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As ideias pedagógicas de Antonieta de Barros: uma contribuição à História da Educação

Las ideas pedagógicas de Antonieta de Barros: una contribución a la Historia de la Educación

The pedagogical ideas of Antonieta de Barros: a contribution to the History of Education

Les idées pédagogiques d’Antonieta de Barros : une contribution à l’Histoire de l’Éducation

BARROS, Antonieta de. Farrapos de Ideias. Prefácio de Jeruse Romão. Florianópolis: Skript, 2022

Em um bonito e importante exercício político de denúncia do apagamento histórico e da invisibilização política a que foi submetida a trajetória e biografia públicas da professora Antonieta de Barros, levado a cabo, em grande parte, pela sua principal biógrafa - Jeruse Romão (2021ROMÃO, Jeruse. Antonieta de Barros: professora, escritora, jornalista, primeira deputada catarinense e negra do Brasil. Florianópolis: Cais, 2021. e 2023ROMÃO, Jeruse. Antonieta de Barros: discursos, entrevistas e outros textos. Florianópolis: Urucongo, 2023.) -, mas também através dos estudos empreendidos por outras pesquisadoras (SILVA, 1991SILVA, Josefina da. Antonieta de Barros/Maria da Ilha: discurso e catequese. 1991. 307f. Dissertação (Mestrado) - Centro de Comunicação e Expressão, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1991.; NUNES, 2001NUNES, Karla Leonora Dahse. Antonieta de Barros: uma história. 2001. 159f. Dissertação (Mestrado) - Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2001.; FONTÃO, 2010FONTÃO, Luciene. Nos passos de Antonieta: escrever uma vida. 2010. 483f. Tese (Doutorado) - Centro de Comunicação e Expressão, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.; ESPÍNDOLA, 2015ESPÍNDOLA, Elizabete Maria. Antonieta de Barros: educação, gênero e mobilidade social em Florianópolis na primeira metade do século XX. 2015. 282f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015.), veio a lume, por conta dos esforços da própria Jeruse Romão, a quinta edição de Farrapos de Ideias, primeiro e único livro publicado por Antonieta de Barros.

Antonieta de Barros (1901-1952), mulher negra, nasceu e viveu em Florianópolis, estado de Santa Catarina, foi professora, diretora escolar, jornalista e primeira mulher negra eleita deputada na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (nas legislaturas 1934-1937 e 1948-1951). Ainda que a própria autora tenha demarcado que o seu Farrapos de Ideias não foi além da junção de algumas “crônicas ligeiras” (p. 5) de artigos publicados na imprensa florianopolitana, a obra foi além e expôs alguns saberes pedagógicos e suas apropriações nas práticas escolares e também a relação entre métodos pedagógicos e fazeres escolares a partir da experiência docente da autora.

Trata-se daquilo que Xavier (2016XAVIER, Libânea Nacif. Interfaces entre a história da educação e a história social e política dos intelectuais: conceitos, questões e apropriações. In: GOMES, Angela de Castro; HANSEN, Patrícia Santos (orgs.). Intelectuais mediadores: práticas culturais e ação política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016, p. 464-486., p. 482), com base em Giroux (1997GIROUX, Henry. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Trad. Daniel Bueno. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.), chamou de “liderança intelectual” no campo da educação. Ou seja, Farrapos de Ideias deve ser interpretado como uma obra literária, assim como preconizou a sua autora, mas também e, sobretudo, como uma carta de princípios pedagógicos e um documento político. A despeito das inúmeras possibilidades de leitura e apreciação que Farrapos de Ideias suscita, na presente resenha direciono minha análise para a sua dimensão enquanto concepções (ou ideias) pedagógicas. Na primeira parte do texto, procuro apresentar ao/a leitor/a que Farrapos de Ideias pode ser lido na chave de um conjunto de procedimentos pedagógicos que foi elaborado visando a construção de parâmetros para orientar a prática pedagógica de professores e alunos, ou seja, uma compilação de ideias pedagógicas, na acepção de Saviani (2007SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2007.). Por fim, destaco a importância de inserir o conjunto da obra de Antonieta de Barros, com destaque para o livro ora resenhado, como bibliografia no ensino de História da Educação.

