de sus abstractos, 1756 (ANTT, tomo II; BA, tomo XI) e de Diego de Torres Villarroel, Tratado de los Temblores, y otros movimientos de la Tierra, llamados vulgarmente Terremotos: de sus causas, señales, pronosticos, auxilios, e historias, 1748 (ANTT, tomo II; BA, tomo XII) um texto publicado anteriormente ao terramoto.
O primeiro dos ensaios anteriormente referenciados é sem dúvida o mais citado, porém, chamamos a atenção, pela originalidade das teorias propostas, para o trabalho de Miguel Cabrera (1695-1768), membro da ordem dos mínimos de S. Francisco de Paula e da Regia Sociedad Medica de Sevilla, em que este clérigo apresenta uma interpretação do fenómeno, baseada na teoria da Vena Cava ou Magna Artéria em que sugere estar o globo terrestre atravessado por um grande canal, do qual, por sua vez, partiriam veias secundárias que a posteriori atingiriam a superfície (Figura 1).
Contudo, a proposta mais interessante de Cabrera diz respeito à possibilidade de cálculo da área atingida pelo movimento vibratório assim como de determinar a localização da câmara (D) onde se gerariam as exalações que estariam na origem dos sismos (Figura 2).
2 Relações, notícias e descrições
O facto de o terramoto de Lisboa de 1755 ter sido percepcionado numa área muito vasta justifica a existência de um grande número de textos de carácter informativo e descritivo, nos quais inúmeros autores registaram a sua ocorrência em diversas localidades e regiões, referindo-se também, com frequência, ao tipo e à extensão dos danos afligidos às populações. Este género de textos é na actualidade particularmente importante para as investigações que se têm vindo a realizar no âmbito dos estudos de sismologia histórica (Einsinger et al., 1992).
Um dos tomos da colecção da BA encontra-se praticamente dedicado em exclusivo a este tipo de textos, colocando ainda em evidência que mesmo passados alguns anos sobre o evento ainda se continuavam a receber em Lisboa relatos de que o tremor de terra tinha sido sentido em inúmeras outras regiões. Para além dos trabalhos que tiveram como único objectivo relatar, noticiar e descrever o evento catastrófico, que foram aqueles que incluímos nesta categoria, muitos dos textos que fazem parte das categoria I e III incluem também, por vezes, este tipo de informação.
3 Epistolografia: cartas e contra-cartas
Algumas das cartas e das contra-cartas, presentes nestas colecções, são um testemunho das redes de contactos que existiam entre eruditos peninsulares. Por sua vez, esses textos ao terem sido compilados e publicados inseriram os seus autores na 'esfera pública de opinião' (Araújo, 2003), dando visibilidade e tornando mais abrangente o intercâmbio de conhecimentos e o debate de ideias. Esta documentação de cariz epistolar surge nas colectâneas agrupada em torno de alguns eixos temáticos de discussão, relativamente aos quais é possível geralmente identificar a fonte que gerou a restante produção epistolar. Refira-se a título de exemplo um conjunto de cartas e contra-cartas escritas em reacção à obra de Pina e Mello, Parènesis (ver categoria 6) que podem ser encontradas de forma mais organizada na colecção da ANTT. Os autores de alguns destes textos utilizaram com frequência nomes falsos ou socorreram-se do simples uso das iniciais do seu nome para não serem identificados. Um outro núcleo de cartas surgiu como resposta a uma carta da autoria José de Oliveira Trovão e Sousa, Carta em que hum amigo dá noticia a outro do lamentável sucesso de Lisboa (1755) (ANTT, tomo I; BA, tomo I). Neste caso a reacção foi desencadeada pela necessidade de corrigir erros de localização e notícias de danos registados em pessoas e bens na cidade de Lisboa. Um terceiro núcleo de cartas identificado teve como protagonistas eruditos espanhóis, como Lopez de Amezua, Thomas Moreno e Miguel Ferrer, centrando-se o debate na confrontação entre concepções oriundas dos novos sistemas filosóficos, valorizadores do experimentalismo, e posições mais conservadores associadas ao aristotelismo de raiz escolástica. Contudo, o núcleo provavelmente mais interessante de cartas, do ponto de vista da historiografia da ciência, é formado por um conjunto de cinco cartas do beneditino espanhol Benito Geronymo Feijoo (1676-1764), datadas de 1755/56 e compiladas por Juan Luis Roche (1722?-1794) que lhes juntou um prólogo e uma sexta carta. Nestas cartas Feijoo sugere que a electricidade poderia ser a causa dos tremores de terra, justificando que só esta poderia explicar o facto de o sismo ter sido sentido praticamente em simultâneo em localidades muito afastadas entre si. Este posicionamento foi fortemente rejeitado por Miguel Cabrera, que em reposta, fez publicar em Sevilha, em 1756, o seguinte texto: Copia de Carta, en que se manifiesta, que lá Electricidad ya natural, y ya Maquinaria no puede servir de fundamento para explicar la divergencia de los Terremotos, como persuade en su quarta carta el Il.mo y Rmo. P. Mro. Fr. Benito Feijoo, escribiola a un correspondiente de la Ciudad, y Gran Puerto de Santa Maria, con las respuestas a las dudas de un prologo, que forma Don Luis Roche, contra el sistema de la vena Cava (1756) (ANTT, tomo II). Neste trabalho Cabrera contesta as afirmações de Feijoo e Roche, fazendo uma crítica bem fundamentada às hipóteses explicativas adoptadas por Feijoo.
Porém, é importante também referir que em muitas situações não estamos perante o testemunho de uma verdadeira troca epistolar, houve sim a opção pelo uso de um estilo literário, a epistolografia, por se considerar que este se adequava à descrição vivencial de uma situação catastrófica. Neste contexto, é de destacar a existência de um outro conjunto de cartas, com alguma expressividade numérica, principalmente na colecção da BA, que tiveram como objectivo informar de acontecimentos registados em localidades mais longínquas.
4 Prodígios, profecias, prognósticos e refutações
Este tipo de textos surge representado na colecção da BA apenas por um número reduzido de trabalhos. Contudo, pelas referências que encontramos em numerosos documentos, devem ter sido publicados na época grande quantidade de textos alusivos a profecias e prognósticos, cuja circulação terá sido proibida, justificando-se deste modo a sua quase total ausência nestas colecções. Num dos textos analisados, assinado por Epicureo Alexandrino (provavelmente um nome falso), Carta, em que se mostra a profecia do Terremoto do primeiro de Novembro de 1755 (ANTT, tomo VII; BA, tomo I), é expressamente referido que as 'previsões' tinham sido proibidas por carta pastoral. Este mesmo autor cita Feijoo que na sua principal obra, Teatro Crítico Universal (Tomos I e II, 1726/28), tinha criticado veementemente os almanaques e reportórios onde se incluíam previsões, afirmando que a religião católica era inimiga deste tipo de superstições. Porém, Feijoo reconhecia dever existir certa tolerância relativamente à astrologia. Na verdade, os escassos textos que encontramos referem-se precisamente a previsões baseadas em cálculos astrológicos. Refira-se como exemplo um texto de Francisco Carlos Silva, Theatro Universal de Novidades Politicas, Marciaes, e Elementares, e Prognostico para o anno de 1757. primeiro depois do Bissexto. Calculado ao Meridiano da Cidade de Lisboa, pela altura de 38. gr. E 43. minutos de elevaçam de Pólo (1756) (BA, tomo I).
Mais comum é a presença de refutações às profecias, como a da autoria de M.P.R., Juizo Critico, em que se persuade a falacia dos vaticinios do homem chamado vulgarmente o Profeta de Leyria, e outros, que se atribuem a outros sugeitos, dentro, e fóra de Portugal, e se propoem a cautela que deve haver na credulidade sobre esta materia (1759) (BA, tomo I), ou ainda de L.J. de F. e S., Refutaçam de alguns erros, que com falso, e fantastico nome de Profecias, ou Vaticinios, se divulgaram, e espalham ao presente, aonde com toda a brevidade, e clareza se mostra sua insubsistencia, e falsidade (1756) (BA, tomo I).
Também nos merece destaque um outro trabalho de Isidoro Ortiz Gallardo e Villaroel, Lecciones entretenidas, y curiosas, physico-astrologico-metheorologicas, sobre le generacion, causas y señales de los terremotos, y especialmente de las causas, señales, y varios efectos del sucedido en España en el dia primero de Noviembre del año passado de 1755 (1756) (ANTT, tomo II; BA, tomo IX), em que este autor associa os tremores de terra à influência dos astros, atribuindo o terramoto de 1755 à influência de um eclipse do Sol que teria sido registado em Espanha, a 26 de Outubro de 1753, apresentando o céu na referida data uma carta astrológica semelhante à que se teria registado no dia 1 de Novembro de 1755. O autor deste texto, Gallardo e Villaroel era sobrinho de Diego Torres de Villaroel, polémico professor da Universidade de Salamanca, autor de uma obra datada de 1748, Tratado de los Temblores, y otros movimientos de la Tierra, llamados vulgarmente Terremotos: de sus causas, señales, pronosticos, auxilios, e historias, também inserida nas colecções do ANTT (tomo II) e da BA (tomo XII).
5 Orações, devoções, benções, súplicas, sermões, cartas pastorais e salmos
Nesta categoria insere-se um conjunto de textos que visava essencialmente aplacar a ira Divina e agradecer os benefícios recebidos. Muitos deles foram incluídos em actos religiosos como missas, novenas, procissões, isto é em ritos expiatórios colectivos, frequentes nos dias e meses que se seguiram ao terramoto.
Merecem destaque especial os textos dedicados a S. Francisco Borja, considerado um dos santos protectores contra terramotos, o qual foi nomeado pelo papa Bento XIV, a pedido expresso de D. José I, patrono e protector do reino e seus domínios, contra os terramotos. Este santo jesuíta gozava já de grande devoção em outros países europeus e americanos, como é expresso num texto anónimo inserido na colecção da BA (tomo V) e intitulado: Relaçam, e noticia dos Reinos, e Cidades da Cristandade, que tem tomado a S.Francisco de Borja por Patrono contra os Terremotos. Beneficios, que recebèrão seos habitadores com este Patrocinio. Porém, a política antijesuítica do Marquês de Pombal, já em curso, fez com que o seu culto não fosse seguido por todos e tivesse sido limitado no tempo (1759 data da expulsão dos jesuítas de Portugal). É por isso natural que nestas colectâneas se encontrem inúmeros textos (orações, benções e novenas) dedicadas a outros santos protectores como por exemplo: a Santa Águeda, a Santo Emygio Bispo, a S. Filipe Néri, a Santa Bárbara assim como ao Senhor Jesus dos Terramotos cuja imagem se venerava na Igreja de Santo António de Lisboa (Terremoto Destruido, ou Escudo Celestial contra os Terremotos, Peste, Rayos, Trovoens, e Tempestades. Com huma Collecção de varias, e mui particulares Oraçoens; e huns efficacissimos Exorcismo contra toda a qualidade de maleficios: o que tudo dedica, e consagra humanonymo ao Soberano Senhor Jesus dos Terremotos. Cuja Sagrada Imagem se venéra na Igreja do Beato Antonio de Lisboa, 1757, Tomo VI da BA).
Para além deste tipo de textos foram ainda compilados e publicados inúmeros sermões e exortações, incluindo alguns proferidos no Brasil, como por exemplo um texto de Filipe Benicio, de 1757, intitulado: Sermão da Quinta Dominga da Quaresma, Exposto em a Igreja Matriz do Corpo Santo em Pernambuco no anno de 1756. Havendo chegado a noticia da grande ruina de Portugal (ANTT, tomo V).
