Resumos
Foram estudados os grãos de pólen de sete gêneros e 45 espécies de Melastomataceae (Huberia semisserrata DC., Leandra amplexicaulis DC., L. aurea Cogn., L. australis Cogn., L. cardiophylla Cogn., L. hirta Raddi, L. hirtella Cogn., L. mosenii Cogn., L. purpurascens Cogn., L. refracta Cogn., L. scabra DC., L. sericea DC., Miconia cabussu Hoehne, M. candolleana Triana, M. castanaeflora Naud., M. conferta Cogn., M. cubatanensis Hoehne, M. depauperata Gardn., M. hyemalis A. St.-Hil. et Naud., M. inaequidens Naud., M. latecrenata Naud., M. oblongifolia Cogn., M. petropolitana Cogn., M. pyrifolia Naud., M. sellowiana Naud., M. theaezans Cogn., M. urophylla DC., M. valtherii Naud., Mouriri chamissoana Cogn., Ossaea brachystachya Triana, Pleiochiton ebracteatum Triana, Tibouchina adenostemon Cogn., T. cerastifolia Cogn., T. chamissoana Cogn., T. clinopodifolia Cogn., T. frigidula Cogn., T. gracilis Cogn., T. granulosa Cogn., T. martialis Cogn., T. mutabilis Cogn., T. pulchra Cogn., T. raddiana Cogn., T. sellowiana Cogn., T. trichopoda Bail., T. velutina Cogn.) ocorrentes na Reserva do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga. São apresentadas descrições e observações para todas as espécies estudadas, bem como chave polínica para a identificação das espécies. Ilustrações são apresentadas somente para alguns táxons.
flora polínica; grãos de pólen; Melastomataceae
Pollen grains from seven genera and 45 species of Melastomataceae (Huberia semisserrata DC., Leandra amplexicaulis DC., L. aurea Cogn., L. australis Cogn., L. cardiophylla Cogn., L. hirta Raddi, L. hirtella Cogn., L. mosenii Cogn., L. purpurascens Cogn., L. refracta Cogn., L. scabra DC., L. sericea DC., Miconia cabussu Hoehne, M. candolleana Triana, M. castanaeflora Naud., M. conferta Cogn., M. cubatanensis Hoehne, M. depauperata Gardn., M. hyemalis A. St.-Hil. et Naud., M. inaequidens Naud., M. latecrenata Naud., M. oblongifolia Cogn., M. petropolitana Cogn., M. pyrifolia Naud., M. sellowiana Naud., M. theaezans Cogn., M. urophylla DC., M. valtherii Naud., Mouriri chamissoana Cogn., Ossaea brachystachya Triana, Pleiochiton ebracteatum Triana, Tibouchina adenostemon Cogn., T. cerastifolia Cogn., T. chamissoana Cogn., T. clinopodifolia Cogn., T. frigidula Cogn., T. gracilis Cogn., T. granulosa Cogn., T. martialis Cogn., T. mutabilis Cogn., T. pulchra Cogn., T. raddiana Cogn., T. sellowiana Cogn., T. trichopoda Bail., T. velutina Cogn.) occuring in the "Reserva do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga" were examined. Description and observations are presented for all studied species, as well as a key of species based on pollen characters, and illustrations only for some taxa.
Melastomataceae; pollen grains; pollinic flora
Flora Polínica da Reserva do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (São Paulo, Brasil). Família: 90-Melastomataceae
Pollinic Flora of "Reserva do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga" (São Paulo, Brazil). Family: 90-Melastomataceae
Maria Amélia Vitorino da Cruz-Barros* * Autor para correspondência: mcruz-barros@gmail.com ; Angela Maria da Silva Corrêa; Eduardo Custódio Gasparino; Viviana Barbosa Paes
Instituto de Botânica, Caixa Postal 3005, 01061-970 São Paulo, SP, Brasil
RESUMO
Foram estudados os grãos de pólen de sete gêneros e 45 espécies de Melastomataceae (Huberia semisserrata DC., Leandra amplexicaulis DC., L. aurea Cogn., L. australis Cogn., L. cardiophylla Cogn., L. hirta Raddi, L. hirtella Cogn., L. mosenii Cogn., L. purpurascens Cogn., L. refracta Cogn., L. scabra DC., L. sericea DC., Miconia cabussu Hoehne, M. candolleana Triana, M. castanaeflora Naud., M. conferta Cogn., M. cubatanensis Hoehne, M. depauperata Gardn., M. hyemalis A. St.-Hil. et Naud., M. inaequidens Naud., M. latecrenata Naud., M. oblongifolia Cogn., M. petropolitana Cogn., M. pyrifolia Naud., M. sellowiana Naud., M. theaezans Cogn., M. urophylla DC., M. valtherii Naud., Mouriri chamissoana Cogn., Ossaea brachystachya Triana, Pleiochiton ebracteatum Triana, Tibouchina adenostemon Cogn., T. cerastifolia Cogn., T. chamissoana Cogn., T. clinopodifolia Cogn., T. frigidula Cogn., T. gracilis Cogn., T. granulosa Cogn., T. martialis Cogn., T. mutabilis Cogn., T. pulchra Cogn., T. raddiana Cogn., T. sellowiana Cogn., T. trichopoda Bail., T. velutina Cogn.) ocorrentes na Reserva do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga. São apresentadas descrições e observações para todas as espécies estudadas, bem como chave polínica para a identificação das espécies. Ilustrações são apresentadas somente para alguns táxons.
Palavras-chave: flora polínica, grãos de pólen, Melastomataceae
ABSTRACT
Pollen grains from seven genera and 45 species of Melastomataceae (Huberia semisserrata DC., Leandra amplexicaulis DC., L. aurea Cogn., L. australis Cogn., L. cardiophylla Cogn., L. hirta Raddi, L. hirtella Cogn., L. mosenii Cogn., L. purpurascens Cogn., L. refracta Cogn., L. scabra DC., L. sericea DC., Miconia cabussu Hoehne, M. candolleana Triana, M. castanaeflora Naud., M. conferta Cogn., M. cubatanensis Hoehne, M. depauperata Gardn., M. hyemalis A. St.-Hil. et Naud., M. inaequidens Naud., M. latecrenata Naud., M. oblongifolia Cogn., M. petropolitana Cogn., M. pyrifolia Naud., M. sellowiana Naud., M. theaezans Cogn., M. urophylla DC., M. valtherii Naud., Mouriri chamissoana Cogn., Ossaea brachystachya Triana, Pleiochiton ebracteatum Triana, Tibouchina adenostemon Cogn., T. cerastifolia Cogn., T. chamissoana Cogn., T. clinopodifolia Cogn., T. frigidula Cogn., T. gracilis Cogn., T. granulosa Cogn., T. martialis Cogn., T. mutabilis Cogn., T. pulchra Cogn., T. raddiana Cogn., T. sellowiana Cogn., T. trichopoda Bail., T. velutina Cogn.) occuring in the "Reserva do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga" were examined. Description and observations are presented for all studied species, as well as a key of species based on pollen characters, and illustrations only for some taxa.
Key words: Melastomataceae, pollen grains, pollinic flora
Introdução
O presente trabalho faz parte do projeto que visa realizar o levantamento morfopolínico das famílias ocorrentes na Reserva do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI) elaborado por Melhem et al. (1984), e tem como objetivo complementar os estudos taxonômicos desta área, segundo planejamento iniciado por Melhem et al. (1981) e finalizado por Nakajima et al. (2001). O formato atual segue Cruz-Barros & Souza (2005).
A família Melastomataceae está representada na Reserva por sete gêneros e 47 espécies: Huberia DC. (H. semisserrata DC.), Leandra Raddi (L. amplexicaulis DC., L. aurea Cogn., L. australis Cogn., L. cardiophylla Cogn., L. hirta Raddi, L. hirtella Cogn., L. mosenii Cogn., L. purpurascens Cogn., L. refracta Cogn., L. scabra DC., L. sericea DC.), Miconia Ruiz et Pav. (M. cabussu Hoehne, M. candolleana Triana, M. castanaeflora Naud., M. conferta Cogn., M. cubatanensis Hoehne, M. depauperata Gardn., M. hyemalis A. St.-Hil. et Naud., M. inaequidens Naud., M. latecrenata Naud., M. oblongifolia Cogn., M. petropolitana Cogn., M. pyrifolia Naud., M. sellowiana Naud., M. theaezans Cogn., M. urophylla DC., M. valtherii Naud.), Mouriri Aubl. (M. chamissoana Cogn.), Ossaea DC. (O. brachystachya Triana), Pleiochiton Naud. (P. ebracteatum Triana) e Tibouchina Aubl. (T. adenostemon Cogn., T. cerastifolia Cogn., T. chamissoana Cogn., T. clinopodifolia Cogn., T. frigidula Cogn., T. gracilis Cogn., T. granulosa Cogn., T. martialis Cogn., T. mutabilis Cogn., T. pulchra Cogn., T. raddiana Cogn., T. sellowiana Cogn., T. trichopoda Baill., T. velutina Cogn.), de acordo com Chiea (1990).
Segundo dados disponíveis na literatura a família apresenta grãos de pólen em mônades, pequenos a médios, oblato-esferoidais a perprolatos, heterocolpados (3-colporados e 3-colpados ou 3-pseudocolpados), de superfície ondulada, psilada, estriada, rugulada, verrucada e reticulada (Erdtman 1952, Huang 1972, Salgado-Labouriau 1973, Barth & Barbosa 1975, Patel et al. 1984, Graham 1991, Roubik & Moreno 1991, Chantaranothai 1997, Santos et al. 1997 e Melhem et al. 2003).
