Acessibilidade / Reportar erro

Caracterização da vegetação do Parque Estadual Lagamar de Cananéia, Litoral Sul, Estado de São Paulo, Brasil

Characterization of the Parque Estadual Lagamar de Cananéia vegetation, South Coast, São Paulo State, Brazil

RESUMO

A Mata Atlântica é um “hotspot” de biodiversidade, devido a sua elevada riqueza, endemicidade e ameaças. Caracterizamos as fitofisionomias e listamos as espécies vasculares do Parque Estadual Lagamar de Cananéia (PELC). Foram coletadas as espécies de diferentes hábitos encontradas ao longo das trilhas percorridas no PELC e o mapeamento das fitofisionomias foi feito por fotointerpretação. Mapeamos oito fitofisionomias vegetacionais, com Floresta Ombrófila Densa Submontana, representando 53,9%, enquanto as Montanas e das Terras Baixas cobriram 14,3% e 13,2%, respectivamente. A flora conhecida do PELC é composta por 540 espécies vasculares distribuídas em 122 famílias, sendo 55 espécies de Samambaias e Licófitas, duas Gimnospermas e 483 Angiospermas, com espécies em risco de extinção (20 espécies). O PELC possui fitofisionomias importantes e flora com elevada riqueza de espécies, ratificando sua importância para a conservação da biodiversidade da Mata Atlântica no Estado de São Paulo.

Palavras-chave:
flora; Mata Atlântica; Vale do Ribeira; Unidade de Conservação

ABSTRACT

The Atlantic Forest is a biodiversity hotspot due to its high species richness, endemicity, and threats. We characterized the phytophysiognomies and listed the vascular species of the Parque Estadual Lagamar de Cananéia (PELC). All species and habits found along the trails covered in the PELC were collected, and the phytophysiognomies were mapped by photointerpretation. We mapped eight vegetational phytophysiognomies, with Submontane Dense Ombrophilous Forest representing 53.9%, whereas Montane and Lowland forests covered 14.3% and 13.2%, respectively. The known flora of PELC is composed of 540 vascular species distributed in 122 families, with 55 species of ferns and lycophytes, two gymnosperms and 483 Angiosperms, with threatened species (20 species). The PELC has a diversity of phytophysiognomies and a high richness of species, thus confirming its importance for the conservation of the plant biodiversity of the Atlantic Forest in the State of São Paulo.

Keywords:
Atlantic Forest; flora; Nature Conservation Unit; Ribeira Valley

Introdução

A Mata Atlântica tem sofrido longa e intensiva história de distúrbios que teve início com a chegada dos colonizadores portugueses ao Brasil, em 1.500, com a extração das árvores de pau-brasil (Paubrasilia echinata (Lam.) Gagnon, H.C.Lima & G.P.Lewis), o que tornou a espécie ameaçada de extinção. Posteriormente, o desmatamento das florestas deu lugar a implantação de diversas commodities, tais como a cana-de-açúcar no século XVII no Nordeste, o café do séc. XVIII ao XIX no Sudeste, o cacau na Bahia entre os sécs. XIX-XX e a pecuária após a degradação do solo para agricultura (Joly et al. 2014Joly, C.A., Metzger, J.P. & Tabarelli, M. 2014. Experiences from the Brazilian Atlantic Forest: ecological findings and conservation initiatives. New Phytologist 204: 459-473., Dean 1996Dean, W. 1996. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. Companhia das Letras, São Paulo., Tabarelli et al. 2005Tabarelli, M., Pinto, L.P., Silva, J.M.C., Hirota, M. & Bedê, L. 2005. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira. Megadiversidade 1: 132-138.). Tal histórico de uso das florestas, associado à expansão territorial urbana devido ao crescimento populacional, causaram a fragmentação da Mata Atlântica (Dean 1996Dean, W. 1996. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. Companhia das Letras, São Paulo.) e, consequentemente, o empobrecimento da biota em vários locais.

A degradação pretérita e atual levou a Mata Atlântica à condição de um dos “hotspots” do planeta, ou seja, uma das áreas naturais mais relevantes para a conservação devido à elevada riqueza e alto índice de espécies endêmicas, mas também sujeita às grandes pressões antrópicas que aumentam o risco de extinção (Myers et al. 2000Myers, N., Mittermeier, R.A., Mittermeier, C.G., Fonseca, G.A.B. & Kent, J. 2000. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature 403: 853-858.). A extinção local de espécies pode ocorrer, principalmente, quando ocorrem mudanças drásticas na estrutura da paisagem que reduzam 30-50% da cobertura do habitat da paisagem original (Joly et al. 2014Joly, C.A., Metzger, J.P. & Tabarelli, M. 2014. Experiences from the Brazilian Atlantic Forest: ecological findings and conservation initiatives. New Phytologist 204: 459-473.). Em território brasileiro restam apenas 12,4% da cobertura vegetal original da Mata Atlântica (Fundação SOS Mata Atlântica/Instituto de Pesquisas Espaciais 2022Fundação SOS Mata Atlântica/Instituto de Pesquisas Espaciais - INPE. 2022. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica - período 2020-2021 - Relatório Técnico. São Paulo: SOSMA/INPE. Disponível em https://cms.sosma.org.br/wp-content/uploads/2022/05/Sosma-Atlas-2022-1.pdf (acesso em 30-XII-2022).
https://cms.sosma.org.br/wp-content/uplo...
), a maior parte situada no Estado de São Paulo, onde 5.431.220 ha remanescentes ocupam 32,6% do território (Nalon et al. 2022Nalon, M.A., Matsukuma, C.K., Pavão, M., Ivanauskas, N.M. & Kanashiro, M.M. 2022. Inventário da cobertura vegetal nativa do Estado de São Paulo. São Paulo: SIMA/IPA. Disponível em https://indd.adobe.com/view/publication/a5aba10f-0090-4109-ac1c-944c8260b1ff/57wk/publication-web-resources/pdf/INVENTARIOflorestal_livroFINAL.pdf (acesso em 21-VΠI-2022).
https://indd.adobe.com/view/publication/...
). A Bacia Hidrográfica do Ribeira de Iguape abriga a maior área remanescente, totalizando 24,4% da Mata Atlântica paulista (Nalon et al. 2022Nalon, M.A., Matsukuma, C.K., Pavão, M., Ivanauskas, N.M. & Kanashiro, M.M. 2022. Inventário da cobertura vegetal nativa do Estado de São Paulo. São Paulo: SIMA/IPA. Disponível em https://indd.adobe.com/view/publication/a5aba10f-0090-4109-ac1c-944c8260b1ff/57wk/publication-web-resources/pdf/INVENTARIOflorestal_livroFINAL.pdf (acesso em 21-VΠI-2022).
https://indd.adobe.com/view/publication/...
).

A fim de salvaguardar a biodiversidade, é necessário planejar e agir para a conservação dos remanescentes, situação para a qual Joly et al. (2014)Joly, C.A., Metzger, J.P. & Tabarelli, M. 2014. Experiences from the Brazilian Atlantic Forest: ecological findings and conservation initiatives. New Phytologist 204: 459-473. apontam a necessidade de pesquisas em quatro tópicos principais: 1) descrição e identificação da biodiversidade; 2) resposta da floresta às perturbações humanas em diferentes tipos de floresta e contextos socioeconómicos; 3) relação entre biodiversidade, processos ecológicos e serviços ecossistêmicos considerando diferentes cenários de mudanças climáticas; e (4) instrumentos econômicos para apoiar a sustentabilidade. Nesse contexto, este estudo contribui com o tópico 1, ao descrever os tipos vegetacionais e listar as espécies de plantas de uma das principais unidades de conservação de proteção integral no Vale do Ribeira.

Situado no Litoral Sul do Estado de São Paulo, o Mosaico de Unidades de Conservação do Jacupiranga (MOJAC) possui área total de 243.885,78 ha. Esse instrumento de gestão previsto pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Brasil, 2000Brasil. 2000. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm (acesso em 21-VII-2023).
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/lei...
) é composto por 14 Unidades de Conservação, das quais 11 pertencem ao grupo de Uso Sustentável e três ao grupo de Proteção Integral (São Paulo 2008São Paulo. 2008. Lei nº 12.810, de 21 de fevereiro de 2008. Altera os limites do Parque Estadual de Jacupiranga, criado pelo Decreto-lei nº 145, de 8 de agosto de 1969, e atribui novas denominações por subdivisão, reclassifica, exclui e inclui áreas que especifica, institui o Mosaico de Unidades de Conservação do Jacupiranga e dá outras providências. São Paulo: Imprensa Oficial. Diário Oficial do Estado de São Paulo. Seção I. v. 118, n. 34, de 22 de fevereiro de 2008., Moura et al. 2011Moura, C., Arzolla, F.A.R.D.P., Paula, G.C.R. & Vilela, F.E.S.P. 2011. Os Mosaicos de Unidades de Conservação na região do Vale do Ribeira, São Paulo: considerações sobre os processos de criação. Olam - Ciência & Tecnologia 11: 59-73.).

As UCs de Uso Sustentável têm como objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais e, no caso das Reservas, preservar o modo de vida de populações tradicionais. No MOJAC, estão representadas por quatro Áreas de Proteção Ambiental (APA), cinco Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) e duas Reservas Extrativistas (RESEX). As UCs de Proteção Integral têm como objetivo preservar a natureza, admitindo-se apenas o uso indireto dos seus recursos naturais. No MOJAC, abrangem três Parques Estaduais: o PE Caverna do Diabo, o PE Rio Turvo e o PE Lagamar de Cananéia.

Este trabalho tem por objetivo caracterizar as fitofisionomias e listar as espécies vasculares protegidas pelo PE Lagamar de Cananéia. Dentre as UCs de Proteção Integral que compõem o MOJAC, esta unidade se destaca por ser a única a preservar trechos consideráveis de vegetação natural que se estendem desde o litoral até a a Serra de Paranapiacaba, abrigando diferentes habitats para a conservação da biodiversidade paulista e, por consequência, da Mata Atlântica brasileira. Também por essa singularidade, esta UC é referência para o monitoramento das atividades previstas no manejo das UCs de uso sustentável que compõem o MOJAC, para o qual o diagnóstico aqui apresentado é um subsídio relevante.

Material e métodos

O Parque Estadual do Lagamar de Cananéia (PELC) possui 40.758,64 ha e está localizado nos municípios de Cananéia e Jacupiranga (Bim & Furlan 2013Bim, O.J.B. & Furlan, S.A. 2013. Mosaico do Jacupiranga - Vale do Ribeira/SP: conservação, conflitos e soluções socioambientais. USP AGRÁRIA, São Paulo, 18: 4-36.), ao sul do Mosaico do Jacupiranga, próximo ao litoral do Oceano Atlântico (São Paulo 2018São Paulo. 2018. Plano de Manejo do Parque Estadual Lagamar de Cananéia - versão preliminar. Disponível em https://sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam3/Repositorio/511/Documentos/MOJAC/PE_Lagamar/211124_Template%20PE%20Lagamar%20de%20Cananeia.pdf (acesso em 14-II-2023).
https://sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam3/...
), no Estado de São Paulo, Brasil.

Segundo a classificação climática de Köppen, o clima na região do PELC é do tipo mesotérmico úmido (Cfa) com temperatura média acima de 22 °C e precipitação anual entre 1.300 e 2.000 mm (Lamparelli 1998Lamparelli, C.C. (coord.). 1998. Mapeamento dos ecossistemas costeiros do Estado de São Paulo. Páginas & Letras, São Paulo.). A variação altitudinal do PELC vai da cota zero na região do Iririú e ultrapassa os 1.000 m na Serra do Gigante. Os solos predominantes no relevo de Montanhas são do tipo Cambissolos Háplicos (CX13, 9, 18) típicos ou latossólicos; nos Morros e Morrotes residuais os Cambissolos Háplicos (CX18); nos Morrotes e Colinas predomina o Argissolo Vermelho-Amarelo (PVA16); nos Morrotes pequenos (amplitude de 20 a 80m) predomina o Latossolo Amarelo (LA8); nas Planícies Flúvio Coluviais temos os Gleissolos (GX4, 7); nos Terraços e Planícies o Neossolo Flúvico (RY2, 3), Espodossolo (EK), o Gleissolo Háplico (GX4, 7) e o Organossolo (OJ2) e nas Planícies de Maré ocorrem os Gleissolos Sálicos (GZ) (Rossi et al. 2020Rossi, M., Kanashiro, M.M. & Hirokado, V.K. 2020. Pedologia. In: Plano de Manejo do Parque Estadual Lagamar de Cananéia - Versão Preliminar. Instituto de Pesquisas Ambientais: Fundação Florestal, São Paulo, 2020. pp. 76-82. Disponível em https://sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam3/Repositorio/511/Documentos/MOJAC/PE_Lagamar/211124_Template%20PE%20Lagamai%20de%20Cananeia.pdf (acesso em 19-VII-2023).
https://sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam3/...
).

O mapa de fitofisionomias do PELC foi elaborado a partir do Projeto Inventário Florestal do Estado de São Paulo - Mapeamento da Cobertura Vegetal Nativa - 2018-2019 (Nalon et al. 2022Nalon, M.A., Matsukuma, C.K., Pavão, M., Ivanauskas, N.M. & Kanashiro, M.M. 2022. Inventário da cobertura vegetal nativa do Estado de São Paulo. São Paulo: SIMA/IPA. Disponível em https://indd.adobe.com/view/publication/a5aba10f-0090-4109-ac1c-944c8260b1ff/57wk/publication-web-resources/pdf/INVENTARIOflorestal_livroFINAL.pdf (acesso em 21-VΠI-2022).
https://indd.adobe.com/view/publication/...
), atualizado e detalhado utilizando-se imagens da Rede MAIS/MJSPBrasil. 2020. Rede MAIS/MJSP. Programa Brasil Mais - Meio Ambiente Integrado e Seguro. (Portaria MJSP n° 535, de 22 de setembro de 2020). Ministério da Justiça e Segurança Pública. Disponível em https://plataforma-pf.sccon.com.br/#/ (acesso em 4-II-2020).
https://plataforma-pf.sccon.com.br/#/...
, que inclui o material © (2020) Planet Labs Inc., adaptando os procedimentos adotados por Lueder (1959)Lueder, D.R. 1959. Serial photographic interpretation, principles and applications. MacGraw-Hill, New York. e Spurr (1960)Spurr, S.H. 1960. Photogrammetry and photo-interpretation. Ronald Press, New York., que identificam e classificam a vegetação utilizando os elementos da imagem fotográfica como cor, tonalidade, textura, entre outros.

O sistema de classificação da vegetação adotado foi o proposto por Veloso et al. (1991)Veloso, H.P., Rangel Filho, A.L.R. & Lima, J.C.A. 1991. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. IBGE, Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, Rio de Janeiro. e adaptado ao revisado pelo IBGE (2012)IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. Manual técnico da vegetação Brasileira. 2. ed. Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, Rio de Janeiro., o qual segue nomenclatura internacional. Para a escala de maior detalhe, as fitofisionomias do sistema fitogeográfico brasileiro foram relacionadas às transcrições das tipologias vegetais da Resolução CONAMA 07/1996CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. 1996. Anexo da Resolução CONAMA 07/96, de 23 de julho de 1996. Diário Oficial da União. Brasília. Publicado em 26.08.1996. (CONAMA 1996CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. 1996. Anexo da Resolução CONAMA 07/96, de 23 de julho de 1996. Diário Oficial da União. Brasília. Publicado em 26.08.1996.), descritas e aprimoradas por Lopes (2007)Lopes, E.A. 2007. Formações florestais de Planície Costeira e Baixa-Encosta e sua relação com o substrato geológico nas bacias dos rios Itaguaré e Guaratuba (Bertioga - SP). Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, São Paulo., Moreira (2007)Moreira, M.G. 2007. Associações entre os solos, os ambientes quaternários e as fitofisionomias de planície costeira e baixa encosta nas bacias dos rios Itaguaré e Guaratuba (Bertioga - SP). Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo., Martins et al. (2008)Martins, S.E., Rossi, L., Sampaio, P.S.P. & Magenta, M.A.G. 2008. Caracterização florística de comunidades vegetais de restinga em Bertioga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 249-274. e Souza & Luna (2008)Souza, C.R.G. & Luna, G.C. 2008. Unidades quaternárias e vegetação nativa de planície costeira e baixa encosta da Serra do Mar no Litoral Norte de São Paulo. Revista do Instituto Geológico 29: 1-18., cujas correlações entre os tipos de substratos e a vegetação já foram aplicados às fitofisionomias do Parque Estadual da Restinga de Bertioga (Mattos et al. 2018Mattos, I.F.A., Rossi, L., Kanashiro, M.M. & Ivanauskas, N.M. 2018. Meio Biótico: vegetação. In: São Paulo (Estado). Parque Estadual Restinga de Bertioga: plano de manejo. Secretaria de Meio Ambiente, São Paulo. Disponível em http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/2019/01/plano-de-manejo-pe-restinga-de-bertioga.pdf (acesso em 4-II-2020).
http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/funda...
). A despeito do uso frequente na literatura brasileira do termo “Floresta de Restinga”, não há correspondente na classificação fitogeográfica internacional (IBGE 2012IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. Manual técnico da vegetação Brasileira. 2. ed. Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, Rio de Janeiro.). Numa associação direta, a vegetação florestal sobre a planície litorânea corresponde à Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas e os demais tipos compõem as Formações Pioneiras, complexo vegetacional de primeira ocupação de caráter edáfico (Veloso et al. 1991Veloso, H.P., Rangel Filho, A.L.R. & Lima, J.C.A. 1991. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. IBGE, Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, Rio de Janeiro.). Foram utilizados termos conceituais adotados pelo IBGE (1992)IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 1992. Manual Técnico da Vegetação Brasileira. Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, Rio de Janeiro. e claramente descritos em Marques et al. (2011)Marques, M.C.M., Swaine, M.D. & Liebsch, D. 2011. Diversity distribution and floristic differentiation of the coastal lowland vegetation: implications for the conservation of the Brazilian Atlantic Forest. Biodiversity and Conservation 20: 153-168.: floresta (fisionomia onde predominam árvores) a escrube (fisionomia onde predominam arbustos); vegetação alagável (solo com lençol freático aflorante por período superior a cinco meses anualmente) e vegetação não alagável (sobre solo seco ou bem drenado).

Dados secundários sobre a flora vascular da unidade foram obtidos em coleções científicas e em literatura. Os registros em coleções científicas foram obtidos na base de dados do Herbário Virtual da Flora e dos Fungos (INCT 2020INCT - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia. Herbário virtual da flora e dos fungos. Disponível em http://inct.splink.org.br (acesso em 03-II-2020).
http://inct.splink.org.br...
) e no REFLORA - Herbário Virtual (REFLORA 2020)Reflora - Herbário Virtual. Disponível em http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/herbarioVirtual/ (acesso em 28-I-2015).
http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/herba...
. Com as ferramentas de cada sistema, foi realizada a busca de espécimes coletadas no município de Cananéia. Desse universo, foram filtrados os registros com as coordenadas geográficas posicionadas no interior da PELC ou que, no campo localidade, mencionavam alguma informação que pudesse ser vinculada à unidade (estrada, acidente geográfico, ponto turístico). As buscas foram realizadas entre setembro e dezembro de 2020.

Os registros compilados de literatura foram provenientes de artigos científicos e técnicos publicados ou dados não publicados (relatórios, dissertações e teses), localizados em bases de dados disponíveis nas bases WOoS (2020), SciELO (2020)SciELO - Scientific Electronic Library Online. Disponível em https://www.scielo.org/pt (acesso em 4 II 2020).
https://www.scielo.org/pt...
e BDTD (2020)BDTD - Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Disponível em http://bdtd.ibict.br/vufind/ (acesso em 4-II-2020).
http://bdtd.ibict.br/vufind/...
, utilizando os termos “Cananéia”, “Lagamar” ou “Jacupiranga” como critério de busca. Após a compilação da literatura, foram selecionadas aquelas com menção à coleta em localidades no interior do Parque.

