Resumos
Foi realizado levantamento das espécies de Polyporus que ocorrem no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI), Município de São Paulo, Estado de São Paulo, Brasil. Foram identificadas oito espécies: Polyporus arcularius (Batsch) Fr., P dictyopus Mont., P guianensis Mont., P. lentinoides (Henn.) Lloyd, P philippinensis Berk., P tenuiculus (P. Beauv.) Fr., P. tricholoma Mont. e P udus Jungh. Polyporus philippinensis e P udus são novas citações para o Estado de São Paulo. São apresentadas chave de identificação das espécies, descrição, ilustração e comentários para cada táxon estudado.
Basidiomycota; biodiversidade; Mata Atlântica; taxonomia
A survey of Polyporus species was carried out in "Parque Estadual das Fontes do Ipiranga" (PEFI), Municipality of São Paulo, São Paulo State, Brazil. Eight species were found: Polyporus arcularius (Batsch) Fr., P. dictyopusMont., P. guianensis Mont., P. lentinoides (Henn.) Lloyd, P. philippinensis Berk., P. tenuiculus (P. Beauv.) Fr., P. tricholoma Mont. and P. udus Jungh. Polyporus philippinensis and P udus are new records for São Paulo State. Identification key for species, descriptions, comments and illustrations of the taxa studied are provided.
Atlantic Forest; Basidiomycota; biodiversity; taxonomy
Polyporus Fr. (Polyporaceae) no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil
Polyporus Fr. (Polyporaceae) of "Parque Estadual das Fontes do Ipiranga", São Paulo, SP, Brazil
Gisele Siquelli Gouveia Louza; Adriana de Mello Gugliotta*
Instituto de Botânica, Caixa Postal 3005, 01061-970 São Paulo, SP, Brasil
RESUMO
Foi realizado levantamento das espécies de Polyporus que ocorrem no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI), Município de São Paulo, Estado de São Paulo, Brasil. Foram identificadas oito espécies: Polyporus arcularius (Batsch) Fr., P dictyopus Mont., P guianensis Mont., P. lentinoides (Henn.) Lloyd, P philippinensis Berk., P tenuiculus (P. Beauv.) Fr., P. tricholoma Mont. e P udus Jungh. Polyporus philippinensis e P udus são novas citações para o Estado de São Paulo. São apresentadas chave de identificação das espécies, descrição, ilustração e comentários para cada táxon estudado.
Palavras-chave: Basidiomycota, biodiversidade, Mata Atlântica, taxonomia
ABSTRACT
A survey of Polyporus species was carried out in "Parque Estadual das Fontes do Ipiranga" (PEFI), Municipality of São Paulo, São Paulo State, Brazil. Eight species were found: Polyporus arcularius (Batsch) Fr., P. dictyopusMont., P. guianensis Mont., P. lentinoides (Henn.) Lloyd, P. philippinensis Berk., P. tenuiculus (P. Beauv.) Fr., P. tricholoma Mont. and P. udus Jungh. Polyporus philippinensis and P udus are new records for São Paulo State. Identification key for species, descriptions, comments and illustrations of the taxa studied are provided.
Key words: Atlantic Forest, Basidiomycota, biodiversity, taxonomy
Introdução
As espécies do gênero Polyporus Fr. são reconhecidas, principalmente, por apresentarem basidiomas estipitados e sistema hifálico dimítico, com hifas esqueleto-conectivas ou do tipo "bovista", isto é, com um eixo central, apresentando diferentes tipos de ramificações, geralmente arboriformes com ramos dicotômicos e os seguimentos ramificados terminando em pontas delgadas; contém hifas generativas com ansas e basidiósporos cilíndricos a subcilíndricos (Ryvarden 1991). Polyporus badius (Pers.) Schwein e P. saltensis (Speg.) Silveira & Wright são as únicas espécies do gênero que não possuem ansas, apresentando septos simples. Apesar do gênero ser considerado cosmopolita, apenas Polyporus arcularius (Batsch.) Fr. e P squamosus (Huds.) Fr. apresentam, de fato, uma ampla distribuição mundial (Nuñez & Ryvarden 1995).
A posição filogenética de Polyporus ainda hoje não é clara e a afinidade de certas espécies com outros gêneros agaricóides, como Lentinus, Panus e Pleurotus já foi evidenciada (Pegler 1983a, Corner 1984, Singer 1986). Estudos recentes demonstraram que este gênero não é monofilético (Ko & Jung 2002, Krüger 2002) havendo afinidade com Datronia, Fomes e Lentinus e, portanto, sendo necessária a revisão do conceito de Polyporus sensu stricto do ponto de vista filogenético.
Seis grupos infra-genéricos são reconhecidos por Nunez & Ryvarden (1995): Admirabilis, Dendropolyporus, Favolus, Melanopus, Polyporellus e Polyporus. Silveira & Wright (2005) reconhecem estes grupos como subgêneros, propondo a inclusão das espécies encontradas no sudeste da América do Sul (19 espécies e uma variedadade) nos subgêneros Favolus, Melanopus, Polyporellus e Polyporus, e um subgênero novo, Austropolyporus, para acomodar Polyporus gayanus Lév., incluída por Nunez & Ryvarden (1995) em Admirabilis.
O conhecimento deste táxon em áreas de Mata Atlântica no Brasil ainda é escasso e está restrito a poucos Estados brasileiros: Bahia (Góes-Neto 1999, Góes-Neto et al. 2003), Paraná (Rajchenberg & Meijer 1990, Ryvarden & Meijer 2002), Pernambuco (Cavalcanti 1976, Gibertoni & Cavalcanti 2003), Santa Catarina (Loguercio-Leite 1990, 1992, Gonçalves & Loguercio-Leite 2001) e São Paulo (Fonseca 1999, Gugliotta & Bononi 1999). No entanto, a ocorrência de espécies de Polyporus em outros Estados e biomas brasileiros já foi registrada (Fidalgo et al. 1965, Capelari & Maziero 1988, Silveira & Guerrero 1991, Jesus 1996, Gugliotta 1997, Sotão et al. 1997, 2002, Xavier-Santos 2003, Silveira & Wright 2005).
As únicas contribuições para o conhecimento do gênero no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI) foram dadas por Bononi et al. (1981) e Teixeira & Fidalgo (1983). Bononi et al. (1981) apresentaram uma listagem das espécies de fungos macroscópicos do Parque depositadas no Herbário do Estado "Maria Eneyda P. Kauffmann Fidalgo" (SP), não fornecendo descrição deste material. Nesse trabalho foram relacionadas 20 espécies de Polyporus, além de 17 exsicatas não identificadas em nível específico. Das espécies citadas, apenas P. guianensis Mont. e P. lentinoides (Henn.) Lloyd permanecem válidas, as demais constituindo sinônimos de espécies atualmente incluídas em outros gêneros ou de outras espécies. Assim, Polyporus blanchettianus Berk. & Mont. e P infernalis Berk. estão incluídos na sinonímia de P. dictyopus Mont. (Gugliotta 1994, Gugliotta et al. 1996) e Favolus brasiliensis (Fr.) Fr. é sinônimo de P. tenuiculus (P. Beauv.) Fr. (Nuñez & Ryvarden 1995).
Teixeira & Fidalgo (1983) realizaram um estudo sobre Polyporus tricholoma Mont., apresentando descrição detalhada e relacionando todas as exsicatas da espécie depositadas no Herbário SP, que documentam sua ocorrência no Brasil, incluindo material coletado no PEFI.
