O artigo apresenta um contraponto entre as concepções desenvolvidas a respeito cia sociedade brasileira por Euclicles da Cunha e Manoel Bomfim, nos livros Os sertões e A América Latina: males de origem, publicados, respectivamente, em 1902 e 1905. Situando as referidas obras no contexto do entusiasmo pela modernização nacional da passagem do século, pretendemos apontar aproximações e diferenças entre as formas pelas quais tais autores questionaram o processo político-social em que se proclamava a inserção do Brasil na trilha do progresso e da civilização e apresentaram suas visões críticas da lógica e objetivos que presidiam este processo, bem como dos limites que a ele se impunham em seu encaminhamento na época.
Euclicles da Cunha; Manoel Bomfim; modernização; progresso; civilização; identidade nacional