Resumo
Este artigo analisa a batalha do cinematógrafo da Central do Brasil, isto é, o conjunto de artigos publicados na imprensa carioca entre março e abril de 1908 que atacaram ou defenderam a gestão de Aarão Reis junto à Companhia da Estrada de Ferro Central do Brasil por ter permitido a instalação de um cinematógrafo na estação Central do Brasil. As questões que irão estruturar nossa investigação são: a) que concepções a respeito do consumo cinematográfico foram acionadas ao longo desse debate?; b) como essas concepções revelam expectativas em relação à burocracia estatal e ao controle do tempo destinado ao lazer das classes populares? Como metodologia de pesquisa, adotamos o paradigma indiciário, tal qual pensado por Carlo Ginzburg.
Palavras-chave:
cinema; consumo; Primeira República; Rio de Janeiro