Este trabalho faz parte de um amplo projeto de levantamento de fungos basidiomicetos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga e apresenta os resultados com o gênero Polyporus.
Material e métodos
O Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI) situa-se no município de São Paulo (23º38'00"S 23º40'18"S, 46º36'48"W - 46º38'08"W), ocupando uma área de 549,31 ha com altitude média de 798 m. Com vegetação caracterizada como floresta ombrófila densa, representa um dos mais significativos remanescentes de mata inserido em área urbana do município. Informações a respeito do clima, meio físico e da vegetação, em seus diferentes aspectos, podem ser encontradas em Bicudo et al. (2002).
Foram realizadas coletas bimensais no período de abril de 2000 a março de 2001, setembro de 2003 a fevereiro de 2005, além de coletas esporádicas no período de março de 2005 a março de 2006. A coleta seguiu as recomendações de Fidalgo & Bononi (1984). Também foram revistos os materiais depositados no Herbário SP provenientes de coletas anteriores.
As identificações foram feitas com base nos caracteres macro e microscópicos do basidioma (Fidalgo 1968, Ryvarden 1991, Teixeira 1995) e as microestruturas foram analisadas segundo as recomendações de Teixeira (1962, 1995). As reações amilóide e dextrinóide foram testadas com reagente de Melzer (Gilbertson & Ryvarden 1986, Teixeira 1995). Todo material coletado encontra-se depositado no Herbário SP.
São apresentados descrição, comentários e ilustrações dos táxons estudados, além de uma chave de identificação para as espécies presentes no PEFI.
Resultados e Discussão
Foram identificadas oito espécies: Polyporus arcularius (Batsch) Fr., P. dictyopus Mont., P. guianensis Mont., P. lentinoides (Henn.) Lloyd, P. philippinensis Berk., P. tenuiculus (P. Beauv.) Fr., P tricholoma Mont. e P udus Jungh. Durante as coletas, Polyporus dictyopus e P. lentinoides não foram recoletados estudando-se apenas material de herbário. Este é o primeiro registro de Polyporus arcularius para o PEFI e primeiro registro de P. philippinensis e P. udus para o Estado de São Paulo.
Polyporus Fr., Observ. mycol. (Lipsiae) 1: 121. 1815.
Basidioma anual ou bianual, estipitado ou subestipitado; píleo flabeliforme a circular, dimidiado, convexo a infundibuliforme, consistente e flexível quando fresco, coriáceo ou quebradiço quando seco; superfície superior lisa a escamosa, glabra a finamente tomentosa, branca, ocrácea, castanho-clara a castanho-escura; superfície himenial poróide, branca a creme ou castanho-escura quando seca; poros inteiros, circulares a angulares, pequenos a grandes, decurrentes ou não; contexto homogêneo, branco a castanho-claro; estipe central ou lateral, creme a preto, glabro a finamente tomentoso, com ou sem cutícula, liso a enrugado, longitudinalmente estriado, algumas espécies crescendo a partir de um esclerócio, outras apresentando rizomorfas. Sistema hifálico dimítico; hifas generativas hialinas, geralmente com ansas, algumas espécies com septos simples, parede fina a levemente espessa; hifas esqueleto-conectivas hialinas a castanhas, parede espessa a sólida, tipo "bovista", arboriformes a dendriformes, com ramificações terminais, intercalares ou dicotômicas; cistídios ausentes, medas presentes ou ausentes. Basidiósporos cilíndricos a subelipsóides, retos a curvos, hialinos, parede fina e lisa, reação amilóide e dextrinóide negativa. Heterotálico e tetrapolar.
O gênero Polyporus, cuja espécie tipo é Polyporus tuberaster (Jacq.) Fr., é cosmopolita, sendo a grande maioria das espécies sapróbias, causando podridão branca, raramente parasitas. Normalmente crescem em angiospermas, menos freqüentemente em coníferas, ou desenvolvem-se a partir de esclerócio enterrado no solo ou imerso no substrato (Corner 1984, Nuñez & Ryvarden 1995).
Para sinonímia consultar Ryvarden (1991) e Silveira & Wright (2005).
Chave de identificação para as espécies de Polyporus que ocorrem no PEFI
Polyporus arcularius
(Batsch) Fr., Syst. mycol. (Lundae) 1: 342. 1821.
Boletus arcularius
Batsch, Elench. fung. (Halle): 97. 1783.
Basidioma anual, centralmente estipitado, solitário a lateralmente conato, com dois basidiomas unidos pela base, coriáceo. Píleo circular umbilicado a infundibuliforme, 1,5-5 cm diâm., 0,2-0,4 cm espesso. Superfície superior castanho-amarelada a castanhoescura quando seca, mais escura no centro, glabra, às vezes com o centro fibriloso, azonada, enrugada quando seca. Margem bege a castanho-clara, inteira a lobada, ciliada, involuta quando seca. Estipe cilíndrico, bege a castanho-claro, fibriloso, 1,4-3 x 0,3-0,4 cm. Superfície himenial poróide, bege a castanho-clara, poros regulares, hexagonais a radialmente alongados, decurrentes, 1-2/mm; tubos bege, rasos, até 0,1 cm compr. Contexto homogêneo, creme, até 0,2 cm espesso. Sistema hifálico dimítico; hifas não-amilóides e não-dextrinóides; hifas generativas com ansas, hialinas, parede fina e lisa, 1,25-3,75 µm diâm.; hifas esqueleto-conectivas hialinas, ramificadas, parede espessa a sólidas, 2,5-7,5 µm diâm., infladas no contexto até 17,5 µm diâm. Elementos estéreis ausentes. Basídios hialinos, tetraesporados, 20-25 x 6,25-7,5 µm. Basidiósporos cilíndricos a subelipsóides, hialinos, não-amilóides e não-dextrinóides, parede fina e lisa, 6,25-8,75 x 2,5-3,75 µm.
Materiais examinados: BRASIL. SÃO PAULO: São Paulo, Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, 10-XI-2003, L.J. Gimenes et al. s.n. (SP307897); 26-XI-2004, C.A. Osaku & G.R. Leal s.n. (SP308034, SP308035).
Apesar de serem úteis no diagnóstico da espécie, às vezes os cílios podem desaparecer da margem do píleo; além disso, a margem torna-se involuta após o processo de desidratação, dificultando a observação dos cílios. Outra característica muito variável nesta espécie é a presença de escamas na superfície pilear que, no entanto, tem sido considerada útil no reconhecimento da espécie por diversos autores (Overholts 1953, Bernicchia 1990, Nunez & Ryvarden 1995, Silveira & Wright 2005). Ryvarden & Johansen (1980) descrevem a superfície pilear de Polyporus arcularius como finamente tomentosa no início, logo tornado-se glabra e, finalmente, esquamulosa. Com exceção do material SP307897, que possui basidioma com o centro fibriloso, tornando-se glabro em direção à margem, todos os espécimes encontrados no PEFI apresentam basidiomas com a superfície glabra. O reconhecimento da espécie, contudo, é facilmente feita pelo basidioma coriáceo, centralmente estipitado e poros grandes radialmente alongados, podendo ser distinguido de Polyporus tricholoma, que possui poros bem menores, 4-6/mm e estipe glabro.
