Resumo
O presente artigo tem a finalidade de contribuir para o campo da História da Educação brasileira a partir de uma leitura analítica da obra “Atrás da Catedral de Ruão”, de Mário de Andrade, escrita entre 1923 e 1944, época em que o modernista revelou maior preocupação com problemáticas da ordem social, sendo a educação uma importante pauta para o debate. Desse modo, ao considerarmos as obras literárias como artefatos da cultura, é possível que essas possam ser utilizadas pelos historiadores para extrair as verossimilhanças e compreender, via representação, as possibilidades de como se dava a educação doméstica pelas preceptoras estrangeiras. Utilizamos, para a elaboração dessa pesquisa a metodologia relacionada à noção de operação historiográfica, por meio da qual pudemos verificar que o conto revela possíveis compreensões dos desafios do oficio de ensinar nas casas, bem como as demandas de parte da elite paulistana pela educação sofisticada à época.
Palavras-Chave:
Educação doméstica; Literatura modernista; Processo educativo não escolar