RESUMO
Nos livros de leitura espanhois e colombianos da escola primária da primeira metade do século 20 é comum atribuir aos seus protagonistas uma identidade emocional fixa e um fundo instintivo que são revelados pelos seus comportamentos. Será estudada a relação do uso dessas atribuições com as estratégias para preparar a subjetividade infantil em relação às suas reações ao desejo, ao prazer e às relações sociais. Argumenta-se que essas estratégias fazem parte da operação do dispositivo de sexualidade (como é entendido por Foucault). Conclui-se que o sexo parece desempenhar o papel de determinação fundamental do instinto e do eu, daí a relevância da preparação para a sexualidade na estruturação do projeto escolar.
Palavras-chave:
história da sexualidade; Espanha; Colômbia; identidade; emoções; manuais escolares