Neste artigo exploram- se processos de medicalização e medicamentalização na infância, utilizando como analisador o Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (TDA/H). Apresentam- se os resultados de um estudo qualitativo realizado por uma equipe interdisciplinar durante 2008, em quatro jurisdições argentinas: Região Metropolitana de Buenos Aires, Corrientes, Salta e Tierra del Fuego. Exploram- se os discursos do campo médico - pediatras, psiquiatras infanto- juvenis e neurologistas infantis - em torno da construção diagnóstica do TDH/A e da sua abordagem terapêutica, nos sistemas público e privado. De modo complementar, indaga- se acerca dos mecanismos de marketing da indústria farmacêutica. Por meio da construção de diagnósticoTDA/H, é possível observar como determinadas condutas e/ou situações, que antes não eram medicalizadas, hoje são parte do tratamento médico, cuja principal ênfase encontra- se na prescrição de fármacos como terapêutica.
Infância; Medicalização; Psicofármacos