Este artigo trata das estratégias de combate ao crime no século XIX, demonstrando que elas se ligavam a práticas e discursos morais que estereotipavam diferentes personagens sociais. Vê-se que figuras como o camponês, o jovem e a criança apareciam numa imagem inversa da civilidade dominante. O tema da educação e da formação era perpassado por preocupações com a boa moral e a recusa às práticas desviantes da norma. A abordagem cruza exemplos pertencentes a diferentes países no Ocidente, sobretudo o Brasil e a França. Entre as fontes, estão: obras de caráter ficcional, trabalhos monográficos, relatórios e bibliografia especializada. A metodologia visa pôr em evidência os aspectos da história das sensibilidades e do imaginário social ligados à formação da criança e do jovem. Objetiva-se tanto recuperar dimensões alternativas do processo histórico, quanto colocar em questão as bases de nossos mecanismos de controle da emoção.
História da Violência; Século XIX; Educação