6 Poemas, sonetos, cantos e romances
Nesta categoria pode ser inserida uma grande quantidade de textos. A colecção do ANTT dedica-lhe praticamente um volume (tomo VI), enquanto que na colecção da BA este tipo de textos se encontra mais disperso. É interessante referir que neste caso não estamos apenas perante obras destinadas a distrair uma audiência de aristocratas. Alguns destes textos procuram retratar os problemas sociais que este fenómeno natural provocou e debater as suas causas. Destacamos nesta categoria, pelo seu conteúdo e pela reacção que provocou, um poema de Francisco Pina e Mello (1695-?) intitulado Parènesis (ANTT, tomo I; BA, tomo VIII) no qual o autor expressa as suas dúvidas sobre os novos sistemas filosóficos, tipificador de certo modo de um conservadorismo remanescente. De acordo com Barbosa Machado (1965) Pina e Mello terá estudado 'filosofia peripatética' na Universidade de Coimbra, onde 'leu com particular reflexão os Systemas de Renato Descartes, Pedro Gassendo, e outros Filosofos modernos, e da sua mesma lição colheu que unicamente a Filosofia Moral era digna de toda a applicação como directora das acções virtuosas' (p.221). Pina e Mello, que era membro da Academia Real de História, fundada em 1720, afirmou existir na época uma 'inflação da Sciencia' tal, que alguns, como os copernicanos, que se presumiam 'mais de mathematicos, que de Cristaons' (ibidem, p.2), afirmavam que a Terra se movia. Deste modo é considerado delírio, para este autor, pensar em causas naturais para os tremores de terra: 'só quem a fez [a Terra] com hum aceno, a póde mover com huma palavra' (ibidem). Apenas os clássicos, como por exemplo Estrabão, Thales, Aristóteles, Demócrito e Anaximenes, poderiam, por ainda não serem cristãos, ser desculpados pelas suas afirmações, mas a mesma benevolência não deveriam receber, segundo Pina e Mello, alguns dos autores mais recentes. Num dos trechos do seu poema refere:
Ó Papa, ó Rey, ó Bispo, ó Potentado,
Ó mortal, desde o sceptro até ao cajado,
Ó Sophista, ó Atheo, ó Libertino,
Se acaso no teu cego desatino
Presumes animado o monstro enorme
Deste corpo terraqueo, onde se fórme
Na impressão de particulas aerias
O fervor vacilante das arterias,
Será preciso na cegueira tua,
Antes que te convença, que eu te instrûa.
Se entendes, como Thales, que boiante
Anda no Mar a Terra, e a cada instante
Póde seguir o impulso da tormenta:
Se Democrito aqui te aprezenta
Que he hum insulto, com que o fogo aspira
A sacudir com furia, arrojo e ira
A chuva, que o seu centro em golfo muda:
Se julgas despenhada a maça ruda
Dentro de si, com impetos perenes,
Como quis persuadir Anaximenes:
Se em fim, como discorre o Peripato,
Queres que seja um horrido conato
Da força subterranea, que se choca
Com hum vapor furioso, que a suffoca;
E em tão tremendo indomito tumulo
Não concebes motivo mais occulto,
Que arrojos materiaes: Ó quanto dano
Temo nesse infelice, e cego engano!
Sabe, ó mortal, que a colera Divina
Nunca mais irritada se fulmina,
Que quando expoem a formidavel guerra
De combater a terra com a terra
Num outro poema, Palacio do Sol, ou Panegyrico Gratulatorio (ANTT, tomo I), dedicado ao rei e ao povo britânico pelo apoio a Portugal na sequência do infortúnio, Pina e Mello voltou a fazer críticas directas ao sistema cartesiano. Mas as reacções que esses textos provocaram devem não só ser interpretadas no âmbito de uma confrontação entre concepções filosóficas/científicas distintas, como devem também ser compreendidas no âmbito literário como uma rejeição ao gongorismo barroco que este autor personifica e que em Portugal tinha encontrado uma conjuntura económica e política propícia à sua manutenção, mesmo depois de já ter sido abandonado por outras nações europeias.
7 Avisos, decretos reais e providências
Na sequência do terramoto o governo português tomou de imediato uma série de medidas com vista a minorar os inúmeros problemas surgidos, cujo pragmatismo está bem evidenciado na célebre afirmação: 'enterrar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos', proferida por D. Pedro de Almeida, Marquês de Alorna, mas com frequência atribuída ao Secretario de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal. Na colecção de textos da UAB, constituída por um só volume, organizado por P. Franscisco José Freire e oferecido a D. José I, afirma-se serem muitos os escritores que se preocuparam em informar a posteridade dos efeitos deploráveis de um caso tão horroroso, mas que ninguém se tinha preocupado em dar a ler aos vindouros as grandes 'providências, que sahiraõ, para não se dobrar a nossa calamidade, sentindo-se de tanto mal os seus naturaes effeitos' (p.1). O autor desta colectânea de informação divide as providências em catorze categorias, referindo-se inicialmente em termos gerais a cada uma delas e apresentando posteriormente cópia dos inúmeros documentos. Destacam-se pelo interesse que podem ter, no âmbito do presente trabalho, as providências incluídas nas categorias I e III. As primeiras visaram 'evitar o receyo da peste, que ameaçava a corrupção dos cadaveres', ordenando-se que estes fossem rapidamente sepultados. Por seu lado, as providências inseridas na categoria III tinham como objectivo: 'curar os feridos, e doentes, que estavaõ desamparados nas ruas em perigo certo de morrerem' (p.88).
Este tipo de preocupações justifica-se na medida em que o terramoto de 1755 provocou uma enorme destruição, principalmente na cidade Lisboa, mas também em outras vilas e cidades, a que se associaram milhares de vitimas, tornando-se este o ambiente ideal para que se desenvolvesse o temor de que a peste viesse de novo a grassar em Portugal. Se uma das primeiras medidas a tomar era ordenar o sepultamento dos mortos e a atenção médica aos enfermos, no cenário de reconstrução que de imediato se começou a delinear era também necessário agir de forma a que no futuro se pudesse evitar uma catástrofe com consequências análogas. Mas, foi principalmente o temor a novo surto de peste que suscitou as primeiras catorze providências do governo português, as quais visavam o destino a dar aos cadáveres cuja 'corrupção' era considerada uma ameaça para a saúde das populações (Tavares, Amador, Pinto, 2006). O próprio fenómeno também era visto como gerador de fendas, nos solos, por onde se libertariam exalações 'pestilentas' e sulfúricas capazes de corromper o ar e contaminar as águas, provocando diversas enfermidades. Embora, esta última ideia não fosse compartilhada por muitos autores, como Alvarez da Silva, já citado, o qual considerava que a peste resultava de uma certa 'aura deletérea' ou 'gas bárbaro' que apenas os cadáveres cuja morte estivesse já relacionada com uma situação de ´podredumbre contagiosa pestilencial' possuíam. Sendo assim, os restantes cadáveres mesmo quando expostos não causariam peste.
Para além disso, as providências reflectem igualmente medidas de mobilização de médicos, cirurgiões, boticários e enfermeiros, assim como de militares, e no geral de toda a sociedade portuguesa que foi convocada a participar nos trabalhos de socorro a feridos.
Biblioteca da Ajuda
Colecção de Todas as Noticias, e Outras Obras Politicas, Moraes, e Asceticas, Que tem sahido por occasião do sempre Memoravel Terremoto do I. de Novembro de 1755.
Tomo I a XII
Lisboa, 1763
55-V-8 a 19
Tomo I
Antonio Figueiredio, Rerum Lusitanarium Ephemerides ab Olisiponensi Terraemotu, Tipografia Regia Sylvianis, Lisboa, 1761.
Antonio Pereira, Commentario Latino e Portuguez sobre o Terremoto e Incendio de Lisboa. Officina de Miguel Rodrigues, Lisboa, 1756.
Destruição de Lisboa, e Famosa Desgraça, que padeceo no dia primeiro de Novembro de 1755. Lisboa, 1756.
Bento Morganti, Carta de hum amigo para outro, em que se dá succinta noticia dos effeitos do Terremoto, succedido em o Primeiro de Novembro de 1755. Com alguns principios Fisicos para se conhecer a origem, e causa natural de similhantes Phenómenos terrestres, Offic. Domingos Rodrigues, Lisboa, 1756.
M.T.P., Nova e Fiel Relação do Terremoto, que experimentou Lisboa e todo Portugal no I. de Novembro de 1755. Com algumas observaçoens curiosas, e a explicação das suas causas. Officina de Manoel Soares, Lisboa, 1756.
Relação do Grande Terremoto, que houve na Praça de Mazagam em o primeiro de Novembro de 1755. Referem-se os seus effeitos, e ruinas que causou, e brevemente se mostra de que procedem os tremores de terra, Lisboa, 1755.
D.J.F.M., Theatro Lamentavel, scena funesta: relaçam verdadeira do Terremoto do primeiro de Novembro de 1755. Com a noticia do estrago, que cauzou em Lisboa, e suas vizinhanças; ruina do Reino do Algarve, e sustos de todo o Portugal. Cauza natural, e mystica do mesmo. Officina de Francisco de Oliveira, Coimbra, 1756.
José de Oliveira Trovão e Sousa, Carta em que hum amigo dá noticia a outro do lamentavel successo de Lisboa, Officina de Luis Secco Ferreyra, Coimbra, 1755.
José Acursio de Tavares (Bento Morganti ?), Verdade Vindicada ou resposta a huma carta escrita de Coimbra, em que se dá noticia do lamentavel successo de Lisboa no dia 1 de Novembro de 1755, Off. De Miguel Manescal da Costa, Impressor do Santo Officio, Lisboa, 1756.
Antonio dos Remedios, Resposta á carta de Jozé de Oliveira Trovam e Sousa, em que se dà noticia do lamentavel successo de Lisboa, Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1756.
A.P.C., Carta Anatomica, que escreve hum amigo do Porto a outro de Coimbra, em que se faz juizo da Carta, que sahio dando noticia do Terremoto de Lisboa, e da Crisis feita á Parenésis do Pina, Off. de Antonio Simoens Ferreira, Coimbra, 1756.
O Gram Pescador Cosme Francez, Sarrabal Saloyo Irman Gemio de Damian Francez, Naturaes ambos de Villar de Frades. Almana K. Universal para o anno de 1757. Calculado, e ajustado nas lunaçoens ao meridiano de Lisboa, pela altura no nosso Polo 38.gr. e 48. min. de tal, ou qual imaginaria elevação. Contém tudo quanto leva, sem lhe faltar cousa alguma. Officina de Manoel Soares, Lisboa, 1756.
Francisco Carlos da Silva, Theatro Universal de Novidades Politicas, Marciaes, e Elementares, e Prognostico para o anno de 1757. Primeiro depois do Bissexto. Calculado ao Meridiano da Cidade de Lisboa, pela altura de 38. gr. E 43. minutos de elevaçam de Polo.
Avizo, que Sua Magestade mandou à Camera dos Communs, vulgarmente chamada a Camera baixa do Parlamento, pelo Secretario de Estado Mons. De Fòs. Londres, 1755.
Portugal Agradecido, Lisboa Obsequiosa, Panegyrico Gratulatorio em o qual a Cidade de Lisboa agradece á Corte de Londres o magnifico presente, que esta lhe mandou. Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1756.
Verdadeira Noticia de hum Famoso Caso succedido na Rua dos Canos desta Cidade, ou relaçam de huma grande mercé que o Inclito Santo Antonio fez a huma sua devota, livrando-a, como piamente se cré, de hum perigo inevitavel, que certamente lhe succederia a lhe não valer a Protecção deste Santo Portuguez. Officina junto a S. Bento de Xabregas, Lisboa, 1757.
João Antonio Bezerra de Lima, Elogio do Padre D. Luiz Caetano de Lima, Clerigo Regular. Officina de Manoel Antonio Monteiro, Lisboa, 1759.
Braz Joseph Rebello Leite, Clamor Justificado na razão, Direito, e Motivos, para que se distribuão Parochianos, que estão dispersos por outros territorios, jà antes do Terremoto succedido no primeiro de Novembro de 1755. muito augmentados, e depois delle capazes de divisão, para se erigirem huma, ou mais Frequezias em beneficio dos Rebanhos, e dos Pastores, que inteiramente ficarão sem ellas. Officina Patriarcal da Francisco Luiz de Ameno, Lisboa, 1758.
Academia dos Humildes e Ignorantes. Conferencia II e III. Officina de Ignacio Nogueira Xisto, Lisboa, 1760.
L.J. de F. e S., Refutaçam de alguns erros, que com falso, e fantastico nome de Profecias, ou Vaticinios, se divulgaram, e espalham ao presente, aonde com toda a brevidade, e clareza se mostra sua insubsistencia, e falsidade. Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1756.