Material e métodos
Para o estudo dos grãos de pólen foram utilizados botões florais obtidos de material herborizado depositado no Herbário Científico do Estado "Maria Eneyda P. Kaufmann Fidalgo" (SP). Em alguns casos, quando os espécimes selecionados apresentavam-se em frutos, ou com material polínico insuficiente, optou-se por coletas a partir de exsicatas provenientes de outras localidades. As espécies Miconia brunnea DC. e M. racemifera Triana listadas como nativas na Reserva por Chiea (1990) não foram estudadas devido à falta de botões florais nas exsicatas dos principais herbários consultados.
Para a preparação dos grãos de pólen foi realizada a técnica de acetólise de Erdtman (1969) modificada por Melhem et al. (2003). As ilustrações foram feitas em microscopia óptica, com grãos de pólen acetolisados, e fotografados digitalmente, utilizando-se fotomicroscópio Olympus BX 50 acoplado a uma câmara de vídeo e microcomputador (PC) e o programa Image Pro-Plus versão 3 para Windows.
As lâminas com o material polínico encontramse depositadas na palinoteca da Seção de Dicotiledóneas do Instituto de Botânica.
Resultados e Discussão
Huberia D.C.
1. Huberia semiserrata DC.
Forma: âmbito subcircular, subprolata.
Aberturas: heterocolpadas; 3-cólporos; 3-colpos; cólporos longos, estreitos e intercalados por colpos largos e operculados; endoaberturas lalongadas.
Exina: microrreticulada, sexina mais espessa que a nexina.
Medidas (µm): P = 25,1 ± 0,3; E = 21,8 ± 0,3; diâm. equatorial em vista polar = 22,6 ± 0,3; cólporo compr. ca. 18,9, larg. ca. 1,7; colpo compr. ca. 19,2, larg. ca. 5,6; endoabertura compr. ca. 5,2, larg. ca. 6,7; exina ca. 1,8, sexina ca. 1,2, teto ca. 0,7 e nexina ca. 0,5.
Observação: Barth & Barbosa (1975) definiram os grãos de pólen de Huberia semiserrata como longicolpados, geralmente sincolpados, perprolatos (P = 26 ± 0,5 um e E = 8,5 ± 0,4 µm), exina finamente ondulada. No espécime aqui analisado os pólens são subprolatos, com cólporos longos, microrreticulados.
Material estudado: 1-XII-1932, F.C. Hoehne s.n. (SP24770).
Leandra Raddi
Grãos de pólen com âmbito subcircular, circular a subtriangular; prolato-esferoidais a subprolatos, heterocolpados, 3-colporados, 3-colpados; cólporos longos, estreitos, com ou sem margem, intercalados por colpos operculados ou não; endoaberturas lalongadas de difícil visualização, apresentando ou não constrição na região mediana; exina psilada, rugulada, rugulado-reticulada; sexina mais espessa que a nexina.
1. Leandra amplexicaulis DC.
Forma: âmbito subtriangular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos com margem; colpos operculados; endoaberturas constritas na região mediana.
Exina: rugulada.
Medidas (µm): P = 19,5 ± 0,3; E = 17,7 ± 0,3; diâm. equatorial em vista polar = 16,4 ± 0,3; cólporo compr. ca. 15,0, larg. ca. 3,0, margem ca. 1,3; colpo compr. ca. 12,4, larg. ca. 3,9; endoabertura compr. ca. 3,1, larg. ca. 4,2; exina ca.1,9, sexina ca. 1,2, teto ca. 0,6 e nexina ca. 0,7.
Observações: os materiais da Reserva G. Eiten & W.D. Clayton 5782 (SP), O. Handro s.n. (SP24154), N.A. Rosa & J.M. Pires 3983 (SP), S.M. Saran 6 (SP) e J.S. Silva 274 (SP), citados por Chiea (1990), não foram estudados por escassez de material polínico ou por possuirem somente frutos.
Material estudado: BRASIL. SÃO PAULO: São Paulo, Alto da Serra, 5-I-1920, F.C. Hoehne s.n. (RB39241).
2. Leandra aurea Cogn.
Forma: âmbito subcircular, subprolata.
Aberturas: cólporos com margem; colpos operculados; endoaberturas constritas na região mediana.
Exina: psilada.
Medidas (µm): T. Sendulsky 959: P = 15,6 ± 0,1; E = 12,4 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 12,1 ± 0,1; cólporo compr. ca. 10,9, larg. ca. 2,9, margem ca. 1,3; colpo compr. ca. 10,2, larg. ca. 4,1; endoabertura compr. ca. 2,9, larg. ca. 4,8; exina ca.1,9, sexina ca. 1,3, teto ca. 0,5 e nexina ca. 0,6.
O. Handro s.n., SP46208: P = 18,2; E = 14,4; diâm. equatorial em vista polar = 13,5.
Observações: os materiais da Reserva S.C. Chiea 251 (SP), 420 (SP) e F.C. Hoehne s.n. (SP32562), citados por Chiea (1990) não foram estudados por escassez de material polínico.
Material estudado: 28-IX-1936, O. Handro s.n. (SP46208), 6-VIII-1968, T. Sendulsky 959 (SP).
3. Leandra australis Cogn.
Forma: âmbito subcircular, subprolata.
Aberturas: cólporos com margem; colpos operculados; endoaberturas constritas na região mediana.
Exina: rugulado-reticulada.
Medidas (µm): P=16,8 ± 0,3; E =13,4 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 13,6 ± 0,2; cólporo compr. ca. 11,0, larg. ca. 2,4, margem ca. 0,7; colpo compr. ca. 10,2, larg. ca. 3,9; endoabertura compr. ca. 2,2, larg. ca. 3,8; exina ca. 1,3, sexina ca. 0,8, teto ca. 0,4 e nexina ca. 0,5.
Observação: Barth & Barbosa (1975) encontraram os seguintes valores para os grãos de pólen de Leandra australis (Cham.) Cogn. var. angustifolia Cogn.: P = 20,5 (14,5-26,5 µm) e E = 9 (6,5-13,5 µm). Os valores do diâmetro polar e equatorial, aqui medidos, encontram-se dentro da faixa de variação do material examinado pelas autoras. Quanto ao tipo de ornamentação da sexina houve discordância entre os resultados das autoras e os do presente estudo, sendo que para Barth & Barbosa (1975) a espécie apresenta sexina finamente ondulada e, no espécime aqui analisado a sexina é ruguladoreticulada. Quanto às aberturas, houve uma divergência nomenclatural, uma vez que Barth & Barbosa (1975) definem os colpos como pseudocolpos.
Material estudado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Osório, Aguapé, IX-1985, M. Sobral & R. Schimidt 4119 (SP).
4. Leandra cardiophylla Cogn.
Forma: âmbito subcircular, subprolata.
Aberturas: cólporos com margem; colpos operculados; endoaberturas constritas na região mediana.
Exina: rugulada.
Medidas (µm): P=17,1 ± 0,1; E=13,9 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 13,2 ± 0,1; cólporo compr. ca. 10,6, larg. ca. 2,9, margem ca. 1,2; colpo compr. ca. 10,3, larg. ca. 4,1; endoabertura compr. ca. 2,6, larg. ca. 3,8; exina ca. 1,8, sexina ca. 1,2, teto ca. 0,6 e nexina ca. 0,6.
Material estudado: 5-X-1982, S.C. Chiea 259 (SP).
5. Leandra hirta Raddi
Forma: âmbito circular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos com margem; colpos operculados; endoaberturas sem constrição na região mediana.
Exina: rugulado-reticulada.
Medidas (µm): P=15,3 ± 0,1; E=14,5 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 14,1 ± 0,1; cólporo compr. ca. 8,7, larg. ca. 2,1, margem ca. 1,3; colpo compr. ca. 10,0, larg. ca. 4,4; endoabertura compr. ca. 2,4, larg. ca. 3,4; exina ca. 1,8, sexina ca. 1,2, teto ca. 0,5 e nexina ca. 0,6.
Observações: os materiais da Reserva A. Custodio Filho 1 (SP), S.C. Chiea 182 (SP) e 449 (SP) não foram estudados por possuirem apenas frutos ou por escassez de material polínico.
Material estudado: BRASIL. SÃO PAULO: São Bernardo do Campo, Parque Caminhos do Mar, 18-XII-1991, Ferreira s.n. (SP271742).
6. Leandra hirtella Cogn.
Forma: âmbito circular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos com margem; colpos desprovidos de opérculos; endoaberturas constritas na região mediana.
Exina: rugulada.
Medidas (µm): J. Mattos & N. Mattos 14478: P =19,1 ± 0,1; E=17,0 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 17,0 ± 0,2; cólporo compr. ca. 11,1, larg. ca. 2,5, margem ca. 1,4; colpo compr. ca. 12,6, larg. ca. 5,2; endoabertura compr. ca. 3,4, larg. ca. 4,7; exina ca. 1,9, sexina ca. 1,3, teto ca. 0,6 e nexina ca. 0,6.
S.C. Chiea24: P =20,3; E=16,0; diâm. equatorial em vista polar = 14,6.
