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Um monumento a Lázaro: o hospital de lepra do Rio de Janeiro

Logo após a chegada dos portugueses, em 1500, os europeus e, mais tarde, os escravos africanos introduziram a lepra no Brasil e, com ela, São Lázaro, o patrono de suas vítimas. No Rio de Janeiro, cresceram as pressões para que as vítimas fossem removidas das ruas da cidade, antes mesmo da mudança da capital do Brasil, em 1763. Neste ano, Frei Antônio, o bispo do Rio de Janeiro, fundou o venerável hospital no bairro de São Cristóvão. Solicitou que a Irmandade do Santíssimo Sacramento da Candelária cuidasse da assistência e administração do hospital. A irmandade continua a honrar o acordo feito há 239 anos. A história desse hospital é uma fonte de conhecimento sobre as relações complexas existentes entre os cidadãos, a Igreja e o Estado. O hospital atualmente chamado Frei Antônio teve importante papel na evolução de profissões ligadas à saúde, no progresso das ciências médicas e na gênese do movimento higienista no Brasil. Esse estudo também contribui para a história de uma doença que persiste no Brasil de 2003 como questão sanitária.

lepra; Hospital Frei Antônio; hospital de lepra; movimento higienista; história da medicina; saúde pública


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