Cuidados paliativos (CPs) no Sistema Único de Saúde (SUS) devem ser realizados de modo integral e multidisciplinar na interface com usuário, família, cuidadores e equipe na aproximação à finitude humana. Objetivou-se descrever os sentidos sobre o cuidar nos cenários da morte e do morrer, produzidos por psicólogos que trabalham com CPs no SUS. Trata-se de pesquisa qualitativa construcionista social inspirada na descrição da produção de sentidos do cotidiano. Foram entrevistados quatro psicólogos que atuavam em atenção domiciliar, ambulatório de CPs e atenção hospitalar. Dois eixos temáticos foram construídos: “Os processos de trabalho e seus avessos” e “Nas proximidades da morte e do morrer”. Destaca-se a importância do trabalho em equipe nos processos autoformativos; os desafios do trabalho com a morte e o morrer diante de limitações do cotidiano; e construções críticas e reflexivas do trabalho que promovem saúde mental.
Palavras-chave
Saúde do trabalhador; Profissional de saúde; Cuidados paliativos; Saúde mental; Saúde Pública