Segundo Nunez & Ryvarden (1995), Polyporus arcularius é uma espécie de ampla distribuição, só não ocorrendo na região boreal. No Brasil foi citada para os Estados da Bahia (Góes-Neto 1999), Paraná (Ryvarden & Meijer 2002), Rio Grande do Sul (Rick 1960, Groposo & Loguercio-Leite 2002), Rondônia (Capelari & Maziero 1988) e São Paulo (Rajchenberg & Meijer 1990, Gugliotta 1997). Trata-se da primeira citação da espécie para o PEFI. Para sinonímia consultar Nunez & Ryvarden (1995) e Silveira & Wright (2005).
Polyporus dictyopus
Mont., Annls. Sci. Nat., sér. 2, 3: 349. 1835.
Basidioma anual, lateralmente estipitado a subestipitado, preso ao substrato por um disco basal, solitário, coriáceo quando fresco, rígido quando seco. Píleo espatulado, flabeliforme a reniforme, aplanado, às vezes com o centro levemente depresso, 2-7 x 1,7-5 cm, 0,1-0,2 cm espesso. Superfície superior castanho-vinácea, enegrecida quando seca, glabra. Margem concolor à superfície superior a enegrecida, inteira a lobada, estéril. Estipe cilíndrico, reduzido a bem desenvolvido, castanho-escuro a preto, fibriloso, 0,3-2 x 0,2-0,7 cm. Superfície himenial poróide, castanho-acinzentada, poros regulares, circulares, 6-9/mm; tubos concolores à superfície himenial, rasos, menores que 0,1 cm compr. Contexto homogêneo, bege, fino até 0,1 cm espesso. Sistema hifálico dimítico; hifas não-amilóides e não-dextrinóides; hifas generativas com ansas, hialinas, de difícil visualização, parede fina e lisa, 2,5-3,75 µm diâm.; hifas esqueletoconectivas hialinas a amareladas, ramificadas com as extremidades afiladas, parede espessa a sólidas, 2,5-6,25 µm diâm. Elementos estéreis ausentes.
Basídios não observados. Basidiósporos cilíndricos, hialinos, não-amilóides e não-dextrinóides, parede fina e lisa, 6,25-7,5 x 2,5 (-3,75) µm.
Materiais examinados: BRASIL. SÃO PAULO: São Paulo, Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, Picada Faquini, 1-XII-1960, E.F. Campos & A. Morais s.n. (SP62108); 7-II-1962, J.R.P. Castro s.n. (SP62109); Picada Gardner, sobre madeira podre, 6-I-1966, M.C. Marino s.n. (SP83985); 3-XI-1966, B. Skvortzov s.n. (SP97664); 1-IV-1969, B. Skvortzov s.n. (SP103835); mata subtropical secundária, 10-XI-1982, G. Guzman 22911 (SP).
Esta espécie caracteriza-se pelo estipe preto, superfície superior geralmente castanho-vinácea.
Segundo Gugliotta et al. (1996) Polyporus dictyopus é espécie de grande variação morfológica, podendo apresentar estipe lateral ou central, superfície superior de cores vinácea, castanha a castanho-amarelada, esporos de tamanho variável, 4,8-6 x 2,4-3,6 µm, 6-8,4 x 3,6-4,2 µm ou (7,2-) 8,4 12 x 3,6-4,8 µm, normalmente presentes num mesmo espécime. É espécie de distribuição pantropical. No Brasil foi citada para os Estados do Amapá (Jesus 1996, como Polyporus infernalis Berk.), Bahia (localidade-tipo de Polyporus blanchettianus Berk. & Mont., Góes-Neto 1999, Góes-Neto et al. 2003, Silveira & Wright 2005), Minas Gerais (localidadetipo de P. infernalis, Gugliotta et al. 1996), Pará (Sotão et al. 1997, 2002), Paraná (Ryvarden & Meijer 2002, Silveira & Wright 2005), Pernambuco (Cavalcanti 1976, como Melanopus blanchettianus (Berk. & Mont.) Pat., Maia et al. 2002, Gibertoni & Cavalcanti 2003), Rio Grande do Sul (Rick 1960, como P. infernalis; Silveira & Guerrero 1991, como P. blanchettianus, Silveira & Wright 2005), Rondônia (Capelari & Maziero 1988, como Melanopus infernalis (Berk.) Pat.), Santa Catarina (Hennings 1897, como P. blanchettianus, Loguercio-Leite 1992, como P. blanchettianus e P. dictyopus, Gerber 1996, Gonçalves & Loguercio-Leite 2001, Silveira & Wright 2005) e São Paulo (localidade-tipo de Polyporus puiggarii Speg., Fidalgo et al. 1965, como P. infernalis, Gugliotta & Bononi 1999, Xavier-Santos 2003, Silveira & Wright 2005). Sua ocorrência no PEFI já havia sido relatada por Bononi et al. (1981) como Polyporus blanchettianus e P. infernalis.
Para sinonímia consultar Nunez & Ryvarden (1995) e Silveira & Wright (2005).
Polyporus guianensis
Mont., Annls. Sci. Nat. Bot., sér. 2, 13: 201. 1840.
Basidioma anual, centralmente estipitado, raramente com estipe lateral, às vezes preso ao substrato por um disco basal, solitário ou em grupo, coriáceo quando fresco, rígido quando seco. Píleo circular, com o centro depresso a infundibuliforme, 1-6,5 cm diâm., 0,1-0,3 cm espesso. Superfície superior bege, glabra, com linhas radiais quando seca. Margem concolor à superfície superior ou mais escura a ocrácea, direita, às vezes involuta quando seca, fértil. Estipe cilíndrico, castanho-escuro a preto, fibriloso a glabro, 1,4-3 x 0,1-0,4 cm. Superfície himenial poróide, castanho-amarelada, poros regulares, angulares a alongados radialmente, decurrentes 1-2 (-3)/mm; tubos concolores à superfície himenial, até 0,2 cm compr. Contexto homogêneo, creme, fino até 0,1 cm espesso. Sistema hifálico dimítico; hifas não-amilóides e nãodextrinóides; hifas generativas com ansas, hialinas, em alguns espécimes de difícil visualização, parede fina e lisa, 2,5-5 µm diâm.; hifas esqueleto-conectivas hialinas a amareladas, muito ramificadas e com as extremidades afiladas, algumas com o eixo central muito longo, parede espessa a sólidas, 2,5-6,25 pm diâm. Elementos estéreis ausentes. Basídios hialinos, tetraesporados, 30-36,25 x 6,25-7,5µpm. Basidiósporos cilíndricos, hialinos, não-amilóides e não-dextrinóides, parede fina e lisa, 10-12,5 (-13,75) x 2,5-3,75 (-5) µm. Materiais examinados: BRASIL. SÃO PAULO: São Paulo, Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, 6-II-1960, J.S. Furtado & O. Fidalgo s.n. (SP46676); 13-VII-1960, G. Eiten & L.T. Eiten 2074 (SP); 27-XI-1969, B. Skvortzov s.n. (SP107104); 24-III-1983, L.M.M. Batista s.n. (SP178127); 27-IV-1995, A.M. Gugliotta 455 (SP); mata atrás da Seção de Ecologia, 21-XII-2000, A.M. Gugliotta s.n. (SP307605); trilha atrás da casa das bombas, 8-II-2001, A.M. Gugliotta et al. 1102, 1103, 1106, 1110 (SP); 21-III-2001, A.I. Milanez et al. s.n. (SP307602); 27-III-2001, U.C. Peixoto s.n. (SP307610); 1-II-2005,M. Capelari s.n. (SP381548); 15-II-2005, M. Capelari & F. Vieira 4311 (SP).