Expedições a campo foram realizadas entre 21 a 27 de setembro e 21 a 25 de outubro de 2019, com o intuito de auxiliar no reconhecimento dos tipos vegetacionais existentes na unidade, detalhar o mapa de fitofisionomias e elaborar uma lista expedita de espécies da flora. Para isso, foram selecionadas trilhas pré-existentes com base nas fitofisionomias previamente mapeadas no PELC e características que indicassem mudanças no grau de conservação em decorrência de alterações na fisionomia vegetal, assim como na composição de espécies. Assim, cada trilha foi subdividida em um ou mais trechos, georreferenciados com o auxílio de GPS (tabela 1, figura 1). A caracterização fisionômica da vegetação teve como foco principal o componente arbóreo, sendo utilizados indicadores que permitissem a análise do estádio sucessional da floresta (ex.: porte das árvores, densidade do subosque, estratificação da vegetação, presença de espécies exóticas e invasoras, entre outros, estimados visualmente). Fez-se também o levantamento das espécies não arbóreas ao longo das trilhas. Algumas plantas em estado vegetativo foram coletadas e cultivadas em viveiro no Instituto de Pesquisas Ambientais/Jardim Botânico de São Paulo para posterior identificação.

Tabela 1
Trilhas percorridas para checagem de mapeamento e coleta de material botânico no Parque Estadual Lagamar de Cananéia, Estado de São Paulo, Brasil. Cada trilha foi subdividida em um ou mais trechos, georreferenciados com o auxílio de GPS (Datum WGS 84, Zona 22). Pontos espacializados na figura 1. Correspondência dos nomes das fitofisionomias de acordo com diferentes fontes são listadas.
Table 1 Trails used for mapping checking and collecting botanical material in the Parque Estadual Lagamar de Cananéia, São Paulo State, Brazil. Each trail was subdivided into one or more transects and georeferenced with a handheld GPS (Datum WGS 84, Zone 22). GPS points are shown in figura 1. Corresponding names of phytophysonomies used by different sources are also given.
Data Trilha Pontos X Y Alt. (m) Fitofisionomia - IBGE Fitofisionomia - CONAMA e Outros
22.set.2019 Aleixo A-I 802747 7236498 61 Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
A-II 802480 7236443 101 Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
A-III 801922 7236666 185 Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
A-IV 801818 7236492 300 Floresta Ombrófila Densa Altomontana Floresta nebular
A-V 801627 7236380 390 Floresta Ombrófila Densa Altomontana Floresta nebular
23.set.2019 Rio Mandira RMa-I 796817 7233007 100 Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
RMa-II 796807 7233252 44 Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
RMa-III 796862 7233656 37 Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
RMa-IV 797060 7233589 60 Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
RMa-V 797187 7233788 60 Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
23.set.2019 Rio das Minas RMi-I 790052 7232935 11 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
RMi-II 789930 7233224 93 Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
RMi-III 789825 7233295 108 Floresta Ombrófila Densa Aluvial Floresta alluvial
RMi-IV 789692 7233454 158 Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
RMi-V 789481 7233720 198 Floresta Ombrófila Densa Aluvial Floresta aluvial e floresta de encosta
RMi-IV 789316 7234114 274 Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
24.set.2019 Porto Tabatinguera PT-I 793120 7223558 14 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
PT-II 793458 7223946 10 Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Capoeirinha de floresta alta de restinga
PT-III 793479 7223940 12 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta baixa de restinga
PT-III 793479 7223940 12 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta baixa de restinga
PT-IV 793649 7223808 9 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
PT-V 793711 7223755 8 Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Capoeirinha de floresta alta de restinga
PT-IX 793383 7223851 17 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
PT-X 793296 7223751 20 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta de transição restinga-encosta
25.set.2019 Estrada do Ariri CX-I 789847 7226518 1 Floresta Ombrófila Densa Aluvial Floresta paludosa (caxetal)
CX-II 789320 7227891 10 Floresta Ombrófila Densa Aluvial Floresta paludosa (caxetal)
CX-III 788578 7229696 11 Floresta Ombrófila Densa Aluvial degradada Floresta paludosa degradada (caxetal)
EA-I 802433 7234362 34 Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
25.set.2019 Mico Caiçara MC-I 794124 7212144 30 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
MC-II 793414 7212297 30 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
Iririú I-I 797831 7209392 0 Área antrópica
I-II 798252 7209961 4 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
I-III 798559 7210312 4 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
I-IV 798575 7210391 8 Floresta Ombrófila Densa Aluvial/Formação Pioneira de Influência Marinha e Fluviomarinha Ecótono de floresta paludosa, caxetal, brejo doce e manguezal
26.set.2019 Serafim S-I 788081 7223208 17 Área antrópica
S-II 787922 7222760 28 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
S-III 787657 7222450 16 Floresta Ombrófila Densa Aluvial Floresta alluvial
S-IV 787279 7221588 21 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
S-V 787169 7221401 26 Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
S-VI 787195 7221308 31 Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
S-VII 787193 7221030 33 Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
S-VIII 787217 7220898 35 Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
S-IX 787265 7220811 36 Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
S-X 787346 7220778 39 Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
20.out.2019 Cantagalo Cg-I 796307 7223131 4 Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
Cg-II 796259 7223088 19 Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
Cg-III 796190 7223029 27 Floresta Ombrófila Densa Aluvial Vegetação Secundária de Floresta paludosa
Cg-IV 796063 7222932 14 Floresta Ombrófila Densa Aluvial Floresta paludosa
Cg-V 796133 7222985 27 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta de transição restinga-encosta
21.out.2019 Varadouro TV-I 795418 7207853 20 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta baixa de restinga
TV-II 795328 7207727 6 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta baixa de restinga
22.out.2019 Retiro Re-I 797670 7218780 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
Re-II 796920 7218767 30 Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas Floresta alta de restinga
Re-III 796424 7218869 54 Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
Re-IV 796308 7218848 60 Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta
Re-V 796289 7218784 83 Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa Submontana Floresta de encosta

Figura 1
Espacialização dos pontos de coleta de material botânico e de checagem de legenda das fitofisionomias do Parque Estadual Lagamar de Cananéia, Cananéia, Estado de São Paulo, Brasil. Coordenadas dos pontos na tabela 1.
Figure 1
Spatial distribution of botanical collection points and phytophysiognomies of the Parque Estadual Lagamar de Cananéia, Cananéia, São Paulo State, Brazil. Geographical coordinates are given in table 1.

A coleta do material botânico arbóreo foi realizada com o auxílio de uma tesoura de poda alta e as árvores de maior porte foram escaladas por profissional habilitado. Plantas de menor porte foram coletadas na forma usual, obtendo-se as amostras com tesoura de poda ou coletando-se a planta inteira. O material foi posteriormente herborizado e, para a identificação, foi utilizada bibliografia especializada, comparação com exsicatas existentes em herbários ou ainda consulta a especialistas. Após a identificação, o material testemunho foi incorporado ao Herbário Dom Bento Pickel, do Instituto Florestal (SPSF), com duplicatas no Herbário Maria Eneyda P. K. Fidalgo, do Instituto de Pesquisas Ambientais/Jardim Botânico São Paulo (SP).

Os registros da flora vascular resultantes das fontes primárias e secundárias supracitadas foram compilados e submetidos à verificação de sinonímias e de grafias dos nomes científicos e autores, a fim de se obter uma lista de espécies e famílias atualizada conforme a padronização vigente baseada na Flora e Funga do Brasil (Flora e Funga do Brasil, 2022Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ (acesso em 21-IX-2022).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/...
), a qual segue com adaptações a classificação do Angiosperm Phylogeny Group (APG IV, 2016APG - Angiosperm Phylogeny Group. 2016. An update of the Angiosperm Phylogeny Group Classification for the orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society 181: 1-20.) para as famílias de Angiospermas e do Pteridophyte Phylogeny Group (PPG I, 2016PPG I - Pteridophyte Phylogeny Group. 2016. A community-derived classification for extant lycophytes and ferns. Journal of Systematics and Evolution, 54: 563-603.) para as famílias de Samambaias e Licófitas.

A partir da lista das espécies consolidada, buscou-se aquelas consideradas ameaçadas de extinção e exóticas, usando: a) lista oficial de espécies ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo (SÃO PAULO 2016São Paulo. 2016. Resolução SMA nº 057, de 5 de junho de 2016. Publica a segunda revisão da lista oficial das espécies da flora ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo. Disponível em http://www2.ambiente.sp.gov.br/legislacao/resolucoes-sma/resolucaosma-57-2016/ (acesso em: 14-II-2023).
http://www2.ambiente.sp.gov.br/legislaca...
); b) lista nacional de espécies ameaçadas de extinção (MMA 2022MMA - Ministério do Meio Ambiente. 2022. Portaria nº 148, de 7 de junho de 2022. Altera os Anexos da Portaria nº 443, de 17 de dezembro de 2014, da Portaria nº 444, de 17 de dezembro de 2014, e da Portaria nº 445, de 17 de dezembro de 2014, referentes à atualização da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção. Diário Oficial da União, nº 108, 08 jun. 2022, Seção 1, pp. 74-91. Disponível em https://in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-mma-n-148-de-7-de-junho-de-2022-406272733 (acesso em 15-VI-2022).
https://in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-...
); c) lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção globalmente (IUCN 2022IUCN - International Union for Conservation of Nature. 2022. The IUCN Red List of Threatened Species. Disponível em http://iucnredlist.org (acesso em 21-IX-2022).
http://iucnredlist.org...
).

Baseado em Moro et al. (2012)Moro, M.F., Souza, V.C., Oliveira-Filho, A.T., Queiroz, L.P., Fraga, C.N., Rodal, M.J.N., Araújo, F.S. & Martins, F.R. 2012. Alienígenas na sala: o que fazer com espécies exóticas em trabalhos de taxonomia, florística e fitossociologia? Acta Botanica Brasílica 26: 991-999., considerou-se como espécie nativa aquela de ocorrência natural na área estudada e exótica aquela transportada de uma dada região geográfica para outra em que não ocorreria naturalmente, independentemente de seu eventual impacto sobre os ecossistemas nativos, sendo o transporte realizado por ação humana intencional ou acidental. Nesse grupo foram incluídas todas as espécies de ocorrência fora dos limites geográficos historicamente reconhecidos para as formações naturais do Estado de São Paulo (Nalon et al. 2010Nalon, M.A., Lima, L.M.P.R., Weingartner, P., Souza, C.H.S., Montagna, R.G., Lima, I., Matsukuma, C.K., Pavão, M., Kanashiro, M.M., Ywane, M.S.S.I., Teodoro, J.R., Paschoal, É. Kronka, F.J.N., Baitello, J.B., Borgo, S.C., Monteiro, C.H.B., Pontinha, A.A.S. & Guillaumon, J.R. 2010. Sistema de informações florestais do Estado de São Paulo: base de dados georeferrenciadas. Disponível em http://www.iflorestal.sp.gov.br/sifesp/creditos (acesso em 03-II-2015).
http://www.iflorestal.sp.gov.br/sifesp/c...
) e ausentes na lista oficial de espécies nativas no Estado de São Paulo (Wanderley et al. 2011Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J. Martins, S.E., Estrada, T.E.M.D., Romanini, R.P., Koch, I., Pirani, J.R., Melhem, T.S., Giulietti-Harley, A.M., Kinoshita, L.S., Magenta, M.A.G., Wagner, H.M.L., Barros, F., Lohmann, , L.G., Amaral, M.C.E., Cordeiro, I., Aragaki, S., Simão-Bianchini, R. & Esteves, G.L. 2011. Checklist das Spermatophyta do Estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotropica 11: 193-390.). Em geral, foram consideradas exóticas aquelas provenientes de outro país ou de ocorrência restrita a outra tipologia vegetal não detectada para a unidade.

De acordo com os atributos da espécie e observações de campo, as exóticas foram classificadas conforme o agrupamento proposto por Durigan et al. (2013)Durigan, G., Ivanauskas, N.M., Zakia, M.J.B. & Abreu, R.C.R. 2013. Control of invasive plants: ecological and socioeconomic criteria for the decision-making process. Natureza & Conservação 11: 23-30.: exóticas transientes, ruderais (dominantes e não dominantes) e invasoras (dominantes e não dominantes). Foram ferramentas úteis na busca dos atributos de cada espécie as informações disponíveis no banco de dados de espécies exóticas invasoras no Brasil (Zenni & Ziller 2011Zenni, R.D. & Ziller, S.R. 2011. An overview of invasive plants in Brazil. Revista Brasileira de Botânica 34: 431-446.; Instituto Hórus 2021Instituto Hórus. 2021. Base de Dados Nacional de Espécies Exóticas Invasoras. Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, Florianópolis - SC. Disponível em http://bd.institutohorus.org.br (acesso em 28-II-2023).
http://bd.institutohorus.org.br...
) além do compêndio de espécies exóticas invasoras (CABI Invasive Species Compedium 2015CABI Invasive Species Compendium. 2015. Datasheets, maps, images, abstracts and fu,ll text on invasive species of the world. CAB International, Wallingford. Disponível em https://www.cabidigitallibrary.org/product/qi (acesso em 28-II-2023).
https://www.cabidigitallibrary.org/produ...
).

Resultados e Discussão

Fitofisionomias existentes - Neste estudo foram mapeadas nove fitofisionomias para o PELC (figura 2, tabela 2), cujas características mais importantes estão apresentadas a seguir com subtítulos em itálico, além da classificação internacional apresentada com subtítulos entre parênteses, conforme descritas abaixo:

Figura 2
Fitofisionomias do Parque Estadual Lagamar de Cananéia, Cananéia, Estado de São Paulo, Brasil. Os códigos correspondem às categorias da tabela 2.
Figure 2
Phytophysiognomies of the Parque Estadual Lagamar de Cananéia, Cananéia, São Paulo State, Brazil. Codes correspond to categories described in table 2.

Tabela 2
Tipos vegetacionais mapeados no Parque Estadual do Lagamar de Cananéia, Estado de São Paulo, Brasil.
Table 2 Vegetation types mapped in the Parque Estadual do Lagamar de Cananéia, São Paulo State, Brazil.
Fisionomias Área
ha %
1) Floresta Ombrófila Densa Altomontana
Dl - Floresta de encosta 11,04 0,03
2) Floresta Ombrófila Densa Montana
Dm - Floresta de encosta 5833,64 14,31
3) Floresta Ombrófila Densa Submontana
Ds - Floresta de encosta 21985,58 53,94
4) Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas
Db - FaR - Floresta alta de restinga 1621,61 3,98
Db - FbR - Floresta baixa de restinga 299,06 0,73
Db - Floresta de encosta 3440,13 8,44
5) Floresta Ombrófila Densa Aluvial
Da - FAL - Floresta aluvial 1669,13 4,09
Da - FPa - Floresta Paludosa (caxetal e guanandizal) 812,80 1,99
6) Formação Pioneira com influência fluviomarinha
Pfm - Formação Pioneira com influência fluviomarinha arbórea 388,83 0,95
Pfa - Formação pioneira com influência fluviomarinha arbustiva 61,30 0,15
7) Formação Pioneira com influência fluvial e/ou lacustre
Pah - Formação pioneira com influência fluvial e /ou lacustre herbácea 22,75 0,06
8) Refúgio vegetacional
rl - Refúgio Altomontano 59,18 0,14
rm - Refúgio Montano 44,53 0,11
9) Sistema secundário
Vs - Vegetação secundária 4199,84 10,30
10) Outros usos
ca - Campo antrópico 218,30 0,54
p - pasto 18,41 0,04
se - solo exposto 1,26 0,00
Massa d’água 71,25 0,17
Total 40758,63 100

Formação Pioneira (P): vegetação que ocupa áreas de solo de deposição recente, ainda instáveis, com as seguintes subcategorias:

Formação Pioneira com influência fluviomarinha arbórea (manguezal - Pfm): em planícies de maré, na porção estuarina dos rios, nas quais ocorre a mistura de água salgada com a água doce. Nesse ambiente ocorrem espécies de árvores adaptadas a condições anaeróbicas e salinas, com comunidades formadas por apenas três espécies de árvores: o mangue-vermelho (Rhizophora mangle), o mangue-branco (Laguncularia racemosa) e o mangue-siriúba (Avicennia schaueriana). Outras formas de vida, como a gramínea Spartina alterniflora avistada nos trabalhos de campo, podem ser encontradas associadas aos bosques de mangue (Cunha-Lignon et al. 2009Cunha-Lignon, M., Menghini, R.P., Santos, L.C.M., Niemeyer-Dinóla, C. & Schaeffer-Novelli, Y. 2009. Estudos de casos nos manguezais do Estado de São Paulo (Brasil): aplicação de ferramentas com diferentes escalas espaço-temporais. Revista da Gestão Costeira Integrada 9: 79-91.). Estudos sobre a flora epifítica vascular demonstram que as famílias mais ricas são Bromeliaceae e Orchidaceae (Piliackas et al. 2000Piliackas, J.M. Barbosa, L.M. & Catharino, E.L.M. 2000. Levantamento das epífitas vasculares do manguezal do rio Picinguaba, Ubatuba, São Paulo. In: S. Watanabe (coord.). Anais do 5º Simpósio de Ecossistemas Brasileiros, Vitória, pp. 357-363., Moraes et al. 2008Moraes, T.T., Pastore, J.A. & Moura, C. 2008. Flora epifítico vascular do manguezal do Rio Una do Prelado, Estação Ecológica Juréia-Itatins, Iguape, SP: dados preliminares. IF Série Registros 36: 103-108.), com as seguintes espécies encontradas neste estudo: Cattleya forbesii, Tillandsia usneoides, Vriesea philippocoburgii e V. rodigasiana.

Formação Pioneira com influência fluviomarinha arbustiva (Pfa): zona de transição entre marismas e manguezais ou na parte posterior, junto à terra firme, colonizadas por uma rede densa de arbustos de algodoeiro-da-praia (Talipariti pernambucense), com 2 a 5 m de altura e tronco de até 30 cm de diâmetro (Couto & Cordeiro 2005Couto, O.S. & Cordeiro, R.M.S. 2005. Manual de reconhecimento de espécies vegetais da restinga do Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente, Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais, São Paulo.), juntamente com outras formas de vida como Acrostichum danaeifolium, Paspalum vaginatum, além de diversas bromélias.

Formação Pioneira com influência fluvial e ou lacustre herbácea (brejo doce, brejo de restinga - Pah): apenas na planície de inundação dos rios, com lençol freático aflorante praticamente o ano todo. Formação herbácea, do tipo graminóide, que ocorre em áreas próximas aos rios, muitas vezes ocupando meandros abandonados; é composta predominantemente por um número restrito de espécies tolerantes ao encharcamento do solo promovido por água doce, diferenciando-a dos campos salinos e marismas. Áreas naturais de brejo de restinga são comumente ocupadas por Rhynchospora sp., Telmatoblechnum serrulatum, Paspalum vaginatum e Crinum americanum, mas áreas antropizadas cujas intervenções alteraram o sistema de circulação de água tendem a ser dominados por taboa (Typha angustifolia) ou gramíneas invasoras africanas (Urochloa sp.).

Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (Db): para a faixa latitudinal do Parque, qualquer floresta presente sobre a planície costeira em altitudes que variam de 5 a 30 m. No Lagamar, dividida em três tipologias não alagáveis (Lopes 2007Lopes, E.A. 2007. Formações florestais de Planície Costeira e Baixa-Encosta e sua relação com o substrato geológico nas bacias dos rios Itaguaré e Guaratuba (Bertioga - SP). Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, São Paulo., Moreira 2007Moreira, M.G. 2007. Associações entre os solos, os ambientes quaternários e as fitofisionomias de planície costeira e baixa encosta nas bacias dos rios Itaguaré e Guaratuba (Bertioga - SP). Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo., Martins et al. 2008Martins, S.E., Rossi, L., Sampaio, P.S.P. & Magenta, M.A.G. 2008. Caracterização florística de comunidades vegetais de restinga em Bertioga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 249-274., Souza & Luna 2008Souza, C.R.G. & Luna, G.C. 2008. Unidades quaternárias e vegetação nativa de planície costeira e baixa encosta da Serra do Mar no Litoral Norte de São Paulo. Revista do Instituto Geológico 29: 1-18.): Floresta Baixa de Restinga, Floresta Alta de Restinga e Floresta de Transição Restinga-Encosta.