Publicado originalmente em 1937 (com quatro reedições, em 1971, 2001, 2016 e 2022), Antonieta de Barros reuniu em Farrapos de Ideias parte importante de seus escritos sobre literatura, artes e as questões sociais do jogo político que marcavam os debates do período. Compõe o volume cinquenta ensaios e crônicas que têm como ponto em comum a abordagem de diferentes perspectivas do debate político no campo educacional dos anos 1930. Os textos reunidos nesse volume, produzidos em diferentes momentos entre 1931 e 1937, publicados originalmente no República, órgão oficial do Partido Republicano Catarinense, ao qual Antonieta de Barros era filiada, indicam a constância de sua aproximação com o tema da educação (especialmente a pública), o que a levou a fazer dessa temática e da dimensão pedagógica da imprensa objetos constantes de reflexão.

Os motivos da importância atribuída por Antonieta de Barros ao tema se esclarecem ao acompanharmos no seu livro o desenvolvimento de sua compreensão sobre o que então se entendia como assuntos do campo educacional. A autora não teorizou sobre escola, formas de escolarização ou concepções pedagógicas, mas sim mostrou em suas reflexões, como tais temáticas se inseriam na sociedade, participavam de seus movimentos e ajudavam a conformar a realidade. Neste sentido, são textos que exprimem questões e embates sociais de seu tempo, baseando-se em sentimentos e em experiências vividas, já que uma noção moral de respeitabilidade, profundamente informada por uma lógica cristã-católica, foi constantemente operada por Antonieta de Barros em sua produção intelectual. Por isso, tais ensaios e crônicas não podem ser inteiramente compreendidos desconsiderando-se essa dimensão política mais ampla de sua elaboração.

Por esta razão, a produção de Antonieta de Barros - não só aquela contida em Farrapos de Ideias, mas também presente em compêndios, discursos, cartas e conferências, publicados, em sua maioria na imprensa - não é apenas expressão de um debate etéreo, mas o modo pelo qual ela se relacionou com as questões mais gerais que constituíam a sociedade brasileira de então. Ou seja, sua produção só faz sentido se for lida e apreendida a partir de suas experiências: na docência, na literatura, no jornalismo e na política partidária. As redes de sociabilidades (SIRINELLI, 1996 a SIRINELLI, Jean-François. Os intelectuais. In: RÉMOND, René (org.). Por uma história política. Trad. Dora Rocha. Rio de Janeiro: Editora FGV , 1996a, p. 231-270.) das quais Antonieta de Barros fez parte, tecidas a partir das suas trajetórias em distintas áreas de atuação, ajudam-nos a compreender os lugares de produção das suas ideias pedagógicas e os possíveis significados políticos atribuídos a tais concepções.

Por conta da sua atuação na docência, quando esteve no cargo de deputada estadual seus projetos de lei apresentados no congresso estadual catarinense se pautaram na criação de uma legislação social que deveria defender mecanismos de ascensão social pelo trabalho (por meio da escolarização profissional), o mérito individual (no sentido de recursos legais cuja função política seria igualar a todos e, a partir de tal prerrogativa, a única distinção entre os cidadãos deveria resultar dos méritos e das virtudes individuais e não de supostas condições biológicas, como por exemplo a cor da pele, em um evidente movimento de condenação das ideologias raciais então em voga, como o racismo) e a propagação de formas de educação formal como dever do Estado.

Assim, percebe-se que o seu ingresso e trânsito nas relações de clientelismo e patronagem que faziam parte da estrutura política das oligarquias catarinenses se deu por meio das redes de relações tecidas entre grupos subalternos que viam na sua presença na política partidária um recurso de acesso e manutenção ao status de cidadania e de reconhecimento político. Isto é, a figura política e intelectual de Antonieta de Barros foi, ao mesmo tempo, constituída e formadora de uma noção de Estado-educador.

Ainda que de forma fragmentada, a publicação da sua agenda de concepções pedagógicas em Farrapos de Ideias nos permite vislumbrar os caminhos para os quais apontava suas reflexões sobre educação. Em razão disso, no estudo dos processos históricos que marcaram o campo da educação nos anos 1930, tal obra pode possibilitar uma análise mais elaborada sobre o contexto de disseminação de escolas e a escolarização da instrução, principalmente a feminina, como projeto do estado brasileiro; sobre os debates em relação à renovação de práticas pedagógicas: “como ensinar” se apresenta como um problema pedagógico; sobre as políticas de (re)construção do caráter e do sentimento nacional do povo brasileiro, definindo como eixos da nova organização do ensino a educação do caráter e a educação cívica; sobre os princípios pedagógicos do ensino ativo propagados pelo movimento da Escola Nova ou Escolanovismo, como gratuidade e obrigatoriedade da educação, coeducação, educação das mulheres, métodos pedagógicos do ensino ativo (aprendizagem pela observação, pela pesquisa e pela resolução de problemas).