Observações: os materiais da Reserva F.C. Hoehne s.n. (SP32578), M.M.R.F. Melo et al. 113 (SP), N.A. Rosa & J.M. Pires 3709 (SP) e O. Handro 2181 (SP) não foram estudados por escassez de material polínico ou por possuirem apenas frutos.
Material estudado: BRASIL. SÃO PAULO: Campos do Jordão, Fazenda da Guarda (Horto Florestal), 17-XII-1966, J. Mattos & N. Mattos 14478 (SP); 5-XII-1979, S.C. Chiea 24 (SP).
7. Leandra mosenii Cogn.
Forma: âmbito subcircular, subprolata.
Aberturas: cólporos com margem; colpos operculados; endoaberturas constritas na região mediana.
Exina: rugulado-reticulada.
Medidas (µm): S.C. Chiea 23: P =13,0 ± 0,1; E =11,1 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 11,2 ± 0,1; cólporo compr. ca. 9,2, larg. ca. 1,9, margem ca. 1,3; colpo compr. ca. 9,6, larg. ca. 3,9; endoabertura compr. ca. 2,8, larg. ca. 4,0; exina ca. 1,8, sexina ca. 1,2, teto ca. 0,5 e nexina ca. 0,6.
S.L. Jung et al. 202: P =13,6; E =12,6; diâm. equatorial em vista polar = 11,5.
S.L. Jung et al. 204: P =12,4; E =11,7; diâm. equatorial em vista polar = 11,5.
Observações: os materiais S.C. Chiea et al. 8 (SP), J.A. Corrêa 12 (SP), 24 (SP), O. Handro 2183 (SP), S.L. Jung 10 (SP), M.M.R. F. Melo 31 (SP), N.A. Rosa & J.M. Pires 3701 (SP) e J.S. Silva 269 (SP), citados por Chiea (1990), não foram estudados por escassez de material polínico ou por possuirem apenas frutos.
Material estudado: 8-XI-1979, S.C. Chiea 23 (SP); 14-XI-1977, S.L. Jung et al. 202 (SP); 14-XI-1977, S.L. Jung et al. 204 (SP).
8. Leandra purpurascens Cogn.
Forma: âmbito subtriangular, subprolata.
Aberturas: cólporos com margem; colpos operculados; endoaberturas constritas na região mediana.
Exina: rugulado-reticulada.
Medidas (µm): S.L. Jung et al. 303: P =16,6 ± 0,1; E =14,0 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 13,2 ± 0,1; cólporo compr. ca. 10,4, larg. ca. 2,6, margem ca. 0,8; colpo compr. ca. 9,2, larg. ca. 4,0; endoabertura compr. ca. 2,1, larg. ca. 4,4; exina ca. 1,3, sexina ca. 0,9, teto ca. 0,4 e nexina ca. 0,4.
S.C. Chiea et al. 20: P =17,4; E =14,0; diâm. equatorial em vista polar = 12,7.
S.C. Chiea 254: P =15,3; E =13,5; diâm. equatorial em vista polar = 12,5.
J.A. Corrêa s.n., SP127271: P =16,8; E =13,6; diâm. equatorial em vista polar = 13,1.
S.L. Jung et al. 293: P =16,2; E =14,2; diâm. equatorial em vista polar = 13,1.
Observações: os materiais T.M. Cerati et al. 1 (SP), S.C. Chiea 98 (SP), 144 (SP), 247 (SP), J.A. Corrêa s.n. (SP138264), F.C. Hoehne s.n. (SP28435), M. Kirizawa 232 (SP), R.P. Lyra 62 (SP) e N.A. Rosa & J.M. Pires 3688 (SP), citados por Chiea (1990), não foram estudados por escassez de material polínico ou por possuirem apenas frutos. Barth & Barbosa (1975) analisaram dois espécimes de L. purpurascens ocorrentes no Brasil Meridional e seus resultados mostram grãos de pólen com diâmetros equatoriais menores que nos espécimes analisados no presente trabalho. Com relação às aberturas e ornamentação da exina, Barth & Barbosa (1975) descrevem-nas como 3-colporadas, 3-pseudocolpadas, com superfície da exina variando de levemente ondulada a psilada. Nos cinco espécimes aqui analisados os grãos de pólen apresentam aberturas 3-colporadas, 3-colpadas e exina rugulado-reticulada. Os pseudocolpos referidos por Barth & Barbosa (1975), foram aqui definidos como colpos.
Material estudado: 24-VIII-1979, S.C. Chiea et al. 20(SP); 5-X-1982, S.C. Chiea254(SP); 12-XI-1974, J.A. Corrêa s.n. (SP127271), 3-X-1979, S.L. Jung et al. 303 (SP); 3-X-1979, S.L. Jung et al. 293 (SP).
9. Leandra refracta Cogn.
Forma: âmbito subcircular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados; endoaberturas constritas na região mediana.
Exina: rugulado-reticulada.
Medidas (µm): S.C. Chiea 29: P =15,6 ± 0,1; E =14,7 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 14,2 ± 0,1; cólporo compr. ca. 9,1, larg. ca. 2,6; colpo compr. ca. 8,9, larg. ca. 3,2; endoabertura compr. ca. 1,9, larg. ca. 5,3; exina ca. 1,6, sexina ca. 1,1, teto ca. 0,5 e nexina ca. 0,6.
O. Handro 2182: P =15,2; E =14,4; diâm. equatorial em vista polar = 14,3.
Observações: o material M. Kuhlmann 3299 (SP), citado por Chiea (1990), não foi estudado por possuir apenas frutos. Os grãos de pólen da espécie L. refracta foram descritos anteriormente por Barth & Barbosa (1975) como 3-colporados, 3-pseudocolpados, pseudocolpos sem opérculo, prolatos (P = 13,5 um e E = 7,0 µm), com superfície finamente ondulada. No presente estudo, a espécie apresentou grãos de pólen 3-colporados, 3-colpados, colpos com opérculo, prolato-esferoidais e exina ruguladoreticulada. Os pseudocolpos referidos por Barth & Barbosa (1975), foram aqui definidos como colpos.
Material estudado: 5-XII-1979, S.C. Chiea 29 (SP); 18-XI-1971, O. Handro 2182 (SP).
10. Leandra scabra DC.
Forma: âmbito subcircular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados; endoaberturas constritas na região mediana.
Exina: rugulada.
Medidas (µm): F. Barros 2874: P =16,9 ± 0,1; E =15,6 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 15,5 ± 0,1; cólporo compr. ca. 10,7, larg. ca. 2,5; colpo compr. ca. 9,2, larg. ca. 3,1; endoabertura compr. ca. 2,9, larg. ca. 4,7; exina ca. 1,2, sexina ca. 0,7, teto ca. 0,4 e nexina ca. 0,5.
Observações: os materiais S.C. Chiea et al. 1 (SP), 2 (SP), S.C. Chiea 27(SP), 92 (SP), S.C. Chiea et al. 113 (SP), J. A. Corrêa 87 (SP), A. Custodio Filho 11 (SP), T.P. Guerra & M. Kirizawa 9 (SP), F.C. Hoehne s.n. (SP28705), M. Kirizawa 49 (SP), H. Makino 117 (SP), M.R.O. Santos 24 (SP) e M.S.F. Silvestre 97 (SP), citados por Chiea (1990), estavam representados por frutos ou escassos de botões florais para análise polínica, por isso foi utilizado material de outra localidade para descrever a espécie. Para Leandra scabra, a única referência polínica encontrada na literatura é a de Barth & Barbosa (1975) que descreveram seus grãos de pólen como 3-colporados, 3-pseudocolpados, pseudocolpos sem opérculo, perprolatos (P = 19,5 um e E = 8,5 µm), psilados. Os resultados do presente estudo divergem dos das referidas autoras por apresentarem grãos de pólen 3-colporados, 3-colpados, colpos com opérculo, prolato-esferoidais, exina rugulada. Vale ressaltar que quanto às aberturas, houve apenas uma divergência nomenclatural, tendo em vista que Barth & Barbosa (1975) definem os colpos como pseudocolpos.
Material estudado: BRASIL. RIO DE JANEIRO: Parati, Estrada nova para a Praia do Sonho, 15-XI-1993, F. Barros 2874 (SP).
11. Leandra sericea DC.
Forma: âmbito subcircular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados; endoaberturas constritas na região mediana.
Exina: rugulado-reticulada.
Medidas (µm): P=17,5 ± 0,1; E=15,8 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 15,2 ± 0,1; cólporo compr. ca. 11,0, larg ca. 3,0; colpo compr. ca. 9,1, larg. ca. 3,9; endoabertura compr. ca. 2,8, larg. ca. 5,1; exina ca. 1,4, sexina ca. 1,0, teto ca. 0,5 e nexina ca. 0,5.
Observações: os materiais S.C. Chiea & J. Silva 33 (SP), S.L. Jung & F. Barros 373 (SP) e C.M. Oliveira & T. Yano 3 (SP), citados por Chiea (1990), não foram estudados por escassez de material polínico ou por possuirem apenas frutos.
Material estudado: BRASIL. SÃO PAULO: São Paulo, Parque Santos Dias, 8-XII-1992, R.J.F. Garcia 288 (SP).
Miconia Ruiz et Pav.