Floresta Baixa de Restinga (Db - FbR): somente nos substratos de origem marinha, holocênicos, sobre cordões arenosos. Sobre os solos mais jovens da planície costeira e em áreas não alagáveis, ocupam faixa estreita na transição entre o manguezal e a floresta alta de restinga. Substrato arenoso escuro devido à presença de matéria orgânica e recoberto por bromélias. Apresenta dossel fechado e homogêneo, com 5 a 12 m de altura. Subosque com muitas bromélias terrícolas, muitas samambaias como Trichomanes cristatum, Rumohra adiantiformis, Araceae como Anthurium loefgrenii, todas estas forrando o chão. Gesneriaceae Codonanthe venosa e muitas orquídeas como Jacquiniella globosa, Epidendrum strobiliferum, Octomeria spp. e Maxillaria brasiliensis.

Floresta Alta de Restinga (Db - FaR): somente nos substratos de origem marinha, holocênicos e pleistocênicos, sobre cordões com solos arenosos excessivamente drenados. O terreno, embora geralmente não inundável, pode apresentar depressões inundáveis durante o período chuvoso. Apresenta camada delgada de serapilheira (menos que 1 cm de espessura), recobrindo trama de raízes superficiais com cerca de 10 cm de espessura. Substrato arenoso escuro devido à presença de matéria orgânica até cerca 45 cm de profundidade, recoberto por bromélias. Apresenta dossel fechado, com 15 a 18 m de altura, e árvores emergentes que podem atingir até 25 m. Os estratos são bem definidos e possuem grande quantidade e riqueza de epífitas. Algumas espécies de bambus estão presentes no sobosque, como Merostachys ternata e M. magellanica. Na região do Capuava, trecho considerável desse tipo florestal foi alvo de um ciclone extratropical em dezembro de 2018 (Jantsch & Aquino 2020Jantsch, M. & Aquino, F.E. 2020. Ocorrência e distribuição espacial de ciclones extratropicais na região sul do Brasil em 2018. Para Onde!? 13: 234-249.), o que provocou a derrubada da floresta e abertura de extensa clareira, cujo processo de recuperação foi observado durante o trabalho de campo, cuja cicatrização está ocorrendo por meio de rebrota de indivíduos remanescentes, ativação do banco de sementes e propágulos provenientes do entorno. A fisionomia observada é arbustivo-arbórea, com muitas árvores caídas e quebradas compondo “paliteiros”, além de espécies de subosque. Nessa região foi observado, no período da tarde, um grupo de mico-leão-caiçara Leontopithecus caissara (Callitrichidae, Primates), espécie endêmica da região e ameaçada de extinção em nível estadual, nacional e global.

Mesmo com a abertura do dossel, muitas epífitas estão desenvolvendo (Nematanthus jolyanus, Anthurium sellowianum, Rhipsalis pachyptera), além de trepadeiras (Mendoncia velloziana, Begonia radicans) e ervas (Lepidagathis kameyamana, Cyathula prostrata, Caamembeca salicifolia, Scutellaria uliginosa). No entanto, existem grandes reboleiras da planta invasora lírio-do-brejo (Hedychium coronarium), com maior adensamento nas margens de riachos.

Floresta de Transição Restinga-Encosta (Db - FTR): floresta sempre associada aos materiais coluvionares provenientes das encostas e depositados no sopé da Serra, ainda na planície costeira (depósitos mistos). Quando presentes acima de 30 m de altitude, já são categorizadas como Floresta Ombrófila Densa Submontana.

Floresta Ombrófila Densa Submontana (Ds - floresta de encosta): para a faixa latitudinal do Parque, qualquer floresta presente sobre a Serra do Mar ou em morros isolados na planície em altitudes que variam de 30 a 400 m. Ocorre preferencialmente sobre solos medianamente profundos, desenvolvidos a partir de rochas magmáticas ou metamórficas bastante antigas. Apresenta dossel contínuo e altura média de 20 m, com algumas emergentes chegando a 30 m. O subosque é bastante rico, representado por diversos arbustos, palmeiras e bambus como Mollinedia schottiana, Psychotria carthagenensis, Psychotria suterella, Geonoma elegans, Merostachys magellanica, muitas ervas terrestres, subarbustos e trepadeiras como Prescottia cf. stachyoides, Aphelandra ornata, Justicia carnea, Pseuderanthemum riedelianum, Siphocampylus convolvulaceus, Lindernia crustacea, Hypolytrum schraderianum, Olyra glaberrima, Dorstenia hirta, Vandenboschia radicans, uma erva parasita Lophophytum pyramidale e muitas epífitas, como Zygopetalum maxillare, Vriesea philippocoburgii, V. carinata, Leptotes bicolor, Racineae spiculosa, Nidularium innocentii e Phlegmariurus flexibilis.

Floresta Ombrófila Densa Montana (Dm - floresta de encosta): diferencia-se da anterior pela presença em altitudes entre 400 e 1.000 m. A declividade é alta, ocorrendo nas vertentes íngremes das serras, em áreas com_solos rasos (litossolosos, cambissolos) até profundos (latossolos), sendo comum a presença de afloramentos rochosos. Apresenta dossel contínuo e altura média de 20m, com algumas emergentes chegando a 30 m.

Floresta Ombrófila Densa Altomontana (Dl - floresta nebular): ocorre em altitudes entre 400 e 1.000 m. Em geral a declividade não é tão íngreme, pois situa-se no topo da Serra de Paranapiacaba. Embora no Parque ocorram em baixa altitude, a fisionomia é semelhante à floresta perenifólia denominada de matinha nebular (Klein 1978Klein, R.M. 1978. Mapa fitogeográfico do Estado de Santa Catarina - resenha descritiva da cobertura vegetal. In: R. Reitz (ed.). Flora Ilustrada Catarinense. Herbário Barbosa Rodrigues, Itajaí.) ou mata de neblina (Hueck 1956Hueck, K. 1956. Mapa fitogeográfico do Estado de São Paulo. Boletim Paulista do Instituto de Geografia 22: 19-25.), em virtude da presença de neblina e de solos rasos (litossolos), usualmente com afloramentos rochosos. Apresenta árvores de pequeno porte e populações densas de bromélias e orquídeas terrícolas, que dão a esta formação uma fisionomia característica (Mantovani et al. 1990Mantovani, W., Rodrigues, R.R., Rossi, L., Romaniuc-Neto, S., Catharino, E.L.M. & Cordeiro, I. 1990. A vegetação na Serra de Paranapiacaba em Salesópolis, SP. In: ACIESP (org.). 2º Simpósio de Ecossistemas da Costa Sul e Sudeste Brasileira: estrutura, função e manejo, Águas de Lindóia, pp. 348-384., Joly et al. 1991Joly, C.A., Leitão Filho, H.F. & Silva, S.M. 1991. O patrimônio florístico - The floristic heritage. In: G.I. Câmara (coord.). Mata Atlântica - Atlantic Rain Forest. Ed. Index Ltda, Fundação S.O.S. Mata Atlântica, São Paulo, pp. 94-125.). A ocorrência dessa vegetação mais baixa e sujeita à neblina em altitudes inferiores à 1.000 m já foi relatada em outros pontos da Serra de Paranapiacaba (Mantovani et al. 2009Mantovani, W., Pavão T., Santos, A.L., Toffoli, C.B., Martins, J.B., Melo, K.C., Santos, M.F. & Araújo, L.S. 2009. Vegetação. In: S.A. Furlan (coord.). Plano de Manejo do Parque Estadual Intervales, Fundação Florestal, São Paulo., Toniato et al. 2011Toniato, M.T.Z., N.M. Ivanauskas, Souza, F.M., Mattos, I.F.A., Baitello, J.B., Kanashiro, M.M., Aguiar, O.T., Cielo Filho, R., Franco, G.A.D.C., Guerin, N., Polisel, R.T., Lima, R.A.F., Araújo, L.S., Souza, V.C., Rother, D.C., Salino, A. & Dittrich, V.A.O. 2011. A vegetação do Parque Estadual Carlos Botelho: subsídios para o plano de manejo. IF Série Registros 43: 1-254., Ivanauskas et al. 2012Ivanauskas, N.M., Miashike, R.L., Godoy, J.R.L., Souza, F.M., Kanashiro, M., Mattos, I.F.A., Toniato, M.T.Z. & Franco, G.A.D.C. 2012. A vegetação do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR). Biota Neotropica 12: 147-177.) e na Serra do Mar (Araújo et al. 2005Araújo, C.O., Souza, F.M., Arzolla, F.A.R.D.P., Franco, G.A.D.C., Baitello, J.B., Toniato, M.T.Z., Ivanauskas, N.M. Aguiar, O.T. & Cielo Filho, R. 2005. Módulo Biodiversidade: Vegetação. In: A.Q. Mattoso (coord.). Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra do Mar. Instituto Florestal do Estado de São Paulo, São Paulo, pp. 68-75., Bertoncello et al. 2011Bertoncello, R., Yamamoto, K., Meireles, L.D. & Shepherd, J.G. 2011. A phytogeographic analysis of cloud forests and other forest subtypes amidst the Atlantic forests in south and southeast Brazil. Biodiversity and Conservation 20: 3413-3433.).

Refúgios Vegetacionais (rm - Montano e rl - Altomontano): os topos de morros do Complexo Serra de Paranapiacaba/Serra do Mar, em função das condições de solo raso, da maior variação diuturna da temperatura e umidade, presença constante de neblina e da exposição ao vento, são ocupados por vegetação arbustiva ou campestre (Barros et al. 1991Barros, F., Melo, M.M.R.F., Chiea, S.A.C., Kirizawa, M., Wanderley, M.G.L. & Jung-Mendaçolli, S.L. 1991. Caracterização geral da vegetação e listagem das espécies ocorrentes. In: M.M.R.F., Melo, F. Barros, M.G.L. Wanderley, M. Kirizawa, S.L. Jung-Mendaçolli, & S.A.C. Chiea (eds.). Flora fanerogâmica da Ilha do Cardoso. Instituto de Botânica, São Paulo, v.1, pp. 1-184., Garcia et al. 2005Garcia, R.J.F. & Pirani, J.R. 2005. Análise florística, ecológica e fitogeográfica do Núcleo Curucutu, Parque Estadual da Serra do Mar (São Paulo, SP), com ênfase nos campos junto à crista da Serra do Mar. Hoehnea 32: 1-48.). Em trechos de solo pedregoso e coberto por espessa camada de líquens e musgos, a vegetação arbustiva é densa e corresponde ao que Barros et al. (1991)Barros, F., Melo, M.M.R.F., Chiea, S.A.C., Kirizawa, M., Wanderley, M.G.L. & Jung-Mendaçolli, S.L. 1991. Caracterização geral da vegetação e listagem das espécies ocorrentes. In: M.M.R.F., Melo, F. Barros, M.G.L. Wanderley, M. Kirizawa, S.L. Jung-Mendaçolli, & S.A.C. Chiea (eds.). Flora fanerogâmica da Ilha do Cardoso. Instituto de Botânica, São Paulo, v.1, pp. 1-184. descrevem como “escrube montano” ou “campo montano arbustivo” pelo sistema de Eiten (1970)Eiten, G. 1970. A vegetação do Estado de São Paulo. Boletim do Instituto de Botânica 7: 1-27.. Usualmente essa vegetação ocorre como encrave numa matriz de floresta nebular, apresentando arvoretas e arbustos anãos isolados em meio às ervas. Quando presente entre as cotas de 400 e 1.000 m de altitude recebem o nome de Refúgio Vegetacional Montano e, quando superior à cota de 1.000 m, de Refúgio Vegetacional Altomontano.

Floresta Ombrófila Densa Aluvial (Da): floresta que ocorre ao longo dos cursos d´água ou associada a depressões paleolagunares da planície litorânea. Representam ecossistemas críticos e congregam táxons extremamente adaptados ao ambiente de saturação hídrica subconstante, marcada por ciclos de alagamento e drenagem. Foram incluídas nessa categoria todas as florestas com alagamento temporário ou permanente, localizadas na margem de cursos d’água ou em paleolagunas, divididas em duas tipologias (Lopes 2007Lopes, E.A. 2007. Formações florestais de Planície Costeira e Baixa-Encosta e sua relação com o substrato geológico nas bacias dos rios Itaguaré e Guaratuba (Bertioga - SP). Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, São Paulo., Moreira 2007Moreira, M.G. 2007. Associações entre os solos, os ambientes quaternários e as fitofisionomias de planície costeira e baixa encosta nas bacias dos rios Itaguaré e Guaratuba (Bertioga - SP). Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo., Martins et al. 2008Martins, S.E., Rossi, L., Sampaio, P.S.P. & Magenta, M.A.G. 2008. Caracterização florística de comunidades vegetais de restinga em Bertioga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 249-274. e Souza & Luna 2008Souza, C.R.G. & Luna, G.C. 2008. Unidades quaternárias e vegetação nativa de planície costeira e baixa encosta da Serra do Mar no Litoral Norte de São Paulo. Revista do Instituto Geológico 29: 1-18.): Floresta Aluvial e Floresta Paludosa. A Floresta Aluvial está restrita aos terrenos fluviais mais antigos (pleistocênicos), enquanto as outras duas fisionomias ocupam ambientes fluviais holocênicos mais jovens, onde as formações florestais parecem ainda não ter atingido elevado grau de especialização (Moreira 2007Moreira, M.G. 2007. Associações entre os solos, os ambientes quaternários e as fitofisionomias de planície costeira e baixa encosta nas bacias dos rios Itaguaré e Guaratuba (Bertioga - SP). Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo.).

Floresta Aluvial (Da - FAL): distribuição restrita sobre terrenos fluviais antigos, com sedimentos em sua maioria arenosos, de idade pleistocênica. O solo é inundável na época de chuvas, com espessa camada de serapilheira. Floresta com alta diversidade de espécies; subosque ralo e dossel aberto, com muitas árvores altas e cujas emergentes podem ultrapassar os 30m. Compõe, com a Floresta Alta de Restinga, as florestas mais antigas e evoluídas da planície costeira (Moreira 2007Moreira, M.G. 2007. Associações entre os solos, os ambientes quaternários e as fitofisionomias de planície costeira e baixa encosta nas bacias dos rios Itaguaré e Guaratuba (Bertioga - SP). Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo.).

Floresta Paludosa (caxetal e guanandizal - Da - FPa): na porção mais profunda das depressões paleolagunares, embora possam também ocorrer sobre depósitos mistos pelíticos, quando estes sofreram afogamento da rede de drenagem por intervenções antrópicas. Áreas permanentemente inundadas, onde é comum o depósito de turfa, por isso denominadas de florestas turfosas (Stutzman & Rodrigues 2002Sztutman, M. & Rodrigues, R.R. 2002. O mosaico vegetacional numa área de floresta contínua da planície litorânea, Parque Estadual da Campina do Encantado, Pariquera-Açu, SP. Revista Brasileira de Botânica 25: 161-176.). Monodominância e oligarquias são respostas frequentes em habitats sujeitos a condições ambientais extremas (Scarano 2002Scarano, F.R. 2002. Structure, function and floristic relationships of plant communities in stressful habitats marginal to the Brazilian Atlantic Rainforest. Annals of Botany 90: 517-524.). Assim, nos locais com inundação permanente são frequentemente encontradas florestas monodominantes de caxeta (Tabebuia cassinoides). Onde variações topográficas sutis e na precipitação resultam em menor lâmina d’água, compondo um mosaico de manchas inundadas e não inundadas, há maior riqueza de espécies (Kurtz et al. 2013Kurtz, B. C., Gomes, J.C. & Scarano, F.R. 2013. Structure and phytogeographic relationships of swamp forests of Southeast Brazil. Acta Botanica Brasilica 27: 647-660.), com declínio da dominância dos caxetais e aumento na importância de outras espécies arbóreas, especialmente guanandi (Calophyllum brasiliense).

Vegetação Secundária (Vs): trechos de Floresta Ombrófila Densa que foram sujeitos a corte raso para dar lugar a atividades agrícolas ou pecuárias e que, após o abandono, voltaram a ser ocupadas por vegetação campestre ou florestal por meio de sucessão natural.

Uma parte da Floresta Baixa de Restinga na região do Ariri sofreu corte raso e a vegetação apresenta aspecto campestre com musgos e líquens (Cladonia bellidiflora, Cladonia sp.), além de plantas herbáceas (Rumohra adiantiformis, Palhinhaea cernua, Pteridium esculentum subsp. arachnoideum, Burmannia capitata) e invasão por capim-gordura (Melinis minutiflora).

No contexto do Mosaico de Unidades de Conservação do Jacupiranga, o PELC se diferencia entre as demais por conservar florestas de restinga, florestas paludosas (caxetais e guanandizais) e formações pioneiras associadas (manguezais e brejos de restinga). Essas formações vegetais localizam-se na porção sul da região costeira paulista, considerada área prioritária para a conservação da biodiversidade de espécies de plantas fanerógamas (Durigan et al. 2008Durigan, G., Mamede, M.C.H., Ivanauskas, N.M., Siqueira, M.F., Joly, C.A., Moura, C., Barros, F., Souza, F.M., Vilela, F.E.S.P., Arzolla, F.A.R.P., Franco, G.A.D.C., Cordeiro, I., Koch, I., Baitello, J.B., Lombardi, J.A., Lima, L.R., Lohmenn, L.G., Bernacci, L.C., Assis, M.A., Aidar, M.P.M., Wanderley, M.G.L., Toniato, M.T.Z., Ribeiro, M., Groppo, M., Cavassan, O., Sano, P.T., Rodrigues, R.R., Fichs, T.V. & Martins, S.E. 2008. Fanerógamas. In: R.R. Rodrigues & V.L.R. Bononi (orgs.). Diretrizes para a conservação e restauração da biodiversidade no Estado de São Paulo. Instituto de Botânica/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. São Paulo, pp. 104-109.), mas que está submetida à pressão de atividades humanas, tal como ocupação desordenada, especulação imobiliária, expansão de atividades agropecuárias e falta de infraestrutura de saneamento básico (Lamparelli 1998Lamparelli, C.C. (coord.). 1998. Mapeamento dos ecossistemas costeiros do Estado de São Paulo. Páginas & Letras, São Paulo., Dias & Oliveira 2015Dias, R.L. & Oliveira, R.C. 2015. Caracterização socioeconómica e mapeamento do uso e ocupação da terra do litoral sul do Estado de São Paulo. Sociedade & Natureza 27(1): 111-123., Ikeda 2022Ikeda, N.A. (coord.). 2022. Relatório de Situação dos Recursos Hídricos da UGRHI 11 - 2022 - Ano-Base 2021. Registro: CBH-RB - Comitê da Bacia Hidrográfica do Ribeira de Iguape e Litoral Sul. Disponível em https://sigrh.sp.gov.br/public/uploads/documents//CBH-RB/23193/relatorio-de-situacao-2022.pdf (acesso em 19-VII-2023).
https://sigrh.sp.gov.br/public/uploads/d...
).

Composição de espécies - A flora vascular conhecida do PELC é composta por 540 espécies, 372 gêneros e 122 famílias, entre as quais 17 espécies exóticas distribuídas em 12 famílias (tabela 3).

