Investiga o estatuto e as condições de emergência da categoria nosológica de síndrome do coração irritável presente nos discursos médicos anglo-americanos na segunda metade do século XIX. No contexto da Guerra Civil Americana, examina elementos sócio-históricos que configuraram a atenção médica sobre os sintomas de ordem cardíaca de soldados. Destacam-se os valores morais de médicos-militares frente aos sintomas de medo em combatentes, assim como as hipóteses etiológicas britânicas e norte-americanas que consolidaram o estatuto nosológico do sofrimento dos soldados com palpitações. Propõe análise da especificidade da síndrome do coração irritável frente às categorias nosológicas do medo descritas pela nosologia psiquiátrica atual.
síndrome do coração irritável; palpitações; medo; discursos médicos; século XIX