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A representação social da hanseníase, trinta anos após a substituição da terminologia 'lepra' no Brasil

Baseando-se nas teorias de representação social (RS) e do Núcleo Central (NC), procedeu-se ao estudo estrutural do neologismo hanseníase, introduzido no Brasil, pelo Ministério da Saúde, nos anos 1970. A pesquisa foi conduzida em 2001, em oitocentas donas de casa dos municípios do Rio de Janeiro e Duque de Caxias. Concluiu-se que a hanseníase é parte da modernização do senso comum, mais ainda ancorada na representação tradicional da lepra. Esse achado é compreensível sabendo-se que a estrutura central de uma RS tem determinação histórica, não devendo ser esperadas mudanças de curto e médio prazos. Além disso, não se observou investimento em comunicação social para a divulgação ampla da nova terminologia. Os autores discutem a interface da RS com o conceito de história das mentalidades.

hanseníase; lepra; representação social; Núcleo Central


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