Tabela 3
Espécies registradas no Parque Estadual do Lagamar de Cananéia, Estado de São Paulo, Brasil. Fonte dos dados (FD). P: Dados primários (observações a campo). S: dados secundários - h: herbários. b: inventários florísticos e fitossociológicos. Voucher: nome e número do coletor. * Espécie exótica.
Table 3 List of species found in the Parque Estadual do Lagamar de Cananéia, São Paulo State, Brazil. Sources (FD). P: primary data (field observation). S: secondary data - h: herbaria. b: floristic and phytosociological inventories. The herbarium voucher, name, and collector number are given. Alien species are indicated with a *.
Família Espécie FD Referência (Sb) Voucher (P e Sh)
SAMAMBAIAS E LICÓFITAS 1 Asplenium harpeodes Kunze P Shirasuna, R.T. 4131
Aspleniaceae
Aspleniaceae 2 Asplenium martianum C.Chr. S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10321
Aspleniaceae 3 Asplenium mucronatum C.Presl P Shirasuna, R.T. 4132
Aspleniaceae 4 Asplenium scandicinum Kaulf. P Shirasuna, R.T. 4234
Aspleniaceae 5 Asplenium serratum L. S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10324
Athyriaceae 6 Diplazium cristatum (Desr.) Alston P Shirasuna, R.T. 4245
Blechnaceae 7 Blechnum occidentale L. S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10238
Blechnaceae 8 Blechnum sp. P
Blechnaceae 9 Neoblechnum brasiliense (Desv.) Gasper & V.A.O. Dittrich P
Blechnaceae 10 Telmatoblechnum serrulatum (Rich.) Perrie, D.J.Ohlsen & Brownsey P Kameyama, C. 346 e Shirasuna, R.T. 4152
Cyatheaceae 11 Alsophila sternbergii (Sternb.) D.S.Conant P
Cyatheaceae 12 Cyathea atrovirens (Langsd. & Fisch.) Domin S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10323
Cyatheaceae 13 Cyathea corcovadensis (Raddi) Domin P
Cyatheaceae 14 Cyathea delgadoi Sternb. P
Cyatheaceae 15 Cyathea feeana (C.Chr.) Domin P
Cyatheaceae 16 Cyathea leucofolis Domin S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10283
Dennstaedtiaceae 17 Pteridium esculentum subsp. arachnoideum (Kaulf.) J.A.Thomson P
Dryopteridaceae 18 Elaphoglossum lingua (C.Presl) Brack. P Shirasuna, R.T. 4268
Dryopteridaceae 19 Lastreopsis amplissima (C.Presl) Tindale P Shirasuna, R.T. 4229
Dryopteridaceae 20 Rumohra adiantiformis (G.Forst.) Ching P Shirasuna, R.T. 4190
Dryopteridaceae 21 Stigmatopteris ulei (Christ) Sehnem S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10326
Gleicheniaceae 22 Sticherus nigropaleaceus (J.W.Sturm) J.Prado & Lellinger P Kameyama, C. 338
Hymenophyllaceae 23 Trichomanes cristatum Kaulf. P Shirasuna, R.T. 4265
Hymenophyllaceae 24 Vandenboschia radicans (Sw.) Copel. P Shirasuna, R.T. 4133
Lindsaeaceae 25 Lindsaea bifida (Kaulf.) Mett. ex Kuhn P Kameyama, C. 351
Lindsaeaceae 26 Lindsaea divaricata Klotzsch P Shirasuna, R.T. 4181 e 4249
Lindsaeaceae 27 Lindsaea lancea (L.) Bedd. P Kameyama, C. 350 e Shirasuna, R.T. 4263
Lindsaeaceae 28 Lindsaea quadrangularis Raddi S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10322
Lindsaeaceae 29 Lindsaea stricta (Sw.) Dryand. P Shirasuna, R.T. 4177
Lomariopsidaceae 30 Lomariopsis marginata (Schrad.) Kuhn P
Lycopodiaceae 31 Lycopodiella sp. P
Lycopodiaceae 32 Palhinhaea cernua (L.) Franco & Vasc. P Shirasuna, R.T. 4153
Lycopodiaceae 33 Phlegmariurus flexibilis (Fée) B.Øllg. P Kameyama, C. 341
Nephrolepidaceae 34 Nephrolepsis biserrata (Sw.) Schott S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10332
Nephrolepidaceae 35 Nephrolepis rivularis (Vahl) Mett. ex Krug P Shirasuna, R.T. 4269
Polypodiaceae 36 Campyloneurum minus Fée S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10134
Polypodiaceae 37 Cochlidium serrulatum (Sw.) L.E.Bishop P Shirasuna, R.T. 4267
Polypodiaceae 38 Microgramma geminata (Schrad.) A.F. S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10239
Polypodiaceae 39 Microgramma tecta (Kaulf.) Alston P Shirasuna, R.T. 4228
Polypodiaceae 40 Pleopeltis astrolepis (Liebm.) E.Fourn. P Shirasuna, R.T. 4232 b
Polypodiaceae 41 Pleopeltis pleopeltifolia (Raddi) Alston P Kameyama, C. 352 e Shirasuna, R.T. 4232a
Polypodiaceae 42 Serpocaulon triseriale (Sw.) A.R. Sm. S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10333
Pteridaceae 43 Acrostichum danaeifolium Langsd. & Fisch. S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10331
Pteridaceae 44 Doryopteris sagittifolia (Raddi) J. Sm. S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10327
Pteridaceae 45 Pityrogramma calomelanos (L.) Link S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10241
Pteridaceae 46 Pityrogramma trifoliata (L.) R.M.Tryon P Kameyama, C. 348
Saccolomataceae 47 Saccoloma inaequale (Kunze) Mett. S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10188
Schizaeaceae 48 Actinostachys pennula (Sw.) Hook. S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. s/n (BHCB 93085)
Schizaeaceae 49 Lygodium volubile Sw. S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10242
Schizaeaceae 50 Schizaea elegans (Vahl.) Sw. P Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991.
Tectariaceae 51 Lastreopsis effusa (Sw.) Tindale S(b) Salino, A. 10237
Tectariaceae 52 Megalastrum canescens (Kunze ex Mett.) A.R.Sm. & R.C.Moran S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10330
Thelypteridaceae 53 Christella patens (Sw.) Pic. Serm. P Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Kameyama, C. 347
Thelypteridaceae 54 Goniopteris lugubris (Mett.) Brade S(b) Salino, A. 10320
Thelypteridaceae 55 Macrothelypteris torresiana (Gaudich.) Ching S(b) Salino & Almeida (2008)Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991. Salino, A. 10243
GIMNOSPERMAS Pinaceae 1 *Pinus sp. P
Podocarpaceae 2 Podocarpus sellowii Klotzsch P
ANGIOSPERMAS Acanthaceae 1 Aphelandra ornata (Nees) T. Anderson P
Acanthaceae 2 Avicennia schaueriana Stapf & Leechm. ex Moldenke P
Acanthaceae 3 Justicia carnea Lindl. P
Acanthaceae 4 Justicia sp. 1 P Shirasuna, R.T. 4256
Acanthaceae 5 Justicia sp. 2 P Shirasuna, R.T. 4262
Acanthaceae 6 Justicia sp. 3 P Kameyama, C. 340
Acanthaceae 7 Lepidagathis kameyamana Gnanasek. & Arisdason P Kameyama, C. 344
Acanthaceae 8 Mendoncia velloziana Mart. P Kameyama, C. 345
Acanthaceae 9 Pseuderanthemum riedelianum (Nees) Radlk. P Kameyama, C. 339
Acanthaceae 10 Ruellia sp. P Kameyama, C. 353
Acanthaceae 11 Staurogyne sylvatica Lindau ex Braz & R.Monteiro P Kameyama, C. 342
Amaranthaceae 12 Cyathula prostrata Blume P Shirasuna, R.T. 4213
Amaryllidaceae 13 Crinum americanum L. P
Amaryllidaceae 14 Hippeastrum striatum (Lam.) Moore P Shirasuna, R.T. 4239
Anacardiaceae 15 Schinus terebinthifolia Raddi P
Anacardiaceae 16 Tapirira guianensis Aubl. P
Annonaceae 17 Annona dolabripetala Raddi P
Annonaceae 18 Annona sp. P
Annonaceae 19 Xylopia brasiliensis Spreng. P
Annonaceae 20 Xylopia langsdorffiana A.St-FfiL & Tul P
Apiaceae 21 *Centella asiatica (L.) Urb. P
Apocynaceae 22 Aspidosperma olivaceum Müll. Arg. P
Apocynaceae 23 Malouetia cestroides (Nees ex Mart.) Müll. Arg. P
Aquifoliaceae 24 Ilex paraguariensis A.St.-Hil. P
Aquifoliaceae 25 Ilex taubertiana Loes. P
Aquifoliaceae 26 Ilex theezans Mart. ex Reissek P
Aquifoliaceae 27 Ilex sp. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1900
Araceae 28 Anthurium itanhaense Engl. P Shirasuna, R.T. 4155
Araceae 29 Anthurium loefgrenii Engl. P
Araceae 30 Anthurium pentaphyllum (Aubl.) G.Don P
Araceae 31 *Anthurium sagittatum Kunth P
Araceae 32 Anthurium scandens (Aubl.) Engl. P Shirasuna, R.T. 4184
Araceae 33 Anthurium sellowianum Kunth P Shirasuna, R.T. 4205
Araceae 34 Caladium bicolor (Aiton) Vent. P Shirasuna, R.T. 4121
Araceae 35 Monstera adansonii Schott P Shirasuna, R.T. 4209
Araceae 36 Philodendron cf. corcovadense Kunth P
Araceae 37 Philodendron propinquum Schott P
Araliaceae 38 Dendropanax cuneatus (DC.) Decne. & Planch. P
Araliaceae 39 Didymopanax angustissimus Marchal P Ivanauskas, N.M. 6896
Araliaceae 40 Didymopanax morototoni (Aubl.) Decne. & Planch. P
Araliaceae 41 Hydrocotyle leucocephala Cham. & Schltdl. P Shirasuna, R.T. 4173
Araliaceae 42 Hydrocotyle alpina Vell. P
Arecaceae 43 Attalea dubia (Mart.) Burret P
Arecaceae 44 Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret P
Arecaceae 45 *Bactris gasipaes Kunth P
Arecaceae 46 Bactris setosa Mart. P
Arecaceae 47 Euterpe edulis Mart. P
Arecaceae 48 Geonoma elegans Mart. P Moura, C. 517 e 536
Arecaceae 49 Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman P
Asparagaceae 50 *Dracaena fragrans (L.) Ker Gawl. P
Asteraceae 51 Adenostemma brasilianum (Pers.) Cass. P Shirasuna, R.T. 4235
Asteraceae 52 Baccharis crispa Spreng. P Shirasuna, R.T. 4159
Asteraceae 53 Baccharis oblongifolia (Ruiz & Pav.) Pers. P Ivanauskas, N.M. 6875
Asteraceae 54 Barrosoa betonicaeformis (DC.) R.M.King & H.Rob. P Shirasuna, R.T. 4169 e 41251
Asteraceae 55 Cyrtocymura scorpioides (Lam.) H.Rob. P Shirasuna, R.T. 4156 e 4250
Asteraceae 56 Mikania biformis DC. P Shirasuna, R.T. 4147
Asteraceae 57 Mikania lindbergii Baker P Ivanauskas, N.M. 6877
Asteraceae 58 Piptocarpha oblonga (Gardner) Baker P Arzolla, F.A.R.D.P. 1858 e Shirasuna, R.T. 4175
Asteraceae 59 Piptocarpha quadrangularis (Vell.) Baker P
Asteraceae 60 Vernonanthura beyrichii (Less.) H.Rob. P Moura, C. 557
Balanophoraceae 61 Lophophytum pyramidale (Leandro) L.J.T.Cardoso & J.M.A.Braga P Shirasuna, R.T. 4261
Begoniaceae 62 Begonia convolvulacea (Klotzsch) A.DC. P Shirasuna, R.T. 4127
Begoniaceae 63 Begonia radicans Vell. P Shirasuna, R.T. 4221
Begoniaceae 64 Begonia sp. 1 P Moura, C. 526
Begoniaceae 65 Begonia sp. 2 P Moura, C. 529
Begoniaceae 66 Begonia sp. 3 P Shirasuna, R.T. 4134
Begoniaceae 67 Begonia sp. 4 P Shirasuna, R.T. 4143
Bignoniaceae 68 Adenocalymma dusenii Kraenzl. P
Bignoniaceae 69 Amphilophium crucigerum (L.) L.G.Lohmann P
Bignoniaceae 70 Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. P
Bignoniaceae 71 Handroanthus sp. P
Bignoniaceae 72 Jacaranda puberula Cham. P
Bignoniaceae 73 Jacaranda sp. P Ivanauskas, N.M. 6895
Bignoniaceae 74 Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. P
Boraginaceae 75 Cordia magnoliifolia Cham. P
Boraginaceae 76 Cordia sellowiana Cham. P
Bromeliaceae 77 Aechmea gracilis Lindm. P
Bromeliaceae 78 Aechmea sp. P Shirasuna, R.T. 4210
Bromeliaceae 79 Ananas bracteatus (Lindl.) Schult. & Schult.f. P
Bromeliaceae 80 Canistropsis bilbergioides (Schult. f.) Leme P
Bromeliaceae 81 Nidularium procerum Lindm. P
Bromeliaceae 82 Nidularium sp. 1 P Shirasuna, R.T. 4141
Bromeliaceae 83 Nidularium sp. 2 P Shirasuna, R.T. 4151
Bromeliaceae 84 Racinaea spiculosa (Griseb.) M.A.Spencer & L.B.Sm. P Shirasuna, R.T. 4145
Bromeliaceae 85 Tillandsia stricta Sol. P Shirasuna, R.T. 4119
Bromeliaceae 86 Tillandsia usneoides (L.) L. P
Bromeliaceae 87 Vriesea carinata Wawra P Shirasuna, R.T. 4142
Bromeliaceae 88 Vriesea ensiformis (Vell.) Beer P Shirasuna, R.T. 4252
Bromeliaceae 89 Vriesea heterostachys (Baker) L.B.Sm. P Ivanauskas, N.M. 6880
Bromeliaceae 90 Vriesea incurvata Gaudich. P
Bromeliaceae 91 Vriesea inflata (Wawra) Wawra P Shirasuna, R.T. 4120
Bromeliaceae 92 Vriesea philippocoburgii Wawra P
Bromeliaceae 94 Vriesea rodigasiana E.Morren P
Bromeliaceae 95 Vriesea sp. P Shirasuna, R.T. 4230
Burmaniaceae 96 Burmannia capitata (Walter ex J.F.Gmel.) Mart. P Shirasuna, R.T. 4174
Burseraceae 97 Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand P
Cactaceae 98 Rhipsalis elliptica G.Lindb. P
Cactaceae 99 Rhipsalis grandiflora Haw. P
Cactaceae 100 Rhipsalis pachyptera Pfeiff. P
Cactaceae 101 Rhipsalis puniceodiscus G.Lindb. P Shirasuna, R.T. 4185
Cactaceae 102 Rhipsalis sp. P Shirasuna, R.T. 4222
Calophyllaceae 103 Calophyllum brasiliense Cambess. P
Campanulaceae 104 Siphocampylus convolvulaceus (Cham.) G.Don P Shirasuna, R.T. 4144
Campanulaceae 105 Siphocampylus sp. 1 P Ivanauskas, N.M. 6903
Cannaceae 106 Canna paniculata Ruiz & Pavon P Shirasuna, R.T. 4124
Cannaceae 107 Trema micrantha (L.) Blume P
Cardiopteridaceae 108 Citronella paniculata (Mart.) R.A.Howard P Arzolla, F.A.R.D.P. 1867 e Moura, C. 545
Celastraceae 109 Monteverdia aquifolia (Mart.) Biral P
Celastraceae 110 Monteverdia evonymoides (Reissek) Biral P
Celastraceae 111 Monteverdia gonoclada (Mart.) Biral P Costa, J.P. 6
Celastraceae 112 Maytenus sp. P Moura, C. 541
Chloranthaceae 113 Hedyosmum brasiliense Mart. ex Miq. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1863 e 1901
Chrysobalanaceae 114 Couepia sp. P
Chrysobalanaceae 115 Hirtella hebeclada Moric. ex DC. P
Chrysobalanaceae 116 Parinari excelsa Sabine P
Clethraceae 117 Clethra scabra Pers. P
Clusiaceae 118 Clusia criuva Cambess. P Moura, C. 552
Clusiaceae 119 Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi P
Combretaceae 120 Laguncularia racemosa (L.) C.F. Gaertn. P
Combretaceae 121 Terminalia kleinii (Exell) Gere & Boatwr. P
Commelinaceae 122 Commelina erecta L. P
Commelinaceae 123 Commelina sp. P Shirasuna, R.T. 4215
Commelinaceae 124 Dichorisandra paranaensis D.Maia Cervi & Tardivo P Shirasuna, R.T. 4129
Costaceae 126 Costus spiralis (Jacq.) Roscoe P
Cunnoniaceae 127 Lamanonia ternata Vell. P
Cunnoniaceae 128 Weinmannia paulliniifolia Pohl ex Ser. P
Cyclanthaceae 129 Asplundia sp. P
Cyperaceae 130 Becquerelia cymosa Brongn. P
Cyperaceae 131 Cyperus sp. P Shirasuna, R.T. 4201
Cyperaceae 132 Eleocharis sp. P
Cyperaceae 133 Hypolytrum schraderianum Nees P
Cyperaceae 134 Rhynchospora tenuiflora (Brongn.) L.B.Sm. P
Cyperaceae 135 Rhynchospora sp. P Shirasuna, R.T. 4117
Cyperaceae 136 Scleria secans (L.) Urb. P Shirasuna, R.T. 4192
Dilleniaceae 137 Davilla rugosa Poir. P
Dilleniaceae 138 Davilla sp. 1 P Moura, C. 519
Dilleniaceae 139 Davilla sp. 2 P Moura, C. 555
Dioscoreaceae 140 Dioscorea sp. P
Droseraceae 141 Drosera capillaris Poir. P
Elaeocarpaceae 142 Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. P
Elaeocarpaceae 143 Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth. P
Erythropalaceae 144 Heisteria silvianii Schwacke P
Erythroxylaceae 145 Erythroxylum sp. P Moura, C. 540
Euphorbiaceae 146 Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. P
Euphorbiaceae 147 Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg. P
Euphorbiaceae 148 Aparisthmium cordatum (A.Juss.) Baill. P
Euphorbiaceae 149 Croton macrobothrys Baill. P
Euphorbiaceae 150 Croton sp. P
Euphorbiaceae 151 Mabea piriri Aubl. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1831
Euphorbiaceae 152 Maprounea guianensis Aubl. P
Euphorbiaceae 153 Pausandra morisiana (Casar.) Radlk. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1837
Euphorbiaceae 154 Sapium glandulosum (L.) Morong P
Euphorbiaceae 155 Tetrorchidium rubrivenium Poepp. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1847
Fabaceae 156 Abarema brachystachya (DC.) Barneby & J.W.Grimes P
Fabaceae 157 Abarema langsdorffii (Benth.) Barneby & J.W.Grimes P Costa, J.P. 8
Fabaceae 158 Abarema sp. P Moura, C. 549
Fabaceae 159 Albizia pedicellaris (DC.) L.Rico P
Fabaceae 160 Andira fraxinifolia Benth. P
Fabaceae 161 Bauhinia sp. P
Fabaceae 162 Copaifera trapezifolia Hayne P
Fabaceae 163 Dahlstedtia pentaphylla (Taub.) Burkart P
Fabaceae 164 Dahlstedtia pinnata (Benth.) Malme P
Fabaceae 165 Desmodium sp. P
Fabaceae 166 Erythrina speciosa Andrews P Moura, C. 537
Fabaceae 167 Hymenolobium janeirense Kuhlm. P
Fabaceae 168 Inga edulis Mart. P
Fabaceae 169 Inga laurina (Sw.) Willd. P Ivanauskas, N.M. 6902
Fabaceae 170 Inga marginata Willd. P
Fabaceae 171 Inga sessilis (Vell.) Mart. P
Fabaceae 172 Myrocarpus frondosus Allemão P
Fabaceae 173 Machaerium nyctitans (Vell.) Benth. P
Fabaceae 174 Machaerium sp. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1854
Fabaceae 175 Ormosia arborea (Vell.) Harms P
Fabaceae 176 Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. P
Fabaceae 177 Schizolobium parahyba (Vell.) Blake P
Fabaceae 178 Schnella outimouta (Aubl.) Wunderlin P
Fabaceae 179 Senna multijuga (Rich.) H.S.Irwin & Barneby P
Fabaceae 180 Tachigali denudata (Vogel) Oliveira-Filho P
Gesneriaceae 181 Besleria sp. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1828
Gesneriaceae 182 Codonanthe devosiana Lem. P Shirasuna, R.T. 4189, 4224
Gesneriaceae 183 Codonanthe venosa Chautems P Shirasuna, R.T. 4247
Gesneriaceae 184 Nematanthus jolyanus Chautems P Shirasuna, R.T. 4225
Heliconiaceae 185 Heliconia farinosa Raddi P Shirasuna, R.T. 4128
Humiriaceae 186 Humiriastrum dentatum (Casar.) Cuatrec. P
Hypoxidaceae 187 Hypoxis decumbens L. P
Iridaceae 188 Neomarica sp. P
Lacistemataceae 189 Lacistema lucidum Schnzl. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1834
Lacistemataceae 190 Lacistema sp. P Moura, C. 523
Lamiaceae 188 Scutellaria uliginosa A.St.-Hil. ex Benth. P Shirasuna, R.T. 4218
Lamiaceae 189 Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke P
Lamiaceae 190 Vitex polygama Cham. P
Lamiaceae 191 Indeterminada 1 P Shirasuna, R.T. 4139
Lamiaceae 192 Indeterminada 2 P Shirasuna, R.T. 4197
Lauraceae 193 Aiouea acarodomatifera Koesterm. P
Lauraceae 194 Aniba viridis Mez P
Lauraceae 195 Cryptocarya mandioccana Meisn. P
Lauraceae 196 Cryptocarya moschata Nees & Mart. P
Lauraceae 197 Cryptocarya saligna Mez P
Lauraceae 198 Endlicheria paniculata (Spreng.) J.F.Macbr. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1865
Lauraceae 199 Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. P
Lauraceae 200 Nectandra oppositifolia Nees P Moura, C. 551
Lauraceae 201 Ocotea aciphylla (Nees & Mart.) Mez P
Lauraceae 202 Ocotea corymbosa (Meisn.) Mez P
Lauraceae 203 Ocotea dispersa (Nees & Mart.) Mez P Arzolla, F.A.R.D.P. 1843
Lauraceae 204 Ocotea glaziovii Mez P
Lauraceae 205 Ocotea lanata (Nees & Mart.) Mez P
Lauraceae 206 Ocotea laxa (Nees) Mez P
Lauraceae 207 Ocotea pulchra Vattimo-Gil P Ivanauskas, N.M. 6876
Lauraceae 208 Ocotea tristis (Nees & Mart.) Mez P Arzolla, F.A.R.D.P. 1862
Lauraceae 209 Ocotea venulosa (Nees) Baitello P
Lauraceae 210 *Persea americana Mill. P
Lecythidaceae 211 Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze P
Linderniaceae 212 Lindernia crustacea (L.) F.Muell. P Shirasuna, R.T. 4138
Loganiaceae 213 Spigelia beyrichiana Cham. & Schltdl. P Shirasuna, R.T. 4130
Loganiaceae 214 Strychnos sp. P
Loganiaceae 215 Indeterminada P Shirasuna, R.T. 4217
Magnoliaceae 216 Magnolia ovata (A.St.-Hil.) Spreng. P
Malpighiaceae 217 Bunchosia cf. maritima (Vell.) J. F.Macbr. P
Malpighiaceae 218 Byrsonima sp. P
Malvaceae 219 *Malvaviscus penduliflorus DC. P
Malvaceae 220 Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns P
Malvaceae 221 Spirotheca rivieri var. passifloroides (Cuatrec.) P.E. Gibbs & W.S. Alverson P
Malvaceae 222 Talipariti pernambucense (Arruda) Bovini P
Malvaceae 223 Triumfetta semitriloba Jacq. P
Malvaceae 224 Triumfetta sp. P Shirasuna, R.T. 4123
Marantaceae 225 Goeppertia cylindrica (Roscoe) Borchs. & S.Suárez P
Mayacaceae 226 Mayaca sellowiana Kunth P
Melastomataceae 227 Bertolonia sp. P Ivanauskas, N.M. 6889
Melastomataceae 228 Chaetogastra clinopodifolia DC. P
Melastomataceae 229 Leandra variabilis Raddi P
Melastomataceae 230 Leandra melastomoides Raddi P
Melastomataceae 231 Leandra sp. P Ivanauskas, N.M. 6882
Melastomataceae 232 Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin P
Melastomataceae 233 Miconia cubatanensis Hoehne P Ivanauskas, N.M. 6878
Melastomataceae 234 Miconia dodecandra Cogn. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1838 e Moura, C. 556
Melastomataceae 235 Miconia fasciculata Gardner P
Melastomataceae 236 Miconia formosa Cogn. P
Melastomataceae 237 Miconia latecrenata (DC.) Naudin P Arzolla, F.A.R.D.P. 1830
Melastomataceae 238 Miconiapusilliflora (DC.) Naudin P Arzolla, F.A.R.D.P. 1859
Melastomataceae 239 Miconia sp. 1 P Arzolla, F.A.R.D.P. 1906
Melastomataceae 240 Miconia sp. 2 P Moura, C. 553
Melastomataceae 241 Miconia sp. 3 P Moura, C. 565
Melastomataceae 242 Ossaea meridionalis D’El Rei Souza P Costa, J.P. 2 e 7
Melastomataceae 243 Ossaea sp. P Costa, J.P. 9
Melastomataceae 244 Pleiochiton blepharodes (DC.) Reginato, R.Goldenb. & Baumgratz P
Melastomataceae 245 Pterolepis glomerata (Rottb.) Miq. P Shirasuna, R.T. 4146, 4198
Melastomataceae 246 Pleroma clavatum (Pers.) P.J.F. Guim. & Michelang. P Shirasuna, R.T. 4186
Melastomataceae 247 Pleroma mutabile (Vell.) Triana P
Melastomataceae 248 Pleroma raddianum (DC.) Gardner P Arzolla, F.A.R.D.P. 1852
Melastomataceae 249 Pleroma urvilleanum (DC.) P.J.F. Guim. & Michelang. P Moura, C. 547
Melastomataceae 250 Tibouchina sp. 1 P Costa, J.P. 10
Melastomataceae 251 Tibouchina sp. 2 P Moura, C. 566
Meliaceae 252 Cedrela fissilis Vell. P
Meliaceae 253 Guarea macrophylla Vahl P Moura, C. 535 e 542
Meliaceae 254 Trichilia sp. 1 P Ivanauskas, N.M. 6885
Meliaceae 255 Trichilia sp. 2 P Moura, C. 546
Menispermaceae 256 Cissampelos sp. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1829
Monimiaceae 257 Mollinedia elegans Tul. P
Monimiaceae 258 Mollinedia schottiana (Spreng.) Perkins P
Moraceae 259 Brosimum sp. P
Moraceae 260 Dorstenia hirta Desv. P Moura, C. 530 e Shirasuna, R.T. 4113
Moraceae 261 Ficus sp. P
Moraceae 262 Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger et al. P Moura, C. 531
Moraceae 263 Sorocea guilleminiana Gaudich. P Moura, C. 544
Musaceae 264 *Musa ornata Roxb. P
Musaceae 265 *Musa paradisiaca L. P
Myristicaceae 266 Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.) Warb. P
Myristicaceae 267 Virola gardneri (A.DC.) Warb. P
Myrtaceae 268 Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O.Berg P
Myrtaceae 269 Eugenia beaurepairiana (Kiaersk.) D.Legrand P
Myrtaceae 270 Eugenia brevistyla D.Legrand P
Myrtaceae 271 Eugenia cerasiflora Miq. P
Myrtaceae 272 Eugenia disperma Vell. P
Myrtaceae 273 Eugenia expansa Spring ex Mart. P Costa, J.P. 3
Myrtaceae 274 Eugenia melanogyna (D.Legrand) Sobral P
Myrtaceae 275 Eugenia multicostata D.Legrand P
Myrtaceae 276 Eugenia neoglomerata Sobral P
Myrtaceae 277 Eugenia oblongata O. Berg P Ivanauskas, N.M. 6899
Myrtaceae 278 Eugenia prasina O.Berg P
Myrtaceae 279 Eugenia puberula Nied. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1833
Myrtaceae 280 Eugenia stigmatosa DC. P
Myrtaceae 281 Eugenia subavenia O. Berg P
Myrtaceae 282 Eugenia subterminalis DC. P
Myrtaceae 283 Eugenia verticillata (Vell.) Angely P
Myrtaceae 284 Eugenia sp. P Costa, J.P. 5
Myrtaceae 285 Myrceugenia campestris (DC.) D.Legrand & Kausel P Moura, C. 533
Myrtaceae 286 Myrceugenia miersiana (Gardner) D.Legrand & Kausel P
Myrtaceae 287 Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O. Berg P
Myrtaceae 288 Myrceugenia reitzii D. Legrand P Arzolla, F.A.R.D.P. 1868
Myrtaceae 289 Myrcia anacardiifolia Gardner P
Myrtaceae 290 Myrcia brasiliensis Kiaersk. P
Myrtaceae 291 Myrcia eugeniopsoides (D. Legrand & Kausel) Mazine P
Myrtaceae 292 Myrcia excoriata (Mart.) E.Lucas & C.E.Wilson. P
Myrtaceae 293 Myrcia flageììaris (D. Legrand) Sobral P Ivanauskas, N.M. 6887
Myrtaceae 294 Myrcia heringii D. Legrand P
Myrtaceae 295 Myrcia ilheosensis Kiaersk. P
Myrtaceae 296 Myrcia insularis Gardner P
Myrtaceae 297 Myrcia isaiana G.M. Barroso & Peixoto P
Myrtaceae 298 Myrcia loranthifolia (DC.) G.P.Burton & E.Lucas P
Myrtaceae 299 Myrcia neolucida A.R. Lourenço & E. Lucas P
Myrtaceae 300 Myrcia neoriedeliana E. Lucas & C.E.Wilson P
Myrtaceae 301 Myrcia neosuaveolens E. Lucas & C.E.Wilson P
Myrtaceae 302 Myrcia aff. paìustris DC. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1855
Myrtaceae 303 Myrcia pubipetala Miq. P
Myrtaceae 304 Myrcia racemosa (O.Berg) Kiaersk. P
Myrtaceae 305 Myrcia spectabilis DC. P
Myrtaceae 306 Myrcia splendens (Sw.) DC. P
Myrtaceae 307 Myrcia strigipes Mart. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1866 e Ivanauskas, N.M. 6900
Myrtaceae 308 Myrcia tijucensis Kiaersk. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1846a
Myrtaceae 309 Myrcia sp. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1855
Myrtaceae 310 Neomitranthes glomerata (D. Legrand) D.Legrand P
Myrtaceae 311 Psidium cattleyanum Sabine P Arzolla, F.A.R.D.P. 1856
Myrtaceae 312 *Psidium guajava L. P
Myrtaceae 313 *Syzygium jambos (L.) Alston P
Nyctaginaceae 314 Guapira opposita (Vell.) Reitz P Arzolla, F.A.R.D.P. 1845
Nyctaginaceae 315 Guapira sp. 1 P Arzolla, F.A.R.D.P. 1826
Nyctaginaceae 316 Guapira sp. 2 P Ivanauskas, N.M. 6890
Ochnaceae 317 Ourateaparviflora (A.DC.) Baill. P
Ochnaceae 318 Sauvagesia erecta L. P Shirasuna, R.T. 4157
Oleaceae 319 Chionanthusfiliformis (Vell.) P.S. Green P
Onagraceae 320 Ludwigia sp. 1 P Shirasuna, R.T. 4154
Onagraceae 321 Ludwigia sp. 2 P Shirasuna, R.T. 4178
Orchidaceae 322 Buchtienia nitida (Vell.) Fraga & Meneguzzo P
Orchidaceae 323 Campylocentrum sp. P
Orchidaceae 324 Catasetum socco (Vell.) Hoehne P
Orchidaceae 325 Cattleya forbesii Lindl. P
Orchidaceae 326 Dichaea cogniauxiana Schltr. P
Orchidaceae 327 Dichaeapendula (Aubl.) Cogn. P
Orchidaceae 328 Elleanthus brasiliensis Rchb.f. P
Orchidaceae 329 Epidendrum strobiliferum Rchb.f. P
Orchidaceae 330 Gomesaflexuosa (Lodd.) M.W. Chase & N.H.Williams P Shirasuna, R.T. 4187
Orchidaceae 331 Jacquiniella globosa (Jacq.) Schltr. P
Orchidaceae 332 Leptotes bicolor Lindl. P
Orchidaceae 333 Maxillaria brasiliensis Brieger & Illg P
Orchidaceae 334 Maxillaria obtusa (Lindl.) Molinari P
Orchidaceae 335 Maxillaria ochroleuca Lodd. ex Lindl. P
Orchidaceae 336 Octomeria grandiflora Lindl. P
Orchidaceae 337 Octomeria sp. 1 P Shirasuna, R.T. 4114
Orchidaceae 338 Octomeria sp. 2 P Shirasuna, R.T. 4182
Orchidaceae 339 Octomeria sp. 3 P Shirasuna, R.T. 4266
Orchidaceae 340 Polystachya caracasana Rchb. f. P Shirasuna, R.T. 4214
Orchidaceae 341 Polystachya concreta (Jacq.) Garay & Sweet P
Orchidaceae 342 Prescottia sp. P Shirasuna, R.T. 4257
Orchidaceae 343 Prosthechea glumacea (Lindl.) W.E. Higgins P
Orchidaceae 344 Psilochilus modestus Barb. Rodr. P
Orchidaceae 345 Rodriguezia venusta Rchb.f. P
Orchidaceae 346 Stelis sp. P Shirasuna, R.T. 4115
Orchidaceae 347 Trigonidium latifolium Lindl. P
Orchidaceae 348 Vanilla sp. P
Peraceae 349 Pera glabrata (Schott) Baill. P
Phyllanthaceae 350 Hieronyma alchorneoides Allemão P
Phyllanthaceae 351 Phyllanthus niruri L. P Shirasuna, R.T. 4233
Phyllanthaceae 352 Phyllanthus riedelianus Müll. Arg. P Moura, C. 559
Phyllanthaceae 353 Richeria grandis Vahl P Ivanauskas, N.M. 6901 e Moura, C. 558
Phytolaccaceae 354 Phytolacca dioica L. P
Picramniaceae 355 Picramnia sp. 1 P Arzolla, F.A.R.D.P. 1851
Picramniaceae 356 Picramnia sp. 2 P Moura, C. 534
Piperaceae 357 Peperomia diaphanoides Dahlst. P Shirasuna, R.T. 4241
Piperaceae 358 Peperomia sp. 1 P Moura, C. 522
Piperaceae 359 Peperomia sp. 2 P Shirasuna, R.T. 4191
Piperaceae 360 Peperomia sp .3 P Shirasuna, R.T. 4202
Piperaceae 361 Piper arboreum Aubl. P
Piperaceae 362 Piper cernuum Vell. P Ivanauskas, N.M. 6881; Moura, C. 538 e 555
Piperaceae 363 Piper sp. 1 P Arzolla, F.A.R.D.P. 1840
Piperaceae 364 Piper sp. 2 P Arzolla, F.A.R.D.P. 1905
Piperaceae 365 Piper sp. 3 P Ivanauskas, N.M. 6892
Piperaceae 366 Piper sp. 4 P Ivanauskas, N.M. 6894
Piperaceae 367 Piper sp. 5 P Moura, C. 527
Piperaceae 368 Piper sp. 6 P Moura, C. 554
Piperaceae 369 Piper sp. 7 P Moura, C. 562
Piperaceae 370 Piper sp. 8 P Shirasuna, R.T. 4200
Piperaceae 371 Piper sp. 9 P Shirasuna, R.T. 4244
Piperaceae 372 Piper sp. 10 P Shirasuna, R.T. 4271
Piperaceae 373 Piper sp. 11 P Shirasuna, R.T. 4273
Piperaceae 374 Piper sp. 12 P Shirasuna, R.T. 4274
Plantaginaceae 375 Scoparia dulcis L. P Shirasuna, R.T. 4220
Poaceae 376 Andropogon bicornis L. P Shirasuna, R.T. 4168
Poaceae 378 Axonopus sp. P Shirasuna, R.T. 4160
Poaceae 379 *Bambusa tuldoides Munro P
Poaceae 380 *Bambusa vulgaris Schrad. ex J.C. Wendl. P
Poaceae 381 Chusquea oxylepis (Hack.) Ekman P Shirasuna, R.T. 4171, 4212, 4236
Poaceae 382 Hildaeapallens (Sw.) C.Silva & R.P. Oliveira P Shirasuna, R.T. 4118, 4125, 4199, 4207, 4242, 4272
Poaceae 383 Homolepis glutinosa (Sw.) Zuloaga & Soderstr. P Shirasuna, R.T. 4195
Poaceae 384 Ichnanthus leiocarpus (Spreng.) Kunth P Shirasuna, R.T. 4237
Poaceae 385 *Melinis minutiflora P.Beauv. P
Poaceae 386 Merostachys magellanica Send. P Shirasuna, R.T. 4135, 4275
Poaceae 387 Merostachys pluriflora Munro ex E.G. Camus P
Poaceae 388 Merostachys ternata Nees P Shirasuna, R.T. 4107
Poaceae 389 Olyra glaberrima Raddi P Shirasuna, R.T. 4240
Poaceae 390 Parodiolyra micrantha (Kunth) Davidse & Zuloaga P Shirasuna, R.T. 4110
Poaceae 391 Paspalum corcovadense Raddi P Shirasuna, R.T. 4259
Poaceae 392 Paspalum mandiocanum Trin. P Shirasuna, R.T. 4122, 4161
Poaceae 393 Paspalum nutans Lam. P Shirasuna, R.T. 4206
Poaceae 394 Paspalum vaginatum Sw. P
Poaceae 395 Pharus lappulaceus Aubl. P
Poaceae 396 Rugoloa pilosa (Sw.) Zuloaga P Shirasuna, R.T. 4112, 4158, 4203
Poaceae 397 Spartina alterniflora Loisel. P
Poaceae 398 *Urochloa plantaginea (Link) R.D. Webster P Shirasuna, R.T. 4208
Polygalaceae 399 Caamembeca salicifolia (Poir.) J.F.B. Pastore P
Polygalaceae 400 Caamembeca sp. 1 P Shirasuna, R.T. 4216
Polygalaceae 401 Caamembeca sp. 2 P Shirasuna, R.T. 4270
Polygalaceae 402 Polygala paniculata L. P Shirasuna, R.T. 4196
Polygonaceae 403 Coccoloba warmingii Meisn. P
Polygonaceae 404 Coccoloba sp. P
Primulaceae 405 Ardisia guianensis (Aubl.) Mez P Ivanauskas, N.M. 6879 e Moura, C. 561
Primulaceae 406 Myrsine coriacea (Sw.) R.Br. ex Roem. & Schult. P
Primulaceae 407 Myrsine gardneriana A.DC. P
Primulaceae 408 Myrsine hermogenesii (Jung-Mend. & Bernacci) M.F.Freitas & Kin.-Gouv. P
Primulaceae 409 Myrsine umbellata Mart. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1844 e Moura, C. 550
Quiinaceae 410 Quiina glaziovii Engl. P
Rhizophoraceae 411 Rhizophora mangle L. P
Rosaceae 412 Prunus myrtifolia (L.) Urb. P
Rosaceae 413 *Rubus rosifolius Sm. P
Rubiaceae 414 Alseis floribunda Schott P
Rubiaceae 415 Amaioua intermedia Mart. ex Schult. & Schult.f. P
Rubiaceae 416 Bathysa australis (A.St.-Hil.) K. Schum. P
Rubiaceae 417 Borreria ocymifolia (Roem. & Schult.) Bacigalupo & E.L. Cabral P Shirasuna, R.T. 4126 e 4169
Rubiaceae 418 Chomelia brasiliana A.Rich. P
Rubiaceae 419 Chomelia sp. P Shirasuna, R.T. 4255
Rubiaceae 420 Coccocypselum capitatum (Graham) C.B.Costa & Mamede P
Rubiaceae 421 Coccocypselum hasslerianum Chodat P
Rubiaceae 422 Coccocypselum sp. 1 P Shirasuna, R.T. 4176
Rubiaceae 423 Coccocypselum sp. 2 P Shirasuna, R.T. 4193
Rubiaceae 424 Coccocypselum sp. 3 P Shirasuna, R.T. 4194
Rubiaceae 425 Coccocypselum sp. 4 P Shirasuna, R.T. 4248
Rubiaceae 426 Cordiera myrciifolia (K.Schum.) C.H. Perss. & Delprete P
Rubiaceae 427 Geophila repens (L.) I.M.Johnst. P Shirasuna, R.T. 4227
Rubiaceae 428 Ixora sp. P Moura, C. 525
Rubiaceae 429 Manettia sp. P Shirasuna, R.T. 4238
Rubiaceae 430 Palicourea marcgravii A.St.-Hil. P
Rubiaceae 431 Palicourea sessilis (Vell.) C.M. Taylor P
Rubiaceae 432 Posoqueria latifolia (Rudge) Schult. P
Rubiaceae 433 Psychotria carthagenensis Jacq. P
Rubiaceae 434 Psychotria nuda (Cham. & Schltdl.) Wawra P Arzolla, F.A.R.D.P. 1827
Rubiaceae 435 Psychotria pedunculosa Rich. P
Rubiaceae 436 Psychotria suterella Müll. Arg. P Moura, C. 521
Rubiaceae 437 Psychotria sp. 1 P Arzolla, F.A.R.D.P. 1902
Rubiaceae 438 Psychotria sp. 3 P Moura, C. 518
Rubiaceae 439 Psychotria sp. 4 P Moura, C. 524
Rubiaceae 440 Psychotria sp. 5 P Moura, C. 560
Rubiaceae 441 Psychotria sp. 6 P Moura, C. 563
Rubiaceae 442 Psychotria sp. 7 P Shirasuna, R.T. 4188
Rubiaceae 443 Rudgea gardenioides (Cham.) Müll. Arg. P
Rubiaceae 444 Rudgea jasminoides (Cham.) Müll. Arg. subsp. jasminoides P Shirasuna, R.T. 4254
Rubiaceae 445 Rudgea sp. P Ivanauskas, N.M. 6893
Rutaceae 446 Esenbeckia grandiflora Mart. P
Rutaceae 447 Conchocarpus gaudichaudianus (A.St.-Hil.) Kallunki & Pirani S(h) Dias, P. 222 (SPF196912)
Rutaceae 448 Metrodorea sp. P Costa, J.P. 1
Rutaceae 449 Zanthoxylum rhoifolium Lam. P
Sabiaceae 450 Meliosma sellowii Urb. P Moura, C. 532
Salicaceae 451 Casearia decandra Jacq. P
Salicaceae 452 Casearia obliqua Spreng. P
Salicaceae 453 Casearia sylvestris Sw. P
Salicaceae 454 Casearia sp. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1850
Salicaceae 455 Xylosma sp. P
Sapindaceae 456 Allophylus sp. P
Sapindaceae 457 Cupania oblongifolia Mart. P
Sapindaceae 458 Matayba elaeagnoides Radlk. P
Sapindaceae 459 Matayba juglandifolia (Cambess.) Radlk. P
Sapotaceae 460 Chrysophyllum flexuosum Mart. P Arzolla, F.A.R.D.P. 1846, Moura, C. 528 e Ivanauskas, N.M. 6891
Sapotaceae 461 Chrysophyllum inornatum Mart. P
Sapotaceae 462 Ecclinusa ramiflora Mart. P
Sapotaceae 463 Manilkara subsericea (Mart.) Dubard P
Sapotaceae 464 Pouteria beaurepairei (Glaz. & Raunk.) Baehni P
Sapotaceae 465 Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. P
Smilacaceae 466 Smilax sp. P Ivanauskas, N.M. 6898
Solanaceae 467 Aureliana sp. P
Solanaceae 468 Brunfelsia sp. P Shirasuna, R.T. 4258
Solanaceae 469 Capsicum sp. P Ivanauskas, N.M. 6883
Solanaceae 470 Cestrum sp. P Moura, C. 539
Strombosiaceae 471 Tetrastylidium grandifolium (Baill.) Sleumer P
Symplocaceae 472 Symplocos laxiflora Benth. P
Theaceae 473 Laplacea fruticosa (Schrad.) Kobuski P Arzolla, F.A.R.D.P. 1857, Moura. C. 564
Typhaceae 474 Typha angustifolia L. P
Urticaceae 475 Cecropia glaziovii Snethl. P
Urticaceae 476 Cecropia pachystachya Trécul P
Urticaceae 477 Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini P Moura, C. 543
Urticaceae 478 Pourouma guianensis Aubl. P
Verbenaceae 479 Citharexylum myrianthum Cham. P
Vochysiaceae 480 Vochysia bifalcata Warm. P
Vochysiaceae 481 Vochysia sp. P
Zingiberaceae 482 *Hedychium coronarium J.Koenig P
Winteraceae 483 Drimys brasiliensis Miers P Ivanauskas, N.M. 6874

