A maternidade invoca extrema complexidade. Este artigo discute a experiência com o racismo internalizado, interpessoal e institucional que configura a vida de mães negras no processo de cuidar de seus filhos negros pelo Mapeamento Corporal Narrado, metodologia visual originada na África do Sul. A história de Gabriela, 31, mãe de duas crianças, revelou dois eixos temáticos: 1. A experiência de ser mulher negra, no cotidiano; e 2. Ser mãe negra, em termos práticos. O mapeamento corporal oportunizou um processo inédito de reflexão sobre a vida e o tornar-se negra para Gabriela. O estudo identificou desafios no exercício cotidiano de educar crianças em um país com práticas racistas, como o Brasil, revelando estratégias que buscam combater o impacto do imaginário social que inferioriza o povo negro.
Palavras-chave Relação mãe-filho; Racismo; População negra; Mapa corporal narrado