O presente artigo objetivou analisar as representações sociais de médicos atuantes na Estratégia Saúde da Família sobre atendimento à saúde para pessoas com deficiência (PcD). Utilizou-se a Teoria das Representações Sociais, com abordagem estrutural da Teoria do Núcleo Central, a partir da técnica de evocação de palavras analisadas pelos softwares Evoc® e Iramutec®. Participaram da pesquisa 109 médicos, predominantemente jovens e mulheres. A atenção às PcD se orienta por uma prática incompleta, insegura e permeada pelo receio de médicos que referem lacunas no processo de formação profissional, além de haver dificuldades de comunicação com pacientes identificados como PcD. Poucos médicos apresentam relatos mais inclusivos na assistência de PcD. Predominam as percepções restritas ao corpo, normatizadas pelo modelo biomédico e que ignoram as estruturas sociais.
Atenção Primária à Saúde; Pessoas com deficiência; Avaliação da qualidade dos cuidados de saúde; Pesquisa qualitativa