O estipe central, fibriloso, castanho-escuro a preto e superfície himenial com poros grandes são características que ajudam na identificação desta espécie. Polyporus guianensis é semelhante a P. leprieurii Mont., que também ocorre no Estado de São Paulo, mas que possui poros menores, 5-8/mm, estipe glabro e basidiósporos também menores, 3,6-6 x 2,4 |uim (Gugliotta & Bononi 1999). Polyporus guianensis ocorre na Ásia, América do Sul (Nuñez & Ryvarden 1995) e África (Ryvarden & Johansen 1980). No Brasil foi citado para os Estados do Acre (Bononi 1992), Amazonas (Berkeley 1876, Silveira & Wright 2005), Bahia (Góes-Neto 1999, Silveira & Wright 2005), Mato Grosso (Corner 1984), Pará (Sotão et al. 1997, 2002, Silveira & Wright 2005), Paraná (Rajchenberg & Meijer 1990, Ryvarden & Meijer 2002, Silveira & Wright 2005), Rio Grande do Sul (Rick 1960, Silveira & Guerrero 1991), Santa Catarina (Loguercio-Leite 1992, Gonçalves & Loguercio-Leite 2001) e São Paulo (Gugliotta & Bononi 1999, Xavier-Santos 2003). Sua ocorrência no PEFI já havia sido relatada por Bononi et al. (1981). Para sinonímia consultar Nunez & Ryvarden (1995) e Silveira & Wright (2005).
Polyporus lentinoides
(Henn.) Lloyd, Mycol. Writ. 3: 85. 1911.
Polyporus squamosus
(Huds.) Fr. var.
lentinoides
Henn., Hedwigia 43: 199. 1904.
Basidioma anual, excentricamente estipitado, solitário. Píleo aplanado, circular, com o centro levemente depresso, 8 cm diâm., até 0,8 cm espesso. Superfície superior ocrácea, lisa, papirácea, glabra a escamosa, com pequenas escamas castanhas. Margem inteira, involuta quando seca. Estipe cilíndrico, levemente mais claro que a superfície himenial, glabro, 10 x 1 cm. Superfície himenial castanho-clara; poros irregulares, decurrentes, 1-2/mm; tubos concolores à superfície himenial, 0,2-0,3 cm compr. Contexto homogêneo, bege, até 0,3 cm espesso. Sistema hifálico dimítico; hifas não amilóides e não dextrinóides; hifas generativas com ansas, hialinas, parede fina a espessa, 2,5-7,5 pm diâm.; hifas esqueleto-conectivas hialinas, parede espessa a sólida, 1,3-15 µm diâm., algumas muito largas no eixo central tornado-se finas nas ramificações, principalmente nas extremidades. Elementos estéreis ausentes. Basídios hialinos, tetraesporados, 18,75-22,5 x 5-7,5 µm. Basidiósporos cilíndricos, hialinos, não-amilóides e não-dextrinóides, parede fina e lisa, 13,75-16,25 x 5-6,25 µm.
Material examinado: BRASIL. SÃO PAULO: São Paulo, Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, sobre tronco de árvore recém cortado, em floresta, 20-VII-1964, B. Skvortzov s.n. (SP71411).
Material adicional examinado: BRASIL. SÃO PAULO: Capão Bonito, Horto Florestal do Instituto do Pinho, em raiz enterrada, 6-V-1959, A.R. Teixeira s.n. (SP35349); Bragança Paulista, 24-X-1960, G. Eiten & L.T. Eiten 2429 (SP); Juquitiba, 24-X-2004, M. Motidome s.n. (SP381608).
Apesar do espécime coletado no PEFI estar parcialmente danificado por insetos, dificultando a identificação, a análise do material adicional e a compa ração com as características apresentadas por Fidalgo (1965), permitiram a identificação do espécime como Polyporus lentinoides. A espécie é válida segundo o CABI (2007), e considerada sinônimo de P udus
Jungh. por alguns autores (Ryvarden & Johansen 1980, Nunez & Ryvarden 1995). Com base no estudo do material de Polyporus lentinoides e P. udus encontrado no PEFI e nas descrições destes táxons apresentadas em literatura (Hennings 1904b, Lloyd 1911, Fidalgo 1965, Corner 1984, Nunez & Ryvarden 1995, Silveira & Wright 2005), P. lentinoides está sendo considerada uma espécie autônoma neste trabalho. Distingue-se de Polyporus udus pelo basidioma distintamente estipitado, contexto mais estreito e de consistência mais firme, hifas generativas mais estreitas, até 7,5 pm diâm. no contexto, e basidiósporos 13,75-16,25 x 5-6,25 pm, enquanto que
P. udus possui basidioma carnoso, contexto esponjoso mais espesso e estipe lateral reduzido, hifas generativas infladas no contexto que podem chegar a 10 pm diâm. e basidiósporos 10-12,5 x 3,75-5 pm. Polyporus lentinoides assemelha-se a P. craterellus Berk. & M.A. Curtis que, no entanto, apresenta 4-7 poros/mm, contexto cotonoso, basidioma até 4 mm espesso e basidiósporos cilíndricos a subelipsóides, 8-10 x 3-4 pm (Silveira & Wright 2005, Berkeley & Curtis 2007).
Assim como ocorre em outras espécies do gênero, como Polyporus arcularius e P. udus, a presença de escamas na superfície do píleo pode variar em P. lentinoides. Além disso, muitas vezes as escamas desaparecem completamente após a desidratação. Nenhuma informação a respeito das características desses espécimes, quando frescos, foi registrada. É espécie de distribuição restrita, citada apenas para os Estados de São Paulo (localidade-tipo, Hennings 1904b, Fidalgo 1965) e para o Rio Grande do Sul (Rick 1960, como P. squamosus var. lentinoides). Sua ocorrência no PEFI já havia sido relatada por Bononi et al. (1981).
Polyporus philippinensis
Berk., Hooker London J. Bot. 1: 148. 1842.
Basidioma anual, lateralmente estipitado, cespitoso, com vários píleos unidos pelo estipe. Píleo flabeliforme, rígido quando seco, até 7,5 x 4,5 cm e 0,9 cm espesso na base. Superfície superior cremeamarelada, com linhas radiais, fibrilosa a glabra na maturidade. Margem inteira a lobada, castanho-escura quando seca, contrastando com a superfície superior, fértil. Estipe curto, concolor à superfície superior, fibriloso a glabro, 0,9 x 1 cm. Superfície himenial bege, poros angulares, 1-2/mm próximo à margem, alongados radialmente, decurrentes, maiores em direção à base, 1-2 mm larg.; tubos creme, 0,2-0,4 cm compr. Contexto homogêneo, branco a creme, 0,2-0,5 cm espesso. Sistema hifálico dimítico; hifas não amilóides e não dextrinóides; hifas generativas com ansas, hialinas, parede fina, 3,75-6,25 diâm.; hifas esqueletoconectivas hialinas a levemente amareladas, parede espessa a sólida, dominantes no contexto e no dissepimento, 2,5-7,5 µm diâm. Elementos estéreis ausentes. Basídios hialinos, tetraesporados, 27,5-31,25 x 5-6,25 µm. Basidiósporos cilíndricos, hialinos, não-amilóides e não-dextrinóides, parede fina e lisa, 8,75-11,25 x 2,5-3,75 μm.
