As supostas propriedades dos 'genes' levam os cientistas naturais a reivindicar autoridade para explicar as razões de atos, comportamentos e até a natureza humana, tradicional objeto de estudo das ciências humanas. O objetivo deste artigo é discutir as possibilidades de a teoria sociológica lidar com o reducionismo biológico, que estabelece uma articulação exata entre 'natureza humana' e 'ação humana'. Tal reducionismo está presente em discursos e artigos de cientistas e jornalistas, e é embasado por características dos 'genes'. Argumento que as teorias sociológicas podem ampliar suas possibilidades de análise se incorporarem dimensões biológicas, o que não implica necessariamente adotar uma abordagem reducionista.
teoria social; ação humana; natureza humana; genoma; genética