Este artigo estuda o campo da saúde mental infantil de uma perspectiva dos direitos humanos. Contextualizados no âmbito da interface entre legislações, políticas públicas e práticas institucionais são explorados e analisados os discursos dos profissionais do setor da saúde em relação às crianças na cidade de Buenos Aires. Conceitualiza-se a forma como esses discursos afetam os processos de constituição subjetiva e a construção de identidades de crianças com graves sofrimentos psicológicos. O estudo incluiu entrevistas em profundidade. Constatou-se que existem tensões importantes entre os quadros normativos e os significados construídos pelos atores sociais do campo da saúde mental. Os profissionais legitimam e reproduzem o conhecimento que cria identidades estigmatizadas, patologizadas e desacreditadas.
Infância; Saúde mental; Políticas; Direitos; Institucionalização