As Samambaias e Licófitas estão representadas por 55 espécies, 39 gêneros, distribuídos em 18 famílias, sendo as mais ricas Polypodiaceae com sete espécies, Cyatheaceae com seis espécies, Aspleniaceae e Lindsaeaceae com cinco espécies, Blechnaceae, Dryopteridaceae e Pteridaceae com quatro espécies cada. Juntas, essas famílias representam 54% das espécies (tabela 3). No PE Jacupiranga são conhecidas 207 espécies, sendo as famílias com maior riqueza Polypodiaceae e Thelypteridaceae (23 espécies cada), porém esta última também inclui três variedades (Salino & Almeida 2008Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991.). Na Serra do Mar paranaense foram registradas 57 espécies, onde Polypodiaceae, com 14 espécies, também foi a família com maior riqueza, além de Cyatheaceae, Hymenophyllaceae e Pteridaceae (seis espécies cada) (Scheer & Mocochinski 2009Scheer, M.B. & Mocochinski, A.Y. 2009. Florística vascular da Floresta Ombrófila Densa Altomontana de quatro serras no Paraná. Biota Neotropica 9: 51-69.). Na Serra da Juréia foram registradas 88 espécies e as famílias mais ricas foram Polypodiaceae (com 12 espécies), Hymenophyllaceae (nove espécies) e Lycopodiaceae (sete espécies) (Mamede et al. 2001Mamede, M.C.H., Cordeiro, I. & Rossi, L. 2001. Flora vascular da Serra da Juréia - Iguape, SP. Boletim do Instituto de Botânica 15: 63-124.).