M.P.R., Juizo Critico, em que se persuade a falacia dos vaticinios do homem chamado vulgarmente o Profeta de Leyria, e outros, que se atribuem a outros sugeitos, dentro, e fóra de Portugal, e se propoem a cautela que deve haver na credulidade sobre esta materia. Officina de Antonio Vicente da Silva, Lisboa, 1759.
Epicureo Alexandrino, Carta, em que se mostra a profecia do Terremoto do primeiro de Novembro de 1755. Officina Patriarcal de Francisco Luiz de Ameno, Lisboa, 1756.
Francisco Antonio de S. Joseph, Discurso Moral, sobre os Temores, que causou o Terremoto na gente de Lisboa. Officina de Joseph da Costa Coimbra, Lisboa, 1756.
Tomo II
Joachim Joseph Moreira de Mendonça, Historia Universal dos Terremotos, que tem havido no Mundo, de que ha noticia, desde a sua creação até o seculo presente. Com huma narraçam indivual do Terremoto do primeiro de Novembro de 1755., e noticia verdadeira dos seus effeitos em Lisboa, todo Portugal, Algarves, e mais partes da Europa, Africa, e America, aonde se estendeu: e huma dissertação phisica sobre as causas geraes dos Terremotos, seus effeitos, differenças, e Prognosticos; e as particulares do ultimo. Officina de Antonio Vicente da Silva, Lisboa, 1758.
João Antonio da Costa, e Andrade, Conversação Erudita Discurso Familiar, Conferencias Asceticas; Historias, Politicas, e Philosophicas. Officina de Joseph da Costa Coimbra, Lisboa, 1756.
Consideraçoens sobre os Terremotos, com a noticia dos mais consideraveis, de que faz mençaõ a Historia, e deste ultimo, que se sentio na Europa no I de Novembro de 1755.
Verdadeira Noticia, e curiosa Relação do Grande, e Lastimozo caso que succedeo na Ilha de Santa Elena por occasião de hum terrivel Terremoto, que proximamente houve na mesma Ilha, e se refere o grande estrago originado deste successo. Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1755.
Relaçam de hum caso notavel, espantoso, e horrivel, novamente succedidoem a Provincia de Alem-Tejo em 11 de Julho do anno presente de 1756, nas paças de Elvas, e Olivença, e lugares circumvisinhos, cujas noticias forão communicadas por pessoas fidedignas. Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1756.
Relação succinta, geographica; e historica da Ilha de Amboino, com a noticia do formidavel estrago, que nella succedeo. Lisboa, 1756.
Relação Verdadeira da implacavel peste, que padece a Cidade de Marrocos, Argel, e outras Africanas, e da grande trovoada, que a 15. de Março do prezente anno de 1756. experimentou a Berberia. Lisboa, 1756.
Copia de huma Carta escrita pelo Padre Guardiam do Real Convento de Maquinés, e Vice-Prefeito das Santas Missoens, que nas partes da barbaria conserva a Religiosa Provincia de São Diogo dos RR. PP. Franciscanos Descalços, ao Padre Procurador dellas. Lisboa, 1756.
Carta vinda da Cidade de Padua, em a qual se refere o espantoso, e horrivel successo, que na mesma Cidade aconteceo aos 17 do mez de Agosto deste anno, remetida a esta Cidade (traduzida, e escrita no idioma lusitano por F.A. de Ol.). Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1756.
Relaçam Notavel de hum cometa que novamente appareceo em Africa sobre a Praça de Tangere. Noticia que de algumas cartas vindas á Cidade de Londres se communicou a esta Lisboa. Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1756.
Noticia de hum lastimoso sussesso acontecido na Ilha de martinica, este anno de 1757. Officina junto a S. Bento de Xabregas, Lisboa, 1757.
Noticia certa de hum fatal successo, acontecido na Cidade de Constatinopla, e o espantoso fenomeno, que nella se vio no dia viente e seis de Novembro proximo de 1756. Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1757.
Noticia de hum notavel successo acontecido em Africa no paiz de Constatina, em o mez de Janeiro do prezente anno. Lisboa, 1758.
J.A.B.D.M.F.P.E.S., Relaçam do Estrago, e catastrof, succedido na Ilha de S. Jorge, e mais circumvisinhas. Lisboa, 1757.
Francisco Villes e Alcanar, Verdadeira Noticia do grande sucesso, que aconteceo no Reino de Napoles, e notaveis observaçoens feitas no monte Vezuvio. Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1757.
Joseph Alvarez da Silva, Precauções Medicas Contra Algumas Remotas consequencias, que se podem excitar do Terremoto de 17 11 55. Officina de Joseph da Costa Coimbra, Lisboa, 1756. 1
Tomo III
Verissimo Antonio Moreira de Mendonça, Dissertação Philosophica sobre o Terremoto de Portugal do primeiro de Novembro de 1755. Expendem-se as suas Causas physicas, as dos seus Effeitos, e Prognosticos. Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1756.
Pedro Norberto de Aucourt e Padilha, Effeitos raros, e formidaveis dos quatro elementos. Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1756.
Feliciano da Cunha França, Extensão do Dictame, ou Parecer do Reverendissimo P. Mestre Fr. Bento Feijoo, do Conselho de S. Magestade Catholica, &c. A'cerca das Causas dos Terremotos, Explorado pelo Lic. João de Zuniga. Officina de Joseph da Costa Coimbra, Lisboa, 1758.
J.A.S., Investigação das Causas Proximas do Terremoto, succedido en Lisboa no ano de 17 11 55. Officina de Joseph da Costa Coimbra, Lisboa, 1756. 1
Theodosio Soares de Miranda, Peregrinaçam Constrangida, com nova Mathematica descuberta. Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1756.
Fr. Manoel da Epifania, Novas, e Curisosas Reflexioens sobre os terremotos, e huma oraçam tragica de Lisboa. Off. de Miguel Rodrigues, Lisboa, 1756
Francisco de Vasconcellos e Sande Corte Real, Nova Instrucçam Filosofica, Estabelecida em Varios Experimentos, systemas, e observaçoens pertencentes á Mathematica, principalmente a Artilheria, Astrologia, Metheoros, e Musica, em que evidentemente se demostra, que os tres elementos do Fogo, do Ar, e da Agoa são as causas principaes, que dimovem as convulsoens, e tremores da terra; e tratando dos dous terremotos, que se experimentarão em Lisboa, do primeiro do mez de Novembro, do segundo de Março proximo, expende as particulares razoens da mayor intençam: a extenção de espaço, que abrange o primeiro, da circunstancia do ruido, e estrondo, de succeder de manhaã pela crescença do dia, e no mez de Novembro: da maior duração do segundo, de ter succedido de manhaã pela conjunção do meyo dia, e no mez de Março, infringindo por ultimo a fé, e o credito, que o vulgo costuma tributar aos Prognosticos, que fazem os Reportorios de qualquer Terremotos futuros. Officina de Antonio Vicente da Silva, Lisboa, 1761.
Tomo IV
Francisco de Pina e Mello, Juizo sobre o Terremoto, Off. De Antonio Simoens Ferreira, Coimbra, 1756.
Fr. Manuel do Cenáculo, Oração (Primeira Sessão da Academia Mariana celebrada nesta Cidade no I. de Agosto de 1756). Officina de Miguel Manescal da Costa, Lisboa, 1758.
Fr. Francisco de Santo Alberto, Estragos do Terremoto vatecinio de felicidades. Sobre os habitadores da nobilissima Villa de Setuval na justificada afflição em que se virão no primeiro de Novembro de 1755. Officina junto a S. Bento de Xabregas, lisboa, 1757.
João Antonio Bezerra e Lima, Declamação Sagrada na Ruina de Lisboa, Causada pelo Terremoto do primeiro de Novembro de 1755, e pleo incendio, que se lhe seguio. Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1757.
Anónimo, Brados do Ceo, e clamores da terra, dirigidos aos peccadores adormecidos nas suas culpas, e sepultados no lethargo de seus vicios. Officina de Joseph Filippe, Lisboa, 1761.
Verdadeira, e mais perfeita devoçam de Maria Santissima, Senhora Nossa Mãy de Deos, e dos peccadores, Proposta em huma Carta, que do retiro da sua cella envia certo Religioso a todos os moradores de Lisboa. Officina de Manoel Coelho Amado, Lisboa, 1757.
Vida Prodigiosa da Grande Virgem, e Martyr S.ta Agueda, especialissima Advogada contra os Incendios, e Terramotos; Cujas Sedulas bentas, são milagroso, evidente, e presentáneo remedio contra estes tão crueis inimigos nossos. Officina junto ao Beato Antonio, Lisboa, 1756.
Louvado seja o Santissimo Sacramento. Breve Realação da Vida, e Morte Prodigiosa da Madre Soror Maria Joanna nossa irmã, que faleceo a 25. de Março deste presente anno de 1754. neste nosso Convento do Louriçal. Officina de Manoel Coelho Amado, Lisboa, 1754.
João Emygdio, Vida, e Milagres de Santo Emygdio Bispo, e Martyr Advogado contra os tremores de terra. Officina de Miguel Rodrigues, Lisboa, 1761.
Bençam de Santo Emygdio contra os Tremores da terra (+ Antifona e Oraçam).
Nova Devoção, que hum indigno devoto dedica ao Glorioso S. Filippe Neri, Advogado contra os terremotos, e mortes repentinas, tirada de hum livro intitulado: Receita Universal, e traduzidas algumas cousas do Latim em Portuguez, para que todos se aproveitem, impetrando de Deos misericordia, e impedindo a Divina Justiça, com que nos ameaça a sua Omnipotente mão. Officina de Miguel Manescal da Costa, Impressor do Santo Officio, Lisboa, 1756.
Manoel da Epifania, Portugal Consolado, e Instruido com as Vozes de Jesus Christo depois das fatalidades de hum terremoto. Officina de Miguel Manescal da Costa, Lisboa, 1757.
Tomo V
Relaçam, e noticia dos Reinos, e Cidades da Cristandade, que tem tomado a S.Francisco de Borja por Patrono contra os Terremotos. Beneficios, que recebèrão seos habitadores com este Patrocinio.
Seguro Refugio contra o açoute dos Terremotos. Methodo para conseguir o efficaz Patrocinio de S. Francisco de Borja, da Companhia de Jesus, Universal Protector dos que o invoção nesta calamidade, e novamente eleito Patrono de todo o Reyno de Portugal, exposto em fórma de Novena ao mesmo Santo, por hum religioso da Companhia.
P. Ignacio Ribeiro, Novena de S. Francisco de Borja, da Companhia de Jesus. Principal Patrono, e Protector contra os Terremotos. Officina Patr. de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1756.
Oraçoens diversas para se rezarem a varios Santos. Depretação para implorar o patrocinio de S. Francisco de Borja advogado contra os terremotos.
Devoçam de S. Francisco de Borja.
Devoções Particulares A' Senhora S.ta Barbara, advogada contra trovões, raios, ar corrupto, tempestades, e mortes repentinas. Officina de Miguel Manescal da Costa, Impressor do S. Officio, Lisboa, 1761.
Escudo Impenetravel aos trovoens, rayos, peste, e ar corrupto. Administrado por S.ta Barbara, Virgem, e Martyr. Coimbra.
Joseph Cardinalis [Cardeal de Lisboa] Carta pastoral, Lisboa, 1756.
P. Joseph da Conceição, Dia de Todos os Sanstos exposto á lembrança dos esquecidos, por meyo de huma devota Novena, que vay dirigida, e offerecida ao Senhor Jesus dos Terremotos, a qual Imagem se venéra no Convento de S. Bento de Xabregas. Officina junto a S. Bento de Xabregas, Lisboa, 1756.
P. Joze da Conceição, Novena, e Noticia da Milagroza Imagem de N. Senhora das Barracas sita na Lameda do Beato Antonio. Officina a S. Bento de Xabregas, Lisboa, 1761.
Marianno de Jesus Maria, Jesus Maria. Suspiros Devotos pata todos os dias a Maria SS. Senhora Nossa, com o Mysterioso titulo de Nossa Senhora das Barracas, sita na Lameda do Beato Antonio. Officina a S. Bento de Xabregas, Lisboa, 1761.
