A identificação do verme Angiostrongylus costaricensis em humanos e caramujos, no sul do Brasil, sugere a ocorrência de subdiagnóstico e subnotificação de pacientes com angiostrongilíase abdominal. O artigo analisa as diferentes construções do conceito de angiostrongilíase abdominal na Costa Rica e no Brasil e a influência dessas variações em seu diagnóstico clínico e epidemiológico. Demonstra que a angiostrongilíase abdominal é, de facto, um constructo sociocultural, embora parasitas e vetores sejam reais. Também destaca a importância da abordagem interdisciplinar para a compreensão da doença.
conhecimento médico; entendimento público da doença; doença infecciosa emergente; angiostrongilíase abdominal; normal e patológico