Este artigo analisa a construção do ideário da maternidade científica no Brasil na década de 1920, situando-o como parte do amplo projeto reformador republicano com vista à constituição da nacionalidade. Pretende-se demonstrar o envolvimento de múltiplos agentes sociais na configuração do discurso maternalista, especialmente a participação ativa de mulheres, e redimensionar as relações entre mulheres e médicos como uma parceria negociada em torno de afinidades eletivas quanto ao interesse mútuo na valorização da maternidade. Destaca-se o papel essencial das revistas femininas nesse processo.
maternidade; puericultura; higiene; maternalismo; revistas femininas; Brasil