Brados do Ceo Tremores da Terra. Incentivos para hum verdadeiro arrependimento, pelo que Deos fala com a alma esquecida do bem da sua salvação. Officina a S. Bento de Xabregas, Lisboa.
Academia dos Humildes e Ignorantes. Conferencia I. Officina de Ignacio Nogueira Xisto, Lisboa, 1760.
Oraçam muy devota contra os tremoes da terra, trovoens, e rayos.
Verba Sanctissima. Adversus aeris tempestates.
Fr. Manoel Evangelista, Clamores do Senhor Jesus do Rosario ao peccador.
Benção de Santo Emygdio contra os tremores da terra. Officina de Miguel Rodrigues.
Benção Sagrada do Glorioso Bispo, e Martyr Santo Emygdio, Singular especialissimo Advogado contra todo o genero de terremotos da terra, e das violentas convulsoens do mar, confirmado com innumeraveis milagres. Officina de Francisco Borges de Sousa, Lisboa, 1761.
Tomo VI
Terremoto Destruido, ou Escudo Celestial contra os Terremotos, Peste, Rayos, Trovoens, e Tempestades. Com huma Collecção de varias, e mui particulares Oraçoens; e huns efficacissimos Exorcismo contra toda a qualidade de maleficios: o que tudo dedica, e consagra humanonymo ao Soberano Senhor Jesus dos Terremotos. Cuja Sagrada Imagem se venéra na Igreja do Betao Antonio de Lisboa. Officina de Joseph Fillipe, Lisboa, 1757.
Tomo VII
Antonio Pereira da Camara, Sermão de N.S. da Lapa, Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1757.
Antonio Nicolao de Carvalho, Exhortação, que fez aos fieis, no domingo 28 de Outubro de 1756, na Igreja de N.S. da Lapa do Recolhimento das Orfans dezamparadas, no sitio de Buenos-aires de Lisboa. Officina de Jozé da Sylva da Natividade, Lisboa, 1757.
Antonio Pereira da Camara, Sermão da Conceição da Senhora em festa votiva, que a' Virgem Soberan dedicou o Doutor Francisco de Almeida Jordam, Cavalleiro professo da Ordem de Christo, Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1757.
Antonio do Espirito Sancto Andrade, Sermão de Jesus Christo Crucificado com o titulo de Senhor dos Desamparados, Imagem Veneravel, que ficou illesa na nossa Igreja de S. Francisco da cidade de Lisboa, sem a derribar o Terremoto, nem a offender o fogo, que destruîrão a tudo o mais. Officina Jose da Costa Coimbra, Lisboa, 1756.
Antonio do Sacramento, Exhortação Consolatoria de Jesus Christo Crucificado na Cruz, Ao povo Lusitano, por se ver minimamente conturbado por causa do Terremoto de primeiro de Novembro de 1755, Officina de Francisco Borges de Sousa, Lisboa, 1757.
Antonio da Annunciação, Sermão em Acção de Graças, Pela conservação da Caza Real, e por todos os beneficios feitos á nação Portugueza entre o commum estrago do grande Terremoto de I. de Novembro de 1755. Officina de Antonio Simoens Ferr., Coimbra, 1757.
Fr. Antonio das Onze Mil Virgens Ferreira, Sermão Panegyrico, e Historico, da Trasladação do SS. Sacramento do Altar. Officina de Miguel Manescal da Costa, Lisboa, 1757.
Antonio Pereira da Camara, Sermão na Procissam de Penitencia, Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1757.
Filippe Benicio, Sermão da Quinta Dominga da Quaresma, Exposto em a Igreja Matriz do Corpo Santo em Pernambuco no anno de 1756. Havendo chegado a noticia da grande ruina de Portugal. Officina de Miguel Manescal da Costa, 1757.
Fr. João Baptista de Cabo de Fiume, Sermão Pre'gado na Quarta Dominga depois de Pentecostes, em ocasião de se celebrar a primeira festa do SS. Coração de Jesus no recolhimento de N. S.ra do Parto, e dos cinco Amatissimos Corações de Jesus, Maria, José, Joaquim, e Anna, da Cidade do Rio de Janeiro. Officina de Miguel Manescal da Costa, Lisboa, 1758.
Sermão de S. Sebastião, Advogado contra a Peste: pre'gado na festa, que todos os annos lhe faz o Provedor mór da Saude, como parte do Senado de Lisboa. 1761.
Joaquim Rebello, Sermão de S.Francisco Borja, Protector Principal deste Reino, e Especial da Universidade de Coimbra contra os Terremotos. Officina de Francisco de Olyveira, Coimbra, 1758.
Tomo VIII
Francisco Antonio de S. Joze, Canto Funebre ou Lamentaçaõ Harmonica na infeliz destruiçaõ da famosa Cidade de Lisboa, Metropoli de Portugal, pelos espantoso, e nunca vista terremoto, que padeceo no primeiro de Novembrodo anno de 1755. sempre memoravel por taõ estranho, e ruidoso successo. Officina de Miguel Rodrigues, Impressor do Eminent. Senhor Card. Patriarca., Lisboa, 1756.
Antonio da Silva Figueiredo, Descripçam Antilogica Physico-Moral do Terremoto, e lamentavel estrago de Lisboa no primeiro de Novembro de 1755. Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1756.
Domingos dos Reis, Sylva no lamentavel Terremoto do primeiro de Novembro de 1755. Officina Patriaracal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1756.
Joaõ Xavier de Matos, Romance Heroico ao Terremoto do primeiro de Novembro de 1755. Officina Manoel Soares, Lisboa, 1756.
Nicolau Mendo Osorio, Oitavas ao Terremoto, e mais calamidades que padeceo a Cidade de Lisboa, no primeiro de Novembro de 1755. Officina Miguel Rodrigues, Impressor do Emin. S. Card. Patr., Lisboa, 1756.
Francisco de Pina e Mello, Ao Terremoto do primeiro de Novembro de 1755. Parènesis. Officina Manoel Soares, Lisboa, 1756.
Segismundo Antonio Coutinho, Carta Critica em que se pesa o valor da chamada Parenésis de Francisco de Pina e Mello, Coimbra.
Joam Chrisostomo de Faria Cordeiro de Vasconcellos de Sá, Defensam Apologetica contra la Critica, que A'Parenesis de Francisco de Pina e Mello escreveo o disfarçado Segismundo Antonio Coutinho, Off. Domingos Rodrigues, Lisboa, 1757.
I.G.P.M., Analecto Individual dos tres formidaveis Terremotos, que houve em Lisboa, no primeiro dia de Novembro do anno de 1755, e de todos os successos, que lhe sobrevierão (Romance Pathetico).
Francisco de Pina de Sá e de Mello, Palacio do Sol, ou Panegyrico Gratulatorio, que ao muito alto, Poderoso Rei da Gran-Bretanha, de Escocia, de Irlanda; &c. &c. &c. E a toda a Nação Britanica pelo Maagnifico soccorro, que derão a Lisboa na calamidade do Terremoto, Off. de Joam Antonio da Costa (Impr. do Ser. Senhor Infante D.Pedro, e da Sagrada Religião de Malta), Lisboa, 1765.
Paulino Antonio Cabral, Ao Terremoto do I. de Novembro de 1755 (Romance Funebre e Soneto).
Coimbra Empenhada, e Desempenhada com o sempre Grande, e Principal patrono destes Reinos, e suas Conquistas, contra os Terremotos, S. Francisco de Borja da Companhia de Jesus (Romance heróico). Officina de Luis Secco Ferreira, Coimbra, 1756.
Joseph Gomes Pinto de Moraes, Segurança de Coimbra (Romance Heróico). Coimbra, 1756.
Miguel de Carvalho de Macedo Malafaya, Novo Terremoto nos Remorsos da Consciencia, e Avizos da Culpa para o acerto da emenda. Officina de Manoel Soares, Lisboa, 1756.
Joseph de Almeida Castello-Branco Bezerra, Voz do Ceo, retumbando na Terra com os formidaveis eccos do horrozo Terremoto, que se ouvio no I de Novembro de 1755. Soneto de hum anonimo.
Thomazia Caetana de Santa Maria, Despertador Quotidiano. Officina de Pedro Ferreira, Impressor da Augustissima Rainha nossa Senhora, Lisboa, 1758.
Felis da Sylva Freire, Sylva de que hum coraçam penitente tece as capellas estimulado da isnpiração do Terremoto, que no sempre memoravel dia de Todos os Santos da Era de 1755. occasionou irreparaveis damnos em toda a Lusitania. Officina de manoel Soares, Lisboa, 1756.
Joseph Moreira de Azevedo, Desterro da Iniquidade, e muito necessaria consideraçaõ sobre o Espantoso Terremoto, com que a Divina Justiça avizou aos peccadores. Officina Manoel Soares, Lisboa, 1756.
Supplicas Humildes ou Bemdito, para se cantar em louvor do grande, e invictissimo S. Francisco de Borja. Singuralissimo Patrono de Portugal. Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1756.
Manoel da Madre de Deos Batalha, Os Beneficios, que alcançaram os peccadores neste terremoto por intercessão de Maria Santissima [quatro sonetos e uma decima].
Julio Costino Proença e Cunha, Á Virgem Senhora Nossa, Venerada debaixo do titulo da Pena, com a occasiam de repor-se, ou trasladar-se á sua Paroquail Igreja de Lisboa, reedificada depois das ruínas, que padeceo no memoravel terremoto do primeiro de Novembro de 1755.; o Santissimo Sacramento, cuja Festa, com o titulo de Corpo de Deos da mesma Frequezia, se celebra neste dia, 26. de Setembro de 1762. [soneto].
Doutrinas da Virgem Maria Mãy de Deos, e Mãy dos Homens para seus filhos, e filhas no Anno de 1757.
Juizo do Anno de 1757. pelas Doutrinas da Virgem Maria Mãy de Deos, e Mãy dos Homens, dadas a seus filhos, e filhas.
Jorge Rodrigues de Carvalho, Culto Obsequioso a Maria Santissima, no ideffavel Mysterio da sua Conceiçam Immaculada.
Coroa do Senhor Jesus do Rosario, Mysterios.
Festejando-se depois do Terremoto ao Glorioso S. Antonio de Lisboa, na Ermida de Nossa Senhora da Conceição do Colegio dos Clerigos Pobres [soneto].
Para a procissão de S. Joseph, Pay dos Homens.
Fr. Antonio das Chagas, Fugida para o dezerto, e dezengano do Mundo. Officina de Manoel Soares, Lisboa, 1756.
Fr. Antonio das Chagas, Fugida para o dezerto, e dezengano do Mundo. Segunda Parte intitulada: Vozes de huma Alama no dezerto, e Coração Contrito na despedida do Mundo. Officina de Manoel Soares, Lisboa, 1756.
Joam Manoel Ferraz, Jardim de Apollo, e desenganos da vaidade. Lisboa, 1756.
Joseph Xaverius Valladarius Sousa, Terraemotus, qui kalendis Novembris praeteriti Alanquerium Oppidum, omnemque finitiman regionem propemodùm afflixit Poetica Descriptio, Deque ejus causis Poetica Itidem Dissertatio. Officina Patriaracal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1756. (Nota: o autor latinizou o seu nome).
Psalmo 59. (trad. De P.J.B. de C).
Primeira Assembleia; que fizeram os interessados em o festivo Combate de Touros, que se há de fazer na praça do Campo pequeno Domingo 13 do corrente mez de Julho de 1760. Dada a' luz por J.J. de J.R.S.
Segunda Assemblea, que fizeraõ os interessados em o festivo Combate de Touros do Campo Pequeno sobre as distinçoens dos Cavalleiros, e a historia, que succedeo ao Velho, que a elles foi. Dada a' luz por J.J. de S.R.S.
Terceira Assemblea, que fizerão os Festeiros do festivo Combate de Touros do Campo Pequeno este anno de 1760. Sobre huma idéa, que offereceo hum curioso para as entradas. Dada a' luz por J.J. de S.R.S. Officina Ignacio Nogueira Xisto, Lisboa, 1760.
Quarta Assemblea, em que o Curiso offerece o Segundo Concelho aos interessados neste anno de 1760. Dada a' luz por J.J. de S.R.S. Officina Ignacio Nogueira Xisto, Lisboa, 1760.