As Gimnospermas estão representadas no PELC por duas espécies, a nativa Podocarpus sellowii (Podocarpaceae) e um pinheiro exótico (Pinus sp.) (tabela 3). Porém, existe a possibilidade de ocorrência Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze na divisa com o PE Rio do Turvo, em área de maior altitude, onde uma população foi registrada. A dificuldade de acesso impediu a confirmação dessa provável ocorrência em área contínua no PELC.

As Angiospermas foram registradas com 483 espécies, pertencentes a 279 gêneros e 100 famílias, sendo as de maior riqueza Myrtaceae com 46 espécies, Orchidaceae com 27, Fabaceae com 25, Poaceae e Rubiaceae, ambas com 23, Melastomataceae com 20, Bromeliaceae, Lauraceae e Piperaceae com 18 espécies cada uma, Acanthaceae com 11, Asteraceae, Araceae e Euphorbiaceae com 10 espécies cada e Arecaceae, Bignoniaceae e Cyperaceae com 7 espécies cada (tabela 3). Essas famílias, somadas, contemplam 58% das espécies de angiospermas. Na Serra da Juréia são conhecidas 756 espécies de angiospermas, onde as famílias mais ricas são Orchidaceae (N = 74 espécies), Myrtaceae (N = 58), Rubiaceae (N = 51), Fabaceae (N = 46), Melastomataceae (N = 33), Asteraceae (N = 20), Lauraceae (N = 19) e Euphorbiaceae (N = 18) (Mamede et al. (2001)Mamede, M.C.H., Cordeiro, I. & Rossi, L. 2001. Flora vascular da Serra da Juréia - Iguape, SP. Boletim do Instituto de Botânica 15: 63-124.). Na Serra do Mar paranaense há registros de 288 espécies, sendo as famílias mais ricas Myrtaceae (N = 34 espécies), Asteraceae (N = 30), Orchidaceae (N = 29), Rubiaceae (N = 17), Melastomataceae (N = 16), Poaceae (N = 12) e Bromeliaceae (N = 11) (Scheer & Mocochinski 2009Scheer, M.B. & Mocochinski, A.Y. 2009. Florística vascular da Floresta Ombrófila Densa Altomontana de quatro serras no Paraná. Biota Neotropica 9: 51-69.).

Assim como no presente estudo, Myrtaceae, Orchidaceae, Rubiaceae, Melastomataceae, Poaceae, Lauraceae, Fabaceae e Asteraceae têm sido registradas como as famílias mais ricas em número de espécies em vários estudos realizados na Serra do Mar paranaense (Scheer & Mocochinski 2009Scheer, M.B. & Mocochinski, A.Y. 2009. Florística vascular da Floresta Ombrófila Densa Altomontana de quatro serras no Paraná. Biota Neotropica 9: 51-69.), nas Unidades de Conservação da região do Vale do Ribeira, tal como no PE Turístico do Alto Ribeira (Ivanauskas et al. 2012Ivanauskas, N.M., Miashike, R.L., Godoy, J.R.L., Souza, F.M., Kanashiro, M., Mattos, I.F.A., Toniato, M.T.Z. & Franco, G.A.D.C. 2012. A vegetação do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR). Biota Neotropica 12: 147-177.), no PE Carlos Botelho (Toniato et al. 2011Toniato, M.T.Z., N.M. Ivanauskas, Souza, F.M., Mattos, I.F.A., Baitello, J.B., Kanashiro, M.M., Aguiar, O.T., Cielo Filho, R., Franco, G.A.D.C., Guerin, N., Polisel, R.T., Lima, R.A.F., Araújo, L.S., Souza, V.C., Rother, D.C., Salino, A. & Dittrich, V.A.O. 2011. A vegetação do Parque Estadual Carlos Botelho: subsídios para o plano de manejo. IF Série Registros 43: 1-254.), na Estação Ecológica Juréia-Itatins (Mamede et al. 2001Mamede, M.C.H., Cordeiro, I. & Rossi, L. 2001. Flora vascular da Serra da Juréia - Iguape, SP. Boletim do Instituto de Botânica 15: 63-124.), na Base Saibadela do PE Intervales (Zipparro et al. 2005Zipparro, V.B., Guilherme, F.A.G., Almeida-Scabbia, R.J. & Morellato, L.P.C. 2005. Levantamento Florístico de Floresta Atlântica no sul do estado de São Paulo, Parque Estadual Intervales, Base Saibadela. Biota Neotropica 5: 1-24. Disponível em http://www.biotaneotropica.org.br/v5n1/pt/abstract?inventory+BN02605012005 (acesso em 22-I-2021).
http://www.biotaneotropica.org.br/v5n1/p...
), na Flora do Vale do Ribeira (Cofani-Nunes & Weissenberg 2010Cofani-Nunes, J.V. & Weissenberg, E.W. 2010. Flora do Vale do Ribeira: Listagens das Angiospermas. In: R.B. Silva & L.C. Ming (eds.). Polo de Biotecnologia da Mata Atlântica: relato de pesquisas e outras experiências vividas no Vale do Ribeira. Maria de Lourdes Brandel - ME. Jaboticabal, pp. 61-94.), assim como na Flora de São Paulo (Wanderley et al. 2011Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J. Martins, S.E., Estrada, T.E.M.D., Romanini, R.P., Koch, I., Pirani, J.R., Melhem, T.S., Giulietti-Harley, A.M., Kinoshita, L.S., Magenta, M.A.G., Wagner, H.M.L., Barros, F., Lohmann, , L.G., Amaral, M.C.E., Cordeiro, I., Aragaki, S., Simão-Bianchini, R. & Esteves, G.L. 2011. Checklist das Spermatophyta do Estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotropica 11: 193-390.).

Dentre as espécies nativas, 20 estão presentes em uma ou mais listas de espécies ameaçadas de extinção (tabela 4), nas categorias vulnerável, em perigo, criticamente em perigo ou extinta. Destaque para duas espécies até então consideradas extintas no Estado de São Paulo: Myrcia loranthifolia e Peperomia diaphanoides.

Tabela 4
Espécies ameaçadas de extinção registradas no Parque Estadual do Lagamar de Cananéia, Estado de São Paulo, Brasil. Risco de extinção das espécies em escala estadual - SP (SMA, 2016). Nacional - BR (MMA, 2022MMA - Ministério do Meio Ambiente. 2022. Portaria nº 148, de 7 de junho de 2022. Altera os Anexos da Portaria nº 443, de 17 de dezembro de 2014, da Portaria nº 444, de 17 de dezembro de 2014, e da Portaria nº 445, de 17 de dezembro de 2014, referentes à atualização da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção. Diário Oficial da União, nº 108, 08 jun. 2022, Seção 1, pp. 74-91. Disponível em https://in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-mma-n-148-de-7-de-junho-de-2022-406272733 (acesso em 15-VI-2022).
https://in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-...
). Global - GL (IUCN, 2022IUCN - International Union for Conservation of Nature. 2022. The IUCN Red List of Threatened Species. Disponível em http://iucnredlist.org (acesso em 21-IX-2022).
http://iucnredlist.org...
). Categorias de risco de extinção. VU: vulnerável. EM: em perigo. EX: extinta.
Table 4 Endangered species recorded in the Parque Estadual do Lagamar de Cananéia, São Paulo State, Brazil. Risk of extinction of species on a state scale - SP (SMA, 2016). National - BR (MMA, 2022MMA - Ministério do Meio Ambiente. 2022. Portaria nº 148, de 7 de junho de 2022. Altera os Anexos da Portaria nº 443, de 17 de dezembro de 2014, da Portaria nº 444, de 17 de dezembro de 2014, e da Portaria nº 445, de 17 de dezembro de 2014, referentes à atualização da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção. Diário Oficial da União, nº 108, 08 jun. 2022, Seção 1, pp. 74-91. Disponível em https://in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-mma-n-148-de-7-de-junho-de-2022-406272733 (acesso em 15-VI-2022).
https://in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-...
). Global - GL (IUCN, 2014). Extinction risk categories. VU: vulnerable. EN: in danger. EX: extinct.
Família Espécie SP BR GL
Amaryllidaceae Hippeastrum striatum (Lam.) Moore EN EN
Arecaceae Euterpe edulis Mart. VU VU
Bignoniaceae Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. EN VU
Fabaceae Abarema brachystachya (DC.) Barneby & J.W.Grimes VU
Fabaceae Tachigali denudata (Vogel) Oliveira-Filho EN
Gesneriaceae Codonanthe venosa Chautems VU VU
Meliaceae Cedrela fissilis Vell. VU VU VU
Moraceae Sorocea guilleminiana Gaudich. VU
Myristicaceae Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.) Warb. EN EN
Myrtaceae Eugenia disperma Vell. VU EN
Myrtaceae Eugenia prasina O.Berg VU
Myrtaceae Myrceugenia campestris (DC.) D.Legrand & Kausel VU
Myrtaceae Myrcia isaiana G.M.Barroso & Peixoto EN VU
Myrtaceae Myrcia flagellaris (D.Legrand) Sobral VU
Myrtaceae Myrcia insularis Gardner VU
Myrtaceae Myrcia loranthifolia (DC.) G.P.Burton & E.Lucas EX
Myrtaceae Myrcia pubipetala Miq. VU
Piperaceae Peperomia diaphanoides Dahlst. EX
Podocarpaceae Podocarpus sellowii Klotzsch EN
Quiinaceae Quiina glaziovii Engl. VU

Myrcia loranthifolia apresenta coletas recentes em outras áreas paulistas, portanto o grau de risco de ameaça deverá ser revisto na próxima atualização da flora paulista ameaçada de extinção. Já Peperomia diaphanoides é uma epífita que de fato apresenta pouquíssimas coletas no Estado de São Paulo, mas é citada como presente nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul (CNCFlora 2012CNCFlora - Centro Nacional de Conservação da Flora. 2012. Apresentação. Disponível em http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/ (acesso em 03-II-2020).
http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/...
).

Assim como as espécies consideradas possivelmente extintas, as demais ameaçadas encontram-se em risco de extinção principalmente devido à redução de habitat. Exceção para Euterpe edulis (palmito-juçara) cujo risco de extinção é agravado pela exploração intensiva do palmito que é feita de forma predatória (Orlande et al. 1996Orlande, T., Laarman, J. & Mortimer, J. 1996. Palmito sustainability and economics in Brazil’s Atlantic coastal forest. Forest Ecology and Management 80: 257-265., Galetti & Fernandez 1998Galetti, M. & Fernandez, J. C. 1998. Palm heart harvesting in the Brazilian Atlantic forest: changes in industry structure and the illegal trade. Journal of Applied Ecology 35: 294-301., Reis et al. 2000Reis, M.S., Fantini, A.C., Nodari, R.O., Reis, A., Guerra, M.P. & Mantovani, A. 2000. Management and Conservation of Natural Populations in Atlantic Rain Forest: The Case Study of Palm Heart (Euterpe edulis Martius). Biotropica 32: 894-902., Fantini & Guries 2007Fantini, A. C. & Guries, R. P. 2007. Forest structure and productivity of palmiteiro (Euterpe edulis Martius) in the Brazilian Mata Atlântica. Forest Ecology and Management 242: 185-194., Vianna 2023Vianna, S.A. 2023. Euterpe. In: Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB15712 (acesso em 18-01-2023).
https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB1571...
). Ocotea porosa (imbuia) também foi intensamente explorada no passado pelo valor madeireiro (Amato 2008Amato, C.M. 2008. Ecologia de populações de Ocotea porosa (Nees) Barroso em áreas submetidas a diferentes graus de perturbação. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.).

Lacistema lucidum apresenta identidade taxonômica incerta, podendo ser confundida com L. pubescens e L. serrulatum, o que complica a definição de sua distribuição geográfica, do tamanho e número de subpopulações (CNCFlora 2012CNCFlora - Centro Nacional de Conservação da Flora. 2012. Apresentação. Disponível em http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/ (acesso em 03-II-2020).
http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/...
). Nesse contexto, a espécie é considerada prioritária para conservação e pesquisa, pois não há dados em literatura suficientes para embasar o seu correto risco de extinção, sendo então enquadrada como espécie deficiente de dados (DD), portanto, dependentes de planos de ação para que não venham a figurar entre a lista de espécies ameaçadas de extinção no futuro.

No PELC foram registradas 17 espécies exóticas (tabela 5), a maior parte em áreas antropizadas. Dentre as árvores frutíferas, destacam-se pelo seu potencial invasor de áreas naturais a goiabeira (Psidium guajava) e o jambeiro (Syzygium jambos). Já o pinheiro (Pinus sp.) é invasor de áreas abertas, o que torna o seu manejo prioritário a fim de evitar que os propágulos alcancem as áreas campestres e as clareiras em meio à vegetação secundária (Durigan et al. 2020Durigan, G., Abreu, C.R., Pilon, N.A.L, Ivanauskas, N.M., Virillo, C.B., Pivello, V.R. 2020. Invasão por Pinus spp.: ecologia, prevenção, controle e restauração. São Paulo: Instittuto Florestal.).

