Resumo
O presente artigo busca ensaiar um pensamento-corpo que permita conceber a comunicação como um processo no qual corpo, linguagem e real estejam integrados e sejam elementos vivos, animados por um mesmo sopro que os atravessa. Para tanto, observamos a noção de Exu Bará para os nagôs afro-brasileiros tal como é vivida nos terreiros. Analisamos seus mitos e sua linguagem, suas formas de manifestação, seus gestos para apreender seu sentido semântico e sensorial. Adotamos uma metodologia poética na tentativa de alcançar um pensamento em movimento. E chegamos a uma representação geométrica para o corpo que qualificamos de artístico-filosófica e que figura o corpo como uma rosa no centro de um losango, um elemento vivo em plena interação dinâmica com o seu meio.
Palavras-chave
Comunicação; corpo; linguagem; Exu; sopro