Quinta Assemblea, em que se mostra excederem os Modernos nas Sciencias aos Antigos. Dada a' luz por J.J. de S.R.S. Officina Ignacio Nogueira Xisto, Lisboa, 1760.
Tomo IX
Francisco Martinez Molés, Dissertation physica: origen, y formacion del terremoto, padecido el dia primero de Noviembre de 1755. Las causas, que lo produjeron, y las que a todos los producen. Presagios, que antecedentemente anuncian este terrible Meteoro, y explicación de todas las Cuestiones, que sobre tan estraño Phenomeno pueden hacerse. Imp. de Juan de San Martin, 1755.
Francisco Mariano Nipho, Explicacion Physica, y Morall de las Causas, Señales, Diferencias, e Efectos de los Terremotos, com una relacion muy exacta de los mas formidables, y ruinosos, que há padecido la Tierra desde el principio del Mundo, hasta el que se há experimentado en España , y Portugal el dia primero de Noviembre de este año de 1755. Imprenta de los Herderos de D. Agustin de Gordejuela, Madrid, 1755.
Juan de Zuniga, El Terremoto, y su uso, Dictamen de el Rmo.P.Mro. Fr. Benito Feijoo, del Consejo de su Magestad, &c. Impresso por Francisco Martin, Toledo, 1756.
Benito Geronymo Feyjoo (com prólogo e uma carta de Juan Luis Roche), Nuevo Systema, Sobre la Causa Physica de los Terremotos, Explicado por los Phenomenos Electricos, y adaptado al que padeciò España en primero de Noviembre del año antecedente de 1755. Imprenta de la Casa Real de las Cadenas, Puerto de Santa Maria, 1756.
Juan Luis Roche, Relacion y Observaciones Physicas- Mathematicas, y Morales sobre el general Terremoto, y la irrupcion del mar del dia primero de Noveimbre de este año de 1755., que comprehendiò à la Ciudad, y Gran Puerto de Sta. Maria, y a toda la costa, y tierra firme del Reyno de Andalucìa. Imprenta de la Casa Real de las Cadenas, Puerto de Santa Maria, 1756.
Isidoro Ortiz Gallardo de Villarroel, Lecciones entretenidas, y curiosas, physico-astrologico-metheorologicas, sobre le generacion, causas y señales de los terremotos, y especialmente de las causas, señales, y varios efectos del sucedido en España en el dia primero de Noviembre del año passado de 1755. Editado por Joseph Villagordo, Salamanca, 1756.
Thomas Moreno, Copia da carta, escrita por un professor salmantino à un Amigo suyo de esta Corte, en que le descubre la verdadera causa physica, y natural del Terremoto experimentado en esta Pensinsula de España el dia primero de Noviembre de este año de 1755. Imprenta de Antonio Marin, Madrid.
Fernando Lopez Amezua, Carta Philosophica, sobre el Terremoto, que se sintio en Madrid, y en toda esta Peninsula el dia primero de Noviembre de 1755.
Miguel Ferrer, Contra-Cartas a las philosophicas publicadas por los que se nombran D.Fernando Lopez de Amezua, y Don Thomas Moreno, sobre el terremoto del dia primero de Noviembre de el año de 1755, Madrid, 1756, Imprenta de Joseph Francisco Martinez Abad.
Copia de carta, escrita por el Padre Guardian del Real Convento de Mequinéz, y Vice-Prefecto Apostolico de las Santas Missiones, que en las partes de Berberìa conserva la Religiosa Provincia de San Diego, de RR. PP. Franciscos Descalzos, al Padre Procurador de ellas. Imprenta de Antonio Sanz, Madrid.
Tomo X
Prodigios Obrados por el Gran Patriarca San Phelipe Neri en Tiempo de Terremotos. Recogidos de Diferentes Relaciones Autenticas, para excitar à los Fieles à acudir al Patrocinio del Santo en semejantes calamidades. Impresso pelos Herderos de la Viuva de Juan Garcia Infanzòn, Madrid, 1755.
Miguèl Ruiz de Saavedra (?). A el Invencible Martyr, a el zeloso Obispo, a el Apostol del Piceno, a el numen tutelar de Asculi, y Taumaturgo de Italia, el Inclyto San Emygdio, especial abogado contra el temeroso azote de los Terremotos. D.O.C.Q.
Oracion muy efficaz.[gravura]
Francisco Garcia Colorado y Toledano, Voz de Dios Oida en el Terremoto Acaecido el Dia Primero de Noviembre de 1755. Imprenta de Francisco Xavier Garcia, Madrid. (s.d.)
Francisco Ignacio de la Cruz, El Desengaño a la Presumptuosa Ignorancia, que intenta persuadir efecto de los Elementos los estragos del terremoto, distrayendo la compuncion de los Timoratos (Canto Tragico). Imprenta de los Herderos de Don Agustin de Gordejuela, Madrid, 1755.
Penitente Reconocimiento de un pecador à la piedad immensa de su Dios, que usando de su alta misericordia no confundiò en dessolacion total à la Ciudad de Sevilla, en el formidable Terremoto de el primero de Noviembre de 1755. à las diez, y cinco minutos de la mañana, cuyo justo castigo solo pudo detenerlo el amor de Nuestra Reyna Soberana Virgen Maria, com el dulce titulo de Santissimo Rosario. (Romance Endecasylabo). Officina de Joseph Padrino, Sevilla.os Pecadores, y Exortacion à Penitencia en las siguientes Decimas. Imprenta Joseph Padrino, Sevilla.
Nueva Relacion, en que se refieren los horrorosos estragos, que há causado en la Ciudad de Lisboa, Corte de Portugal, el Terremoto del dia primero de Noviembre de este año de 1755. com los demàs, que verà el curioso Lector. Officina de Joseph Padrino, Sevilla.
Copia de Gaceta de este Correo, escrita por un Hombre del Campo, vasto, 'a su siempre querida, y amada Ciudad de Sevilla, y à todos sus Moradores, por motivo del Terremoto del Temblor de Tierra del dia de Todos os Santos del año de 1755.
Nuevo, y Curioso Romance del Estrago causado el dia de Todos os Santos en la Villa de Huelva, declarase como revent'o la mar, y el Rio, pereciendo mas de dos mil personas, arruinados los Templos, y las Casas, y assistiendo los pocos vecinos, que han quedado, en chozas; dando noticia, como cyendo en el Convento de la Victoria parte de su Templo, y Altar Mayor, entre sus ruinas se encontrò el Sagrario todo rompido, menos el Sagrado Copòn, que lo cubrìa milagrosamente en medio ladrillo; com otras particularidades. Imprenta de Joseph Padrino, Sevilla, 1755.
Segunda parte, en que se declaran los estragos, muertes, y ruìnas ocasionadas del Temblor de Tierra, que há acaecido en la Ciudad de Cadiz, el dia de Todos os Santos, y primero de Noviembre de este presente año de 1755. Imprenta Real de la Viuda de D. Diego Lopez de Haro, Sevilla.
Epilogo sucinto de los memorables estragos, assombrosos desastres, y funestas ... [poema]. Madrid.
Tomo XI
Miguel de San Joseph (Obispo de Guadix, y Baza), Respuesta que dio a una Carta del Doctor D.Joseph Zevallos, en assumpto de varios escritos impressos sobre el terremoto, el Illmo. Y Rmo. Señor Don FrMiguel de San Joseph, Obispo de Guadix, y Baza. Impresso por Joseph de la Puerta, Granada.
Fr. Francisco Xavier Gonzalez, Reflexiones Critico-Theologicas, sobre la respuesta a la carta del Ilmo. Y Sapintissimo Sr. D. Fr. Miguel de S. Joseph, Obispo de Guadix, y Baza, del Consejo de S. Mag.Juicio Reflexo sobre la verdadera causa del Terremoto, fundado en las Stas. Escripturas, Padres, Expositores, Gentiles, y la Razon. Imprenta de Francisco Sanchez Reciente, impressor de la Regia Medica Sociedad e da Real Academia de las Buenas Letras, Sevilla.
Diego Torres, Respuesta a una carta de D. Joseph Herrando, musico violinista de la Capilla Real; sobre el atisvo, que van à hacer por el mundo, de el passo de el Planeta Venus por el Disco Solar, los Astrologos, que han salido de Paris, Roma, Inglaterra, y otras partes: y de camino escribe de el Terremoto de el dia 31. de Marzo de este año de 1761. y ponde los Pronosticos, y Señales ciertas, que suelen anteceder à los Temblores futuros de la Tierra. Reimpresso por Andrès Ortega, Madrid.
Miguel Cabrera, Explicacion Physico-Mechanica de las causas del temblor de tierra como constan de la doctrina del principe de los philisophos Aristóteles: dada por medio de la vena cava, y sus leys, cuyo auxilio quita el horror de sus abstractos, Sevilla, Imprenta de D.Diego de S. Romàn y Codina, 1756.
Breve compendio de las inumerables lamentables ruinas, y lastimosos estragos, que á la violencia, y conjuracion de todos quatro Elementos experimentó la Gran Ciudad, y Corte de Lisboa el dia 1. de Noviembre de este año de 1755.
Pregunta, que hace un Geographo á un Artifice Architecto, sobre si los Edificios de Ladrillos son mas permanetes, que los fabricados de Piedras: y si las barras, y pernos de hierros son perjudiciales en las Piedras, ó favorables en las fabricas de Ladrillos. Imprenta Joseph Padrino, Sevilla.
Tomo XII
Nota: O último tomo parece ter sido acrescentado posteriormente pois contém um frontispício manucristo em que se refere: 'Colecçam dos Terremotos, e Discursos sobre eles, Desde o anno de 1740 até o do 1º. De Novembro de 755, exclusive, Disposto pela ordem Chronologica'. Este volume contém também, ao contrário dos anteriores, um indice manuscrito no final.
Relaçam dos Terremotos socedidos em a cidade de Traina, no Reyno da Sicilia, este anno de 1643. & dos effeitos, que causaram em as circunvisinhas (Mandoua o Doutor Silvestre Randeli, Procurador Fiscal do Tribunal da Grão Corte). Officina de Domingos Lopes Roza, Lisboa, 1644.
Relaçam nova, e verdadeira, tirada da copia da carta de hum Religioso da Ordem dos Prégadores, que se acha em argel em cativeiro, escreveo ao Illusmo & Rmo Senhor D. F. Afonso Henriques de S. Thomas, Bispo de Malega, em que lhe dá conta dos continuados tremores de terra. Assolação dos muitos Povos, & casas, que há havido em argel, & seus confins, com grâ de mortandade, & estrago de innumeraveis pagãos; & assi mesmo as procissoens, & penitencias que os Christãos escravos fizeram por largo tempo em os Banhos em qos alojão aquelles Barbaros, este presente anno de 1673.
Relaçam do exemplar castigo mandado por Deos à Cidade de Lima, Cabeça do Perù, & â sua Costa de Barlovento, com os horriveis tremores de terra, que succedérão a 20. de Outubro de 1687. Officina de Miguel Deslandes, Impressor de Sua Magestade, Lisboa, 1688.
Relaçam do exemplar castigo mandado por Deos à Cidade de Lima, Cabeça do Perù, & â sua Costa de Barlovento, com os horriveis tremores de terra, que succedérão a 20. de Outubro de 1687. Officina Miguel Manescal, Impressor do Santo Oficio, Lisboa, 1688.
Carta sobre hum horrivel, & espantoso terremoto, que succedeo em Napoles. Escritta por hum Amigo de Roma, a outro da Cidade de Barcelona. Officina Miguel Manescal, Impressor do Santo Oficio, Lisboa, 1688.
Relaçam dos Prodigios obrados pelo Glorioso S. Felippe Neri na pessoa do Eminentissimo Senhor Cardeal Ursino Arcebispo de Benevento, quando ficou debaixo das ruinas do seu Palacio no terremoto, que assolou aquela Cidade a 5. de Iunho de 1688. Officina de Domingos Carneyro, Impressor das tres Ordens Militares, Lisboa, 1688.
Relaçam dos danos causados pelos terremotos, que houve no Reyno de Sicilia no mez de Janeiro deste anno de 1693. Tirada das ultimas cartas de Mecina de 28. de Janeiro de 1693. Impressa em Roma. E publicada nesta Corte de Lisboa em 22. de Abril. Officina de Manoel Lopes Ferreyra, Lisboa, 1693.
