Aborda o impacto da malária no âmbito da modernização republicana, basicamente nas ferrovias, que asssumiram então o papel de integrar o território e operar a expansão simbólica e material da nação brasileira. Os cientistas destacados para debelar os surtos epidêmicos não se limitaram a realizar as campanhas. Fizeram observações sobre aspectos da doença, inclusive suas relações com hospedeiros e ambientes, contribuindo com novos conhecimentos e com a institucionalização, no Brasil, de novo campo que então se estabelecia nas potências coloniais européias: a medicina tropical. O artigo articula essas inovações - especialmente a teoria da infecção domiciliária - com as campanhas em prol de ferrovias e com estágio subseqüente no enfrentamento da malária no Brasil, nos anos 1920.
ferrovia; malária; medicina tropical; entomologia médica; teoria da infecção domiciliária; Brasil