Grãos de pólen com âmbito circular, subcircular a raramente subtriangular; prolato-esferoidais, subprolatos a prolatos; heterocolpados, 3-colporados, 3-colpados; cólporos longos, estreitos, com ou sem margem, intercalados por colpos largos operculados ou não, com ou sem margem; endoaberturas lalongadas, lolongadas ou mais raramente circulares, constritas ou não na região mediana e de difícil visualização; exina psilado-perfurada, rugulada, reticulado-estriada; sexina mais espessa que a nexina.
1. Miconia cabussu Hoehne
Forma: âmbito subcircular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados, com margem; endoaberturas lalongadas constritas na região mediana, de difícil visualização.
Exina: psilado-perfurada.
Medidas (µm): P = 19,7 ± 0,2; E = 17,8 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 17,4 ± 0,1; cólporo compr. ca. 13,9, larg. ca. 2,4; colpo compr. ca. 14,8, larg. ca. 4,9, margem ca. 1,2; endoabertura compr. ca. 3,9, larg. ca. 4,9; exina ca. 2,2, sexina ca. 0,9, teto ca. 0,4 e nexina ca.1,3.
Observações: os materias S.C. Chiea 93 (SP), O. Handro 285 (SP) e F.C. Hoehne s.n. (SP28306), citados por Chiea (1990), não foram estudados por apresentarem apenas frutos. Barth & Barbosa (1975) analisaram dois espécimes de Miconia cabussu ocorrentes no Brasil Meridional e seus resultados mostram grãos de pólen com diâmetros equatoriais menores que nos espécimes analisados no presente trabalho. Com relação à abertura e ornamentação da exina, Barth & Barbosa (1975) descrevem-nas como 3-colporadas, 3-pseudocolpadas, pseudocolpos sem opérculo, levemente ondulada a psilada. No espécime aqui analisado os grãos de pólen apresentam 3-cólporos, 3-colpos com opérculos e exina psiladoperfurada. Os pseudocolpos referidos por Barth & Barbosa (1975), foram aqui definidos como colpos.
Material estudado: 20-IX-1971, A. Hodgson s.n. (SP115776).
2. Miconia candolleana Triana
Forma: âmbito subtriangular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos não operculados, com margem; endoaberturas lalongadas não constritas.
Exina: psilado-perfurada.
Medidas (µm): P = 16,2 ± 0,1; E = 14,6 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 14,4 ± 0,1; cólporo compr. ca. 11,1, larg. ca. 2,6; colpo compr. ca. 12,1, larg. ca. 5,5, margem ca. 0,9; endoabertura compr. ca. 2,4, larg. ca. 3,4; exina ca. 1,4, sexina ca. 0,9, teto ca. 0,4 e nexina ca. 0,5.
Observações: os materiais da Reserva: S.C. Chiea 256 (SP), 258 (SP), 265 (SP), F.C. Hoehne s.n., SP28530, M. Kirizawa et al. 324 (SP), N.A. Rosa & J.M. Pires 3850 (SP), J.S. Silva 5 (SP), M.G.L. Wanderley et al. 119 (SP) e 121 (SP), citados por Chiea (1990), não foram estudados por falta de material polínico ou por possuirem apenas frutos. Melhem et al. (2003) descreveram os grãos de pólen de Miconia candolleana, como 3-colporados, 3-pseudocolpados, prolatos (P = 19,0 um e E = 14,0 µm), com exina psilada e âmbito circular, diferindo dos resultados aqui obtidos, cujos grãos de pólen apresentaram âmbito subtriangular, aberturas 3-colporadas, 3-colpadas, forma prolato-esferoidal e exina psilado-perfurada. Vale ressaltar que quanto às aberturas, houve apenas uma divergência nomenclatural, tendo em vista que Melhem et al. (2003) definem os colpos como pseudocolpos.
Material estudado: 15-XII-1976, F.C. Cavalcanti et al. 11 (SP).
3. Miconia castanaeflora Naud.
Forma: âmbito subcircular, subprolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados, com margem; endoaberturas lalongadas não constritas.
Exina: rugulada.
Medidas (µm): N.A. Rosa & J.M. Pires 3763: P = 16,5 ± 0,1; E = 14,1 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 14,1 ± 0,1; cólporo compr. ca. 11,3, larg. ca. 1,9; colpo compr. 12,6, larg. ca. 5,2; margem ca. 1,2; endoabertura compr. ca. 3,1, larg. ca. 4,7; exina ca. 1,6, sexina ca. 0,6, teto ca. 0,3 e nexina ca. 0,9.
F.C. Hoehne s.n. (SP28431): P = 17,5; E = 14,4; diâm. equatorial em vista polar = 15,0.
S.L. Jung & F. Barros 372: P = 16,9; E = 15,0; diâm. equatorial em vista polar = 15,5.
I.C. Macedo et al. 50: P = 16,9; E = 14,2; diâm. equatorial em vista polar = 15,1.
Observações: o material O. Handro s.n. (SP58223), citado por Chiea (1990), não foi estudado por possuirem apenas frutos.
Material estudado: 5-XI-1931, F.C. Hoehne s.n. (SP28431); 28-XI-1980, S.L. Jung & F. Barros 372 (SP); 24-X-1984, I.C. Macedo et al. 50 (SP); 15-XI-1980, N.A. Rosa & J.M. Pires 3763 (SP).
4. Miconia conferta Cogn.
Forma: âmbito circular, subprolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos não operculados, com margem; endoaberturas lalongadas não constritas.
Exina: psilado-perfurada.
Medidas (µm): T. Sendulsky 885: P = 21,5 ± 0,1; E = 16,6 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 16,5 ± 0,1; cólporo compr. ca. 15,3, larg. ca. 2,5; colpo compr. ca. 16,6, larg. ca. 5,4; margem ca. 1,5; endoabertura compr. ca. 3,8, larg. ca. 6,0; exina ca. 1,6, sexina ca. 0,9, teto ca. 0,4 e nexina ca. 0,6.
F.C. Hoehne s.n. (SP28269): P = 21,7; E = 16,7; diâm. equatorial em vista polar = 16,8.
Observações: o espécime R. Faria 5 (SP), citado por Chiea (1990), não foi estudado por não apresentar botões florais para a análise polínica.
Material estudado: 22-XI-1931, F.C. Hoehne s.n. (SP28269); 29-X-1968, T. Sendulsky 885 (SP).
5. Miconia cubatanensis Hoehne
Forma: âmbito circular, subprolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados, com margem; endoaberturas lalongadas constritas de difícil visualização.
Exina: psilado-perfurada.
Medidas (µm): P = 20,0 ± 0,1; E = 15,1 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 15,1 ± 0,1; cólporo compr. ca. 14,5, larg. ca. 2,8; colpo compr. ca. 14,0, larg. ca. 2,9; margem ca. 1,4; endoabertura compr. ca. 3,7 , larg. ca. 4,8; exina ca. 1,5, sexina ca. 1,1, teto ca. 0,5 e nexina ca. 0,4.
Observações: o material F.C. Hoehne s.n. (SP29545), citado por Chiea (1990), não foi estudado devido à escassez de material polínico. Barth & Barbosa (1975), ao estudarem Miconia cubatanensis, decreveram seus grãos de pólen como 3-colporados, 3-pseudocolpados, pseudocolpos sem opérculos, perprolatos (P = 22,0 um e E = 8,0 µm) e com exina finamente ondulada. No espécime aqui analisado, os grãos de pólen apresentaram aberturas 3-colporadas, 3-colpadas com opérculos, exina psiladoperfurada e valores do diâmetro equatorial menores que os das referidas autoras. Os pseudocolpos referidos por Barth & Barbosa (1975), foram aqui definidos como colpos.
Material estudado: BRASIL. MINAS GERAIS: São Roque de Minas, Serra da Canastra, 22-VIII-1994, R. Romero et al. 1147 (SP).
6. Miconia depauperata Gardn.
Forma: âmbito circular, subprolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados, com margem; endoaberturas lalongadas constritas de difícil visualização.
Exina: reticulado-estriada.
Medidas (µm): P = 17,2 ± 0,4; E = 14,2 ± 0,4; diâm. equatorial em vista polar = 14,2 ± 0,3; cólporo compr. ca. 12,2, larg. ca. 2,1; colpo compr. ca. 12,4, larg. ca. 2,1, margem ca. 1,3; endoabertura compr. ca. 2,5, larg. ca. 4,4; exina ca. 1,4, sexina ca. 0,9, teto ca. 0,5 e nexina ca. 0,4.
Material estudado: 16-X-1986, A. Chioppeta 787 (SP).
7. Miconia hyemalis A. St.-Hil. et Naud.
Forma: âmbito circular, subprolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos não operculados, com margem; endoaberturas lalongadas não constritas.
Exina: psilado-perfurada.
Medidas (µm): P = 23,3 ± 0,1; E = 17,9 ± 0,2; diâm. equatorial em vista polar = 18,0 ± 0,2; cólporo compr. ca. 16,7, larg. ca. 2,5; colpo compr. ca. 17,8, larg. ca. 5,5, margem ca. 1,5; endoabertura compr. ca. 3,0, larg. ca. 7,6; exina ca. 1,9, sexina ca. 1,3, teto ca. 0,7 e nexina ca. 0,6.
Observações: Barth & Barbosa (1975) mencionam os seguintes valores para os grãos de pólen de M. hyemalis: P = 23,5 (16,5-26,5 µm), E = 9,5 (5,5-13,5 µm). Os grãos de pólen do espécime aqui estudado apresentam valores do diâmetro equatorial maiores. De acordo com Barth & Barbosa (1975), os grãos de pólen desta espécie apresentam exina psilada, enquanto no presente trabalho, observou-se que ela é psilado-perfurada.