Noticia Verdadeira das lamentaveis ruinas, causadas por occasião de hus grandes terremotos, que succedáerão em Roma, & outras partes de Italia no mez de Fevereyro deste presente anno de 1703. Officina de Antonio Pedroso Galrão, Lisboa, 1703.
Prodigiosas Appariçoens & Successos Espantosos vsitos no presente anno de 1716. e nos fins do passado em varias partes do Mundo. Officina Pascoal da Sylva, Impressor de Sua Magestade, Lisboa, 1716.
Relacion de dos Milagros, que Dios obró en Italia, por intercession de S. Rita de Casia, y el Venerable Padre Fr. Andres Monreal, ambos de la Observancia del Orden del Gran Padre San Augustin. Lisboa Occidental, en la Impression de Musica, Lisboa, 1730.
Noticia do Fatal Terremoto succedido no Reyno de Napoles em 29. de Novembro do anno de 1732. Tirada de cartas fidedignas escritas de Italia. Por J.F.M.M. Officina de Pedro Ferreyra, Lisboa, 1733.
Relazione del Tremuoto intesosi in questa Citta' di Napoli, ed in alcune Provincie del regno nel di 29. Novembre 1732. ad. Ore tredici, e mezza. Nápoles, 1732.
Relação Verdadeira do Formidavel Terremoto, que padeceo a cidade de Liorne em 16. de janeiro deste presente anno de 1742. Extrahida de cartas fidedignas; escritas por Fernando Joze Freire. Officina de Antonio Isidoro da Fonseca, Lisboa, 1742.
Individual, e Verdadeira Relação da Extrema Ruina, que padeceo a Cidade dos Reys Lima, Capital do Reyno do Peru, Com o horrivel Terremoto, acontecido em a noite do dia 28. de Outubro de 1746., e da total assolação do Presidio, e Porto de Calhao pela violenta irrupção do Mar, que a occasionou naquella Bahia. Officina de Joseph da Costa Coimbra, Lisboa, 1748 (?).
Carta, ó Diario que escribe D. Joseph Eusebio de Llano y Zapata, a su mas Venerado Amigo, y Docto Correspondiente, el Doctor Don Ignacio Chirivoga y Daza, Canonigo de la Santa Iglesia de Quito. Imprenta de Juan de Zuñiga, Madrid, 1748.
Diego de Torres Villarroel, Tratado de los Temblores, y otros movimientos de la Tierra, llamados vulgarmente Terremotos: de sus causas, señales, pronosticos, auxilios, e historias, 1748, Madrid, Imprenta de el Convento de la Merced.
Santiago Alvaro Luazare, Pedro Pablo Romero e Raymundo Antonio Landabore, Resurreccion del Diario de Madrid, ò Nuevo Cordon critico general de España, dispuesto contra toda suerte de libros, Papeles, y Escritos de Contravando, cogido, por su desgracia, el papel de Don Diego de Torres sobre los Temblores de Tierra, como primer estravìo del Cordon. Madrid, 1748.
Relaçao do Formidavel, e Lastimoso Terremoto sucedido no Reino de Valença no dia 23 de Março deste presente anno de 1748 pelas 6. horas, e tres quartos da manhãa, e dos horrorosos estragos, e lamentaveis ruinas, que tem padecido a cidade de Valença, Capital daquelle Reino, e mais lugares circumvisinhos, conforme as noticias communicadas atè ao dia 27 do mesmo mez ao Capitão General, Arcebispo, e Intendente, e as que successivamente vão chegando à Corte de Madrid, de donde se communicarão a esta de Lisboa. Officina de Francisco Luiz de Ameno, Lisboa, 1748.
Estevão Felix Carrasco, Relação Verdadeira, com todas as circumstancias, das ruînas, e estragos, que causárão os Terremótos em várias partes do Reyno de Valença nos dias vinte e tres de Março, e dous de Abril; e da repetição, que fez o Terremóto em cinco de Mayo deste presente anno de 1748. Tirada de noticias testemunhadas, e remettidas pelos Governadores, Corregedores, e Justiças ao Excellentissimo Senhor Duque de Cayluz, Governador, e Capitão General do dito Reyno de Valença, e de Murcia.Traduzido para português. Officina de Manoel da Sylva, Lisboa, 1748.
Relaçam dos Terriveis Effeitos, que cauzou o Terremoto, que sentio a Ilha da madeira na noite de 31. de Março de 1748. II. Parte. Compendio de Outra, que se escreveu no Funchal a 17. de Mayo do mesmo anno. Officina de Pedro Ferreira, Impressor da Augustissima Rainha N.S., Lisboa, 1748.
Relaçam do Lamentavel, e Horroroso Terremoto, que sentio, na noute do ultimo mez de Março para o primeiro de Abril de 1748 a Ilha da Madeira, extrahida de outra, que veyo do Funchal, escrita a 17 de Abril do mesmo anno. Officina de Pedro Ferreira, Impressor da Augustissima Rainha Nossa Senhora, Lisboa, 1748.
Nova Relação das Grandes Mortandades, ruinas, e assolações, que tem causado os grandes, e horriveis Terremotos, que tem havido neste presente anno de 1751. em Africa, Como consta em certeza por huma carta, que hum sujeito escreveo do Reino do Perú a hum seu amigo Hespanhol, a quem sendo entregue em Sevilha, veio remettida a esta Real, e nobre Corte de Lisboa, e ultimamente transladada em Portuguez. Officina de Miguel Manescal da Costa, Lisboa, 1751.
Serresquier de Borbon, Relaçam Verdadeira de hum Terremoto Formidavel, que succedeo em Belgrado huma das Cidades mais antigas, e illustres do Imperio Othomano, em o dia 30. de Outubro de 1752. Traduzida por Jorge Joachim Joze. Officina do Dor. Manoel Alvares Solano do Valle, Lisboa.
Nova Relação de hum Grande Terremoto, que no dia 9. de Dezembro do anno de 1752, succedeo na Cidade de Tunes, Capital do Reyno de Argel: Calamidades, que experimentão aquelles barbaros na prezente secca: noticia de algumas expiações ridiculas, que tem feito para applacar o seu falso Profeta, copiado de huma carta que escreveo hum Marinheiro cativo naquella Cidade, natural de Ericeira. Officina Alvarense, Lisboa, 1753.
Relaçam do Terremoto, que ouve na Cidade de Tunes, Capital daquelle Reyno, Effeitos que causou nos Barbaros aquella ruina, supersticiosas deprecações que fizerão. Parte Segunda e fim da Historia. Officina do Dor. Manoel Alvares Solano do Valle, Lisboa, 1753.
Jorge Rodrigues da Costa & c., Relação de hum espantoso caso, e Notavel Terremoto, que aconteceo em o dia 13 de Fevereiro do anno presente de 1754, pelas onze horas da noute, em o lugar, e frequezia de S.ta Maria de Santar, Termo da Villa dos Arcos, Comarca de valença, Arcebispado de Braga. Horrorosos effeitos, que causou, e como se attribue a milagre de N. Senhora da Graça, que se venera no Altar Mor da dita Freguezia o não perigar pessoa alguma. Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1754.
Verdadeira Noticia, e Curiosa Relação do Grande, e Lastimozo caso que succedeo na Ilha de Santa Elena por occasião de hum terrivel Terremoto, que proximamente houve na mesma Ilha, e se refere o grade estrago originado deste successo. Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1755.
Razon de la acaecido en la Ciudad de San Francisco de Quito el dia 29. de Abril de 1755. hasta el dos de Mayo inclusive. Imprenta de Joseph Padrino, Sevilla.
Joseph de Barzia, y Zambrana, Sermon en la accion de Gracias al S. Christo de la Coluna: por la preservacion de los grandes daños, que amenazò á Granada el extraordinario terremoto del dia 9. de este mês de Octubre de 1680. años. Officina de Miguel des Landes, Lisboa, 1681.
Arquivo Nacional da Torre do Tombo Colleçam Universal de todas as obras, que tem sahido ao publico sobre os effeitos, que cauzou o Terremoto nos Reinos de Portugal, e Castella no primeiro de Novembro de 1755 e explicaçoens Physico-Astrologico-Metheorologicas, e Physico-Moral tanto no Idioma Portuguez como Espanhol, e mais cartas, Dissertaçoens, e tudo que se tem escripto, e divulgado nesta Cidade de Lisboa.
Officina da Curiosidade, 1758, 8 volumes
Nota: cada um deste livros (tomos) tem um index acrescentado à mão.
CF3420SP-CF3427SP
Tomo I
Inicia-se com uma gravura (Triste Tableau des effects causes par le Tramblement de Terre et incendies arrivés a Lisbonne le 1.er Novembre de 1755) que se segue uma outra gravura (Destruction de Lisbone).
Francisco de Pina e Mello, Juizo sobre o Terremoto, Off. De Antonio Simoens Ferreira, Coimbra, 1756.
Francisco de Pina e Mello, Ao Terremoto do primeiro de Novembro de 1755. Parènesis.
Segismundo Antonio Coutinho, Carta Critica em que se pesa o valor da chamada Parenésis de Francisco de Pina e Mello, Officina de Manoel Soares, Coimbra, 1756.
A.P.C., Carta Anatomica, que escreve hum amigo do Porto a outro de Coimbra, em que se faz juizo da Carta, que sahio dando noticia do Terremoto de Lisboa, e da Crisis feita á Parenésis do Pina, Off. De Antonio Simoens Ferreira, Coimbra, 1756.
Joam Chrisostomo de Faria Cordeiro de Vasconcellos de Sá, Defensam Apologetica contra la Critica, que A'Parenesis de Francisco de Pina e Mello escreveo o disfarçado Segismundo Antonio Coutinho, Off. Domingos Rodrigues, Lisboa, 1757.
José de Oliveira Trovão e Sousa, Carta em que hum amigo dá noticia a outro do lamentavel successo de Lisboa, Imp. Alonso Balvas, Madrid, 1755.
José Acursio de Tavares (Bento Morganti ?), Verdade Vindicada ou resposta a huma carta escrita de Coimbra, em que se dá noticia do lamentavel successo de Lisboa no dia 1 de Novembro de 1755, Off. De Miguel Manescal da Costa, Impressor do Santo Officio Lisboa, 1756.
Antonio dos Remedios, Resposta á carta de Jozé de Oliveira Trovam e Sousa, em que se dà noticia do lamentavel successo de Lisboa, Lisboa, 1756.
Bento Morganti, Carta de hum amigo para outro, em que se dá succinta noticia dos effeitos do Terremoto, succedido em o Primeiro de Novembro de 1755. Com alguns principios Fisicos para se conhecer a origem, e causa natural de similhantes Phenómenos terrestres, Offic. Domingos Rodrigues, Lisboa, 1756.
Fr. Manoel da Epifania, Novas, e Curisosas Reflexioens sobre os terremotos, e huma oraçam tragica de Lisboa. Off. de Miguel Rodrigues, Lisboa, 1756.
Francisco de Pina de Sá e de Mello, Palacio do Sol, ou Panegyrico Gratulatorio, que ao muito alto, Poderoso Rei da Gran-Bretanha, de Escocia, de Irlanda; &c. &c. &c. E a toda a Nação Britanica pelo Maagnifico soccorro, que derão a Lisboa na calamidade do Terremoto, Off. de Joam Antonio da Costa (Impr. do Ser. Senhor Infante D.Pedro, e da Sagrada Religião de Malta), Lisboa, 1755.
Tomo II
Miguel Cabrera, Explicacion Physico-Mechanica de las causas del temblor de tierra como constan de la doctrina del principe de los philisophos Aristóteles: dada por medio de la vena cava, y sus leys, cuyo auxilio quita el horror de sus abstractos, Sevilla, Imprenta de D.Diego de S. Romàn y Codina, 1756.
Diego de Torres Villarroel, Tratado de los Temblores, y otros movimientos de la Tierra, llamados vulgarmente Terremotos: de sus causas, señales, pronosticos, auxilios, e historias, 1748, Madrid, Imprenta de el Convento de la Merced.
