O objetivo deste trabalho é analisar a cultura da saúde promovida nas escolas primárias espanholas sob a ideologia do regime franquista (1936-1975). Para este fim, investigamos os livros escolares do período, recursos fundamentais no processo ensino-aprendizagem, que foram utilizados para tentar modificar o comportamento da população em relação à saúde e à doença. A partir de uma abordagem etnográfica, analisamos tanto o discurso sobre as práticas das crianças quanto à ideologia do corpo e da saúde promovida. Embora a disciplina e o controle social do regime tenham deixado sua marca na saúde ensinada, as transformações sociais e políticas o modulavam no sentido de uma noção menos moralizadora de saúde, mas mais endividada com o discurso dos especialistas.
Palavras-chave
Franquismo; Manuais escolares; Educação sanitária; Corpo