Material estudado: 19-VIII-1931, F.C. Hoehne s.n. (SP28141).
8. Miconia inaequidens Naud.
Forma: âmbito circular, subprolata.
Aberturas: cólporos com margem; colpos não operculados, com margem; endoaberturas lalongadas constritas na região mediana de difícil visualização.
Exina: psilado-perfurada.
Medidas (µm): P = 22,1 ± 0,1; E = 18,3 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 17,9 ± 0,1; cólporo comp. ca. 16,7, larg. ca. 2,2; colpo comp. ca. 16,5, larg. ca. 2,3, margem ca. 1,5; endoabertura compr. ca. 2,9, larg. ca. 4,4; exina ca. 1,4, sexina ca. 1,0, teto ca. 0,5 e nexina ca. 0,4.
Observações: o material F.C. Hoehne s.n. (SP32564), citado por Chiea (1990), não foi estudado pela ausência de botões florais para a análise polínica.
Material estudado: BRASIL. MINAS GERAIS: Delfim Moreira, estrada para Itajubá, 21-IV-1939, M. Kuhlmann & A. Gehrt s.n. (SP40253).
9. Miconia latecrenata Naud.
Forma: âmbito circular, prolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados, com margem; endoaberturas lalongadas constritas na região mediana de difícil visualização.
Exina: psilado-perfurada.
Medidas (µm): W. Mantovani 24: P = 22,5 ± 0,1; E = 16,8 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 17,1 ± 0,1; cólporo compr. ca. 15,5, larg. ca. 2,4; colpo compr. ca. 17,1, larg. ca. 6,8, margem ca. 1,2; endoabertura compr. ca. 3,6, larg. ca. 5,3; exina ca. 1,7, sexina ca. 1,1, teto ca. 0,6 e nexina ca. 0,6.
S.C. Chiea 125: P = 21,3; E = 18,0; diâm. equatorial em vista polar = 18,0.
Observações: os materiais F.C. Hoehne s.n. (SP9713) e (SP27386), citado por Chiea (1990) não foram estudados por escassez de material polínico.
Observações: para Barth & Barbosa (1975) os grãos de pólen de Miconia latecrenata tem forma perprolata [P = 22,0 (17,5-25,5 µm) e E = 7,0 (4,0-10,5 µm)] e exina psilada. Os dois espécimes aqui examinados apresentam exina psilado-perfurada e os valores do diâmetro equatorial maiores, conseqüentemente seus pólen são prolatos.
Material estudado: 9-VII-1980, S.C. Chiea 125 (SP); 10-V-1979, W. Mantovani 24 (SP).
10. Miconia oblongifolia Cogn.
Forma: âmbito circular, subprolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos não operculados, com margem; endoaberturas lalongadas constritas na região mediana de difícil visualização.
Exina: psilado-perfurada.
Medidas (µm): P = 21,8 ± 0,2; E = 17,0 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 17,1 ± 0,1; cólporo compr. ca. 16,8, larg. ca. 2,7; colpo compr. ca. 16,7, larg. ca. 5,6, margem ca. 1,3; endoabertura compr. ca. 2,7, larg. ca. 4,2; exina ca. 1,7, sexina ca. 1,09, teto ca. 0,6 e nexina ca. 0,6.
Material estudado: 25-X-1931, F.C. Hoehne s.n. (SP28398).
11. Miconia petropolitana Cogn.
Forma: âmbito subcircular, prolata.
Aberturas: cólporos com margem; colpos não operculados, com margem; endoaberturas lalongadas constritas na região mediana.
Exina: rugulada.
Medidas (µm): P = 20,0 ± 0,1; E = 14,2 ± 0,3; diâm. equatorial em vista polar = 15,0 ± 0,3; cólporo compr. ca. 15,3, larg. ca. 1,3, margem ca. 1,0; colpo compr. ca. 16,3, larg. ca. 3,4, margem ca. 1,1; endoabertura compr. ca. 1,8, larg. ca. 2,8; exina ca. 1,1, sexina ca. 0,8, teto ca. 0,4 e nexina ca. 0,4.
Observações: os materiais S.C. Chiea et al. 7 (SP) e F.C. Hoehne s.n. (SP28271) não foram estudados devido à ausência de botões florais para a análise polínica. Os grãos de pólen de Miconia petropolitana foram estudados por Barth & Barbosa (1975), que definiram a ornamentação da exina como finamente ondulada, forma perprolata (P = 22,5 um e E = 7,5 µm) e, aberturas 3-colporadas, 3-pseudocolpadas, ao passo que no espécime aqui analisado foram observadas ornamentação rugulada, forma prolata. Quanto às aberturas, houve uma divergência nomenclatural, uma vez que Barth & Barbosa (1975) definem os colpos como pseudocolpos.
Material estudado: BRASIL. PARANÁ: Colombo, 23-IX-1974, L.F. Ferreira 37 (SP).
12. Miconia pyrifolia Naud.
Forma: âmbito circular, prolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos não operculados, com margem; endoaberturas lolongadas constritas na região mediana.
Exina: psilado-perfurada.
Medidas (µm): P = 18,7 ± 0,2; E = 13,3 ± 0,2; diâm. equatorial em vista polar = 13,9 ± 0,1; cólporo compr. ca. 14,8, larg. ca. 1,1; colpo compr. ca. 15,3, larg. ca. 3,2, margem ca. 1,3; endoabertura compr. ca. 2,0, larg. ca. 1,7; exina ca. 1,2, sexina ca. 0,7, teto ca. 0,5 e nexina ca. 0,4.
Observações: os materiais G.M. Felippe 41 (SP) e M. Kuhlmann 3296 (SP), citados por Chiea (1990), não foram estudados por possuirem apenas frutos ou por ausência de material polínico.
Material estudado: BRASIL. MINAS GERAIS: Bom Sucesso, 8-XII-1963, L.P. Guimarães s.n. (SP76020).
13. Miconia sellowiana Naud.
Forma: âmbito subcircular, prolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos não operculados, com margem; endoaberturas lolongadas.
Exina: psilado-perfurada.
Medidas (µm): P = 20,4 ± 0,2; E = 14,2 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 15,4 ± 0,2; cólporo compr. ca. 16,3, larg. ca. 2,2; colpo compr. ca. 16,9, larg. ca. 2,5, margem ca. 1,5; endoabertura compr. ca. 4,5, larg. ca. 2,0; exina ca. 1,4, sexina ca. 1,0, teto ca. 0,6 e nexina ca. 0,4.
Observações: os materias O. Handro s.n. (SP77365), M. Kuhlmann 3312 e J.R. Mattos & N.F. Mattos 8423, citados por Chiea (1990), não foram estudados por possuirem apenas frutos. Segundo Barth & Barbosa (1975), M. sellowiana apresenta grãos de pólen perprolatos [P = 19,5 (14,5-23,5 µm) e E = 6,0 (3,5-10,0 µm)]. Os grãos de pólen do espécime aqui estudado apresentam valores do diâmetro equatorial maiores. De acordo com as autoras, os grãos de pólen desta espécie apresentam exina psilada, enquanto no presente trabalho, observou-se que ela é psilado-perfurada.
Material estudado: 21-VIII-1931, F.C. Hoehne s.n. (SP28149).
14. Miconia theaezans Cogn.
Forma: âmbito subcircular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos com margem; colpos operculados, com margem; endoaberturas circulares de difícil visualização.
Exina: psilado-perfurada.
Medidas (µm): M. Kirizawa & L.B. Noffs 333: P = 15,2 ± 0,1; E = 13,4 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 13,1 ± 0,1; cólporo compr. ca. 10,4, larg. ca. 2,0, margem ca. 0,5; colpo compr. ca. 11,0, larg. ca. 2,3, margem ca. 1,1; exina ca. 1,2, sexina ca. 0,9, teto ca. 0,5 e nexina ca. 0,4.
O. Handro s.n. (SP44204): P = 21,3; E = 17,7; diâm. equatorial em vista polar = 17,4.
L.B. Noffs et al. 42: P = 13,6; E = 10,9; diâm. equatorial em vista polar = 12,5.
T. Sendulsky 987: P = 15,1; E = 11,9; diâm. equatorial em vista polar = 12,7.
Observações: o material S.C. Chiea 110 (SP), citado por Chiea (1990), não foi estudado devido a escassez de material polínico. um espécime de Miconia theaezans ocorrente no Brasil Meridional foi estudado por Barth & Barbosa (1975), e seus resultados mostram grãos de pólen 3-colporados, 3-pseudocolpados, pseudocolpos sem opérculo, psilados, perprolatos [P = 16,5 (19,5-30,5 µm) e E = 7,0 (4,5-10,0 µm)]. Nos quatro espécimes aqui analisados os grãos de pólen apresentam 3-cólporos, 3-colpos com opérculo, exina psilado-perfurada e valores do diâmetro equatorial menores que os das referidas autoras. Os pseudocolpos referidos por Barth & Barbosa (1975), foram aqui definidos como colpos. Não foram realizadas medidas das endoaberturas devido a difícil visualização das mesmas.
Material estudado: 15-XII-1940, O. Handro s.n. (SP44204); 1-VI-1978, M. Kirizawa & L.B. Noffs 333 (SP); 29-XII-1977, L.B. Noffs et al. 42 (SP); 12-VII-1968, T. Sendulsky 987 (SP).