Podemos considerar, portanto, a produção intelectual de Antonieta de Barros como legítima representante (e expoente) de uma cultura política da educação, que a historiografia da educação chamou de “entusiasmo pela educação”, movimento que marcou a sociedade brasileira entre as décadas de 1920 e 1950. Não obstante, é preciso reconhecer que, apesar de Farrapos de Ideias ter sido elaborado como uma cartilha de princípios pedagógicos em defesa de uma escola renovada, mas principalmente como uma demanda a favor da responsabilidade do Estado pela difusão da educação pública no país, ele não se caracteriza, propriamente, por uma exposição sistemática das ideias pedagógicas de Antonieta de Barros. Estas acham-se espalhadas pelos seus compêndios, discursos, cartas e conferências, o que, obviamente, não inviabiliza o seu emprego como recurso pedagógico na formação de professores e no estudo da difusão de representações sobre os processos de constituição da educação no Brasil.

As ideias pedagógicas de Antonieta de Barros, formuladas a partir das suas ações no campo educativo, apresentam a possibilidade de visualizar os debates educacionais que se travavam na primeira metade do século XX. Ela construiu sua concepção educativa e desenvolveu suas ideias pedagógicas praticando-as na sua escola, na sua atividade como professora em outros estabelecimentos de ensino e na sua atuação no campo da intelectualidade e na política partidária.

Ou seja, as suas ideias pedagógicas foram também convicções filosóficas que fundamentaram a sua prática docente e a sua atuação intelectual. Sendo assim, estamos falando da trajetória de uma “liderança intelectual” que criou uma forma de apropriação de discursos pedagógicos elaborados a partir de (e com base em) suas próprias experiências educativas (SAVIANI, 2007SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2007.). O estudo da trajetória intelectual de Antonieta de Barros pode se configurar em um procedimento de análise que possibilita ampliar as possibilidades de pesquisa histórica sobre a escola, as práticas e processos que a constituíram e os saberes que nela e sobre ela se articularam em cronologias e recortes espaciais específicos.

As ideias pedagógicas de Antonieta de Barros nos apresentam diversos compromissos assumidos na defesa de um ideal de escola, assim como nos coloca o desafio de refletir sobre outras perspectivas do debate político em torno da educação brasileira nos diferentes momentos pelos quais passou a discussão sobre a escola pública. Farrapos de Ideias, em específico, é uma provocação que nos convida a questionar sobre qual modelo de escola defendemos, como percebemos o papel do Estado na propagação da educação no país (a relação entre Estado e educação) e quais são os compromissos políticos que se apresentam hoje no cenário educacional.

Em debate sobre os atuais desafios do ensino de História da Educação, Barros e Bezerra (2020BARROS, Surya Aaronovich Pombo de; BEZERRA, Amália Rocha. Não brancos(as) e periféricos(as): histórias da docência no Brasil. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 25, p. 1-26, 2020.) e Barros (2022BARROS, Surya Aaronovich Pombo de. Sem romantizar e sem amnésia: História da Educação como ferramenta para uma educação antirracista. In: BARROS, Surya Aaronovich Pombo de; ECAR, Ariadne (orgs.). História da Educação: formação docente e a relação teoria-prática. São Paulo: FEUSP, 2022, p. 169-188.) denunciaram a urgência de incluir as categorias analíticas de “não brancos(as)” e de “periféricos(as)” nas pesquisas historiográficas sobre a constituição histórica da educação no Brasil. O hercúleo trabalho de mediadora geracional, como bem definiu Sirinelli (1996 b SIRINELLI, Jean-François. A geração. In: AMADO, Janaína; FERREIRA, Marieta de Moraes (orgs.). Usos & abusos da história oral. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1996b, p. 131-138.), elaborado inicialmente por Leonor de Barros, irmã de Antonieta, e atualmente pela sua biógrafa Jeruse Romão, é uma estratégia epistemológica de profundo impacto político e que pode nos inspirar no trabalho com as trajetórias de indivíduos que passaram (passam) por processos de silenciamento político e esquecimento da memória no campo da História da Educação, como foi (é) o caso Antonieta de Barros.

