RESUMO
Neste artigo, compreende-se a trajetória das Fábrica de Chapéus Mangueira (FCM) nas condições históricas e sociais da nova ordem republicana, nos anos de 1898 a 1920. Analisa-se o lugar dessa experiência histórica situada no contexto e na região do subúrbio da Mangueira, no Rio de Janeiro. Discorre-se sobre a projeção da FCM no cenário industrial e comercial juntamente com as greves que afetaram o setor chapeleiro, identificando-se os conflitos que se deram, dentro das condições do mundo do trabalho carioca. Por fim, discute-se o sentido construído de uma fábrica portadora de uma missão, sendo orgânica no nascente mundo protestante por meio do seu proprietário, José Luiz Fernandes Braga, demarcando, assim, a sua singularidade como missionária. Desse modo, aborda-se como uma unidade fabril esteve historicamente enredada aos mundos da produção, do trabalho e da religião, dentro da nova e conflituosa ordem republicana em construção.
Palavras-chave
Fábrica de Chapéus Mangueira; mundo do trabalho; ordem republicana; Rio de Janeiro