1 - A comunicação não deve se limitar a transmitir informação, e sim deve levar em conta os saberes e o contexto da juventude. |
Apresentar jovens como protagonistas. Contextualizar a mensagem de acordo com a realidade do jovem. Evitar cenários descontextualizados ou que não condizem com a realidade dos jovens. |
2 - A comunicação deve apresentar caráter didático, em abordagem horizontal, não medicalizada. |
Utilizar linguagem informal, expressões e gírias típicas do cotidiano. Evitar expressões médicas ou científicas. Apresentar jovens falando para jovens. |
3 - A comunicação deve dialogar com seus públicos, buscando alcançá-los por meio de apelos à prevenção como direito humano (incluindo direitos sexuais/cidadania sexual, direito ao afeto e ao prazer). |
Incentivar autonomia e capacidade de escolha do jovem sobre várias possibilidades de prevenção ou tratamento. Abordar diversidade de gênero. Promover a responsabilidade sobre si e sobre o outro. Evitar representar apenas relações afetivas heteronormativas. |
4 - A comunicação deve considerar que seus públicos podem estar sujeitos a vulnerabilidades, preconceitos e violências, que devem de alguma forma ser endereçados nas estratégias de comunicação. |
Evitar estereótipos. Evitar juízos de valor sobre comportamentos, hábitos ou eventos frequentados por jovens. Evitar imperativos, como “use”, “faça”, “deve”, “não pode”. Apresentar jovens relatando suas experiências com ISTs. |
5 - A comunicação deve evitar explorar medo ou culpa; ao invés, pode empregar humor como estratégia de incentivo à reflexão. |
Evitar termos como “pegar”, “risco”, “vacilar”, “proteger”, que dão a entender que determinados comportamentos individuais são responsáveis pelo contágio Não indicar abstinência como método de prevenção. Evitar recursos que suscitem medo, como nomes das ISTs, detalhes dos sintomas, consequências da infecção ou ênfase em dados alarmantes ou no risco de morte e incapacitação. Empregar adequadamente o humor, em busca de suscitar riso, sem, contudo, lançar mão de estereótipos ou julgamentos de valor sobre atitudes. |
6 - A comunicação deve ser coerente com a abordagem de Prevenção Combinada. |
Abordar aspectos comportamentais e estruturais da prevenção, como: a) orientações e informações sobre testagem. b) incentivo à testagem rotineira e regular. c) indicação da rede de testagem, aconselhamento e tratamento para ISTs do serviço público de saúde. d) redução de danos para usuários de álcool, drogas, silicone industrial e hormônios. e) diminuição das desigualdades socioeconômicas. f) referência a normas e marcos legais (portarias e leis). Fazer referência a uma das populações prioritárias: a) população negra. b) população indígena. c) pessoas em situação de rua. Fazer referência a uma das populações-chave: a) gays e outros homens que fazem sexo com homens. b) população trans. c) pessoas que usam álcool e outras drogas. d) pessoas privadas de liberdade. e) trabalhadoras/es sexuais. |
7 - A comunicação deve abranger diversos aspectos da prevenção, incluindo diagnóstico e tratamentos, de forma simplificada. |
Indicar preservativo (masculino e feminino) como opção de prevenção. Indicar testes de diagnóstico de HIV, ISTs e hepatites virais. Indicar profilaxia pré e pós-exposição. |