15. Miconia urophylla DC.
Forma: âmbito subcircular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados, com margem; endoaberturas lolongadas.
Exina: reticulado-estriada.
Medidas (µm): P = 18,5 ± 0,2; E = 16,6 ± 0,2; diâm. equatorial em vista polar = 17,0 ± 0,2; cólporo compr. ca. 14,0, larg. ca. 3,1; colpo compr. ca. 15,2, larg. ca. 4,9, margem ca. 1,3; endoabertura compr. ca. 4,2, larg. ca. 3,3; exina ca. 1,5, sexina ca. 1,1, teto ca. 0,6 e nexina ca. 0,4.
Observações: o material G. Davidse & W.G. D'Arcy 10450 (SP), citado por Chiea (1990), possuia apenas frutos.
Material estudado: 4-XI-1981, M.G.L. Wanderley 403 (SP).
16. Miconia valtherii Naud.
Forma: âmbito subcircular, prolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados, com margem; endoaberturas lolongadas de difícil visualização.
Exina: psilado-perfurada.
Medidas (µm): P = 21,4 ± 0,3; E = 15,0 ± 0,2; diâm. equatorial em vista polar = 15,4 ± 0,2; cólporo compr. ca. 16,9, larg. ca. 1,5; colpo compr. ca. 17,0, larg. ca. 1,9; margem ca. 1,1; endoabertura compr. ca. 3,4, larg. ca. 2,1; exina ca. 1,2, sexina ca. 0,7, teto ca. 0,4 e nexina ca. 0,5.
Material estudado: 25-II-1931, F.C. Hoehne s.n. (SP27184).
Mouriri Aubl.
1. Mouriri chamissoana Cogn.
Forma: âmbito subcircular, prolato-esferoidal.
Aberturas: heterocolpadas, 3-colporados, 3-colpados; cólporos longos, estreitos, intercalados por colpos largos não operculados, com margem, endoaberturas lalongadas constritas na região mediana.
Exina: rugulada; sexina mais espessa que a nexina.
Medidas (µm): F.C. Hoehne s.n. (SP29921): P = 31,4 ± 0,3; E = 28,4 ± 0,3; diâm. equatorial em vista polar = 28,6 ± 0,2; cólporo compr. ca. 24,6, larg. ca. 2,0; colpo compr. ca. 25,3, larg. ca. 3,4; margem ca. 1,7; endoabertura compr. ca. 3,9, larg. ca. 8,4; exina ca. 2,4, sexina ca. 1,3, teto ca. 0,5 e nexina ca. 1,1.
S.C. Chiea 155: P = 31,0; E = 26,2; diâm. equatorial em vista polar = 27,7.
M. Kuhlmann 2735: P = 29,8; E = 28,1; diâm. equatorial em vista polar = 28,1.
M.G.L. Wanderley 402: P = 27,7; E = 24,8; diâm. equatorial em vista polar = 26,9.
Observações: os materiais I. Cordeiro 348 (SP) e M. Kuhlmann 2725 (SP), citados por Chiea (1990), não foram estudados por estarem desprovidos de material polínico. Observações: Barth & Barbosa (1975) mencionam os seguintes valores para os grãos de pólen de M. chamissoana: P = 36,0 (27,5-42,0 µm), E = 19,5 (11,5-26,0 µm). Os grãos de pólen dos quatro espécimes aqui estudados apresentam valores do diâmetro equatorial maiores. De acordo com Barth & Barbosa (1975) os grãos de pólen desta espécie apresentam exina reticulada, enquanto no presente trabalho, observou-se que ela é rugulada.
Material estudado: 20-XI-1980, S.C. Chiea 155(SP); 11-XII-1930, F.C. Hoehne s.n. (SP29921); 20-XI-1951, M. Kuhlmann 2735 (SP); 4-XI-1981, M.G.L. Wanderley 402 (SP).
Ossaea D.C.
1. Ossaea brachystachya Triana
Forma: âmbito triangular, subprolata.
Aberturas: heterocolpadas; 3-colporados, colpados; cólporos longos, estreitos e intercalados por colpos largos operculados, com margem; endoaberturas lalongadas constritas na região mediana.
Exina: psilada; sexina mais espessa que a nexina.
Medidas (µm): P = 17,4 ± 0,2; E = 13,2 ± 0,2; diâm. equatorial em vista polar = 14,3 ± 0,2; cólporo compr. ca. 12,6, larg. ca. 2,7; colpo compr. ca. 12,3, larg. ca. 2,2; margem ca. 1,2; endoabertura compr. ca. 2,2, larg. ca. 3,5; exina ca. 1,1, sexina ca. 0,8, teto ca. 0,4 e nexina ca. 0,3.
Observações: os materiais J.A. Corrêa 98-A (SP) e M.G.L. Wanderley 8 (SP), citados por Chiea (1990), não foram estudados por estarem desprovidos de material polínico. Ossaea brachystachya foi examinada palinologicamente por Barth & Barbosa (1975) e Santos et al. (1997). Houve divergência quanto ao tipo de abertura, pois Barth & Barbosa (1975), consideraram a espécie como tendo grãos de pólen com 3-cólporos intercalados por 3-pseudocolpos, enquanto que Santos et al. (1997) encontraram grãos de pólen com 3-cólporos, alternados por 3-colpos operculados o que está de acordo com o presente trabalho. Com relação às aberturas, os pseudocolpos são aqui definidos como colpos de acordo com Santos et al. (1997). Quanto à ornamentação da exina dos grãos de pólen, houve concordância entre os resultados daqueles autores e os do presente estudo quando observados sob microscopia de luz. Com relação ao tamanho, os grãos de pólen descritos por Barth & Barbosa (1975) apresentam diâmetros equatoriais significativamente menores que no espécime analisado no presente trabalho e nos de Santos et al. (1997).
Material estudado: BRASIL. SÃO PAULO: Campinas, Barão Geraldo, Fazenda Santa Genebra, 13-XI-1995, A.P. Spina 436 (UEC).
Pleiochiton Naud.
1. Pleiochiton ebracteatum Triana
Forma: âmbito triangular, subprolata.
Aberturas: heterocolpadas; 3-cólporos, sincolporados; 3-colpos; cólporos estreitos, unidos e, intercalados por colpos largos operculados; endoaberturas lalongadas constritas na região mediana de difícil visualização.
Exina: psilada; sexina mais espessa que a nexina.
Medidas (µm): P = 15,0 ± 0,1; E = 12,4 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 12,9 ± 0,1; exina ca. 1,7, sexina ca. 1,1, teto ca. 0,6 e nexina ca. 0,6.
Observações: não foram realizadas medidas de cólporos, colpos e endoaberturas devido à difícil visualização das estruturas.
Material estudado: 1-III-1941, O. Handro s.n. (SP44158).
Tibouchina Aubl.
Grãos de pólen âmbito circular, subcircular, triangular a subtriangular; oblato-esferoidais, prolatoesferoidais a subprolatos; heterocolpados, 3-colporados, 3-colpados; cólporos longos, estreitos, com ou sem margem, intercalados por colpos operculados ou não, com margem; endoaberturas lalongadas com ou sem fastígio, constritas ou não na região mediana; exina rugulada, reticulado-rugulada, microrreticulada a estriada.
1. Tibouchina adenostemon Cogn.
Forma: âmbito circular, subprolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados; endoaberturas sem fastígio, com constrição na região mediana e de difícil visualização e mensuração.
Exina: estriada.
Medidas (µm): A. Custodio Filho 14: P = 22,7 ± 0,1; E = 17,2 ± 0,2; cólporo compr. ca. 22,3, larg. ca. 2,1; colpo compr. ca. 18,9, larg. ca. 2,1; margem ca. 1,8; endoabertura compr. ca. 3,4, larg. ca. 5,4; exina ca. 2,6, sexina ca. 1,8, teto ca. 1,0 e nexina ca. 0,8.
T. Sendulsky 993: P = 24,3; E = 18,0; diâm. equatorial em vista polar = 20,8.
Observações: no espécime J.S. Silva 241, não foi possível realizar medidas de diâmetro equatorial em vista polar,comprimento e largura dos cólporos e endoaberturas por serem de difícil visualização.
Material estudado: 8-II-1979, A. Custodio Filho 14 (SP); 31-I-1974, J.S. Silva 241 (SP);16-VII-1968, T. Sendulsky 993 (SP).
2. Tibouchina cerastifolia Cogn.
Forma: âmbito circular, subprolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados; endoaberturas sem fastígio, com constrição na região mediana e de difícil visualização.
Exina: estriada.
Medidas (µm): Chiea 323: P = 17,6 ± 0,1; E = 15,4 ± 0,1; cólporo compr. ca. 11,3, larg. ca. 3,0; colpo compr. ca. 13,3, larg. ca. 5,6; margem ca. 2,0; endoabertura compr. ca. 4,2, larg. ca. 5,6; exina ca. 1,7, sexina ca.1,1 , teto ca. 0,5 e nexina ca. 0,6.
C.G. Fonseca 21: P =18,4; E =15,6; diâm. equatorial em vista polar = 16,8.
