Analisa uma versão manuscrita de 1790, do livro escrito originalmente em 1710 pelo jesuíta Pedro Montenegro, Materia medica misionera. Além da persistência de saberes mágico-religiosos e dos exóticos ingredientes para as receitas, encontram-se na obra a inconfundível presença das concepções hipocráticas e galênicas e o crescente empirismo que marca as transformações científicas do século XVIII. Sua análise permite, ainda, a reflexão sobre difusão, circulação e produção de conhecimentos farmacológicos e médicos na primeira metade do século XVIII, no âmbito das reduções e dos colégios instalados na região Província Jesuítica do Paraguai, na América meridional.
medicina; tratados; práticas científicas; Materia medica misionera; Pedro Montenegro SJ (1663-1728)