Resumo
O artigo analisa as rupturas e permanências do ideário eugênico na obra de Salvador de Toledo Piza Jr., professor e geneticista da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. A partir da pesquisa documental sobre artigos, correspondências e anotações do ex-diretor do Boletim de Eugenia , investiga-se a reconfiguração da eugenia no contexto pós-1945, momento em que Piza Jr. passou a atuar como divulgador do evolucionismo. Conclui-se que Piza Jr. deixou de defender publicamente a eugenia na segunda metade do século XX, mas manteve a concepção racializada nos anos 1950, correspondeu-se com sociedades eugenistas nos anos 1960 e sustentou a interpretação hierarquizada de evolução humana até final dos anos 1980.
eugenia; Salvador de Toledo Piza Jr. (1898-1988; racismo científico; evolucionismo; história das ciências