Resumo
O artigo explora o papel de práticas e discursos em saúde e cinema na construção e legitimação das estratégias do regime fascista de Franco na Espanha. A análise de cinco documentários médicos coloniais produzidos na década de 1940 explora a relação entre as práticas de comunicação de massa e os processos de produção, circulação e administração do conhecimento técnico-científico. Tais filmes retratam um espaço colonial não problemático onde a ordem social é articulada por meio de práticas e discursos médico-científicos que atendem à necessidade de consolidar e legitimar o regime, validando a dinâmica de inclusão-exclusão envolvida na representação de protótipos sociais por meio de processos de medicalização.
filmes médicos coloniais; regime franquista; inclusão-exclusão; discurso científico; medicalização