Considerando que os processos de subjetivação afetam diretamente a saúde mental das populações, neste texto buscamos linhas de fuga para subverter sistemas de opressão por meio de uma problematização da máquina abstrata de rostidade. Para tanto, deformamos a rostidade-padrão em estilhaços de devires, em pedaços de multiplicidades imperceptíveis, em forças latentes de um cotidiano que quer movimento e, paradoxalmente, resiste a ele. O método é uma instalação, na qual as imagens se alternam a passagens filosóficas e literárias, integrando um mosaico de inteligibilidade que mistura ficção e não ficção. Das imagens, lançamos mão de dois principais recursos de edição: transparência e sobreposição, os quais dialogam diretamente com o objetivo de desfazer a rostidade-padrão pela sutileza e força dos devires. O corpus do estudo se desdobra em três partes: devir pouso-entre, devir chamas e, por fim, devir marés.
Palavras-chave
Instalação; Imagens; Devires; Políticas de subjetivação