M. Kuhlmann s.n. (SP153891): P = 18,1; E = 16,5; diâm. equatorial em vista polar = 16,5.
Observações: Barth & Barbosa (1975) encontraram os seguintes valores para os grãos de pólen de Tibouchina cerastifolia: P = 18,5 (13,5-21,5 µm) e E = 7 (4,0-11,5 µm). Os valores do diâmetro equatorial aqui medidos são significativamente maiores que os das referidas autoras. Segundo Barth & Barbosa (1975) a espécie apresenta 3-cólporos, 3-pseudocolpos sem opérculo, e sexina finamente ondulada, já nos três espécimes aqui analisados, os grãos de pólen apresentam 3-cólporos, 3-colpos com opérculo e sexina estriada. Os pseudocolpos referidos por Barth & Barbosa (1975), foram aqui definidos como colpos.
Material estudado: 23-V-1983, S.C. Chiea 323 (SP); 21-I-1955, 24-II-1961, C.G. Fonseca 21 (SP); M. Kuhlmann s.n. (SP153891).
3. Tibouchina chamissoana Cogn.
Forma: âmbito circular, subprolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos sem opérculos; endoaberturas sem fastígio e sem constrição na região mediana.
Exina: estriada.
Medidas (µm): P = 26,1 ± 0,2; E = 21,9 ± 0,2; cólporo compr. ca. 18,4, larg. ca. 3,9; colpo compr. ca. 19,4, larg. ca. 8,6, margem ca. 1,6; endoabertura compr. ca. 4,7, larg. ca. 6,6; exina ca. 1,9, sexina ca. 0,9, teto ca. 0,4 e nexina ca. 1,0.
Observações: o material M. Kuhlmann s.n. (SP154556) descrito por Chiea (1990) não foi estudado devido a escassez de material polínico.
Material estudado: 15-X-1934, F.C. Hoehne s.n. (SP32561).
4. Tibouchina clinopodifolia Cogn.
Forma: âmbito circular, subprolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados; endoaberturas sem fastígio e sem constrição na região mediana.
Exina: rugulada.
Medidas (µm): C.B. Toledo & T.M. Cerati 4: P = 19,5 ± 0,1; E = 16,5 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 16,5 ± 0,1; cólporo compr. ca. 14,2, larg. ca. 3,0; colpo compr. ca. 16,0, larg. ca. 6,1, margem ca. 1,2; endoabertura compr. ca. 2,1, larg. ca. 3,4; exina ca. 1,8, sexina ca.1,1, teto ca. 0,5 e nexina ca. 0,6.
S.C. Chiea 26: P = 18,8; E = 15,9; diâm. equatorial em vista polar = 16,2.
S.C. Chiea 253: P = 19,1; E = 16,4; diâm. equatorial em vista polar = 16,9.
Observações: os materiais S.C. Chiea et al. 117, G. Eiten 5561, G. Eiten & W.D. Clayton 5780 e I.C.C. Macedo 7, citados por Chiea (1990), não foram estudados por falta de material polínico ou por possuirem apenas frutos. Barth & Barbosa (1975) analisaram um espécime de T. clinopodifolia ocorrente no Brasil Meridional e seus resultados mostram grãos de pólen com diâmetros equatoriais menores que nos espécimes analisados no presente trabalho. Com relação às aberturas e ornamentação da exina, Barth & Barbosa (1975) descrevem-nas como 3-colporadas, 3-pseudocolpadas sem formação de opérculo, e com superfície ondulado-estriada. Nos três espécimes aqui analisados os grãos de pólen apresentam aberturas 3-colporadas, 3-colpadas operculadas, com exina rugulada. Vale ressaltar que quanto às aberturas, houve apenas uma divergência nomenclatural, tendo em vista que Barth & Barbosa (1975) definem os colpos como pseudocolpos.
Material estudado: 28-XI-1979, S.C. Chiea 26 (S); 5-X-1982, S.C. Chiea 253 (SP); 3-II-1983, C.B. Toledo & T.M. Cerati 4 (SP).
5. Tibouchina frigidula Cogn.
Forma: âmbito triangular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados; endoaberturas com fastígio e constritas na região mediana.
Exina: reticulado-rugulada.
Medidas (µm): P = 28,9 ± 0,1; E = 26,9 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 26,5 ± 0,2; cólporo compr. ca. 23,3, larg. ca. 2,3; colpo compr. ca. 20,3, larg. ca. 4,9, margem ca. 1,7; endoabertura compr. ca. 6,9; larg. ca. 10,9; exina ca. 2,4, sexina ca.1,6, teto ca. 0,8 e nexina ca. 0,7.
Material estudado: 2-II-1934, F.C. Hoehne s.n. (SP32560).
6. Tibouchina gracilis Cogn.
Forma: âmbito subtriangular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados; endoaberturas com fastígio e constritas na região mediana.
Exina: estriada.
Medidas (µm): P = 19,8 ± 0,1; E = 18,7 ± 0,1; diâm. equatorial em vista polar = 18,1 ± 0,1; cólporo compr. ca. 13,0, larg. ca. 3,2; colpo compr. ca. 12,9, larg. ca. 3,1, margem ca. 1,1; endoabertura compr. ca. 4,6, larg. ca. 7,4; exina ca. 1,8, sexina ca.0,8 , teto ca. 0,3 e nexina ca. 1,0.
Observações: o material A. Custodio Filho 15, citado por Chiea (1990), não foi estudado por escassez de material polínico. Os grãos de pólen de Tibouchina gracilis foram descritos por Barth & Barbosa (1975) e Melhem et al. (2003) como perprolatos, no entanto, os grãos de pólen do espécime aqui estudado, são prolato-esferoidais. Os autores não mencionam, também, a presença de fastígio, característica nítida nos pólens aqui analisados.
Material estudado: 12-I-1983, M. Kirizawa 895 (SP).
7. Tibouchina granulosa Cogn.
Forma: âmbito subtriangular, oblato-esferoidal.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados; endoaberturas com fastígio e sem constrição na região mediana.
Exina: rugulada.
Medidas (µm): S.C. Chiea 181: P = 24,2 ± 0,3; E = 27,0 ± 0,2; diâm. equatorial em vista polar = 27,1 ± 0,3; cólporo compr. ca. 17,2, larg. ca. 4,0; colpo compr. ca. 17,9, larg. ca. 12,6, margem ca. 1,5; endoabertura compr. ca. 5,8, larg. ca. 8,5; exina ca. 2,6, sexina ca.1,0, teto ca. 0,4 e nexina ca. 1,6.
S.C. Chiea 180: P = 24,1; E = 23,5; diâm. equatorial em vista polar = 23,3.
C.G. Fonseca 8: P = 23,0; E = 22,1; diâm. equatorial em vista polar = 22,6.
M. Goes et al. s.n. (SP204139): P = 25,2; E = 24,3; diâm. equatorial em vista polar = 24,1.
Observação: os materiais M.C. Câmara s.n. (SP204277) e M. Kirizawa 283, citados por Chiea (1990), não foram estudados por encontrarem-se em frutos.
Material estudado: 2-II-1982, S.C. Chiea 180 (SP); 2-II-1982, S.C. Chiea 181 (SP); 7-II-1961, C.G. Fonseca 8 (SP); 3-XI-1977, M. Goes et al. s.n. (SP204139).
8. Tibouchina martialis Cogn.
Forma: âmbito circular, subprolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados; endoaberturas sem fastígio e sem constrição na região mediana.
Exina: microrreticulada.
Medidas (µm): P = 26,1 ± 0,2; E = 22,7 ± 0,2; diâm. equatorial em vista polar = 22,7 ± 0,2; cólporo compr. ca. 19,2, larg. ca. 3,4; colpo compr. ca. 22,1, larg. ca. 9,4, margem ca. 1,9; endoabertura compr. ca. 6,2, larg. ca. 10,1; exina ca. 1,9, sexina ca. 0,9, teto ca. 0,4 e nexina ca. 1,0.
Observação: o material F.C. Hoehne s.n. (SP28538), descrito por Chiea (1990), não foi analisado por escassez de material polínico; portanto foi utilizado material proveniente de outra localidade para descrever a espécie.
Material estudado: BRASIL. SÃO PAULO: Cajamar, 4-XII-1991, J.C.R. Macedo s.n. (SP25321).
9. Tibouchina mutabilis Cogn.
Forma: âmbito triângular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados; endoaberturas com fastígio e sem constrição na região mediana.
Exina: rugulada.
Medidas (µm): S.C. Chiea 25: P = 32,9 ± 0,2; E = 31,0 ± 0,2; diâm. equatorial em vista polar = 30,4 ± 0,2; cólporo compr. ca. 24,7, larg. ca. 4,4; colpo compr. ca. 25,7, larg. ca. 11,7, margem ca. 1,9; endoabertura compr. ca. 8,6, larg. ca. 12,8; exina ca. 1,9, sexina ca.1,2 , teto ca. 0,5 e nexina ca. 0,7.
S.C. Chiea 245: P = 29,8; E = 27,3; diâm. equatorial em vista polar = 26,4.
S.C. Chiea 246: P = 24,2; E = 28,0; diâm. equatorial em vista polar = 28,0.
S.C. Chiea 249: P = 32,1; E = 27,9; diâm. equatorial em vista polar = 27,1.
R.P. Lira 52: P = 28,6; E = 24,5; diâm. equatorial em vista polar = 25,6.
N.A. Rosa & J.M. Pires 3735: P = 32,5; E = 30,0; diâm. equatorial em vista polar = 28,9.
M. Sakane s.n., SP161840: P = 29,6; E = 28,0; diâm. equatorial em vista polar = 28,4.
M.G.L. Wanderley et al. 98: P = 29,7; E = 26,9; diâm. equatorial em vista polar = 27,2.