Material examinado: BRASIL. SÃO PAULO: São Paulo, Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, 19-I-2006, K.A. Medeiros s.n. (SP381517).
É espécie morfologicamente muito semelhante a Polyporus tenuiculus, porém apresenta basidioma mais robusto e a superfície amarelada com linhas radiais, não tesselada. Apesar da grande semelhança morfológica, principalmente em espécimes herborizados, testes de cruzamento entre Polyporus philippinensis e P. tenuiculus demonstraram que trata-se de duas espécies independentes (Silveira & Wright 2002, 2005). De acordo com Nuñez & Ryvarden (1995) ocorre em regiões tropicais e subtropicais, sendo rara na África. No Brasil foi citada para os Estados do Amazonas e Rio Grande do Sul (Silveira & Wright 2005). Trata-se da primeira citação da espécie para o Estado de São Paulo. Para sinonímia consultar Nuñez & Ryvarden (1995) e Silveira & Wright (2005).
Polyporus tenuiculus
(P. Beauv.) Fr., Syst. Mycol. (Lundae) 1: 344. 1821.
Favolus tenuiculus
P. Beauv., Fl. Oware 1(8): 74. 1806.
Basidioma anual, lateral a excentricamente estipitado a subestipitado, solitário ou em pequenos grupos, com diversos píleos unidos pela base, membranáceo quando fresco, frágil e quebradiço quando seco. Píleo flabeliforme, espatulado a semicircular, 2-6 x 1,5-4,5 cm, 0,2-0,4 cm espesso. Superfície superior branca a creme, mais escura quando seca, glabra, exceto na parte basal que é finamente pubescente, distintamente tesselada, raramente lisa ou com estrias radiais. Margem concolor à superfície superior, inteira a lobada, lisa, às vezes involuta quando seca. Estipe curto, concolor à superfície superior, fibriloso a glabro, 0,5-2 x 0,3-1 cm. Superfície himenial poróide, branca a creme quando fresca, castanho-amarelada a castanho-clara quando seca, poros hexagonais a radialmente alongados, decurrentes, 1-2/mm; tubos concolores à superfície himenial, 0,1-0,2 cm compr. Contexto homogêneo, branco a creme-claro, 0,1-0,2 cm espesso. Sistema hifálico dimítico; hifas não amilóides e não dextrinóides; hifas generativas com ansas, hialinas, parede fina e lisa, 1,25-5 µm diâm.; hifas esqueleto-conectivas hialinas, parede espessa a sólida, dominantes, 2,5-7,5 µm diâm. Medas presentes ou não. Basídios hialinos, tetraesporados, 25-32,5 x 6,25-7,5 µm. Basidiósporos cilíndricos a subcilíndricos, hialinos, não-amilóides e não-dextrinóides, parede fina e lisa, 6,25-10(-11,25) x 2,5-5 µm.
Materiais examinados: BRASIL. SÃO PAULO: São G.S.G. Louza & A.M. Gugliotta: Polyporus no PEFI 375 Paulo, Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, 26-I-1960, O. Fidalgo et al. s.n. (SP46723); Picada Gardner, 22-X-1960, E.F. Campos & A.R. Salles s.n. (SP53525); 1963, A.R. Salles s.n. (SP95722); 6-III-1980, A.L. Gonçalves s.n. (SP156971); 30-VIII-1995, A.M. Gugliotta et al. 552 (SP); 25-III-1996, AM. Gugliotta et al. 643 (SP); Mata Atlântica degradada, a 300 m do anfiteatro, 10-X-2000, A.M. Gugliotta et al. 1091 (SP); trilha para o Zoológico, 23-X-2001, A.M. Gugliotta et al. 1131 (SP); 26-III-2003, U.C. Peixoto s.n. (SP381523); mata atrás do prédio da Seção de Micologia e Liquenologia, em tronco caído no chão, 11-XII-2003, M.D. Trude & Z.R.B. Santana s.n. (SP307886); trilha paralela ao muro do Zoológico, 8-I-2004, A.M. Gugliotta et al. 1198 (SP); próximo à caixa d'água da Seção de Ecologia, sobre tronco cortado, 5-IV-2004, C. Puccinelli & L. Gimenes s.n. (SP308036); 28-III-2005, A.M. Gugliotta et al. 1215 (SP); Jardim Botânico, próximo ao restaurante, 14-II-2006, M. Capelari & T.V.S. Campacci s.n. (SP380155).
Polyporus tenuiculus é uma espécie comum e de fácil reconhecimento devido ao basidioma membranáceo, branco a creme quando fresco, com a superfície superior distintamente tesselada, estipe curto e superfície himenial com grandes poros hexagonais a radialmente alongados. Porém já foi descrita como nova várias vezes, tendo uma grande relação de sinônimos (Nunez & Ryvarden 1995, Silveira & Wright 2005), devido a variações morfológicas do basidioma causadas pela maturidade, como por exemplo mudanças nas dimensões dos poros, que tornam-se maiores e alongados com a idade (Gilbertson & Ryvarden 1987), além de mudanças causadas pelas condições ambientais (Silveira & Wright 2002, 2005).
A espécie tem distribuição pantropical, sendo comum na África (Ryvarden & Johansen 1980), e na América tropical (Murrill 1907, Gilbertson & Ryvarden 1987). No Brasil, ocorre nos Estados do Amazonas (Hennings 1904a, como Favolus brasiliensis (Fr.) Fr., Silveira & Wright 2005), Bahia (Góes-Neto 1999, Góes-Neto et al. 2003, Silveira & Wright 2005), Mato Grosso (Corner 1984, como Polyporus brasiliensis (Fr.) Corner), Pará (Sotão et al. 1997, 2002), Paraíba (Singer 1961, como Polyporus dermoporus Pers.), Paraná (Rajchenberg & Meijer 1990, como F. brasiliensis, Ryvarden & Meijer 2002, Silveira & Wright 2005), Pernambuco (Maia et al. 2002, como F. brasiliensis e P. tenuiculus, Gibertoni & Cavalcanti 2003, Silva & Gibertoni 2006), Rio Grande do Sul (Rick 1960, como F brasiliensis, Groposo & Loguercio-Leite 2002, Silveira & Wright 2005), Rio de Janeiro (localidade-tipo de F. brasiliensis, Fidalgo 1974, Corner 1984, como P. brasiliensis, Silveira & Wright 2005), Rondônia (Capelari & Maziero 1988, como F. brasiliensis), Roraima (Prance 1973), Santa Catarina (Loguercio-Leite 1992, Gerber 1996, Gonçalves & Loguercio-Leite 2001, Silveira & Wright 2005), São Paulo (Hennings 1904b, como F. brasiliensis, Fidalgo 1974, Fonseca 1994, 1999, Gugliotta & Bononi 1999, Xavier-Santos 2003). Sua ocorrência no PEFI já havia sido relatada por Bononi et al. (1981).
Apesar de não possuir consistência carnosa e gosto agradável é uma espécie comestível e consumida pelos índios Yanomamis (Prance 1973, Fidalgo & Prance 1976). Para sinonímia completa consultar Nunez & Ryvarden (1995) e Silveira & Wright (2005).
