A publicação de A estrutura das revoluções científicas de Thomas Khun resultou em uma grande discussão sobre a relação entre a história da ciência e a filosofia da ciência. Nessa discussão, o que estava em jogo era algo bem mais abrangente, isto é, o 'normativismo' versus o 'naturalismo' em epistemologia. Se a história da ciência, na melhor das hipóteses, nos dá informações confiáveis quanto ao que realmente ocorreu historicamente, como é que ela pode auxiliar os debates da filosofia da ciência sobre aspectos tais como confirmação e explicação? O presente artigo defende a centralização da investigação histórica para a filosofia da ciência. O autor defende o que ele chama de abordagem 'filogenética' à filosofia da ciência, argumentando que, uma vez que a as bases e métodos que prevalecem em uma área científica são moldados pela sua história, estudar esta história pode esclarecer consideravelmente os problemas conceituais e metodológicos de uma determinada ciência. A argumentação se faz em bases filosóficas gerais e através de exemplificações determinantes.
história e filosofia da ciência; filogenética; normativismo; naturalismo