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O discurso do excesso sexual como marca da brasilidade: revisitando o pensamento social brasileiro das décadas de 1920 e 1930* * Este artigo foi extraído de minha tese de doutorado, A regulação política da sexualidade no âmbito da família por saberes e instituições médicas brasileiras (1838-1940), defendida no Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/Uerj), em 2010.

O objetivo deste trabalho é analisar o discurso do excesso sexual produzido pelo pensamento social brasileiro das décadas de 1920 e 1930 na sua interlocução com o discurso médico da época. De inspiração foucaultiana, o texto inscreve-se no campo da história dos saberes e está subsidiado por documentos sociológicos e médicos do período de referência. No quadro da recodificação vintecentista sobre o imaginário da brasilidade, o tema do excesso sexual foi revisitado pelo pensamento sociológico local, forjando-o ora como um perturbador do projeto civilizatório nacional, ora como um traço que deveria ser positivado por ter sido a condição de possibilidade da hibridização cultural de suas matrizes identitárias.

excesso sexual; miscigenação; pensamento social brasileiro; Casa-grande e senzala; brasilidade


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