Polyporus tricholoma
Mont., Annls. Sci. Nat., ser. 2, 8: 365. 1837.
Basidioma anual, centralmente estipitado, solitário a cespitoso com dois basidiomas unidos pela base, coriáceo e enrugado quando seco. Píleo circular, côncavo quando jovem, umbilicado a infundibuliforme quando mais velho, 1,5-6 cm diâm., 0,1-0,2 cm espesso. Superfície superior bege a castanha, às vezes com o centro mais escuro, glabra, azonada, enrugada quando seca. Margem concolor à superfície superior, inteira, ciliada, involuta quando seca. Estipe cilíndrico, creme a castanho-claro, 1,8-6 x 0,2-0,5 cm. Superfície himenial poróide, branca a creme, poros regulares, hexagonais, 4-6/mm; tubos concolores à superfície himenial, até 0,1 cm compr. Contexto homogêneo, branco a creme, muito fino, menos de 0,1 cm espesso. Sistema hifálico dimítico; hifas não amilóides e não dextrinóides; hifas generativas com ansas, hialinas, parede fina e lisa, 2,5-3,75 pm diâm.; hifas esqueletoconectivas hialinas, parede espessa a sólida, dominantes no contexto e no dissepimento, 3,75-7,5 pm diâm., algumas infladas até 20 \im diâm. Elementos estéreis ausentes. Basídios hialinos, tetraesporados, 12,5-15 x 5-6,25 µm. Basidiósporos cilíndricos a subcilíndricos, hialinos, não-amilóides e nãodextrinóides, parede fina e lisa, 6,25-7,5 x 2,5(-3,75) µm.
Materiais examinados: BRASIL. SÃO PAULO: São Paulo, Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, 24-IX-1956, sobre tábua de pinho, M.A. Pereira s.n. (SP43565); 8-II-1960, J.S. Furtado & O. Fidalgo s.n. (SP47662); 25-X-1960, M.E.P.K. Fidalgo & J.S. Furtado s.n. (SP53242, SP53461, SP53508); VII-1961, M.E.P.K. Fidalgo s.n. (SP62061); X-1963, B. Skvortzov s.n. (SP95059); 23-X-1963, B. Skvortzov s.n. (SP71271); 24-X-1963, G. Eiten 5600 (SP); 29-X-1963, M.E.P.K. Fidalgo s.n. (SP71297); 19-VII-1966, B. Skvortzov s.n. (SP95479); 17-I-1969, B. Skvortzov s.n. (SP103710); 10-XI-1969, B. Skvortzov s.n. (SP107147); 14-XI-1969, B. Skvortzov s.n. (SP107144); 22-XII-1992, R. Maziero & L.K. Okino s.n. (SP250940); 20-XI-1997, S.F.B. Trufem s.n. (SP141896); 15-III-2000, A.M. Gugliotta et al. s.n. (SP308033); 10-X-2000, A.M. Gugliotta et al. 1087 (SP); X-2002, U.C. Peixoto s.n. (SP 308031); 23-X-2002, A.M. Gugliotta et al. s.n. (SP308030); 21-VIII-2003, M.D. Trude s.n. (SP308027); 10-XI-2003, G.R. Leal et al. s.n. (SP308029, SP307897); 10-XI-2003,M.D. Trude s.n. (SP308032); 17-XI-2003, L.J. Gimenes & C. Puccinelli s.n. (SP307885); 6-VII-2004, M. Capelari et al. 4290 (SP); 22-IX-2005, U.C. Peixoto s.n. (SP380137); 26-IX-2006, T. Campacci et al. 003/2006 (SP).
Polyporus tricholoma é macroscopicamente muito semelhante a Polyporus arcularius que, no entanto, possui poros bem maiores, 1-2/mm e estipe fibriloso. Apesar de ser encontrada em qualquer época do ano, esta espécie ocorre com maior freqüência no mês de outubro, estendendo-se até o mês de março, que corresponde ao período mais quente e de maior precipitação pluviométrica (Teixeira & Fidalgo 1983). No PEFI, grande parte dos espécimes foram encontrados nos meses de outubro e novembro.
A sinonímia encontra-se em Teixeira & Fidalgo (1983) e Nunez & Ryvarden (1995), porém estes autores consideram Polyporus gracilis Klotzsch sinônimo de P. tricholoma. Polyporus gracilis apresenta características muito distintas, como hifas gelatinizadas, basidiósporos subglobosos a ovóides e amilóides, não encontradas em nenhuma espécie de Polyporus justificando, portanto, a exclusão desta espécie da sinonímia de P. tricholoma e sua inclusão no gênero Filoboletus (Tricholomataceae), como consta em Pegler (1983b) e Singer (1986).
É espécie comum na América tropical, facilmente reconhecida pelo basidioma centralmente estipitado, margem ciliada e poros pequenos (Gugliotta & Bononi 1999). No Brasil é citada para os Estados do Acre (Bononi 1992), Amazonas (Hennings 1904a, Teixeira & Fidalgo 1983, Corner 1984), Maranhão (Teixeira & Fidalgo 1983), Mato Grosso (Hennings 1900), Pará (Sotão et al. 2002), Paraná (Teixeira & Fidalgo 1983, Rajchenberg & Meijer 1990, Ryvarden & Meijer 2002), Rio de Janeiro (Teixeira & Fidalgo 1983), Rio Grande do Sul (Rick 1960, como Polyporus arcularius var. tricholoma, Teixeira & Fidalgo 1983, Silveira & Guerrero 1991), Rondônia (Capelari & Maziero 1988), Santa Catarina (Loguercio-Leite 1992, Gonçalves & Loguercio-Leite 2001) e São Paulo (Teixeira & Fidalgo 1983, Fonsêca 1999, Gugliotta & Bononi 1999, Xavier-Santos 2003). Sua ocorrência no PEFI já havia sido relatada por Teixeira & Fidalgo (1983).
Polyporus udus
Jungh., Tidschr. Nat. Gesch. Physiol. 7: 289. 1840.
Basidioma anual, solitário a cespitoso, com dois basidiomas unidos na base, lateral a excentricamente estipitado, carnoso, tornando-se quebradiço quando seco. Píleo flabeliforme a semi-circular, aplanado a côncavo, 5-16 x 2-13 cm, até 3,5 cm espesso na base. Superfície superior papirácea, glabra, lisa, enrugada quando seca, bege a castanha, às vezes com manchas castanho-escuras. Margem inteira, lisa, aguda, levemente involuta quando seca. Estipe castanho-claro a castanho-escuro, fibriloso, com tufos de pêlos castanho-escuros, 1-2,5 x 1-3 cm. Superfície himenial poróide, creme, escurecendo quando seca, poros regulares a irregulares, hexagonais, decurrentes, 1-3/mm; tubos concolores à superfície himenial, até 0,5 cm compr.; dissepimentos finos, inteiros a lacerados na maturidade. Contexto homogêneo, branco, esponjoso, até 3 cm espesso na base. Sistema hifálico dimítico; hifas não-amilóides e não-dextrinóides; hifas generativas com ansas, parede fina a espessa, lisa, mais estreita no dissepimento, 2,5-3,75 µm diâm., infladas no contexto até 10 µm diâm.; hifas esqueletoconectivas hialinas, ramificadas, parede espessa a sólidas, 3,75-5 µm diâm., algumas infladas até 15 µm diâm. Elementos estéreis ausentes. Basídios hialinos, tetraesporados, 25-33,75 x 6,25-8,75 µm. Basidiósporos cilíndricos, hialinos, não-amilóides e nãodextrinóides, parede fina e lisa, 10-12,5 x 3,75-5 µm.