Tabela 5
Espécies exóticas registradas no Parque Estadual do Lagamar de Cananéia, Estado de São Paulo, Brasil. Hábito (H). Ar: árvore. Arb: arbusto. Ba: bambusóide. Sb: subarbusto. Ev: erva. Categoria de invasão (CI): Rnd: Ruderal não dominante. ExT: Exótica transiente. ExInd: Invasora não dominante. ExId: Invasora dominante.
Table 5 Exotic species recorded in the Parque Estadual do Lagamar de Cananéia, São Paulo State, Brazil. Habit (H): Ar: tree. Arb: shrub. Ba: bambooid. Sb: subshrub. Ev: herb. Invasion category (CI): Rnd: Ruderal not dominant. ExT: Transient Alien. ExInd: Non-dominant Invader. ExId: Dominant Invader.
Família Espécie Nome popular H CI
Apiaceae Centella asiatica (L.) Urb. centela Ev Exld
Araceae Anthurium sagittatum Kunth antúrio Ev Exlnd
Arecaceae Bactris gasipaes Kunth pupunha Ar Exlnd
Asparagaceae Dracaena fragrans (L.) Ker Gawl. dracena Arb ExInd
Lauraceae Persea americana Mill. abacateiro Ar Exlnd
Malvaceae Malvaviscus penduliflorus DC. malvabisco Arb Exlnd
Myrtaceae Psidium guajava L. goiabeira Ar Exlnd
Myrtaceae Syzygium jambos (L.) Alston jambeiro Ar Exlnd
Musaceae Musa ornata Roxb. banana-flor Ev Exld
Musaceae Musa paradisiaca L. bananeira Ev Exlnd
Pinaceae Pinus sp. pinheiro Ar Exld
Poaceae Bambusa tuldoides Munro Bambu Ar ExT
Poaceae Bambusa vulgaris Schrad. ex J.C.Wendl. Bambu Ar ExT
Poaceae Melinis minutiflora P.Beauv. capim-gordura Ev Exld
Poaceae Urochloa plantaginea (Link) R.D.Webster braquiária Ev ExId
Rosaceae Rubus rosifolius Sm. morango-silvestre Sb Rnd
Zingiberaceae Hedychium coronarium J.Koenig lírio-do-brejo Ev Exld

A banana-flor (Musa ornata) é cultivada como planta ornamental, pois os frutos não são aproveitáveis para consumo humano, embora muito apreciados pela fauna que atua na dispersão da espécie a longas distâncias. Densos agrupamentos dessa espécie podem ser observados ao longo da estrada do Ariri e na borda de córregos em áreas antropizadas.

Também de grande risco por serem ervas invasoras dominantes estão o capim-gordura (Melinis minutiflora) e o lírio-do-brejo (Hedychium coronarium), esta última já ocupando grandes extensões nas planícies aluviais. Ambas estão entre as espécies invasoras com maior número de registro de ocorrência nas fitofisionomias vegetais do Brasil (N = 12) (Zenni & Ziller 2011Zenni, R.D. & Ziller, S.R. 2011. An overview of invasive plants in Brazil. Revista Brasileira de Botânica 34: 431-446.). Estudos realizados em áreas de transição Cerrado-Mata Atlântica na região metropolitana de Belo Horizonte e no Cerrado do Parque Nacional de Brasília mostraram a capacidade invasiva de M. minutiflora, que causa o empobrecimento da diversidade de espécies dos locais onde se dissemina, dificulta a recuperação de áreas degradadas e o fogo recorrente beneficia o estabelecimento e a persistência da espécie (Rossi et al. 2014Rossi, R.D., Martins, C.R., Viana, P.L., Rodrigues, E.L. & Figueira, J.E.C. 2014. Impact of invasion by molasses grass (Melinis minutiflora P. Beauv.) on native species and on fires in areas of campo-cerrado in Brazil. Acta Botanica Brasilica 28: 631-637., Martins et al. 2004Martins, C.R., Leite, L.L. & Haridasan, M. 2004. Capim-Gordura (Melinis minutiflora P. Beauv.), uma gramínea exótica que compromete a recuperação de áreas degradadas em Unidades de Conservação. Revista Árvore 28: 739-747.).

Assim como no Brasil, a invasão por M. minutiflora foi reportada para diversas partes do planeta, tal como no continente Africano (ilhas Reunião), na Oceania (Austrália, Havaí, Guam, Samoa Americana, Fiji, Polinésia Francesa, Wallis, Futuna, Nova Caledônia, Palau, Papua Nova Guiné, ilhas Salomão, Tonga, Vanuatu, Nova Zelândia - Niue) e na América Central (Jamaica, Cuba) (Instituto Hórus 2021Instituto Hórus. 2021. Base de Dados Nacional de Espécies Exóticas Invasoras. Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, Florianópolis - SC. Disponível em http://bd.institutohorus.org.br (acesso em 28-II-2023).
http://bd.institutohorus.org.br...
). Da mesma maneira, além do Brasil, a invasão por H. coronarium foi registrada no continente Africano (África do Sul, Suazilândia), Oceania (Samoa, lhas Cook, Micronésia, Ilhas Fiji, Polinésia Francesa, Nova Caledônia, Palau, Tonga, Austrália, Havaí), na América do Sul (Equador: Ilhas Galápagos), na América Central (Cuba) e Ásia (Japão) (Instituto Hórus 2021Instituto Hórus. 2021. Base de Dados Nacional de Espécies Exóticas Invasoras. Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, Florianópolis - SC. Disponível em http://bd.institutohorus.org.br (acesso em 28-II-2023).
http://bd.institutohorus.org.br...
).

A pupunha (Bactris gasipaes) foi registrada no PELC em áreas de roças antigas abandonadas. Embora seja nativa no Brasil, sua ocorrência natural restringe-se ao Domínio Fitogeográfico Amazônico (Lorenzi 2023Lorenzi, H. 2023. Bactris. In: Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB22106 (acesso em 27-I-2023).
https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB2210...
). A espécie tem sido cultivada da Bahia à Santa Catarina porque apresenta algumas vantagens que favorecem seu cultivo para extração do palmito, tais como precocidade de corte, rusticidade, perfilhamento abundante, boa palatabilidade, ausência de oxidação do palmito produzido (escurecimento) e alta produtividade (Neves et al. 2004Neves, E.J.M., Santos, A.F., Martins, E.G., Rodigheri, H.R., Bellettini, S. & Corrêa Júnior, C. 2004. Manejo de pupunheira (Bactris gasipaes Kunth) para palmito em áreas sem restrições hídricas. Colombo: Embrapa Florestas. Circular técnica 89.).

O morango-silvestre (Rubus rosifolius) foi registrado em ambientes ruderais, restritos às margens de trilhas e estradas, portanto categorizada no PELC como ruderal não dominante. Consta que a planta pode invadir o subosque de florestas naturais degradadas, formando densos emaranhados que dificultam a regeneração de plantas e o trânsito de animais (Instituto Hórus 2021Instituto Hórus. 2021. Base de Dados Nacional de Espécies Exóticas Invasoras. Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, Florianópolis - SC. Disponível em http://bd.institutohorus.org.br (acesso em 28-II-2023).
http://bd.institutohorus.org.br...
, Sampaio & Schmidt 2013Sampaio, A.B. & Schmidt, I.B. 2013. Espécies Exóticas Invasoras em Unidades de Conservação Federais do Brasil. Biodiversidade Brasileira 3: 32-49.). Trata-se de espécie exótica, com sua primeira referência na literatura a partir de coletas nas Ilhas Maurício, como consta da descrição original da espécie (Smith 1791Smith, J.E. 1791. Plantarum Icones Hactenus Ineditae 3: pl. 60.). Entretanto, estudos moleculares mostram que as espécies mais próximas são nativas e endêmicas de regiões do leste asiático (Alice & Campbell 1999Alice, L.A. & Campbell, C.S. 1999. Phylogeny of Rubus (Rosaceae) based on nuclear ribosomal DNA internal transcribed spacer region sequences. American Journal of Botany 86: 81-97.), a partir de onde se dispersou naturalmente (Fuks 1984Fuks, R. 1984. Rubus L. (Rosaceae) do Estado do Rio de Janeiro. Rodriguésia 36: 3-32., Instituto Hórus 2021Instituto Hórus. 2021. Base de Dados Nacional de Espécies Exóticas Invasoras. Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, Florianópolis - SC. Disponível em http://bd.institutohorus.org.br (acesso em 28-II-2023).
http://bd.institutohorus.org.br...
). Dispersa por aves, a espécie é referida para o Brasil desde a Flora brasiliensis (Hooker 1867Hooker, J.D. 1867. Rosaceae. In: C.F.P. Martius & A.G. Eichler (eds.). Flora brasiliensis 14(2). Lipsiae, Frid. Fleischer, pp. 1-75, tab. 1-22.) mas, diferente de outros Rubus cultivados no Brasil, como a framboesa (R. idaeus L., R. fruticosus L. ou R. niveus Thunb.), não se tem registro desta espécie sendo cultivada ou mesmo introduzida pelo homem no passado. Embora tenha sido incluída como nativa na Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo (Kiyama & Bianchini 2003Kiyama, C.Y. & Bianchini, R.S. 2003. Rosaceae. In: M.G.L. Wanderley, G.J. Shepherd, A.M. Giulietti & T.S.A. Melhem (coords.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. FAPESP: RiMa, São Paulo, v. 3, pp. 285-293.), essa categorização foi revisada na Flora e Funga do Brasil, na qual foi enquadrada como naturalizada (Simão-Bianchini 2023Simão-Bianchini, R.Rubus. In: Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB32509 (acesso em 16-III-2023).
https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB3250...
).

Também o bambu-gigante-verde (Bambusa vulgaris) e o bambu-caipira (Bambusa tuldoides) são muito utilizados em propriedades rurais, e touceiras destas espécies foram observadas em áreas antropizadas e antigas roças atualmente abandonadas. B. tuldoides apresenta rizoma paquimorfo com pescoço curto, conferindo um hábito em touceira compacta, não sendo a parte vegetativa uma ameaça de invasão. Porém, Felker et al. (2017)Felker, R.M., Rovedder, A.P.M., Longhi, S.J., Araujo, E.F., Stefanello, M.M. & Peccatti, A. 2017. Impact of Bambusa tuldoides Munro (Poaceae) on forest regeneration. Cerne 23: 275-282. apontam que a superabundância de B. tuldoides afeta a regeneração natural por meio da alteração do estabelecimento e perpetuação de espécies nativas. Sua dominância limita a chegada da chuva de sementes levando a diminuição da diversidade biológica (Grombone-Guaratini & Rodrigues, 2014Grombone-Guaratini, M.T. & Rodrigues, R.R. 2002. Seed bank and seed rain in a seasonal semi-deciduous forest in south-eastern Brazil. Journal of tropical ecology 18: 759-774., Bona et al., 2020Bona, K., Purificação, K.N., Vieira, T.B. & Mews, H.A. 2020. Fine-scale effects of bamboo dominance on seed rain in a rainforest. Forest Ecology and Management 460, 117906.). B. vulgaris apresenta rizomas paquimorfos com pescoço curto a alongado, portanto forma touceiras mais amplas que B. tuldoides, podendo ter maior potencial de invasão. No entanto, Silva et al. (2021)Silva, D.L., Ferreira, R.A. & Gama, D.C. 2021. Bambusa vulgaris e outras espécies exóticas no Refúgio da Vida Silvestre Mata do Junco, Sergipe: uma preocupação com invasão biológica. Revista Nordestina de Biologia 29: 2-17. não constataram invasão biológica por B. vulgaris num Refúgio da Vida Silvestre no Estado do Sergipe.

Conclusões

Entre as áreas protegidas que compõem o Mosaico de Unidades de Conservação do Jacupiranga, o Parque Estadual Lagamar de Cananéia se destaca por ser a única de proteção integral a abrigar extenso contínuo de vegetação natural, que se inicia no litoral e atinge a encosta da Serra de Paranapiacaba, compondo um gradiente de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, Submontana, Montana e Altomontana, além dos refúgios vegetacionais e das formações pioneiras associadas. Esses diferentes habitats abrigam flora vascular de alta riqueza de espécies e com populações ameaçadas de extinção, o que ressalta a sua importância para a conservação da Mata Atlântica, uma das florestas tropicais mais ameaçadas do planeta. No entanto, o registro de um ciclone e a presença de espécies exóticas invasoras são indícios de que mesmo as áreas protegidas podem não estar imunes à perda de biodiversidade.

Agradecimentos

Agradecemos ao Sr. Mário Nunes, Gestor do Parque Estadual Lagamar de Cananéia, pela recepção e apoio durante os trabalhos de campo. Ao Sr. Rafael Poccia Costa e ao Sr. Antunes Schermann, auxiliares de campo que acompanharam as equipes durante as expedições. Ao Sr. Dirceu de Souza, escalador de árvores, pelas coletas de materiais quase inacessíveis. Aos botânicos vinculados ao Herbário SP que nos auxiliaram na identificação dos táxons: Dra. Inês Cordeiro (Euphorbiaceae), Dra. Maria das Graças Lapa Wanderley (Bromeliaceae) e Dr. Sérgio Romaniuc-Neto (Moraceae). Por fim, agradecemos ao Sr. Anderson de Faria Irmão e ao Sr. Osvaldo da Paz Barradas, motoristas que conduziram as equipes no decorrer dos trabalhos para Cananéia.