Isidoro Ortiz Gallardo de Villarroel, Lecciones entretenidas, y curiosas, physico-astrologico-metheorologicas, sobre le generacion, causas y señales de los terremotos, y especialmente de las causas, señales, y varios efectos del sucedido en España en el dia primero de Noviembre del año passado de 1755. Editado por Joseph Villagordo, Salamanca, 1756.
Francisco Martinez Molés, Dissertation physica: origen, y formacion del terremoto, padecido el dia primero de Noviembre de 1755. Las causas, que lo produjeron, y las que a todos los producen. Presagios, que antecedentemente anuncian este terrible Meteoro, y explicación de todas las Cuestiones, que sobre tan estraño Phenomeno pueden hacerse. Imp. de Juan de San Martin, 1755.
Miguel Ferrer, Contra-Cartas a las philosophicas publicadas por los que se nombran D.Fernando Lopez de Amezua, y Don Thomas Moreno, sobre el terremoto del dia primero de Noviembre de el año de 1755, Madrid, 1756, Imprenta de Joseph Francisco Martinez Abad.
Miguel de San Joseph (Obispo de Guadix, y Baza), Respuesta que dio a una Carta del Doctor D.Joseph Zevallos, en assumpto de varios escritos impressos sobre el terremoto, el Illmo. Y Rmo. Señor Don Fr Miguel de San Joseph, Obispo de Guadix, y Baza. Impresso por Joseph de la Puerta, Granada.
Prevencion espiritual para los Temblores de Tierra, y otros accidentes repentinos, que con acasion del Terremoto del año de 1701. se imprimio en la Ciudad de Granada, y en este pretenso año de 1755. se ha vuelto a reimprimir; y el ilustrissimo Señor Arzobispo actual de aquella Ciudad, ha concedido ochenta dias de indulgencia à todas las personas, que devotamente dixeren el Acto de Contricion, que contiene este impresso, con el Dialogo entrte el Doctor, y Idiota, y al mismo tiempo rogaren à Dios nuestro Señor por la paz, y concordancia entre los Principes Christianos, extirpacion de las heregias, y aumento de nuestra Santa Madre Iglesia. Imprenta de Francisco Xavier Garcia, Madrid.
Pregunta, que hace un Geographo á un Artifice Architecto, sobre si los Edificios de Ladrillos son mas permanetes, que los fabricados de Piedras: y si las barras, y pernos de hierros son perjudiciales en las Piedras, ó favorables en las fabricas de Ladrillos. Imprenta Joseph Padrino, Sevilla.
Miguel Cabrera, Copia de Carta, en que se manifiesta, que lá Electricidad ya natural, y ya Maquinaria no puede servir de fundamento para explicar la divergencia de los Terremotos, como persuade en su quarta carta el Il.mo y Rmo. P. Mro. Fr. Benito Feijoo, escribiola a un correspondiente de la Ciudad, y Gran Puerto de Santa Maria, con las respuestas a las dudas de un prologo, que forma Don Luis Roche, contra el sistema de la vena Cava, Sevilla, Imprenta de Joseph Padrino, 1756.
Tomo III
Feliciano da Cunha França, Extensão do Dictame, ou Parecer do Reverendissimo P. Mestre Fr. Bento Feijoo, do Conselho de S. Magestade Catholica, &c. A'cerca das Causas dos Terremotos, Explorado pelo Lic. João de Zuniga. Officina de Joseph da Costa Coimbra, Lisboa, 1758.
Benito Geronymo Feyjoo (com prólogo e uma carta de Juan Luis Roche), Nuevo Systema, Sobre la Causa Physica de los Terremotos, Explicado por los Phenomenos Electricos, y adaptado al que padeciò España en primero de Noviembre del año antecedente de 1755. Imprenta de la Casa Real de las Cadenas, Puerto de Santa Maria, 1756.
Juan de Zuniga, El Terremoto, y su uso, Dictamen de el Rmo.P.Mro. Fr. Benito Feijoo, del Consejo de su Magestad, &c. Impresso por Francisco Martin, Toledo, 1756.
Josef Cevallos, Respuesta a la Carta del Il.mo y R.mo Señor D. Fray Miguel de San Josef, Obispo de Guadix, y Baza, del Consejo de S. Mag. Sobre varios escritos a cerca del Terremoto. Imprenta de la Universidad, y Libreria de D. Joseph Navarro, y Armijo, 1757, Sevilla.
Fernando Lopez de Amezua, Carta Philosophica, sobre el Terremoto, que se sintio en Madrid, y en toda esta Peninsula el dia primero de Noviembre de 1755, 1755.
Tomo IV
Antonio Pereira da Camara, Sermão na Procissam de Penitencia, Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1757.
Antonio Pereira da Camara, Sermão da Conceição da Senhora em festa votiva, que a' Virgem Soberan dedicou o Doutor Francisco de Almeida Jordam, Cavalleiro professo da Ordem de Christo, Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1757.
Antonio Pereira da Camara, Sermão de N.S. da Lapa, Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1757.
Antonio Nicolao de Carvalho, Exhortação, que fez aos fieis, no domingo 28 de Outubro de 1756, na Igreja de N.S. da Lapa do Recolhimento das Orfans dezamparadas, no sitio de Buenos-aires de Lisboa. Officina de Jozé da Sylva da Natividade, Lisboa, 1757.
Joaquim Rebello, Sermão de S.Francisco Borja, Protector Principal deste Reino, e Especial da Universidade de Coimbra contra os Terremotos. Officina de Francisco de Olyveira, Coimbra, 1758.
Antonio da Annunciação, Sermão em Acção de Graças, Pela conservação da Caza Real, e por todos os beneficios feitos á nação Portugueza entre o commum estrago do grande Terremoto de I. de Novembro de 1755. Officina de Antonio Simoens Ferr., Coimbra, 1757.
Antonio do Espirito Sancto Andrade, Sermão de Jesus Christo Crucificado com o titulo de Senhor dos Desamparados, Imagem Veneravel, que ficou illesa na nossa Igreja de S. Francisco da cidade de Lisboa, sem a derribar o Terremoto, nem a offender o fogo, que destruîrão a tudo o mais. Officina Jose da Costa Coimbra, Lisboa, 1756.
Manoel da Epifania, Portugal Consolado, e Instruido com as Vozes de Jesus Christo depois das fatalidades de hum terremoto. Officina de Miguel Manescal da Costa, Lisboa, 1757.
João Antonio Bezerra e Lima, Declamação Sagrada na Ruina de Lisboa, Causada pelo Terremoto do primeiro de Novembro de 1755, e pleo incendio, que se lhe seguio. Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1757.
Tomo V
Antonio do Sacramento, Exhortação Consolatoria de Jesus Christo Crucificado na Cruz, Ao povo Lusitano, por se ver minimamente conturbado por causa do Terremoto de primeiro de Novembro de 1755, Officina de Francisco Borges de Sousa, Lisboa, 1757.
Filippe Benicio, Sermão da Quinta Dominga da Quaresma, Exposto em a Igreja Matriz do Corpo Santo em Pernambuco no anno de 1756. Havendo chegado a noticia da grande ruina de Portugal.Officina de Miguel Manescal da Costa, 1757.
Francisco Garcia Colorado y Toledano, Voz de Dios Oida en el Terremoto Acaecido el Dia Primero de Noviembre de 1755. Imprenta de Francisco Xavier Garcia, Madrid. (s.d.)
Francisco Mariano Nipho, Explicacion Physica, y Morall de las Causas, Señales, Diferencias, e Efectos de los Terremotos, com una relacion muy exacta de los mas formidables, y ruinosos, que há padecido la Tierra desde el principio del Mundo, hasta el que se há experimentado en España , y Portugal el dia primero de Noviembre de este año de 1755. Imprenta de los Herderos de D. Agustin de Gordejuela, Madrid, 1755.
J.A.S., Investigação das Causas Proximas do Terremoto, succedido en Lisboa no ano de 17 11 55. Officina de Joseph da Costa Coimbra, Lisboa, 1756. 1
Joseph Alvarez da Silva, Precauções Medicas Contra Algumas Remotas consequencias, que se podem excitar do Terremoto de 17 11 55. Officina de Joseph da Costa Coimbra, Lisboa, 1756. 1
Francisco de Vasconcellos e Sande Corte Real, Nova Instrucçam Filosofica, Estabelecida em Varios Experimentos, systemas, e observaçoens pertencentes á Mathematica, principalmente a Artilheria, Astrologia, Metheoros, e Musica, em que evidentemente se demostra, que os tres elementos do Fogo, do Ar, e da Agoa são as causas principaes, que dimovem as convulsoens, e tremores da terra; e tratando dos dous terremotos, que se experimentarão em Lisboa, do primeiro do mez de Novembro, do segundo de Março proximo, expende as particulares razoens da mayor intençam: a extenção de espaço, que abrange o primeiro, da circunstancia do ruido, e estrondo, de succeder de manhaã pela crescença do dia, e no mez de Novembro: da maior duração do segundo, de ter succedido de manhaã pela conjunção do meyo dia, e no mez de Março, infringindo por ultimo a fé, e o credito, que o vulgo costuma tributar aos Prognosticos, que fazem os Reportorios de qualquer Terremotos futuros. Officina de Antonio Vicente da Silva, Lisboa, 1761.
João Antonio da Costa, e Andrade, Conversação Erudita Discurso Familiar, Conferencias Asceticas; Historias, Politicas, e Philosophicas. Officina de Joseph da Costa Coimbra, Lisboa, 1756.
Tomo VI
Prodigios Obrados por el Gran Patriarca San Phelipe Neri en Tiempo de Terremotos. Recogidos de Diferentes Relaciones Autenticas, para excitar à los Fieles à acudir al Patrocinio del Santo en semejantes calamidades. Impresso pelos Herderos de la Viuva de Juan Garcia Infanzòn, Madrid, 1755.
Antonio da Silva Figueiredo, Descripçam Antilogica Physico-Moral do Terremoto, e lamentavel estrago de Lisboa no primeiro de Novembro de 1755. Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1756.
I.G.P.M., Analecto Individual dos tres formidaveis Terremotos, que houve em Lisboa, no primeiro dia de Novembro do anno de 1755, e de todos os successos, que lhe sobrevierão (Romance Pathetico).
Manoel da Madre de Deos Batalha, Aos Beneficios, que Alcançaram os peccadores neste terremoto por intercessão de Maria Santissima (Soneto).
Manoel da Madre de Deos Batalha, Expressa-se o Tempo que hande Durar os Terremotos (Soneto).
Manoel da Madre de Deos Batalha, Ao Grande Terremoto que Houve nesta Corte de Lisboa em o primeiro de Novembro de 1755 (Soneto e Decima).
Manoel da Madre de Deos Batalha, As Falças Professias que ha Nesta Corte vaticinando dias infaustos, com succéssos infelices (Soneto).
Paulino Antonio Cabral, Ao Terremoto do I. de Novembro de 1755 (Romance Funebre e Soneto).
Francisco Antonio de S. Joze, Canto Funebre ou Lamentaçaõ Harmonica na infeliz destruiçaõ da famosa Cidade de Lisboa, Metropoli de Portugal, pelos espantoso, e nunca vista terremoto, que padeceo no primeiro de Novembrodo anno de 1755. sempre memoravel por taõ estranho, e ruidoso successo. Officina de Miguel Rodrigues, Impressor do Eminent. Senhor Card. Patriarca., Lisboa, 1756.
Coimbra Empenhada, e Desempenhada com o sempre Grande, e Principal patrono destes Reinos, e suas Conquistas, contra os Terremotos, S. Francisco de Borja da Companhia de Jesus (Romance heróico). Officina de Luis Secco Ferreira, Coimbra, 1756.
Jorge Rodrigues de Carvalho, Culto Obsequioso a Maria Santissima, no ineffavel Mysterio da sua Conceiçam Immaculada.
Thomazia Caetana de Santa Maria, Despertador Quotidiano. Officina de Pedro Ferreira, Impressor da Augustissima Rainha nossa Senhora, Lisboa, 1758.
Joseph Moreira de Azevedo, Desterro da Iniquidade, e muito necessaria consideraçaõ sobre o Espantoso Terremoto, com que a Divina Justiça avizou aos peccadores. Officina Manoel Soares, Lisboa, 1756.
Festejando-se depois do Terremoto ao Glorioso S. Antonio de Lisboa (Soneto).