Materiais examinados: BRASIL. SÃO PAULO: São Paulo, Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, 11-IX-2001,M. Capelari s.n. (SP381515); 11-X-2001, U.C. Peixoto s.n. (SP381514); 23-IV-2002, M. Capelari s.n. (SP381516).
A identificação desta espécie é dificultada devido à grande variação na coloração e presença de manchas, pêlos e esquâmulas na superfície superior (Corner 1984, Nunez & Ryvarden 1995, Ryvarden & Guzmán 2001, Silveira & Wright 2005). Em relação ao material do PEFI, enquanto alguns espécimes continham manchas bem conspícuas, em outros as manchas estavam ausentes. Não foram observadas esquâmulas no material examinado. Segundo Nunez & Ryvarden (1995) a superfície superior apresenta tom rosado quando fresco, porém esta coloração não foi observada. É espécie pertencente ao grupo de Polyporus squamosus, que normalmente caracteriza se pela presença de uma película na superfície superior que se rompe formando escamas escuras, porém espécimes com superfície superior lisa e com escamas aderidas já foram relatados (Gilbertson & Ryvarden 1987), dificultando a delimitação desses táxons.
Apesar de apresentar sistema hifálico dimítico, Silveira & Wright (2005) não observaram hifas esqueleto-conectivas nessa espécie. o material estudado por Ryvarden & Guzmán (2001) também apresenta sistema monomítico, porém estes autores salientam que o basidioma inicialmente desenvolve um sistema hifálico monomítico e que leva um longo tempo para desenvolver um sistema dimítico. Todos os espécimes coletados no PEFI apresentaram sistema hifálico dimítico, com hifas esqueleto-conectivas facilmente observáveis.
Polyporus lentinoides (Henn.) Lloyd é sinônimo de P. udus adotado por Nunez & Ryvarden (1995), mas está sendo considerado como uma espécie válida neste trabalho. Polyporus udus difere de P. lentinoides por apresentar basidioma carnoso, contexto esponjoso mais espesso e estipe lateral reduzido e basidiósporos 10-12,5 x 3,75-5 µm, enquanto que P. lentinoides possui basidioma distintamente estipitado, contexto mais estreito e de consistência mais firme e basidiósporos 13,75-16,25 x 5-6,25 µm.
Polyporus udus apresenta distribuição pantropical (Nunez & Ryvarden 1995). ocorre no Brasil onde foi citado para os Estados do Amazonas (Corner 1984), Paraná (Ryvarden & Meijer 2002, Silveira & Wright 2005) e Rio Grande do Sul (Rick 1960, como P. discoideus Berk. & M.A. Curtis). Trata-se da primeira citação da espécie para o Estado de São Paulo. Para sinonímia consultar Nunez & Ryvarden (1995) e Silveira & Wright (2005).
Agradecimentos
As autoras agradecem ao CNPq pela bolsa de iniciação científica dentro do programa PIBIC concedida à primeira autora; à FAPESP pelo apoio financeiro (processo 04/04310-2); à Maria Cecília Tomasi pelas ilustrações e à Marina Capelari pelas sugestões.
Literatura citada
Recebido: 22.03.2007; aceito: 16.07.2007
Referências bibliográficas
- Berkeley, M.J. 1876. The fungi of Brazil, including those collected by J.W.H. Trail. Journal of the Linnean Society, Botany 15:363-398.
- Berkeley, M.J. & Curtis, M.A. 2007. Fungi cubensis (Hymenomycetes). http://LibriFungorum/Index.htm (acesso em 04.01.2007).
- Bernicchia, A. 1990. Polyporaceae s.l. in Italia. Istituto di Patologia Vegetale, università degli Studi, Bologna.
- Bicudo, D.C., Forti, M.C. & Bicudo, C.E.M. 2002. Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI): unidade de conservação que resiste à urbanização de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, São Paulo.
- Bononi, V.L.R. 1992. Fungos macroscópicos de Rio Branco, Acre, Brasil. Hoehnea 19:31-37.
- Bononi, V.L.R., Trufem, S.F.B. & Grandi, R.A.P. 1981. Fungos macroscópicos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, depositados no Herbário do Instituto de Botânica. Rickia 9:37-53.
- CABI. 2007. Index Fungorum. http:indexfungorum.org/Names/names.asp (acesso em 04.01.2007).
- Capelari, M. & Maziero, R. 1988. Fungos macroscópicos do Estado de Rondônia, Região dos Rios Jaru e Ji-Paraná. Hoehnea 15:28-36.
- Cavalcanti, M.A.Q. 1976. Introdução ao conhecimento dos basidiomicetos poliporóides da zona da mata de Pernambuco. Tese de Livre Docência, Universidade Federal de Pernambuco, Recife.
- Corner, E.J.H. 1984. Ad Polyporaceas II and III. Beihefte zur Nova Hedwigia 78:1-222.
- Fidalgo, M.E.P.K. 1965. Two Brasilian Polypores described by Hennings. Rickia 2:107-119.
- Fidalgo, O. 1968. As microestruturas e sua importância na sistemática dos fungos superiores. Rickia 3:117-159.
- Fidalgo, O. 1974. Adições à história da micologia brasileira. II. Fungos coletados por William John Burchell. Rickia 6:1-8.
- Fidalgo, O. & Bononi, V.L.R (coords.). 1984. Técnicas de coleta, preservação e herborização de material botânico. Instituto de Botânica, São Paulo.
- Fidalgo, O. & Prance, G.T. 1976. The ethnomycology of the Sanama Indians. Mycologia 68:201-210.
- Fidalgo, O., Fidalgo, M.E.P.K. & Furtado, J.S. 1965. Fungi of the "cerrado" region of São Paulo. Rickia 2:55-71.
- Fonsêca, M.P. 1994. Aphyllophorales da Reserva Florestal Armando de Salles Oliveira, São Paulo, SP. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
- Fonsêca, M.P. 1999. Aphyllophorales lignocelulolíticos da Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba, Santo André, SP. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
- Gerber, A.L. 1996. Fungos xilófilos poróides (Aphyllophorales) no Morro da Lagoa da Conceição, Ilha de Santa Catarina, SC, Brasil. Insula 25:3-68.
- Gibertoni, T.B. & Cavalcanti, M.A.Q. 2003. A mycological survey of the Aphyllophorales (Basidiomycotina) of the Atlantic Rain Forest in the state of Pernambuco, Brazil. Mycotaxon 87:203-211.
- Gilbertson, R.L. & Ryvarden, L. 1986. North American Polypores. Fungiflora, Oslo.
- Gilbertson, R.L. & Ryvarden, L. 1987. North American Polypores. Fungiflora, Oslo.
- Góes-Neto, A. 1999. Polypore diversity in the State of Bahia, Brazil: a historical review. Mycotaxon 72:43-56.
- Góes Neto, A., Marques, M.F.O., Andrade, J.D. & Santos, D.S. 2003. Lignicolous aphyllophoroid Basidiomycota in the Atlantic Forest fragment in the semi-arid Caatinga region of Brazil. Mycotaxon 88:359-364.