Literatura citada

  • Alice, L.A. & Campbell, C.S. 1999. Phylogeny of Rubus (Rosaceae) based on nuclear ribosomal DNA internal transcribed spacer region sequences. American Journal of Botany 86: 81-97.
  • Amato, C.M. 2008. Ecologia de populações de Ocotea porosa (Nees) Barroso em áreas submetidas a diferentes graus de perturbação. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
  • APG - Angiosperm Phylogeny Group. 2016. An update of the Angiosperm Phylogeny Group Classification for the orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society 181: 1-20.
  • Araújo, C.O., Souza, F.M., Arzolla, F.A.R.D.P., Franco, G.A.D.C., Baitello, J.B., Toniato, M.T.Z., Ivanauskas, N.M. Aguiar, O.T. & Cielo Filho, R. 2005. Módulo Biodiversidade: Vegetação. In: A.Q. Mattoso (coord.). Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra do Mar. Instituto Florestal do Estado de São Paulo, São Paulo, pp. 68-75.
  • Barros, F., Melo, M.M.R.F., Chiea, S.A.C., Kirizawa, M., Wanderley, M.G.L. & Jung-Mendaçolli, S.L. 1991. Caracterização geral da vegetação e listagem das espécies ocorrentes. In: M.M.R.F., Melo, F. Barros, M.G.L. Wanderley, M. Kirizawa, S.L. Jung-Mendaçolli, & S.A.C. Chiea (eds.). Flora fanerogâmica da Ilha do Cardoso. Instituto de Botânica, São Paulo, v.1, pp. 1-184.
  • BDTD - Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Disponível em http://bdtd.ibict.br/vufind/ (acesso em 4-II-2020).
    » http://bdtd.ibict.br/vufind/
  • Bertoncello, R., Yamamoto, K., Meireles, L.D. & Shepherd, J.G. 2011. A phytogeographic analysis of cloud forests and other forest subtypes amidst the Atlantic forests in south and southeast Brazil. Biodiversity and Conservation 20: 3413-3433.
  • Bim, O.J.B. & Furlan, S.A. 2013. Mosaico do Jacupiranga - Vale do Ribeira/SP: conservação, conflitos e soluções socioambientais. USP AGRÁRIA, São Paulo, 18: 4-36.
  • Bona, K., Purificação, K.N., Vieira, T.B. & Mews, H.A. 2020. Fine-scale effects of bamboo dominance on seed rain in a rainforest. Forest Ecology and Management 460, 117906.
  • Brasil. 2000. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm (acesso em 21-VII-2023).
    » http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm
  • Brasil. 2020. Rede MAIS/MJSP. Programa Brasil Mais - Meio Ambiente Integrado e Seguro. (Portaria MJSP n° 535, de 22 de setembro de 2020). Ministério da Justiça e Segurança Pública. Disponível em https://plataforma-pf.sccon.com.br/#/ (acesso em 4-II-2020).
    » https://plataforma-pf.sccon.com.br/#/
  • CABI Invasive Species Compendium. 2015. Datasheets, maps, images, abstracts and fu,ll text on invasive species of the world. CAB International, Wallingford. Disponível em https://www.cabidigitallibrary.org/product/qi (acesso em 28-II-2023).
    » https://www.cabidigitallibrary.org/product/qi
  • Cofani-Nunes, J.V. & Weissenberg, E.W. 2010. Flora do Vale do Ribeira: Listagens das Angiospermas. In: R.B. Silva & L.C. Ming (eds.). Polo de Biotecnologia da Mata Atlântica: relato de pesquisas e outras experiências vividas no Vale do Ribeira. Maria de Lourdes Brandel - ME. Jaboticabal, pp. 61-94.
  • CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. 1996. Anexo da Resolução CONAMA 07/96, de 23 de julho de 1996. Diário Oficial da União. Brasília. Publicado em 26.08.1996.
  • Couto, O.S. & Cordeiro, R.M.S. 2005. Manual de reconhecimento de espécies vegetais da restinga do Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente, Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais, São Paulo.
  • CNCFlora - Centro Nacional de Conservação da Flora. 2012. Apresentação. Disponível em http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/ (acesso em 03-II-2020).
    » http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/
  • Cunha-Lignon, M., Menghini, R.P., Santos, L.C.M., Niemeyer-Dinóla, C. & Schaeffer-Novelli, Y. 2009. Estudos de casos nos manguezais do Estado de São Paulo (Brasil): aplicação de ferramentas com diferentes escalas espaço-temporais. Revista da Gestão Costeira Integrada 9: 79-91.
  • Dean, W. 1996. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. Companhia das Letras, São Paulo.
  • Dias, R.L. & Oliveira, R.C. 2015. Caracterização socioeconómica e mapeamento do uso e ocupação da terra do litoral sul do Estado de São Paulo. Sociedade & Natureza 27(1): 111-123.
  • Durigan, G., Abreu, C.R., Pilon, N.A.L, Ivanauskas, N.M., Virillo, C.B., Pivello, V.R. 2020. Invasão por Pinus spp.: ecologia, prevenção, controle e restauração. São Paulo: Instittuto Florestal.
  • Durigan, G., Mamede, M.C.H., Ivanauskas, N.M., Siqueira, M.F., Joly, C.A., Moura, C., Barros, F., Souza, F.M., Vilela, F.E.S.P., Arzolla, F.A.R.P., Franco, G.A.D.C., Cordeiro, I., Koch, I., Baitello, J.B., Lombardi, J.A., Lima, L.R., Lohmenn, L.G., Bernacci, L.C., Assis, M.A., Aidar, M.P.M., Wanderley, M.G.L., Toniato, M.T.Z., Ribeiro, M., Groppo, M., Cavassan, O., Sano, P.T., Rodrigues, R.R., Fichs, T.V. & Martins, S.E. 2008. Fanerógamas. In: R.R. Rodrigues & V.L.R. Bononi (orgs.). Diretrizes para a conservação e restauração da biodiversidade no Estado de São Paulo. Instituto de Botânica/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. São Paulo, pp. 104-109.
  • Durigan, G., Ivanauskas, N.M., Zakia, M.J.B. & Abreu, R.C.R. 2013. Control of invasive plants: ecological and socioeconomic criteria for the decision-making process. Natureza & Conservação 11: 23-30.
  • Eiten, G. 1970. A vegetação do Estado de São Paulo. Boletim do Instituto de Botânica 7: 1-27.
  • Fantini, A. C. & Guries, R. P. 2007. Forest structure and productivity of palmiteiro (Euterpe edulis Martius) in the Brazilian Mata Atlântica. Forest Ecology and Management 242: 185-194.
  • Felker, R.M., Rovedder, A.P.M., Longhi, S.J., Araujo, E.F., Stefanello, M.M. & Peccatti, A. 2017. Impact of Bambusa tuldoides Munro (Poaceae) on forest regeneration. Cerne 23: 275-282.
  • Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ (acesso em 21-IX-2022).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/
  • Fuks, R. 1984. Rubus L. (Rosaceae) do Estado do Rio de Janeiro. Rodriguésia 36: 3-32.
  • Fundação SOS Mata Atlântica/Instituto de Pesquisas Espaciais - INPE. 2022. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica - período 2020-2021 - Relatório Técnico. São Paulo: SOSMA/INPE. Disponível em https://cms.sosma.org.br/wp-content/uploads/2022/05/Sosma-Atlas-2022-1.pdf (acesso em 30-XII-2022).
    » https://cms.sosma.org.br/wp-content/uploads/2022/05/Sosma-Atlas-2022-1.pdf
  • Galetti, M. & Fernandez, J. C. 1998. Palm heart harvesting in the Brazilian Atlantic forest: changes in industry structure and the illegal trade. Journal of Applied Ecology 35: 294-301.
  • Garcia, R.J.F. & Pirani, J.R. 2005. Análise florística, ecológica e fitogeográfica do Núcleo Curucutu, Parque Estadual da Serra do Mar (São Paulo, SP), com ênfase nos campos junto à crista da Serra do Mar. Hoehnea 32: 1-48.
  • Grombone-Guaratini, M.T. & Rodrigues, R.R. 2002. Seed bank and seed rain in a seasonal semi-deciduous forest in south-eastern Brazil. Journal of tropical ecology 18: 759-774.
  • Hooker, J.D. 1867. Rosaceae. In: C.F.P. Martius & A.G. Eichler (eds.). Flora brasiliensis 14(2). Lipsiae, Frid. Fleischer, pp. 1-75, tab. 1-22.
  • Hueck, K. 1956. Mapa fitogeográfico do Estado de São Paulo. Boletim Paulista do Instituto de Geografia 22: 19-25.
  • Ikeda, N.A. (coord.). 2022. Relatório de Situação dos Recursos Hídricos da UGRHI 11 - 2022 - Ano-Base 2021. Registro: CBH-RB - Comitê da Bacia Hidrográfica do Ribeira de Iguape e Litoral Sul. Disponível em https://sigrh.sp.gov.br/public/uploads/documents//CBH-RB/23193/relatorio-de-situacao-2022.pdf (acesso em 19-VII-2023).
    » https://sigrh.sp.gov.br/public/uploads/documents//CBH-RB/23193/relatorio-de-situacao-2022.pdf
  • IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 1992. Manual Técnico da Vegetação Brasileira. Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, Rio de Janeiro.
  • IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. Manual técnico da vegetação Brasileira. 2. ed. Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, Rio de Janeiro.
  • Instituto Hórus. 2021. Base de Dados Nacional de Espécies Exóticas Invasoras. Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, Florianópolis - SC. Disponível em http://bd.institutohorus.org.br (acesso em 28-II-2023).
    » http://bd.institutohorus.org.br
  • INCT - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia. Herbário virtual da flora e dos fungos. Disponível em http://inct.splink.org.br (acesso em 03-II-2020).
    » http://inct.splink.org.br
  • IUCN - International Union for Conservation of Nature. 2022. The IUCN Red List of Threatened Species. Disponível em http://iucnredlist.org (acesso em 21-IX-2022).
    » http://iucnredlist.org
  • Ivanauskas, N.M., Miashike, R.L., Godoy, J.R.L., Souza, F.M., Kanashiro, M., Mattos, I.F.A., Toniato, M.T.Z. & Franco, G.A.D.C. 2012. A vegetação do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR). Biota Neotropica 12: 147-177.
  • Jantsch, M. & Aquino, F.E. 2020. Ocorrência e distribuição espacial de ciclones extratropicais na região sul do Brasil em 2018. Para Onde!? 13: 234-249.
  • Joly, C.A., Leitão Filho, H.F. & Silva, S.M. 1991. O patrimônio florístico - The floristic heritage. In: G.I. Câmara (coord.). Mata Atlântica - Atlantic Rain Forest. Ed. Index Ltda, Fundação S.O.S. Mata Atlântica, São Paulo, pp. 94-125.
  • Joly, C.A., Metzger, J.P. & Tabarelli, M. 2014. Experiences from the Brazilian Atlantic Forest: ecological findings and conservation initiatives. New Phytologist 204: 459-473.
  • Kiyama, C.Y. & Bianchini, R.S. 2003. Rosaceae. In: M.G.L. Wanderley, G.J. Shepherd, A.M. Giulietti & T.S.A. Melhem (coords.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. FAPESP: RiMa, São Paulo, v. 3, pp. 285-293.
  • Klein, R.M. 1978. Mapa fitogeográfico do Estado de Santa Catarina - resenha descritiva da cobertura vegetal. In: R. Reitz (ed.). Flora Ilustrada Catarinense. Herbário Barbosa Rodrigues, Itajaí.
  • Kurtz, B. C., Gomes, J.C. & Scarano, F.R. 2013. Structure and phytogeographic relationships of swamp forests of Southeast Brazil. Acta Botanica Brasilica 27: 647-660.
  • Lamparelli, C.C. (coord.). 1998. Mapeamento dos ecossistemas costeiros do Estado de São Paulo. Páginas & Letras, São Paulo.
  • Lopes, E.A. 2007. Formações florestais de Planície Costeira e Baixa-Encosta e sua relação com o substrato geológico nas bacias dos rios Itaguaré e Guaratuba (Bertioga - SP). Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, São Paulo.
  • Lorenzi, H. 2023. Bactris. In: Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB22106 (acesso em 27-I-2023).
    » https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB22106
  • Lueder, D.R. 1959. Serial photographic interpretation, principles and applications. MacGraw-Hill, New York.
  • Mamede, M.C.H., Cordeiro, I. & Rossi, L. 2001. Flora vascular da Serra da Juréia - Iguape, SP. Boletim do Instituto de Botânica 15: 63-124.
  • Mantovani, W., Rodrigues, R.R., Rossi, L., Romaniuc-Neto, S., Catharino, E.L.M. & Cordeiro, I. 1990. A vegetação na Serra de Paranapiacaba em Salesópolis, SP. In: ACIESP (org.). 2º Simpósio de Ecossistemas da Costa Sul e Sudeste Brasileira: estrutura, função e manejo, Águas de Lindóia, pp. 348-384.
  • Mantovani, W., Pavão T., Santos, A.L., Toffoli, C.B., Martins, J.B., Melo, K.C., Santos, M.F. & Araújo, L.S. 2009. Vegetação. In: S.A. Furlan (coord.). Plano de Manejo do Parque Estadual Intervales, Fundação Florestal, São Paulo.
  • Marques, M.C.M., Swaine, M.D. & Liebsch, D. 2011. Diversity distribution and floristic differentiation of the coastal lowland vegetation: implications for the conservation of the Brazilian Atlantic Forest. Biodiversity and Conservation 20: 153-168.
  • Martins, C.R., Leite, L.L. & Haridasan, M. 2004. Capim-Gordura (Melinis minutiflora P. Beauv.), uma gramínea exótica que compromete a recuperação de áreas degradadas em Unidades de Conservação. Revista Árvore 28: 739-747.
  • Martins, S.E., Rossi, L., Sampaio, P.S.P. & Magenta, M.A.G. 2008. Caracterização florística de comunidades vegetais de restinga em Bertioga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 249-274.
  • Mattos, I.F.A., Rossi, L., Kanashiro, M.M. & Ivanauskas, N.M. 2018. Meio Biótico: vegetação. In: São Paulo (Estado). Parque Estadual Restinga de Bertioga: plano de manejo. Secretaria de Meio Ambiente, São Paulo. Disponível em http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/2019/01/plano-de-manejo-pe-restinga-de-bertioga.pdf (acesso em 4-II-2020).
    » http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/2019/01/plano-de-manejo-pe-restinga-de-bertioga.pdf
  • MMA - Ministério do Meio Ambiente. 2022. Portaria nº 148, de 7 de junho de 2022. Altera os Anexos da Portaria nº 443, de 17 de dezembro de 2014, da Portaria nº 444, de 17 de dezembro de 2014, e da Portaria nº 445, de 17 de dezembro de 2014, referentes à atualização da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção. Diário Oficial da União, nº 108, 08 jun. 2022, Seção 1, pp. 74-91. Disponível em https://in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-mma-n-148-de-7-de-junho-de-2022-406272733 (acesso em 15-VI-2022).
    » https://in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-mma-n-148-de-7-de-junho-de-2022-406272733
  • Moraes, T.T., Pastore, J.A. & Moura, C. 2008. Flora epifítico vascular do manguezal do Rio Una do Prelado, Estação Ecológica Juréia-Itatins, Iguape, SP: dados preliminares. IF Série Registros 36: 103-108.
  • Moreira, M.G. 2007. Associações entre os solos, os ambientes quaternários e as fitofisionomias de planície costeira e baixa encosta nas bacias dos rios Itaguaré e Guaratuba (Bertioga - SP). Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo.
  • Moro, M.F., Souza, V.C., Oliveira-Filho, A.T., Queiroz, L.P., Fraga, C.N., Rodal, M.J.N., Araújo, F.S. & Martins, F.R. 2012. Alienígenas na sala: o que fazer com espécies exóticas em trabalhos de taxonomia, florística e fitossociologia? Acta Botanica Brasílica 26: 991-999.
  • Moura, C., Arzolla, F.A.R.D.P., Paula, G.C.R. & Vilela, F.E.S.P. 2011. Os Mosaicos de Unidades de Conservação na região do Vale do Ribeira, São Paulo: considerações sobre os processos de criação. Olam - Ciência & Tecnologia 11: 59-73.
  • Myers, N., Mittermeier, R.A., Mittermeier, C.G., Fonseca, G.A.B. & Kent, J. 2000. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature 403: 853-858.
  • Nalon, M.A., Lima, L.M.P.R., Weingartner, P., Souza, C.H.S., Montagna, R.G., Lima, I., Matsukuma, C.K., Pavão, M., Kanashiro, M.M., Ywane, M.S.S.I., Teodoro, J.R., Paschoal, É. Kronka, F.J.N., Baitello, J.B., Borgo, S.C., Monteiro, C.H.B., Pontinha, A.A.S. & Guillaumon, J.R. 2010. Sistema de informações florestais do Estado de São Paulo: base de dados georeferrenciadas. Disponível em http://www.iflorestal.sp.gov.br/sifesp/creditos (acesso em 03-II-2015).
    » http://www.iflorestal.sp.gov.br/sifesp/creditos
  • Nalon, M.A., Matsukuma, C.K., Pavão, M., Ivanauskas, N.M. & Kanashiro, M.M. 2022. Inventário da cobertura vegetal nativa do Estado de São Paulo. São Paulo: SIMA/IPA. Disponível em https://indd.adobe.com/view/publication/a5aba10f-0090-4109-ac1c-944c8260b1ff/57wk/publication-web-resources/pdf/INVENTARIOflorestal_livroFINAL.pdf (acesso em 21-VΠI-2022).
    » https://indd.adobe.com/view/publication/a5aba10f-0090-4109-ac1c-944c8260b1ff/57wk/publication-web-resources/pdf/INVENTARIOflorestal_livroFINAL.pdf
  • Neves, E.J.M., Santos, A.F., Martins, E.G., Rodigheri, H.R., Bellettini, S. & Corrêa Júnior, C. 2004. Manejo de pupunheira (Bactris gasipaes Kunth) para palmito em áreas sem restrições hídricas. Colombo: Embrapa Florestas. Circular técnica 89.
  • Orlande, T., Laarman, J. & Mortimer, J. 1996. Palmito sustainability and economics in Brazil’s Atlantic coastal forest. Forest Ecology and Management 80: 257-265.
  • Piliackas, J.M. Barbosa, L.M. & Catharino, E.L.M. 2000. Levantamento das epífitas vasculares do manguezal do rio Picinguaba, Ubatuba, São Paulo. In: S. Watanabe (coord.). Anais do 5º Simpósio de Ecossistemas Brasileiros, Vitória, pp. 357-363.
  • PPG I - Pteridophyte Phylogeny Group. 2016. A community-derived classification for extant lycophytes and ferns. Journal of Systematics and Evolution, 54: 563-603.
  • Reflora - Herbário Virtual. Disponível em http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/herbarioVirtual/ (acesso em 28-I-2015).
    » http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/herbarioVirtual/
  • Reis, M.S., Fantini, A.C., Nodari, R.O., Reis, A., Guerra, M.P. & Mantovani, A. 2000. Management and Conservation of Natural Populations in Atlantic Rain Forest: The Case Study of Palm Heart (Euterpe edulis Martius). Biotropica 32: 894-902.
  • Rossi, M., Kanashiro, M.M. & Hirokado, V.K. 2020. Pedologia. In: Plano de Manejo do Parque Estadual Lagamar de Cananéia - Versão Preliminar. Instituto de Pesquisas Ambientais: Fundação Florestal, São Paulo, 2020. pp. 76-82. Disponível em https://sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam3/Repositorio/511/Documentos/MOJAC/PE_Lagamar/211124_Template%20PE%20Lagamai%20de%20Cananeia.pdf (acesso em 19-VII-2023).
    » https://sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam3/Repositorio/511/Documentos/MOJAC/PE_Lagamar/211124_Template%20PE%20Lagamai%20de%20Cananeia.pdf
  • Rossi, R.D., Martins, C.R., Viana, P.L., Rodrigues, E.L. & Figueira, J.E.C. 2014. Impact of invasion by molasses grass (Melinis minutiflora P. Beauv.) on native species and on fires in areas of campo-cerrado in Brazil. Acta Botanica Brasilica 28: 631-637.
  • Salino, A. & Almeida, T.E. 2008. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 983-991.
  • Sampaio, A.B. & Schmidt, I.B. 2013. Espécies Exóticas Invasoras em Unidades de Conservação Federais do Brasil. Biodiversidade Brasileira 3: 32-49.
  • São Paulo. 2008. Lei nº 12.810, de 21 de fevereiro de 2008. Altera os limites do Parque Estadual de Jacupiranga, criado pelo Decreto-lei nº 145, de 8 de agosto de 1969, e atribui novas denominações por subdivisão, reclassifica, exclui e inclui áreas que especifica, institui o Mosaico de Unidades de Conservação do Jacupiranga e dá outras providências. São Paulo: Imprensa Oficial. Diário Oficial do Estado de São Paulo. Seção I. v. 118, n. 34, de 22 de fevereiro de 2008.
  • São Paulo. 2016. Resolução SMA nº 057, de 5 de junho de 2016. Publica a segunda revisão da lista oficial das espécies da flora ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo. Disponível em http://www2.ambiente.sp.gov.br/legislacao/resolucoes-sma/resolucaosma-57-2016/ (acesso em: 14-II-2023).
    » http://www2.ambiente.sp.gov.br/legislacao/resolucoes-sma/resolucaosma-57-2016/
  • São Paulo. 2018. Plano de Manejo do Parque Estadual Lagamar de Cananéia - versão preliminar. Disponível em https://sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam3/Repositorio/511/Documentos/MOJAC/PE_Lagamar/211124_Template%20PE%20Lagamar%20de%20Cananeia.pdf (acesso em 14-II-2023).
    » https://sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam3/Repositorio/511/Documentos/MOJAC/PE_Lagamar/211124_Template%20PE%20Lagamar%20de%20Cananeia.pdf
  • Scarano, F.R. 2002. Structure, function and floristic relationships of plant communities in stressful habitats marginal to the Brazilian Atlantic Rainforest. Annals of Botany 90: 517-524.
  • Schaeffer-Novelli, Y. & Cintrón, G. 1986. Guia para estudos de áreas de manguezal: estrutura, função e flora. São Paulo, Caribbean Ecological Research.
  • Scheer, M.B. & Mocochinski, A.Y. 2009. Florística vascular da Floresta Ombrófila Densa Altomontana de quatro serras no Paraná. Biota Neotropica 9: 51-69.
  • SciELO - Scientific Electronic Library Online. Disponível em https://www.scielo.org/pt (acesso em 4 II 2020).
    » https://www.scielo.org/pt
  • Silva, D.L., Ferreira, R.A. & Gama, D.C. 2021. Bambusa vulgaris e outras espécies exóticas no Refúgio da Vida Silvestre Mata do Junco, Sergipe: uma preocupação com invasão biológica. Revista Nordestina de Biologia 29: 2-17.
  • Simão-Bianchini, R.Rubus. In: Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB32509 (acesso em 16-III-2023).
    » https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB32509
  • Smith, J.E. 1791. Plantarum Icones Hactenus Ineditae 3: pl. 60.
  • Souza, C.R.G. & Luna, G.C. 2008. Unidades quaternárias e vegetação nativa de planície costeira e baixa encosta da Serra do Mar no Litoral Norte de São Paulo. Revista do Instituto Geológico 29: 1-18.
  • Spurr, S.H. 1960. Photogrammetry and photo-interpretation. Ronald Press, New York.
  • Sztutman, M. & Rodrigues, R.R. 2002. O mosaico vegetacional numa área de floresta contínua da planície litorânea, Parque Estadual da Campina do Encantado, Pariquera-Açu, SP. Revista Brasileira de Botânica 25: 161-176.
  • Tabarelli, M., Pinto, L.P., Silva, J.M.C., Hirota, M. & Bedê, L. 2005. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira. Megadiversidade 1: 132-138.
  • Toniato, M.T.Z., N.M. Ivanauskas, Souza, F.M., Mattos, I.F.A., Baitello, J.B., Kanashiro, M.M., Aguiar, O.T., Cielo Filho, R., Franco, G.A.D.C., Guerin, N., Polisel, R.T., Lima, R.A.F., Araújo, L.S., Souza, V.C., Rother, D.C., Salino, A. & Dittrich, V.A.O. 2011. A vegetação do Parque Estadual Carlos Botelho: subsídios para o plano de manejo. IF Série Registros 43: 1-254.
  • Veloso, H.P., Rangel Filho, A.L.R. & Lima, J.C.A. 1991. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. IBGE, Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, Rio de Janeiro.
  • Vianna, S.A. 2023. Euterpe. In: Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB15712 (acesso em 18-01-2023).
    » https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB15712
  • Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J. Martins, S.E., Estrada, T.E.M.D., Romanini, R.P., Koch, I., Pirani, J.R., Melhem, T.S., Giulietti-Harley, A.M., Kinoshita, L.S., Magenta, M.A.G., Wagner, H.M.L., Barros, F., Lohmann, , L.G., Amaral, M.C.E., Cordeiro, I., Aragaki, S., Simão-Bianchini, R. & Esteves, G.L. 2011. Checklist das Spermatophyta do Estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotropica 11: 193-390.
  • WoS - Web of Science. Disponível em http://www.webofknowledge.com/ (acesso em 4-II-2020).
    » http://www.webofknowledge.com/
  • Zenni, R.D. & Ziller, S.R. 2011. An overview of invasive plants in Brazil. Revista Brasileira de Botânica 34: 431-446.
  • Zipparro, V.B., Guilherme, F.A.G., Almeida-Scabbia, R.J. & Morellato, L.P.C. 2005. Levantamento Florístico de Floresta Atlântica no sul do estado de São Paulo, Parque Estadual Intervales, Base Saibadela. Biota Neotropica 5: 1-24. Disponível em http://www.biotaneotropica.org.br/v5n1/pt/abstract?inventory+BN02605012005 (acesso em 22-I-2021).
    » http://www.biotaneotropica.org.br/v5n1/pt/abstract?inventory+BN02605012005

Editado por

Editor Associado: Claudia Baider

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    08 Jul 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    29 Mar 2023
  • Aceito
    20 Dez 2023
Instituto de Pesquisas Ambientais Av. Miguel Stefano, 3687 , 04301-902 São Paulo – SP / Brasil, Tel.: 55 11 5067-6057, Fax; 55 11 5073-3678 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: hoehneaibt@gmail.com