Joan Manoel Ferraz, Jardim de Apollo, e Desenganos da Vaidade. Lisboa, 1756.
Francisco Ignacio de la Cruz, El Desengaño a la Presumptuosa Ignorancia, que intenta persuadir efecto de los Elementos los estragos del terremoto, distrayendo la compuncion de los Timoratos (Canto Tragico). Imprenta de los Herderos de Don Agustin de Gordejuela, Madrid, 1755.
Nuevo, y Curioso Romance del Estrago causado el dia de Todos os Santos en la Villa de Huelva, declarase como revent'o la mar, y el Rio, pereciendo mas de dos mil personas, arruinados los Templos, y las Casas, y assistiendo los pocos vecinos, que han quedado, en chozas; dando noticia, como cyendo en el Convento de la Victoria parte de su Templo, y Altar Mayor, entre sus ruinas se encontrò el Sagrario todo rompido, menos el Sagrado Copòn, que lo cubrìa milagrosamente en medio ladrillo; com otras particularidades. Imprenta de Joseph Padrino, Sevilla, 1755.
Miguel de Carvalho de Macedo Malafaya, Novo Terremoto nos Remorsos da Consciencia, e Avizos da Culpa para o acerto da emenda.Officina de Manoel Soares, Lisboa, 1756.
Nicolao Mendo Osorio, Oitavas ao Terremoto, e mais calamidades que padeceo a Cidade de Lisboa, no primeiro de Novembro de 1755. Officina de Miguel Rodrigues, Lisboa, 1756.
Psalmo 59. (trad. De P.J.B. de C).
Joaõ Xavier de Matos, Romance Heroico ao Terremoto do primeiro de Novembro de 1755. Officina Manoel Soares, Lisboa, 1756.
Joseph Gomes Pinto de Moraes, Segurança de Coimbra (Romance Heróico). Coimbra, 1756.
Felis da Sylva Freire, Sylva de que hum coraçam penitente tece as capellas estimulado da isnpiração do Terremoto, que no sempre memoravel dia de Todos os Santos da Era de 1755. occasionou irreparaveis damnos em toda a Lusitania. Officina de Manoel Soares, Lisboa, 1756.
Domingos dos Reis, Sylva no lamentavel Terremoto do primeiro de Novembro de 1755. Officina Patriaracal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1756.
Joseph Xaverius Valladarius Sousa, Terraemotus, qui kalendis Novembris praeteriti Alanquerium Oppidum, omnemque finitiman regionem propemodùm afflixit Poetica Descriptio, Deque ejus causis Poetica Itidem Dissertatio. Officina Patriaracal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1756. (Nota: o autor latinizou o seu nome).
Joseph de Almeida Castello-Branco Bezerra, Voz do Ceo, retumbando na Terra com os formidaveis eccos do horrozo Terremoto, que se ouvio no I de Novembro de 1755. Soneto de hum anonimo.
Nueva Relacion, en que se refieren los horrorosos estragos, que há causado en la Ciudad de Lisboa, Corte de Portugal, el Terremoto del dia primero de Noviembre de este año de 1755. com los demàs, que verà el curioso Lector. Officina de Joseph Padrino, Sevilla.
Penitente Reconocimiento de un pecador à la piedad immensa de su Dios, que usando de su alta misericordia no confundiò en dessolacion total à la Ciudad de Sevilla, en el formidable Terremoto de el primero de Noviembre de 1755. à las diez, y cinco minutos de la mañana, cuyo justo castigo solo pudo detenerlo el amor de Nuestra Reyna Soberana Virgen Maria, com el dulce titulo de Santissimo Rosario. (Romance Endecasylabo). Officina de Joseph Padrino, Sevilla.
Relaçam, e noticia dos Reinos, e Cidades da Cristandade, que tem tomado a S.Francisco de Borja por Patrono contra os Terremotos. Beneficios, que recebèrão seos habitadores com este Patrocinio.
A. Teotonio Gomes de Carvalho, No lamentavel Terremoto do dia primeiro de Novembro do anno de 1755. (Elegia) (Texto manuscrito)
Domingos Placido (?), Lisboa destruida. Poema Tragico Epico Dividido em tres cantos nos quaes se descreve o formidavel Terremoto do primeiro de Novembro de 1755, e outros orriveis danos, que padeceo a notavel Corte de Lisboa. (Texto manuscrito)
Tomo VII
Francisco do Santo Alberto, Estragos do Terremoto vatecinio de felicidades. Sobre os habitadores da nobilissima Vila de Setuval na justificada afflição em que se virão no primeiro de Novembro de 1755. Officina junto aa S.Bento de Xabregas, Lisboa, 1757.
Antonio Pereira, Commentario Latino e Portuguez sobre o Terremoto e Incendio de Lisboa. Officina de Miguel Rodrigues, Lisboa, 1756.
Consideraçoens sobre os Terremotos, com a noticia dos mais consideraveis, de que faz mençaõ a Historia, e deste ultimo, que se sentio na Europa no I de Novembro de 1755.
Novissima Noticia, e Previa que dá o Author a quem ler.
M.T.P., Nova e Fiel Relação do Terremoto, que experimentou Lisboa e todo Portugal no I. de Novembro de 1755. Com algumas observaçoens curiosas, e a explicação das suas causas. Officina de Manoel Soares, Lisboa, 1756.
Avizo, que Sua Magestade mandou à Camera dos Communs, vulgarmente chamada a Camera baixa do Parlamento, pelo Secretario de Estado Mons. De Fòs.
(Real Decreto de Outubro de 1760).
(Real Decreto de Maio de 1758).
(Carta pastoral do Patriaraca de Lisboa de Setembro de 1756).
L.J. e F. e S., Portugal Agradecido, Lisboa Obsequiosa, Panegyrico Gratulatorio em o qual a Cidade de Lisboa agradece á Corte de Londres o magnifico presente, que esta lhe mandou. Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1755.
Relação do Grande Terremoto, que houve na Praça de Mazagam em o primeiro de Novembro de 1755. Referem-se os seus effeitos, e ruinas que causou, e brevemente se mostra de que procedem os tremores de terra. Lisboa, 1755.
L.J. de F. e S., Refutaçam de alguns erros, que com falso, e fantastico nome de Profecias, ou Vaticinios, se divulgaram, e espalham ao presente, aonde com toda a brevidade, e clareza se mostra sua insubsistencia, e falsidade. Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1756.
D.J.F.M., Theatro Lamentavel, scena funesta: relaçam verdadeira do Terremoto do primeiro de Novembro de 1755. Com a noticia do estrago, que cauzou em Lisboa, e suas vizinhanças; ruina do Reino do Algarve, e sustos de todo o Portugal. Cauza natural, e mystica do mesmo. Officina de Francisco de Oliveira, Coimbra, 1756.
Terremoto, succedido em o primeiro de Novembro de 1755.
Epicureo Alexandrino, Carta, em que se mostra a profecia do Terremoto do primeiro de Novembro de 1755. Officina Patriarcal de Francisco Luiz de Ameno, Lisboa, 1756.
Destruição de Lisboa, e famosa desgraça, que padeceo no dia primeiro de Novembro de 1755.Lisboa, 1756.
Breve descripção dos effeitos calamitozos, que nesta Cidade de Coimbra se experimentarão nascido do grande Terremoto, que nella houve no dia I. de Novembro de 1755.
Tomo VIII
Verissimo Antonio Moreira de Mendonça, Dissertação Philosophica sobre o Terremoto de Portugal do primeiro de Novembro de 1755. Expendem-se as suas Causas physicas, as dos seus Effeitos, e Prognosticos. Officina de Domingos Rodrigues, Lisboa, 1756.
Francisco Antonio de S. Joseph, Discurso Moral, sobre os tremores, que causou o Terremoto na gente de Lisboa. Officina de Joseph da Costa Coimbra, Lisboa.
Theodosio Soares de Miranda, Peregrinaçam Constrangida, com nova Mathematica descuberta. Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, Lisboa, 1756.
Gabriel Malagride, Juizo Verdadeiro das Causas dos Terremoto, que padeceo a cidade de Lisboa e todo Portugal, no primeiro de Novembro de 1755. Officina Manoel Soares, Lisboa, 1756.
Braz Joseph Rebello Leite, Clamor Justificado na razaõ, direit, e motivos, para que se distribuaõ Parochianos, que estaõ dispersos por outros territorios, jà antes do Terremoto succedido no primeiro de Novembro de 1755, muito augmentados, e depois delle capazes de divisaõ, para se erigirem huma, ou mais Frequezias em beneficio dos Rebanhos, e dos Pastores, que inteiramente ficaraõ sem ellas. Officina Manoel Soares, Lisboa, 1758.
Anónimo, Brados do Ceo, e clamores da terra, dirigidos aos peccadores adormecidos nas suas culpas, e sepultados no lethargo de seus vicios. Officina de Joseph Filippe, Lisboa, 1761.
Segue-se uma série de 7 documentos soltos que inclui: decretos reais (3); Noticia Previa da Senhora da Vida, advogada dos Terremotos (Vila de Alcochete); Jaculatorias à Senhora da Vida, Officina de Miguel Rodrigues, Lisboa, 1756; duas cartas escritas por D. Luis da Cunha ao Duque Regedor e ao Marquês Estribeiro Mor a mandado do Rei, com despacho real no verso; duas letras pastorais do Patriarca de Lisboa, Lisboa, 1756.
Recebido para publicação em fevereiro de 2005.
Aprovado para publicação em julho de 2006.
Nota final
As colecções que analisamos constituem uma amostra significativa do muito que em Portugal, e mesmo em Espanha, se escreveu sobre o terramoto de 1755. Embora alguns dos textos incluídos nestas colecções sejam muito citados, outros, apesar do seu interesse para a história da ciência, não têm suscitado o interesse dos investigadores. É esse motivo que a nosso ver justifica a divulgação dessas colecções de textos.
Referências bibliográficas
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- Buescu, Helena Carvalhão 2005 Sobreviver à catástrofe: sem tecto, entre ruínas. In: Buescu, Helena C.; Cordeiro, G. (Coord.) O grande terramoto de Lisboa: ficar diferente. Lisboa: Gradiva. p.19-77.
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- Gil Costa, Fernanda 2005 Discurso literário e discurso científico: paradoxos e reflexões a propósito dos relatos sobre o Terramoto de Lisboa de 1755. In: Buesco, H. G.; Cordeiro, G. (coord.) O grande terramoto de Lisboa. Ficar diferente Lisboa: s.n. p.293-319.
- Neiman, Susan 2005 O mal no pensamento moderno: uma história alternativa da filosofia. Lisboa: Gradiva.
- Oldroyd, D.; Amador, F.; Kozák, J.; Carneiro, A.; Pinto, M. no prelo The Study of Earthquakes in the Hundred Years following the Lisbon Earthquake of 1755, submetido a publicação na Earth Science History (dez./2005).
- Oliveira, Francisco Xavier 2004 Discurso Patético sobre as calamidades presentes sucedidas em Portugal. Ou resposta às objecções e aos murmúrios que esse escrito sobre si atraiu em Lisboa. O cavaleiro de Oliveira queimado em efígie como herético Lisboa: Frenesi.
- Ribeiro Sanches, António Nunes 1757 Tratado da Conservaçam da Saude dos Povos: Obra util, e igualmente necessaria aos Magistrados, Capitaens Generaes, Capitaens de Mar, e Guerra, Prelados, Abadessas, Medicos, e Pays de familias. Com um appendix Consideraçoens sobre os Terremotos, com a noticia dos mais consideraveis, de que faz mençao a Historia, e deste ultimo, que se sentio na Europa no 1 de Novembro de 1755, Lisbon.
- Serrão, Joaquim Veríssimo 1996 História de Portugal, v.6. Lisboa: Verbo.
- Tavares, M. J.; Amador, F.; Pinto, M. S. 2006 (no prelo) El terremoto de Lisboa de 1755: tremores y temblores. Artigo submetido a publicação na revista Cuadiernos Dieciochistas (Universidade de Salamanca).
- Tavares, R. 2005 O pequeno livro do grande terramoto Lisboa: Tinta da China.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
04 Maio 2007 -
Data do Fascículo
Mar 2007
Histórico
-
Aceito
Jul 2006 -
Recebido
Fev 2005