Resumo
O artigo explora questões relativas às figurações do tempo em sua relação com modos de elaboração da experiência histórica ao analisar o romance La plus secrète mémoire des hommes de Mohamed Mbougar Sarr. O ensaio refuta categorias analíticas e normativas como sujeito universal e representação histórica em um romance que se utiliza da pesquisa histórica. O artigo também pretende ressaltar que a crítica pós-colonial, ou decolonial, se manifesta de maneira constativa, e não performática, limitando a eficácia do tratamento de temas sensíveis para além da arquitetura conceitual dos estudos traumáticos. Considero que o romance permite maior abertura para o questionamento dos limites do conhecimento histórico frente às críticas provenientes de autores que debatem temporalidade, colonialismo e racismo.
Palavras-chave:
Futuro; Temporalidade; Romance; Racismo; Colonialidade