O texto procura analisar conflitos e interesses em um dos principais focos de ciência médica no Rio Grande do Sul, a Faculdade de Medicina de Porto Alegre, e os princípios positivistas de liberdade profissional adotados pelos governos gaúchos. Trata do significado e do impacto do surgimento de um campo próprio e exclusivo do saber, a partir do qual os médicos de formação acadêmica gaúchos puderam iniciar uma guerra de trincheiras pela afirmação da ciência em face da fé e da política, enfrentando o positivismo do partido que empolgou o poder no Estado em todo o período inicial da República. Essa perspectiva cresceu em meio a conflitos e com dilemas entre médicos, positivistas e médicos-positivistas, numa conjuntura política diversa da que prevalecia no restante do Brasil.
positivismo; medicina; ciência; Rio Grande do Sul