RESUMO
Este artigo examina a correspondência pessoal de três mulheres burguesas inglesas, Anna Mary Howitt, Barbara Leigh Smith Bodichon e Bessie Rayner Parkes, como fontes de desenvolvimento pessoal. Com base no conceito de 'educação epistolar' (SIMON-MARTIN, 2016, 2016a, 2020), este artigo explora a carta como um instrumento educacional no sentido do termo neo-humanista alemão Bildung (aprendizagem ao longo da vida) e sugere que esses três amigas não apenas refletiram sobre amor e casamento através das cartas, mas também concluíram acordos com seus pretendentes e familiares que respeitavam suas necessidades conjugais e expectativas profissionais. Ao mesmo tempo, este artigo inclui uma reflexão epistemológica sobre como abordar a questão do 'silêncio arquivístico', uma vez que se baseia amplamente na análise da voz epistolar de Bessie.
Keywords:
Bildung; formação; cartas; educação epistolar; silêncio arquivístico