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Um declínio triunfante?: Tétano entre escravos e livres no Brasil

O tétano e outras doenças largamente endêmicas no período inicial do Brasil nação nos permitem entender pequenos detalhes da vida comum e grandes e inquietantes questões, tais como por que a população expandiu-se dramaticamente no início do século XX. O tétano foi uma das afecções mais mortais no Brasil, especialmente entre as crianças, mas os historiadores ainda conhecem pouco sobre ele. Utilizando fontes arquivísticas do Império e do início da República, este artigo argumenta que o tétano era desproporcionalmente severo entre a população escravizada, e que sua virulência reduziu em praticamente todos os grupos do país a partir da segunda metade do Oitocentos. Esse declínio deve-se apenas parcialmente aos conhecimentos médicos. Mudanças demográficas e tecnológicas indiretas foram fatores mais importantes no Brasil.

tétano; demografia; escravidão; doenças endêmicas; Brasil


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