RESUMO
Este artigo analisa a cultura escrita a partir das formas textuais praticadas nos claustros femininos. Serão utilizadas algumas Vidas Exemplares, literatura predominante nos conventos femininos portugueses nos séculos XVII e XVIII. O fortalecimento da individualidade, o surgimento da imprensa e a Reforma Católica propiciaram o avanço da produção de biografias e autobiografias de religiosas que serviam para exemplificar e modelar um estilo de vida conventual considerado ideal aos olhos da Igreja Católica. Eram obras educativas para a normatização religiosa e que atendiam às ordenações masculinas sobre o universo feminino no interior dos claustros.
Palavras-chave:
cultura escrita; vidas exemplares; conventos femininos; Portugal; período moderno