Leonor de Barros (1903-1973), que também foi professora e diretora escolar - personagem sobre a qual ainda não temos nenhum estudo ou biografia -, foi a primeira herdeira do legado político e intelectual de Antonieta de Barros. Coube a ela a organização da primeira reedição de Farrapos de Ideias, em 1971. Mais recentemente, esse trabalho de combate à política do esquecimento das ações, dos projetos e das ideias de Antonieta de Barros vem sendo executado por Jeruse Romão.

O exercício político de celebrar legados e honrar memórias não significa a construção de biografias essencializadas no sentido da mitificação ou heroicização, mas sim o que os seus intérpretes (ou herdeiros), no papel de mediadores, decidem incorporar e defender nos tempos presentes, isto é, a arte de reinvenção de trajetórias e memórias com a finalidade de que elas perdurem e ganhem sentido político nos cenários atuais. À vista disso, a trajetória de Antonieta de Barros nos convoca a incluir nos cursos de formação docente as experiências de outras mulheres negras - professoras, diretoras, alunas, pensadoras, intelectuais -, menos como objetos de estudo e mais como agentes de produção de conhecimento no campo da educação, que podem ser articuladas no sentido de combater a política do esquecimento que apaga pessoas negras dos livros, compêndios e manuais da História da Educação e do imaginário coletivo.

Farrapos de Ideias, assim como o restante da produção intelectual de Antonieta de Barros, são registros inestimáveis de obras que debateram o compromisso com a democratização do acesso à escolarização formal em um contexto de constituição do sistema público de educação e de produção de diferentes concepções de saberes pedagógicos e de suas apropriações nas práticas escolares. É um livro que constitui fonte de formação e referência para estudantes da graduação e da pós-graduação e, ao mesmo tempo, serve de leitura aos interessados no tema da história da educação brasileira.

Referências

  • BARROS, Surya Aaronovich Pombo de. Sem romantizar e sem amnésia: História da Educação como ferramenta para uma educação antirracista. In: BARROS, Surya Aaronovich Pombo de; ECAR, Ariadne (orgs.). História da Educação: formação docente e a relação teoria-prática. São Paulo: FEUSP, 2022, p. 169-188.
  • BARROS, Surya Aaronovich Pombo de; BEZERRA, Amália Rocha. Não brancos(as) e periféricos(as): histórias da docência no Brasil. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 25, p. 1-26, 2020.
  • ESPÍNDOLA, Elizabete Maria. Antonieta de Barros: educação, gênero e mobilidade social em Florianópolis na primeira metade do século XX. 2015. 282f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015.
  • FONTÃO, Luciene. Nos passos de Antonieta: escrever uma vida. 2010. 483f. Tese (Doutorado) - Centro de Comunicação e Expressão, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.
  • GIROUX, Henry. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Trad. Daniel Bueno. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
  • NUNES, Karla Leonora Dahse. Antonieta de Barros: uma história. 2001. 159f. Dissertação (Mestrado) - Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2001.
  • ROMÃO, Jeruse. Antonieta de Barros: discursos, entrevistas e outros textos. Florianópolis: Urucongo, 2023.
  • ROMÃO, Jeruse. Antonieta de Barros: professora, escritora, jornalista, primeira deputada catarinense e negra do Brasil. Florianópolis: Cais, 2021.
  • SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2007.
  • SILVA, Josefina da. Antonieta de Barros/Maria da Ilha: discurso e catequese. 1991. 307f. Dissertação (Mestrado) - Centro de Comunicação e Expressão, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1991.
  • SIRINELLI, Jean-François. A geração. In: AMADO, Janaína; FERREIRA, Marieta de Moraes (orgs.). Usos & abusos da história oral. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1996b, p. 131-138.
  • SIRINELLI, Jean-François. Os intelectuais. In: RÉMOND, René (org.). Por uma história política. Trad. Dora Rocha. Rio de Janeiro: Editora FGV , 1996a, p. 231-270.
  • XAVIER, Libânea Nacif. Interfaces entre a história da educação e a história social e política dos intelectuais: conceitos, questões e apropriações. In: GOMES, Angela de Castro; HANSEN, Patrícia Santos (orgs.). Intelectuais mediadores: práticas culturais e ação política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016, p. 464-486.

Editado por

Editora responsável:

Patrícia Weiduschadt

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Ago 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    25 Nov 2023
  • Aceito
    24 Mar 2024
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