RESUMO
As grandes revoluções socialistas da Rússia e da China podem ser examinadas como o momento da passagem de sociedades milenares, marcadas, no caso da Rússia, por um grande campesinato e modo de produção feudal, e, no caso da China, pelo modo de produção asiático. Tanto a sociedade russa como a chinesa entram em crise no século XIX. No primeiro caso, a instabilidade é consequência da crescente rejeição da autocracia e do despotismo; no segundo caso, deve-se à invasão e o subsequente período de guerra, condição que permanece até a vitória da revolução chinesa em 1949. Rússia e China, em suas trajetórias peculiares para a modernidade, puderam contar tanto com classes populares que protagonizam a política, como com intelectuais de primeira linha que sabem fazer a mediação entre as características sociais e políticas de seus países e a necessidade da revolução. Na atualidade, ambos os países são protagonistas de primeiro plano na cena mundial, destacando-se por suas formas específicas de organizar suas economias e suas políticas internas e externas.
Palavras-chave:
Revolução Russa de 1917; Revolução Chinesa de 1949; Intelligentsia; Socialismo; Confucionismo.