Resumo
O artigo discute o trabalho dos agentes que tornam uma coleção patrimonializada e pública, tecendo considerações sobre o aspecto técnico de tal trabalho, destacando o processo falível e imperfeito dessa atividade, diante do aspecto arqueológico e histórico das coleções, neste caso, um grande acervo de ciência e tecnologia salvaguardado em uma escola secundária, confessional, católica na cidade de São Paulo. Para tanto, faz uma discussão entre a história da ciência e a história da educação, apresentando a importância de preservação de objetos científicos no relacionamento desses dois campos epistêmicos para o fomento de investigações e outras atividades. Por fim, destaca o trabalho de inventariação da coleção de Física da escola, para jogar luz em dificuldades reais do processo de patrimonialização de coleções científico-educativas, problematizando o significado histórico da palavra “patrimônio” a partir de um exemplo situado em um determinado contexto espaço-temporal.
Palavras-chave:
Patrimônio de ciência e tecnologia; patrimônio histórico-escolar; patrimônio científico-educativo; coleções; objetos científicos