Da perspectiva histórica, todos os elementos que envolvem uma doença, desde sua nomeação até a carga de significado que lhe é atribuída, resultam de "negociações" elaboradas por múltiplos atores sociais. No caso da lepra, a descoberta das sulfonas, em 1941, contribuiu de forma significativa para a transformação do entendimento dessa enfermidade, gerando um questionamento acerca das ações utilizadas para o seu controle/combate, sobretudo o isolamento compulsório dos doentes. Com base nesses pressupostos, este artigo analisa o debate que se constituiu acerca do processo de substituição das antigas práticas profiláticas para o controle da lepra, em um importante periódico de circulação nacional, Arquivos Mineiros de Leprologia, na década de 1950.
lepra; sulfonas; profilaxia anti-isolacionista