Apesar de ainda ser a hanseníase um problema relevante em muitas partes do mundo, a eficácia da terapia multidrogas vem permitindo que pessoas afetadas sejam tratadas como pacientes não internos. No entanto, durante a maior parte do século XX, os diagnosticados como hansenianos eram isolados de suas famílias e internados em instituições chamadas 'leprosários'. O presente artigo apresenta uma breve história da política do isolamento e do desenvolvimento de estruturas comunitárias em duas instituições, Carville e Curupaiti, nos Estados Unidos e no Brasil, respectivamente. Os dilemas modernos frente à administração, às equipes e aos residentes destas instituições também serão discutidos.
antropologia médica; hanseníase; Brasil; Estados Unidos; estigma