Observação: os materiais S.C. Chiea 255 (SP), M. Goes et al. s.n. (SP204168) e (SP204238), O. Handro 762 (SP), F.C. Hoehne s.n. (SP28404), M. Kirizawa & M.G.L. Wanderley 257 (SP), M. Kirizawa et al. 303 (SP) e 306 (SP), M.R.O. Santos et al. 44, J.S. Silva 292 (SP), B.C. Teixeira s.n. (SP154323) e M.G.L. Wanderley & M. Kirizawa 102 (SP), descritos por Chiea (1990), não foram analisados por escassez de material polínico ou por possuirem apenas frutos.
Material estudado: 28-XI-1979, S.C. Chiea 25 (SP); 5-XI-1982, S.C. Chiea 245 (SP); 5-XI-1982, S.C. Chiea 246 (SP); 5-XI-1982, S.C. Chiea 249 (SP); 29-X-1980, R.P. Lira 52 (SP); 15-XI-1980, N.A. Rosa & J.M. Pires 3735 (SP); 5-XI-1979, M. Sakane s.n. (SP161840); 17-XI-1976, M.G.L. Wanderley et al. 98 (SP).
10. Tibouchina pulchra Cogn.
Forma: âmbito triângular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados; endoaberturas com fastígio e sem constrição na região mediana.
Exina: microrreticulada.
Medidas (µm): P = 28,4 ± 0,2; E = 26,8 ± 0,2; diâm. equatorial em vista polar = 27,5 ± 0,2; cólporo compr. ca. 21,9, larg. ca. 3,6; colpo compr. ca. 23,2, larg. ca. 10,3, margem ca. 1,4; endoabertura compr. ca. 6,2, larg. ca. 11,0; exina ca. 2,1, sexina ca.1,2 , teto ca. 0,4 e nexina ca. 0,9.
Observação: os materiais M. Goes et al. s.n. (SP204283), (SP204284) e (SP204286), M. Kirizawa et al. 272 e 273, descritos por Chiea (1990), não foram analisados por escassez de material polínico ou por possuirem apenas frutos. Barth & Barbosa (1975) mencionam os seguintes valores para os grãos de pólen de T. pulchra: P = 38,0 (31,5-45,5 µm), E = 11,5 (8,0-16,5 µm). Os grãos de pólen do espécime aqui estudado apresentam valores do diâmetro polar menores, enquanto que os do diâmetro equatorial são maiores. Quanto à ornamentação da sexina e aberturas, houve discordância entre os resultados das autoras e os do presente estudo, sendo que para Barth & Barbosa (1975) a espécie apresenta sexina finamente ondulada e aberturas 3-colporadas, 3-pseudocolpadas, pseudocolpos sem opérculos e, no espécime aqui analisado, a ornamentação é reticulada e aberturas são 3-colporadas, 3-colpadas com opérculo. Os pseudocolpos referidos por Barth & Barbosa (1975), foram aqui definidos como colpos.
Material estudado: 19-I-1978, J.H.M. Nascimento et al. 9 (SP).
11. Tibouchina raddiana Cogn.
Forma: âmbito subtriangular, subprolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos sem opérculos; endoaberturas sem fastígio e sem constrição na região mediana.
Exina: microrreticulada.
Medidas (µm): P = 24,6 ± 0,3; E = 20,8 ± 0,4; diâm. equatorial em vista polar = 22,9 ± 0,3; cólporo compr. ca. 19,3, larg. ca. 4,2, colpo compr. ca. 19,7, larg. ca. 4,3, margem ca. 1,3; endoabertura compr. ca. 5,1, larg. ca. 8,6; exina ca. 1,6, sexina ca. 1,0, teto ca. 0,6 e nexina ca. 0,6.
Material estudado: 2-V-1958, O. Handro 774 (SP).
12. Tibouchina sellowiana Cogn.
Forma: âmbito subtriangular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos com margem; colpos sem opérculos; endoaberturas com fastígio e sem constrição na região mediana.
Exina: microrreticulada.
Medidas (µm): F.C. Hoehne s.n. (SP29389): P = 29,8 ± 0,2; E = 26,4 ± 0,2; diâm. equatorial em vista polar = 26,1 ± 0,2; cólporo compr. ca. 23,8, larg. ca. 2,7; margem ca. 0,9; colpo compr. ca. 25,5, larg. ca. 11,3, margem ca. 1,4; endoabertura compr. ca. 7,1, larg. ca.10,7; exina ca. 2,5, sexina ca.1,1 , teto ca. 0,4 e nexina ca. 1,4.
J.A. Correa 57: P = 28,3; E = 25,1; diâm. equatorial em vista polar = 25,2.
O. Handro 2309: P = 28,1; E = 25,3; diâm. equatorial em vista polar = 25,1.
Observação: os materiais S.C. Chiea 96, 99, e S. Romaniuc Neto et al. 648, descritos por Chiea (1990), não foram analisados por escassez de material polínico ou por possuirem apenas frutos. Os grãos de pólen de T. sellowiana foram estudados anteriormente por Barth & Barbosa (1975) e Melhem et al. (2003). As referidas autoras descreveram os grãos de pólen da espécie como perprolatos, com ornamentação da exina finamente ondulada e aberturas 3-colporadas, 3-pseudocolpadas. Os resultados do presente estudo apresentam grãos de pólen prolato-esferoidais, exina microrreticulada e aberturas 3-colporadas, 3-colpadas e com presença de fastígio. Quanto às aberturas, houve uma divergência nomenclatural, uma vez que Barth & Barbosa (1975) e Melhem et al. (2003) definem os colpos como pseudocolpos.
Material estudado: 14-V-1974, J.A. Correa 57 (SP); 3-V-1982, O. Handro 2309 (SP); 4-IV-1932, F.C. Hoehne s.n. (SP29389).
13. Tibouchina trichopoda Baill.
Forma: âmbito subtriangular, prolato-esferoidal.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados; endoaberturas sem fastígio e constritas na região mediana.
Exina: estriada.
Medidas (µm): J.A. Correa 103: P = 27,4 ± 0,1; E = 25,6 ± 0,2; diâm. equatorial em vista polar = 25,5 ± 0,2; cólporo compr. ca. 18,5, larg. ca. 4,1; colpo compr. ca. 22,6, larg. ca. 9,9, margem ca. 1,9; endoabertura compr. ca. 6,9, larg. ca. 12,2; exina ca. 2,2, sexina ca.0,9 , teto ca. 0,3 e nexina ca. 1,3.
M. Kirizawa 894: P = 27,0; E = 24,8; diâm. equatorial em vista polar = 24,2.
Observação: o material F.C. Hoehne s.n. (SP28728) descrito por Chiea (1990) não foi analisado por estar representado por frutos.
Material estudado: 7-I-1975, J.A. Correa 103 (SP); 12-I-1983, M. Kirizawa 894 (SP).
14. Tibouchina velutina Cogn.
Forma: âmbito subcircular, subprolata.
Aberturas: cólporos sem margem; colpos operculados; endoabertura com fastígio, sem constrição na região mediana de difícil visualização.
Exina: reticulado-rugulada.
Medidas (µm): P = 24,4 ± 0,2; E = 19,2 ± 0,2; diâm. equatorial em vista polar = 18,9 ± 0,2; cólporo compr. ca. 18,0, larg. ca. 3,4; colpo compr. ca. 19,2, larg. ca. 7,1, margem ca. 1,3; exina ca. 1,5, sexina ca.1,0 , teto ca. 0,4 e nexina ca. 0,6.
Observação: o material M. Kuhlmann 4398 (SP), descrito por Chiea (1990), não foi analisado por possuir apenas frutos.
Material estudado: BRASIL. SÃO PAULO: São Paulo, Parque da Luz, X-1997, V.C. Souza & M.O. Pedraz s.n. (SP314340).
Tibouchina adenostemon
Tibouchina cerastifolia
Ossaea brachystachya
Miconia cubatanensis
Miconia latecrenata
Miconia sellowiana
região mediana .........................
Miconia oblongifolia
prolato-esferoidais ..................... Miconia candolleana
Miconia hyemalis
prolato-esferoidais ....................
Leandra scabra
Tibouchina mutabilis
Tibouchina clinopodifolia
Mouriri chamissoana
Leandra sericea
Leandra australis
Leandra mosenii
Leandra purpurascens
lalongadas constritas na região
mediana ................................................. Tibouchina frigidula
lalongadas não constritas na região
mediana ................................................. Tibouchina velutina
endoaberturas lalongadas constritas na
região mediana ...................................... Miconia depauperata
opérculos, endoaberturas lolongadas não constritas
na região mediana ....................................... Miconia urophylla
com fastígios ........................................... Tibouchina pulchra
região mediana ............................... Huberia semisserrata
região mediana ................................. Tibouchina martialis
margem, endoaberturas com fastígios ........ Tibouchina sellowiana
endoaberturas sem fastígios ...................... Tibouchina raddiana
Agradecimentos
Os autores agradecem ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC - CNPq pelo auxílio financeiro concedido a Viviana Barbosa Paes.
Literatura citada
Recebido: 27.07.2007; aceito: 14.11.2007
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
06 Jun 2013 -
Data do Fascículo
2007
Histórico
-
Aceito
14 Nov 2007 -
Recebido
27 Jul 2007