Muitos países no continente americano se autodenominam “nações de imigrantes”. Nos EUA, o mito da “terra prometida” sugere que estrangeiros prosperam ao chegar ali porque a nação é intrinsicamente extraordinária. No Brasil, contudo, a relação entre imigração e identidade nacional é outra. Intelectuais, políticos, além de líderes culturais e econômicos viam (e veem) os imigrantes como agentes de melhoria de uma nação imperfeita marcada por anos de colonialismo português e escravidão africana. Como resultado, os imigrantes muitas vezes eram considerados salvadores por trazer mudanças e melhorias para o Brasil, e não por ter melhorado graças ao Brasil. Essas “melhorias” ocorreram com a absorção, a miscigenação e o uso de categorias raciais e étnicas cada vez mais flexíveis.
identidade nacional; imigrantes; etnicidade; transnacional; diáspora