- Gonçalves, G.V.C. & Loguercio-Leite, C. 2001. Biodiversidade de fungos poróides xilófilos (Basidiomycetes), na Unidade de Conservação Ambiental Desterro (UCAD), Ilha de Santa Catarina, SC, Brasil. Insula 30:1-19.
- Groposo, C. & Loguercio-Leite, C. 2002. Fungos poliporóides xilófilos (Basidiomycetes) da Reserva Biológica Tancredo Neves, Cachoeirinha, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, série botânica 57:39-59.
- Gugliotta, A.M. 1994. Polyporaceae do Parque Estadual da Ilha do Cardoso, São Paulo, Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
- Gugliotta, A.M. 1997. Polyporaceae de mata ciliar da Estação Experimental e Reserva Biológica de Moji-Guaçu, SP, Brasil. Hoehnea 24:89-106.
- Gugliotta, A.M. & Bononi, V.L.R. 1999. Polyporaceae do Parque Estadual da Ilha do Cardoso, São Paulo, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 12:1-112.
- Gugliotta, A.M., Capelari, M. & Bononi, V.L.R. 1996. Estudo taxonômico e sinonimização das espécies do grupo Polyporus dictyopus Mont. (Polyporaceae, Aphyllophorales). Revista Brasileira de Botânica 19:185-192.
- Hennings, P. 1897. Beiträge zur Pilzflora Südamerikas II. Hedwigia 36:190-246.
- Hennings, P. 1900. Fungi mattogrossenses a Dr. R. Pielger Collecti. Hedwigia 39:134-139.
- Hennings, P. 1904a. Fungi amazonici I. a cl. Ernesto Ule Collecti. Hedwigia 43:154-186.
- Hennings, P. 1904b. Fungi S. Paulensis III. Hedwigia 43:197-209.
- Jesus, M.A. 1996. Contribution to the knowledge of woodrotting fungi in Brazil II. Checklist of fungi from Maracá Island, Roraima State. Mycotaxon 57:323-328.
- Ko, K.S. & Jung, H.S. 2002. Phylogenetic evaluation of Polyporus s.str. based on molecular sequences. Mycotaxon 82:315-322.
- Krüger, D. 2002. Monographic studies in the genus Polyporus (Basidiomycotina). Tese de Doutorado, The University of Tennessee, Knoxville.
- Lloyd, C.G. 1911. Synopsis of the section Ovinus of Polyporus. Mycological Writtings 3:71-94.
- Loguercio-Leite, C. 1990. Poliporos (Basidiomycotina) xilófilos de la Ilha de Santa Catarina, Santa Catarina, Brasil. Tese de Doutoramento, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires.
- Loguercio-Leite, C. 1992. El género Polyporus (Polyporaceae) en la Isla de Santa Catarina, Santa Catarina, Brasil. Boletín de la Sociedad Argentina de Botânica 28:27-36.
- Maia, L.C., Yano-Melo, A.M. & Cavalcanti, M.A.Q. 2002. Diversidade de Fungos no Estado de Pernambuco. In: M. Tabarelli & J.M.C. Silva (orgs.). Diagnóstico da Biodiversidade de Pernambuco. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente e Editora Massangana, Recife, pp. 15-50.
- Murrill, W.A. 1907. Agaricales. Family 5. Polyporaceae. North American Flora 9:1-71.
- Nunez, M. & Ryvarden, L. 1995. Polyporus (Basidiomycotina) and related genera. Fungiflora, Oslo.
- Overholts, L.O. 1953. Polyporaceae of the United States, Alaska and Canada. University of Michigan Press, Ann Arbor.
- Prance, G.T. 1973. The mycological diet of the Yanomam Indians. Mycologia 65:248-250.
- Pegler, D.N. 1983a. The genus Lentinus Fr. A world monograph. Her Majesty's Stationery Office, London.
- Pegler, D.N. 1983b. Agaric flora of Lesser Antilles. Kew Bulletin Additional Series 9:1-668.
- Rajchenberg, M. & Meijer, A.A.R. 1990. Note and noteworthy polypores from Paraná and São Paulo States, Brazil. Mycotaxon 38:173-185.
- Rick, J. 1960. Basidiomycetes Eubasisii in Rio Grande do Sul, Brasília 4. Meruliaceae, Polyporaceae, Boletaceae. Iheringia, série botânica 7:193-295.
- Ryvarden, L. 1991. Genera of Polypores: nomenclature and taxonomy. Fungiflora, Oslo.
- Ryvarden, L. & Guzmán, G. 2001. Studies in neotropical Polypores 12. New and noteworthy polypores from Mexico. Mycotaxon 78:245-256.
- Ryvarden, L. & Johansen, I. 1980. A preliminary flora of East Africa. Fungiflora, Oslo.
- Ryvarden, L. & Meijer, A.A.R. 2002. Studies in neotropical polypores 14. New species from the state of Paraná, Brazil. Synopsis Fungorum 15:34-69.
- Silva, G.T. & Gibertoni, T.B. 2006. Aphyllophorales (Basidiomycota) em áreas urbanas da Região Metropolitana do Recife, PE, Brasil. Hoehnea 33:533-543.
- Silveira, R.M.B. & Guerrero, R.T. 1991. Aphyllophorales poliporóides (Basidiomycetes) do Parque Nacional de Aparados da Serra, Rio Grande do Sul. Boletim do Instituto de Biociências 48:1-127.
- Silveira, R.M.B. & Wright, J.E. 2002. Polyporus s. str. in southern South America: mating tests. Mycological Research 106:1323-1330.
- Silveira, R.M.B. & Wright, J.E. 2005. The taxonomy of Echinochaete and Polyporus s.str. in southern South America. Mycotaxon 93:1-59.
- Singer, R 1961. Fungi of Northern Brazil. Publicações do Instituto de Micologia da Universidade do Recife 304:3-26.
- Singer, R. 1986. The Agaricales in Modern Taxonomy. Koeltz Scientific Books, Koeningstein.
- Sotão, H.M.P., Gugliotta, A.M., Oliveira, A.P., Luz, A.B. & Melo, O.A. 2002. Fungos poliporóides. In: P.L.B. Lisboa (org.). Caxiuanã. Populações tradicionais, Meio Físico e Diversidade Biológica. Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, pp. 433-444.
- Sotão, H.M.P., Hennen, J.F., Gugliotta, A.M., Melo, O.A. & Campos, E.L. 1997. Os Fungos Basidiomycotina. In: P.L.B. Lisboa (org.). Caxiuanã. Populações tradicionais, Meio Físico e Diversidade Biológica. Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, pp. 213-219.
- Teixeira, A.R. 1962. As microestruturas do basidiocarpo e sistemática do gênero Fomes (Fries) Kickx. Rickia 1:13-93.
- Teixeira, A.R. 1995. Método para estudo das hifas do basidiocarpo de fungos poliporáceos. Instituto de Botânica, São Paulo.
- Teixeira, A.R. & Fidalgo, O. 1983. Polyporus tricholoma Mont. (Polyporaceae). Revista Brasileira de Botânica 6:129-132.
- Xavier-Santos, S. 2003. Isolamento, identificação e perfil enzimático de fungos decompositores de madeira da Estação Ecológica do Noroeste Paulista - São José do Rio Preto/Mirassol, SP. Tese de Doutorado, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
06 Jun 2013 -
Data do Fascículo
2007
Histórico
-
Recebido
22 Mar 2007 -
Aceito
16 Jul 2007